Professores e bolsistas apresentaram algumas das ações que destacam o papel do Arranjo na sociedade
O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Paraná Faz Ciência esteve presente na 13ª Feira das Profissões da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O objetivo era apresentar aos visitantes atividades que estão sendo desenvolvidas pela Rede de Clubes na região. O evento foi realizado nesta terça-feira (01), no Campus Universitário.
A Feira expôs os 53 cursos de graduação da UEL, principalmente para estudantes do Ensino Médio. Além disso, o evento faz parte da programação oficial do aniversário de 55 anos da Universidade, parceira do Arranjo. Representantes da equipe NAPI UEL ficaram responsáveis por um estande no Centro de Ciências Biológicas (CCB).
Para a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, a Feira das Profissões é muito significativa para o Arranjo. “Podemos divulgar nossas atividades para estudantes que ainda não estão na universidade e, com isso, podemos despertar nesses estudantes o interesse pela pesquisa”, destaca.
Segundo a docente, também é um ótimo momento para que os alunos que já estão em clubes de ciências possam ver o resultado de suas investigações. A Universidade Estadual de Londrina é articuladora de 20 clubes no NAPI PRFC e alguns estudantes que participam desses projetos compareceram à Feira com suas escolas.
A aluna Ana Clara, por exemplo, está no 2° ano do Ensino Médio e é integrante do clube San Rafa Makers, do Colégio Estadual San Rafael, em Ibiporã. Ela ainda não decidiu para o que vai prestar no vestibular, mas garantiu que tem gostado das atividades do projeto. “É muito interessante [o projeto], a gente consegue pesquisar e entender bastante coisa.”
Por ser um evento aberto e gratuito, a 13ª Feira das Profissões da UEL não recebeu apenas grupos escolares. A comunidade externa ficou livre para visitar a instituição sem necessidade de agendamento, possibilitando maior contato com os oito centros de estudos. Dessa forma, a equipe NAPI UEL aproveitou para reforçar a importância do Arranjo na sociedade, sobretudo aos que ainda não conheciam a iniciativa.
Estudantes aprenderam sobre floresta nativa e biodiversidade
Os alunos do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia, realizaram uma visita à Fazenda Bimini, na zona rural do município. A atividade, proposta pelo Clube de Ciências “Discovery Kennedy’s”, mostrou como identificar espaços de floresta nativa e sua importância para o equilíbrio do meio ambiente.
A visita foi conduzida por Daniel Steidle, ambientalista e responsável pela Fazenda, no início de abril. Os estudantes aprenderam sobre ancestralidade, biodiversidade e simbiose. Além disso, puderam acompanhar a soltura de três pequenas cobras. “Bem interessante, é legal ficar em um ambiente diferente da zona urbana, com mais vegetação”, contou José, um dos alunos clubistas.
A professora Eglaia Cheron, coordenadora do projeto na escola, foi uma das docentes que acompanhou os jovens cientistas no passeio. Ela destacou a importância da atividade para compreender melhor a natureza e como funciona o estabelecimento da cadeia alimentar. “É uma imersão na fauna e na flora da nossa cidade”, reforça a professora, que ministra as matérias de Ciências e Biologia no colégio.
No NAPI – Paraná Faz Ciência, o clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e os encontros ocorrem toda terça-feira, no período vespertino. O objetivo do “Discovery Kennedy’s” é investigar o entorno do Lago San Fernando e as aves que podem ser encontradas no perímetro urbano de Rolândia. Quando não estiverem em aula de campo, os alunos realizarão as atividades no laboratório de ciências da escola.
Dentro do contexto da biodiversidade, o cronograma de atividades do clube envolve a análise da água do Lago San Fernando, incluindo o estudo de microrganismos e bioindicadores. Além disso, os clubistas também investigarão a mata ciliar do Lago, catalogando espécies de vegetais e animais estabelecidas no local. Com relação às aves urbanas, os alunos irão pesquisar os hábitos de vida e a adaptação dos ciclos dos animais na região.
O encontro seguiu a temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2024
Promover a integração entre os Clubes de Ciências e apresentar o cenário científico da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Esse foi o objetivo do evento “Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade”, realizado, nesta quarta-feira (28). O tema do encontro, inspirado na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia de 2024, faz parte do projeto aprovado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), parceira da instituição.
