Com o tema ‘Estratégias e Inovações para a popularização do conhecimento nos Museus Universitários’, o I Encontro Paranaense de Museus Universitários, realizado durante o Paraná Faz Ciência 2024, foi um evento científico histórico por seu ineditismo e relevância.
Durante os dias 8 e 10 de outubro, pela primeira vez na história das instituições estaduais de ensino superior, foi possível uma real integração entre os coordenadores, diretores e gestores dos espaços museais paranaenses. O evento aconteceu no Auditório Ney Marques, no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM), sede do PRFC 2024.
O I Encontro Paranaense de Museu Universitários foi uma iniciativa da Rede Estadual de Museus, Centros de Memórias, Documentação e Acervos Universitários das Universidades Estaduais do Paraná (Remup), com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Fundação Araucária e as universidades estaduais do Paraná. A realização do evento ficou sob responsabilidade do Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI), da UEM, sob a coordenação do professor Celso Ivam Conegero.
Os organizadores tinham como premissa definir planos em conjunto para a preservação do patrimônio cultural e científico paranaense, ampliar a visibilidade e promover a integração dos museus universitários do Estado, além de discutir estratégias e inovações para a popularização do conhecimento.
A proposta do encontro foi discutir e antever o grande potencial dos museus universitários para a divulgação da ciência produzida na Academia, com o uso das ferramentas da tecnologia com propostas atrativas, interativas e com inovação na apresentação dos acervos. E mais: museus universitários também podem ser espaços para a educação não formal para graduandos e pós-graduandos de todas as área do ensino superior.
A programação propôs quatro paineis, uma palestra e uma oficina com palestrantes, que vivenciam no dia a dia os desafios dos museus universitários, como infraestrutura, captação de recursos e ampliação e valorização dos acervos. Houve ainda a apresentação de museus universitários que compõem a Remup.
Ao final do evento, os participantes se reuniram para desenvolver a “Carta de Maringá”, que tem o objetivo de reunir as demandas e reivindicações, tanto institucionais/internas, quanto secretariais, de todos os museus universitários paranaenses. A carta será enviada para todos os reitores, para que eles tomem ciência das necessidades dessas instituições.
Acesse a íntegra, em vídeo, as atividades programadas para o I Encontro Paranaense de Museus Universitários, realizado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), entre 8 e 10 de outubro de 2024.
Abertura oficial do evento e lançamento de livros e do NAPI: Memória e Inovação
Com as presenças do presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, e demais coordenadores, gestores e professores, foi lançado o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Conectando Memória e Inovação. O NAPI tem como meta selecionar e digitalizar, com uso de Inteligência Artificial, os acervos dos espaços museais e centros de pesquisa e memória, permitindo o acesso e compartilhamento da história preservada do Paraná.
A solenidade contou com a presença da diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes Pereira; do reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Leandro Vanalli; do diretor da FA de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Márcio Spinosa; e do coordenador da Remup, Renê Wagner Ramos.
Logo em seguida, houve o lançamento de dois livros com a apresentação da jornalista Ana Paula Machado Velho. O primeiro foi o guia Espaços Paranaense de Centros e Museus de Ciências e Tecnologia. Na sequência, foi o livro Patrimônio Têxtil e Vestuário: um olhar para os acervos de moda nos museus, de Ronaldo Vasquez.
Painel 1 – Papel das Associações de Amigos de Museus para a Sustentabilidade
Durante I Encontro, o Painel 1 teve as apresentações de Isabel da Silva Chagas, da Associação dos Amigos do Mudi, e Marcelo Seixas de Matos, produtor musical e presidente do Instituto de Apoio a Museus e Patrimônio (IAMP). Ambos apresentaram as estratégias para o engajamento e financiamento das atividades, com mediação de Claudia Rejane Schavarink Almeida (SETI).
Painel 2 – A Inserção dos Museus nos Programas de Graduação e Pós-graduação
Com a mediação de Rodrigo Arantes Reis, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), participaram do Painel 2 o coordenador do Museu de Ciências Naturais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Antonio Liccardo, o coordenador do Museu Campos Gerais, Robson Laverdi, e a professora e coordenadora de Projetos do MUDI, Débora de Mello Gonçales Sant’Ana. Ao final das exposições, o grupo concordou que os espaços museais também são apropriados para projetos de ensino, pesquisa e a curricularização da extensão.
Palestra – Desafios e estratégias para implementar e manter iniciativas de inclusão em Museus
Diretamente do Rio de Janeiro, a professora, coordenadora do grupo de pesquisa Museus e Centros de Ciências Acessíveis (MCCAC), divulgadora Científica e pesquisadora da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), Jéssica Norberto Rocha, encerrou, por videoconferência, a manhã do segundo dia do evento.
Painel 3 – O papel dos Museus de Ciências na popularização do conhecimento científico
Este Painel contou com a participação de Rodrigo Bastos, do Museu de Ciências Naturais da Unicentro, e Rodrigo Arantes Reis, do Museu de Ciências Naturais da UFPR. A mediadora foi Ana Paula Vidotti, coordenadora do Projeto MUDItinerante. Para os palestrantes, o museu tem um papel educativo e formativo em um momento em que a interatividade é cada vez mais desejada pelo público.
Painel 4 – Papel dos Museus Históricos diante dos avanços da inovação e tecnologia
O último painel programado foi conduzido por Edméia Aparecida Ribeiro, do Museu Histórico, da Universidade Estadual de Londrina (UEL); José Henrique Rollo Gonçalves, do Museu da Bacia do Paraná da UEM; Niltonci Batista Chaves, do Museu Campos Gerais da UEPG; e Jacira Ramos, do Museu Regional do Iguaçu. A mediação ficou a cargo de Lúcio Tadeu Mota, do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história (LAHI) da UEM.
Assista a íntegra das apresentações dos responsáveis pelos espaços museais integrantes da Rede Estadual de Museus, Centros de Memórias, Documentação e Acervos Universitários das Universidades Estaduais do Paraná (Remup).
Dando continuidade às apresentações da Remup no I Encontro Paranaense de Museus Universitários, temos José Henrique Rollo Gonçalves, do Museu Bacia do Paraná da UEM, seguido por Niltonci Batista Chaves e Antônio Liccardo, ambos do Museu Campos Gerais da UEPG. Com mediação do coordenador da Remup, Renê Wagner Ramos, a última a falar foi Silvia Prado, coordenadora do Museu Histórico Mario Pereira, vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), o mais novo espaço museal do Estado.
Como captar recursos para custear os museus universitários?
O último evento do I Encontro Paranaense de Museus Universitários foi uma oficina para capacitação em projetos culturais de Museus de Ciência. Com o objetivo de capacitar gestores e trabalhadores de museus no entendimento, elaboração e modelagem de projetos culturais, os participantes receberam dicas e estratégias sobre como financiar atividades, eventos, custeio e produtos das instituições.
Sob a coordenação de Marcelo Seixas de Matos, presidente do Instituto de Apoio a Museus e Patrimônio (IAMP), a oficina abordou o financiamento de atividades, eventos, custeio e produtos das instituições. Ao final da atividade, cada participante pode estruturar um modelo de projeto cultural, já apto para envio ao PRONAC – Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).