Grupos de caçadores abatem apenas machos, deixando fêmeas e filhotes vivos para impulsionar a prática, favorecendo que a espécie se espalhe pelo país, causando impactos ambientais e na saúde

Os javalis, porcos selvagens que podem chegar a pesar até 250 quilos, foram listados entre as cem espécies mais invasoras do mundo, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os animais já causam impacto em todos os continentes, com exceção da Antártica. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a espécie está presente nos seis biomas e em 2010 munícipios, os quais registram invasões de áreas naturais e agrícolas por parte dos animais.

Além de causar consequências na saúde animal nativa e pecuária, na biodiversidade, na saúde ambiental e na agricultura, os javalis ainda são considerados hospedeiros e reservatórios de várias doenças zoonóticas, como toxoplasmose, salmonelose, leptospirose, tuberculose, hepatite E, influenza A e febre maculosa.

Em artigo recém-publicado no periódico One Health, da Science Direct, pesquisadores do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em colaboração com integrantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sugerem que a caça ao javali como medida de controle falhou, principalmente devido a grupos privados que visam, sobretudo, machos, deixando, intencionalmente, fêmeas e leitões vivos para possibilitar a continuidade da prática, o que faz com que as populações de javalis sejam disseminadas em todo o país.

Veja a matéria completa na revista Ciêcia UFPR.

Objetivo é criar primeiro banco de germoplasma microbiano da Região Sudoeste

Um projeto pioneiro coordenado pelo professor do Campus Francisco Beltrão, Eder da Costa Santos, vem catalogando microrganismos promotores de crescimento em plantas (MPCP) para que eles possam ser usados como bioinsumos. O objetivo é criar o primeiro banco de germoplasma microbiano, de interesse agrícola, da região Sudoeste do Paraná, a partir de recursos genéticos bioprospectados regionalmente.

Os trabalhos de catalogação começaram no ano passado e contam com a colaboração de pesquisadores de iniciação científica e de mestrado da UTFPR, além das professoras do Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal (IPB), Paula Rodrigues e Paula Baptista.

O grupo realiza a catalogação de cepas de acordo com os seguintes fenótipos: fixação biológica de nitrogênio, solubilização de fósforo e potássio, produção de auxinas, sideróforos, biossurfactantes e indução de resistência sistêmica.

“Os resultados alcançados até o momento pelo BioBank4Agro são promissores. Essas cepas apresentam o potencial para melhorar a absorção vegetal de nutrientes, estimular o crescimento radicular e fortalecer sua resistência a doenças, entre outros”, explica o pesquisador Eder Santos.

Segundo o professor, com o BioBank4Agro, o objetivo é desenvolver produtos biotecnológicos, além de fortalecer a agricultura sustentável. “Buscamos agora ampliar as parcerias estratégicas com instituições nacionais e internacionais, a fim de ampliar o potencial biotecnológico da coleção”, completa.

O BioBank4Agro conta com fomento da Fundação Araucária e faz parte da Rede AgroBioAlimentar.

Clique aqui para visualizar a matéria original

O Governo do Estado prorrogou até 30 de junho o prazo para apresentação de propostas de empresas, cooperativas, startups, municípios e outras organizações que buscam financiamento para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A chamada pública envolve recursos da ordem de R$ 20 milhões não reembolsáveis do Fundo Paraná, dotação gerenciada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o fomento científico e tecnológico paranaense.

A iniciativa tem amparo no Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni). Serão apoiados projetos em cinco áreas: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias renováveis; cidades inteligentes; e economia, educação e sociedade. As propostas devem ser fundamentadas na transformação digital e no desenvolvimento sustentável.

Do montante anunciado, R$ 6 milhões serão destinados para microempresas e empreendedores individuais; R$ 4 milhões para empresas de pequeno e médio porte, e R$ 5 milhões para grandes empresas. Outros R$ 5 milhões serão aplicados em projetos apresentados por municípios, cooperativas e outras organizações com e sem finalidade lucrativa. Cada projeto pode ter o valor máximo de até 10% do total previsto para a respectiva categoria.

Segundo o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, o intuito é incentivar o desenvolvimento socioeconômico, agregar tecnologia aos processos de produção de bens e serviços e aumentar a competitividade empresarial paranaense.

“No Estado do Paraná, entendemos que o investimento em ciência e tecnologia é uma estratégia competitiva que pode diferenciar as nossas empresas nos mercados local, regional e até nacional, permitindo que esses agentes produtivos cresçam e se desenvolvam em um ambiente cada vez mais inovador”, diz Pelegrina. “Nós acreditamos que a tecnologia pode e deve ser usada como uma ferramenta para atender as necessidades e as demandas dos cidadãos e dos consumidores em geral”, destaca.

CRITÉRIOS – Entre os critérios para receber o apoio financeiro do Estado, os proponentes devem ter registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no Paraná e articular as propostas com as unidades da Ageuni nas universidades estaduais. A duração dos projetos será de dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Os projetos de P&D serão financiados por meio de acordos de parceria e cooperação estabelecidos com as instituições estaduais de ensino superior.