A abertura ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB). Segundo a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, compareceram aproximadamente 400 pessoas, entre alunos e professores, ao longo do dia. “É um momento bem interessante porque estamos nos conhecendo presencialmente e […] podendo articular o trabalho dos clubistas com pesquisas da Universidade”, destacou.
Além da docente, a recepção contou com falas da professora pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Zilda Andrade; do professor Eduardo Araújo, diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL; da professora Débora Sant’Ana, articuladora do NAPI PRFC; do professor Leonardo Zanoni, do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina; e da estudante Isabella Cachoeira, representante do PET-Biologia.
A conversa com os alunos teve como foco principal a pesquisa e extensão na UEL. Foram abordadas experiências práticas e os impactos positivos dessas iniciativas na formação acadêmica e na comunidade. Ao final, os clubistas puderam entender melhor como funciona o trabalho de todo o núcleo que participa ativamente da Rede de Clubes articulada pela instituição. No total, a Universidade Estadual de Londrina é responsável por 18 Clubes de Ciências, sendo dois do projeto Maker.
De acordo com a professora Zilda, os eventos são essenciais para apresentar o contexto da Universidade aos estudantes. Afinal, é por meio desse primeiro contato que os alunos podem despertar o interesse no Ensino Superior como um todo. “Para a UEL é uma oportunidade levar ao conhecimento a nossa estrutura, os nossos cursos, o que a Universidade oferece em projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação”, explica.
A professora Débora também reforçou a relevância dessa integração entre pesquisadores e estudantes, sobretudo para ajudar a tornar o universo da ciência mais acessível para todos. “Esses eventos são importantes para que os estudantes da Educação Básica tenham pertencimento à ciência, tecnologia e, especialmente, à Universidade.”
Por meio do encontro, os Clubes de Ciências conheceram mais sobre as pesquisas relacionadas à biologia animal e vegetal. No CCB, os alunos foram introduzidos aos estudos sobre o Bioma Mata Atlântica e a Floresta Estacional Semidecidual do Paraná, compreendendo a importância desses ambientes. Além disso, fizeram uma visita ao Museu de Zoologia da UEL, onde puderam observar de perto exemplares da fauna regional e nacional.
Outra atividade realizada foi a visita ao Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL), que também fica localizado no Campus Universitário. Por lá, os estudantes fizeram experimentos químicos e físicos, viram formas de eletrização e descobriram como é a estrutura do museu em si. O passeio proporcionou um aprendizado interativo, com demonstrações práticas.
A programação foi a mesma para o período da manhã e da tarde. O evento foi organizado com a colaboração de todos os profissionais e bolsistas da equipe NAPI UEL, em parceria com a UEM.
O nome curioso “capivara” é o símbolo do colégio, escolhido pelos próprios alunos
O Capivara’s Tech está animado para as novas atividades que vão acontecer este ano. A abertura do clube de ciências do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, de Maringá, aconteceu no mês de março. O clube nesta escola é uma eletiva, ou seja, uma disciplina que está na carga horária dos alunos. Nela, cada professor escreve um projeto em colaboração com os estudantes.
Neste caso, o Capivara’s Tech acontece toda semana às quintas-feiras nas duas últimas aulas do período da tarde. Em razão do horário e da disponibilidade da professora coordenadora do clube, Maísa de Carvalho Iwazaki, os alunos integrantes são somente do Ensino Médio.
Todos os anos acontecem as Feiras de Eletivas para o Ensino Fundamental e Médio. Essas matérias se encerram em seis meses e são apresentadas na Culminância, que é um evento em todos os colégios integrais com o objetivo de apresentar os resultados desenvolvidos durante o tempo das aulas na disciplina eletiva. Logo, este momento ocorre duas vezes ao ano.
No ano passado, o Feirão de Eletivas já havia acontecido em agosto, mas foi somente em setembro que o clube se iniciou. Por isso, em uma organização do colégio, todos os alunos do segundo ano do Ensino Médio participaram do Capivara´s Tech. Durante o ano de 2024, eles realizaram um protocolo de minerais do PICCE (Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola) e apresentaram na Culminância o trabalho feito sobre rochas e minerais para toda a escola.
Em 2025, com 24 alunos majoritariamente do 3º ano, o projeto inicial é tornar a escola um ambiente mais acolhedor. Segundo a professora, por ser um colégio de tempo integral é necessário que haja mais espaços de lazer, recreação e descanso.
