Eventos acadêmicos movimentam o Paraná Faz Ciência entre 7 e 10 de novembro

Os eventos acadêmicos da Semana Estadual de Ciência e Tecnologia – Paraná Faz Ciência 2023 vão receber centenas de estudantes e pesquisadores para mostrar resultados obtidos nos projetos desenvolvidos pela UEL, no âmbito do Ensino, Pesquisa e Extensão. De 7 a 10 de novembro, de forma simultânea, diversas propostas relacionadas ao Eixo 6 do programa pretendem movimentar o Campus da UEL: o 32º Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC 2023) e 4º Encontro Anual de Iniciação Científica Júnior (EAICjr); o 6º Encontro Anual de Extensão Universitária e 12º Simpósio de Extensão (Por Extenso); a 5º Mostra Anual de Atividades de Ensino (Pró-Ensino 2023); o 1º Encontro de Comitês de Suporte à Pesquisa do Paraná; o 1º Encontro de Editores e Jornalistas Científicos do Estado; e o Encontro de Docentes e Coordenadores de Programas de Pós-Graduação das Universidades Paranaenses.

Com programação própria a cada evento, os interessados em participar deverão se inscrever na página da programação do Eixo 6. De acordo com a professora Silvia Meletti, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (ProPPG) da UEL, será uma oportunidade única para a comunidade conhecer tudo o que a vida universitária oferece. “Você vai se surpreender”, garante.

A seguir, detalhes acerca dos projetos em exposição. O Paraná Faz Ciência 2023, maior evento científico do estado, será realizado na UEL entre os dias 6 e 10 de novembro e deve reunir cerca de 30 mil pessoas durante uma semana.

EAIC e EAICjr 2023

32º Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC) e 4º Encontro Anual de Iniciação Científica Júnior (EAICjr) serão realizados de 7 a 9 de novembro. Sob coordenação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (ProPPG) da UEL, eles têm como objetivo disseminar os avanços nas diferentes áreas de conhecimento, através da troca de experiências entre estudantes, docentes e pós-graduandos. Neste ano, a expectativa é que a celebração ultrapasse a marca de 1000 participantes, segundo professor Claudemir Zucareli, coordenador-geral do EAIC.

Podendo concorrer à menção honrosa por mérito científico, as análises abrangem oito grandes temas: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Sociais e Aplicadas; Engenharias; e Linguística, Letras e Artes. A edição atual conta com apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Agência Araucária de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná.

Por Extenso 2023

Por Extenso 2023, representado pelo 6º Encontro Anual de Extensão Universitária e 12º Simpósio de Extensão, é de realização da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (Proex) da UEL, em parceria com a Agência Araucária. De 6 a 10 de novembro, as ações do programa têm como foco a integração da comunidade acadêmica com a sociedade, por meio da apresentação de pesquisas e mesas-redondas.

A estimativa é que, ao menos, 250 trabalhos se classifiquem para essa etapa, segundo diretora de Eventos, Cultura e Relações com a Sociedade da Proex, professora Ana Luisa Boavista.

Pró-Ensino 2023

Pró-Ensino: 5º Mostra Anual de Atividades de Ensino será realizado no dia 10 de novembro, com apresentações dos trabalhos no período matutino e vespertino, nas salas do Centro de Estudos Sociais Aplicados (Cesa) da UEL. O evento, promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), visa à divulgação de projetos de Pesquisa em Ensino, Programas de Formação Complementar (PFC), Residências Pedagógicas, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), Programas de Educação Tutorial (PETs), Empresas Juniores e Núcleo de Acessibilidade da UEL. Também objetiva promover atividades de ensino vinculadas a outras universidades paranaenses.

O prazo de inscrição e submissão de pesquisas termina às 23h59 do dia 27 de outubro. Com taxa única de R$40, os interessados devem escolher entre quatro modalidades: apresentador (a) de trabalho – estudante ou docente da UEL; apresentador de trabalho (a) – estudante ou docente de outras instituições do Estado; orientador (a); e participante – sem apresentação de trabalho. O certificado confere carga horária total de 12h.

1º Encontro de Comitês de Suporte à Pesquisa do Paraná

Do dia 9 a 10 de novembro, reúnem-se no Campus da UEL a Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA), Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CEP), Comitê de Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (CPGEN) e Comissões Internas de Biossegurança (CIBio).

