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Pesquisadores são destaque em Prêmio Inventores 2023 da Unicamp

Pesquisadores Gerson Nakazato, Renata Kobayashi, Audrey Lonni e Marcelly Chue, que integram o grupo vencedor do Prêmio Inventores 2023 da Unicamp.

Um grupo de pesquisadores ligados aos laboratórios de Biotecnologia, Microbiologia e Bacteriologia da UEL teve um projeto e uma patente de medicamento reconhecidos no Prêmio Inventores 2023, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que homenageia iniciativas relacionadas à inovação de professores, alunos e ex-alunos da Universidade. O grupo da UEL recebeu a premiação na categoria Patente Depositada pelo desenvolvimento do gel creme tópico com nanopartículas de prata biogênicas e violaceína com atividade antimicrobiana e conservante. O professor Gerson Nakazato, do Departamento de Microbiologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), é ex-aluno do Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular da Unicamp.

Integram o grupo que desenvolveu o gel os professores Nakazato, Sueli Ogatta, Renata Kobayashi e Lucy Lioni, todos do Departamento de Microbiologia; Audrey Lonni, do Departamento de Ciências Farmacêuticas; a doutora em Microbiologia Marcelly Chue Gonçalves e as doutorandas do programa Débora Dahmer e Laís Spoladori. Também integra o grupo o professor Nelson Durán Caballero, professor aposentado na Unicamp e atualmente lotado no Instituto de Biologia da instituição.

O gel representa uma patente compartilhada entre a UEL e Unicamp. O produto apresenta atividade antibacteriana e auxilia no combate de bactérias consideradas multirresistentes e de outros microrganismos. A formulação pode ser uma alternativa para evitar infecção em feridas e queimaduras e tem potencial para ser aplicada tanto em humanos quanto em animais.

De acordo com o professor Gerson, a violaceína é um pigmento que se caracteriza por sua ação bactericida, com capacidade para destruir microorganismos. A patente foi possível pela manipulação da matéria numa escala atômica e molecular, utilizada pelo grupo de pesquisa. “Essa patente envolve nanotecnologia, e o professor Nelson foi um dos nossos mentores, que nos passou a síntese de nanopartículas. Hoje temos uma produção nos nossos laboratórios”, afirma. Com isso o grupo conseguiu produzir novas tecnologias com maior autonomia.

O Prêmio Inventores da Unicamp considerou as categorias Tecnologia Licenciada (78 pessoas envolvidas em 19 contratos de licenciamentos de 19 tecnologias); Spin-off Acadêmica (empresa recente no mercado utiliza tecnologia ou conhecimento da Unicamp); Tecnologia Absorvida no Mercado (inventores de tecnologias que, além de licenciadas, já foram absorvidas no mercado com retorno de royalties para a Universidade) e patentes depositadas (137 inventores com inovações desenvolvidas na Universidade, que geraram 32 depósitos de patente em 2022).