Outras ideias também já estão aparecendo no projeto do Capivara´s Tech, entre elas um comedouro de aves, já que a escola fica próxima ao Parque do Ingá e esses animais costumam fazer visitas. Além disso, Maísa explica que faz parte da ideia inicial criar abelhas, para fomentar a apicultura, e uma horta ou jardim para cuidados e assim oportunizar estudos. O objetivo é trazer a pesquisa científica para a prática nessas temáticas.
No primeiro dia do clube neste ano, os alunos andaram pelo colégio com o propósito de analisar quais os problemas existentes no ambiente escolar. Nos próximos encontros, conforme a professora, serão discutidas as possíveis soluções. Uma das sugestões levantadas foi a reutilização da água que escorre dos ar-condicionados para regar a futura horta.
O nome “Capivara” já era conhecido pelos alunos, por ocasião de um trabalho realizado pelo professor Jeferson Luiz Kaibers, na matéria de artes. O objetivo era escolher um símbolo para o colégio e a preferência foi pela capivara, por ser um animal encontrado no território brasileiro.
Com o início das atividades do clube, a professora Maísa, juntamente com os alunos precisavam pensar em um nome e de pronto o símbolo do colégio foi retomado. Ao nome Capivara juntou-se o “Tech” para simbolizar tecnologia. Assim surgiu o “Capivara’s Tech”.
Além do nome interdisciplinar, o clube também quer trazer para a prática atividades de outras matérias desenvolvidas na escola. É o caso da matéria eletiva de artes, ministrada pelo mesmo professor Jeferson. Nela, o tema beleza poderá ser trabalhado e vai ao encontro da temática inicial do clube de ciências: criar um ambiente confortável e mais acolhedor na escola. Neste caso, o conforto visual seria o ponto de partida para pensarem em conjunto. Segundo os professores, o objetivo é pintar as paredes da escola com outras cores, incluir desenhos e adesivar as portas.
A grande oportunidade em participar de um clube de ciências, segundo Maísa, é a aproximação dos alunos com o universo científico. “Disse a eles que este ambiente vai ajudar muito na preparação para as olimpíadas e que juntos vamos nos preparar e estudar. Também expliquei sobre as possibilidades de ingresso em universidades por meio dessas olimpíadas”, completa a professora.
Para os docentes, ser coordenador de um clube é se reconectar com a área da pesquisa e significa também “resgatar aquilo que muitas vezes acabamos esquecendo”, menciona Maísa. É um momento de colaboração e há aprendizagem mútua. Apesar de algumas dificuldades iniciais, quanto à organização do tempo e ajustes no planejamento da rotina do clube, o Capivara’s Tech já está colocando as mãos na massa!
Alunos do 3º ano de Formação de Docentes produzem conteúdo sobre ciência e meio ambiente, aproximando a comunidade escolar da pesquisa científica
A divulgação científica desempenha um papel essencial na aproximação da comunidade escolar com o conhecimento e a pesquisa. No Colégio Estadual Cívico-Militar Sertãozinho, em Matinhos, essa iniciativa ganhou forma por meio do Jornal da Escola, produzido pelos alunos do 2º ano do curso de Formação de Docentes.
Nesta edição, o jornal trouxe como destaque o trabalho do Clube de Ciências EcoCientistas, que realizou uma atividade sobre o tempo de decomposição dos resíduos, alertando para a importância da destinação correta do lixo e o impacto ambiental dos diferentes materiais descartados.
A professora responsável pela atividade, Luciana Martins, explicou como a experiência foi estruturada para despertar a consciência ambiental nos alunos. “Nós fizemos um painel com o tempo de decomposição de cada material: tampinhas, sacolas plásticas, latas. A ideia foi mostrar o quanto esses resíduos permanecem no meio ambiente e a importância do descarte correto”, destacou.
A exposição permitiu que os estudantes visualizassem e comparassem o impacto de diferentes tipos de resíduos no planeta, fortalecendo a educação científica e o pensamento crítico sobre questões ambientais.
Além de estimular o interesse dos alunos pela ciência, a iniciativa reforça o papel da comunicação científica dentro do ambiente escolar. Ao produzirem um jornal voltado para temas de pesquisa e educação, os estudantes se tornam protagonistas na disseminação do conhecimento, contribuindo para a formação de uma comunidade mais informada e consciente.