As discussões dos grupos giram em torno de quatro palestras: “Princípios éticos nas pesquisas envolvendo animais e legislação atual” (CEUA); “Experiências e vivências no sistema CEP/CONEP e Plataforma Brasil no período Covid-19” (CEP); “Biossegurança laboratorial e as pesquisas em alta contenção biológica” (CIBio); e “SISGEN e a Lei da Biodiversidade Brasileira” (CPGEN).

De acordo com a professora Adriana Lourenço Soares Russo, coordenadora do CEP na UEL, o principal papel da instituição é proteger o participante da pesquisa e respaldar o pesquisador em relação a projetos que envolvam seres humanos direta ou indiretamente. Além disso, por ser um dos maiores e mais antigos da região, o Comitê também capacita outros que estão em fase de formação, com credenciamento junto à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Segundo ela, a expectativa do evento é permitir a troca de vivências, por meio de dilemas que propiciam crescimento mútuo.

Encontro de Docentes e Coordenadores de Programas de Pós-Graduação das Universidades Paranaenses

No dia 9, os pesquisadores também poderão participar do Encontro de Docentes e Coordenadores de Programas de Pós-Graduação das Universidades Paranaenses. Entre às 14h e 16h, os envolvidos conferem a mesa-redonda “Pós-graduação no Paraná: desafios e perspectivas”, com os professores Giovani Marino Favero (UEPG) e Silvia Meletti (UEL).

1º Encontro de Editores e Jornalistas Científicos do Estado

Professor André Fonseca, um dos convidados para palestrar sobre o jornalismo especializado no meio digital e os desafios da divulgação científica (Arquivo).

Voltado a debater a importância da divulgação científica, o 1º Encontro de Editores e Jornalistas científicos do Estado do Paraná apresenta à sociedade o impacto da ciência que é produzida na esfera acadêmica. A partir das 8h30, no dia 10 de novembro, o Campus da UEL se torna um espaço de diálogo entre pesquisadores, profissionais da comunicação, estudantes e o público em geral. A iniciativa é de realização da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (ProPPG) da UEL em parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social (COM).

De acordo com a coordenadora de Comunicação Social, Beatriz Botelho, da comissão organizativa, é a primeira vez que o jornalismo científico ganha terreno em uma programação mais ampla que envolve outras instituições de ensino. “Ouvir as experiências de alguns em nível nacional, como é o caso do pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Jorge Duarte Menna) , ouvir as próprias experiências que os nossos pesquisadores do Paraná têm ou de ações de divulgação científica que eles já fazem. Isso tudo é muito rico, é um espaço em que a gente pode debater, pode ouvir essas outras experiências e, também, enriquecer nosso próprio conhecimento”, ela afirma.

Para os relatos de experiência, o professor André Azevedo da Fonseca, do Departamento de Comunicação (Ceca) da UEL, em conjunto com a docente Ana Paula Machado, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), articula um panorama do jornalismo especializado no meio digital. Com intuito de demonstrar os desafios da divulgação científica nesse âmbito, ele relembra outras alternativas offline que considera mais eficazes.

O youtuber, que conta com um canal de mais de 100 mil inscritos reconhecido pela comunidade do Science Vlog em produção científica de alta qualidade, declara que “as redes sociais não são espaços adequados para esse tipo de atividade (divulgação científica) e têm efeitos limitados, e, às vezes, superestimados pelas instituições de pesquisa”. “As universidades foram convencidas de que era inevitável levar os saberes acadêmicos às redes sociais para atrair a atenção dos jovens. Mas, hoje, não tenho dúvidas de que foi uma armadilha, fruto de uma propaganda intensa promovida pelas empresas que desenvolvem as plataformas”, completa o professor.

“Redes sociais são espaços saturados de ruídos que intensificam a ansiedade e prejudicam gravemente a capacidade de concentração. Os usuários são induzidos ao consumo recorrente e insistente de dados aleatórios e desconexos, que sobrecarregam a atenção e inviabilizam a aprendizagem. Ao meu ver, um dos papeis essenciais da divulgação científica hoje é precisamente retirar os jovens das redes sociais e atraí-los para a universidade.”Professor André Fonseca, do Departamento de Comunicação (Ceca).

As inscrições para as rodas de conversa são gratuitas e já estão disponíveis no link.

Bia Botelho