Confira os câmpus acadêmicos onde estão localizadas as unidades da Ageuni:

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Londrina – ageuniaintec@uel.br

Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Maringá – ageuni@uem.br

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Ponta Grossa – ageuni.agipi@uepg.br

Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Cascavel – ageuni@unioeste.br

Francisco Beltrão – ageuni@unioeste.br

Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

Guarapuava – ageuni.novatec@unicentro.br

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Jacarezinho – ageuni@uenp.edu.br

Universidade Estadual do Paraná (Unespar)

Campo Mourão – ageuni2campomourao@unespar.edu.br

Paranaguá – ageuni1paranagua@unespar.edu.br

O livro, escrito por professores do Mestrado em Agronomia, traz temas que consideram as especificidades da região norte pioneira

Os professores do Programa de Mestrado em Agronomia da Universidade Estadual do Norte do Paraná lançaram o livro “Sistemas para produção agropecuária sustentável no norte pioneiro do Paraná”. Organizado pelo professor Oriel Tiago Kölln, a obra reúne importantes informações sobre a sustentabilidade da produção agropecuária.

Publicado pela Editora UENP, a obra é composta por três partes: Produção agropecuária sustentável, Sanidade vegetal e Inovações em sanidade vegetal. “Esse livro é o resultado de um esforço conjunto dos professores e alunos do Mestrado em Agronomia da UENP. São 12 capítulos que trazem trabalhos de diferentes temas que tem uma importância muito grande para a nossa região”, frisou Oriel.

Segundo o professor, os trabalhos que compõem o livro consideram as especificidades da região norte pioneira do Paraná. “Os temas tratados ao longo dos capítulos envolvem essas especificidades, tanto em relação a novas culturas, as características do solo, as novas tecnologias, quanto a parte animal. São vários temas importantes da atualidade, adaptados para as especificidades da região”, destacou.

O e-book do livro “Sistemas para produção agropecuária sustentável no norte pioneiro do Paraná” está disponível gratuitamente no site da Editora UENP. Acesse AQUI.

Plantas e bichos são sua praia, então… considere as Agrárias

Fala aí. Se você gosta do campo, se liga na natureza e curte os animais, as Ciências Agrárias têm tudo a ver com seu jeito de ser. A área envolve tudo sobre exploração da terra, criação de animais e cultivo de vegetais. 

Agronomia, Medicina Veterinária, Agroecologia, Zootecnia e Agronegócio, além das engenharias Florestal, de Alimentos, de Recursos Hídricos e de Pesca, são alguns ramos das Agrárias, que também usa os conhecimentos em Ecologia, Climatologia, Tecnologia da Informação e Engenharia Genética para aprimorar seus métodos. É muita coisa mesmo. 

E quanto ao planeta, preocupado? Sente o drama. Atualmente, alguns dos maiores desafios desta atividade é aumentar a produção alimentar, utilizando os recursos naturais com responsabilidade e aprimorar as tecnologias preservando o meio ambiente. Isso é top.

Eae. Já parou pra pensar se essa ciência que alimenta o mundo faz todo o sentido para você? Então dá uma olhada no que o professor Júlio Damasceno, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), conta no vídeo Hora Ciência, do Conexão Ciência.

Num papo reto, o professor e atual reitor da UEM fala da longa jornada para chegar onde está, da paixão pela vida de pesquisador e como é fantástico mergulhar e se envolver com a ciência. Ele explica as várias formas de atuação nas Agrárias, dá dicas valiosas e te convida a fazer parte desse mundo mágico de cientistas. O reitor também declara seu amor pela Universidade, conta da sua ligação, expõe o ranking que ela ocupa atualmente e fala da importância da UEM para nossa região, Estado e sociedade. 

Para esclarecer um pouco mais, o conexão Ciência, ou C², é um projeto da UEM que desvenda o que os cientistas estão fazendo por lá. 

A série de lives Hora da Ciência, foi produzida pelo C², para crianças e jovens curiosos entenderem como é bacana saber sempre mais e quem sabe se tornarem cientistas.

Mais uma coisa legal é saber que, todo mês de outubro, o Paraná comemora a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia. Na última edição, em 2021, o Hora da Ciência apresentou lives fáceis de entender sobre várias áreas. Liga o radar que esse ano tem mais. 

Depois de conferir o papo do professor Júlio é só stalkear o C², o Hora da Ciência e correr pra contar pra galera. Bora lá!

Confira aqui o vídeo do Hora da Ciência e saiba mais sobre as ciências agrárias

Papo sério sobre o professor

Formado em Zootecnia, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), é mestre em Zootecnia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e doutor em Agronomia (Energia na Agricultura), pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Botucatu). Fez dois pós-doutorados, na área de sistemas de produção de leite, no Institute Nationale de la Recherche Agronomique (INRA/França). É professor do departamento de Zootecnia da UEM e membro fundador da International Association of Work in Agriculture.