Propondo esses projetos, como o Jornal da Escola e o Clube de Ciências Sertãozinho, o Colégio Estadual Cívico-Militar Sertãozinho reafirma seu compromisso com a educação científica, incentivando os alunos a explorarem a ciência de maneira prática e acessível.
Estudantes tiveram contato com alguns dos projetos e inovações tecnológicas desenvolvidas na região
Uma das atividades que mais fortalecem a formação pessoal, intelectual e até profissional dos estudantes são as excursões. Pensando nisso, muitas escolas foram à 63ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2025), que ocorreu do dia 04 a 13 de abril. Entre o público, estiveram dois Clubes de Ciências do município: Clube Eco Sapiens e o Clube Litterae Ludus.
Articulados pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI-Paraná Faz Ciência, os clubes fazem parte do Colégio Estadual Machado de Assis e Colégio Estadual Cívico Militar Professor Newton Guimarães, respectivamente. Os alunos tiveram maior contato com a Via Rural Smart Farm, visitando exposições que destacaram inovações tecnológicas e o potencial turístico da área rural.
No clube Eco Sapiens, o objetivo é justamente estudar sobre tecnologias, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. De acordo com o professor Leandro Niehues, coordenador do clube, a visita foi importante para ampliar esse aprendizado. “É interessante para eles verem os projetos que existem, para terem conhecimentos que vão ajudar na pesquisa de cada um e tirarem dúvidas”, destaca.
O clube Litterae Ludus, por sua vez, busca desenvolver o pensamento científico analisando a relação entre os jogos de RPG e a formação do leitor literário. Segundo a professora coordenadora, Franciela Zamariam, a visita foi uma forma dinâmica de apresentar a metodologia científica. “A minha preocupação é que os estudantes tenham sempre clareza a respeito dos elementos que compõem a pesquisa científica”, explica. “Lá na Exposição a gente conseguiu demonstrar de maneira mais prática para eles.”
A Via Rural Smart Farm foi o principal foco das visitas escolares, trazendo diferentes temáticas que conectam o campo com a sociedade. O espaço foi promovido pelo Governo do Estado do Paraná, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB); da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da UEL, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná (SRP).
Alguns estudantes também aproveitaram para passear pelo Museu da SRP e pelo novo Aquário de Londrina. As atrações ficam próximas à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos, onde ocorreu a Exposição.
Estudantes analisaram métodos de compostagem para trabalhar com os resíduos sólidos
Os alunos do clube “Exploradores da Ciência”, do Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Pérola D’Oeste, dedicaram uma atenção especial na criação de uma horta comunitária. A atividade foi proposta para que os alunos trabalhassem com resíduos dos alimentos da merenda, e o que for plantado, poderá, futuramente, ser consumido na escola.
O colégio faz parte do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Já o Clube é articulado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), de Foz do Iguaçu, no NAPI – Paraná Faz Ciência. O objetivo principal do projeto é mostrar formas de minimizar os impactos ambientais e sociais, incentivando a busca por um futuro mais sustentável.
Para isso, o Clube de Ciências pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos, em especial nas comunidades do entorno do colégio. A composteira na horta começou a ser construída no ano passado, quando o projeto foi aprovado. Agora, os estudantes plantaram mudas de verduras e hortaliças.
Segundo a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, são 25 alunos participantes, do Ensino Fundamental e Médio. As atividades ocorrem toda quinta-feira, das 13h às 15h30. “Trabalhamos com diferentes tipos de resíduos e estamos desenvolvendo algumas ações na escola”, destaca.
Na horta, os estudantes utilizam o Método Lages de Compostagem, criado pelo professor Germano Güttler, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. De forma resumida, o método consiste em transformar matéria orgânica em adubo, usando canteiros em camadas. É um modelo ideal para se fazer em casa, nas escolas ou em hortas comunitárias.
Além da horta, o clube “Exploradores da Ciência” também tem estudado sobre resíduos eletrônicos, como conta a professora Silvana. “Implementamos uma campanha de coleta de pilhas e baterias na comunidade, que serão posteriormente entregues aos catadores para a destinação adequada”, explica a docente.
Outra atividade desenvolvida pelos alunos foi a análise da água, feita na casa de todos os estudantes. A iniciativa foi realizada em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Realeza. Além disso, a equipe do clube também está desenvolvendo um aplicativo, que terá como propósito auxiliar a coleta de lixo municipal.
Recentemente, os alunos realizaram uma entrevista com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com os membros da Associação de Catadores Autônomos de Pérola D’Oeste. Os estudantes conheceram a plataforma de transbordo de resíduos sólidos e registraram a quantidade de materiais coletados, os cuidados necessários em segurança e quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos coletores.
Evento à luz da lua reuniu estudantes e convidados para refletir sobre a história local e os desafios da conservação
O Clube EcoHistoriadores, do Colégio Estadual Cecília Meireles, em Loanda, promoveu seu primeiro luau, um encontro especial marcado por aprendizado, troca de experiências e conexão com a história e a natureza. Sob a coordenação da professora Adriana Renata Fernandes, o evento teve como destaque a presença de Sônia Talarico, que compartilhou suas memórias sobre o distrito de Porto São José, enriquecendo a reflexão dos estudantes sobre as transformações da região ao longo dos anos.
Mais do que um momento de contemplação, o encontro permitiu discutir os impactos do desenvolvimento no município. A relação entre turismo, pesca e infraestrutura foi abordada pelos participantes, que refletiram sobre os avanços trazidos pelo crescimento econômico, mas também sobre os desafios ambientais que surgiram com a chegada de novos visitantes e empreendimentos
Entre os estudantes, Pietro Aparecido da Silva Rosa, da 2ª série do Ensino Médio, destacou a necessidade de conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente e o patrimônio local. “Resgatamos memórias antigas, algumas muito diferentes do que vemos hoje. O turismo ajudou a melhorar o acesso a recursos, como luz, água e remédios, mas também trouxe um problema: muitas pessoas que vêm para cá não cuidam do lugar como nós, que vivemos aqui. Precisamos encontrar formas de conscientizar e cobrar mudanças para que a preservação aconteça”, comentou Pietro.
O evento também marcou um novo ciclo para o Clube EcoHistoriadores, que retomou suas atividades com o compromisso de fortalecer o pertencimento dos alunos à história e à cultura local. Os estudantes discutiram os próximos passos do grupo e as iniciativas que podem ser realizadas para incentivar o cuidado com a região.
Pietro reforçou sua expectativa de que o clube continue crescendo e inspirando novas gerações. “Eu talvez não acompanhe o clube até o final, porque o Ensino Médio acaba antes, mas espero que outros continuem, com o mesmo entusiasmo e o mesmo sonho de mudança para melhor. São pessoas sonhadoras que transformam o mundo”, declarou.
O Luau do Clube EcoHistoriadores demonstrou que aprender sobre o passado é essencial para entender o presente e construir um futuro mais sustentável. O evento não apenas aproximou os alunos da história de Porto São José, mas também reforçou o compromisso do clube com a conscientização ambiental e a preservação da identidade local.
Com encontros como esse, o Clube EcoHistoriadores segue incentivando os jovens a valorizarem sua terra, sua cultura e a buscarem soluções para os desafios ambientais e sociais da região.
Os materiais vão permitir o avanço de ações dos Clubes de Ciências nas escolas
Com o início do calendário escolar de 2025, os Clubes de Ciências retornaram com as atividades e o desenvolvimento de seus projetos. Para ajudar na execução dessas ações, materiais de consumo começarão a ser pedidos neste mês de abril. A aquisição será realizada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Cada instituição é responsável por 100 escolas, que receberam uma lista com referências para a escolha dos materiais. Entre os itens disponíveis, estão produtos químicos, esportivos, de papelaria e microeletrônicos. Eles serão custeados com recursos da Fundação Araucária, do Governo do Paraná, e o valor deve ser liberado em duas parcelas. Neste ano, as escolas têm até R$ 10 mil para os pedidos.
Segundo o pesquisador Jailson Rodrigo Pacheco, integrante do NAPI Paraná Faz Ciência pela UFPR, os materiais de consumo contribuem bastante com o andamento dos projetos. “Este investimento é fundamental para atender as necessidades básicas de um clube de ciência, permitindo que os estudantes desenvolvam suas pesquisas e, ao mesmo tempo, produzam seus materiais de divulgação”, explica.
No entanto, ainda não há uma data para a chegada dos materiais, como reforça a professora Mariana Andrade, articuladora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do Paraná Faz Ciência Maker. “As solicitações vão se iniciar em abril e dependem dos fornecedores conectados pela FAUEL (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL) e FUNPAR (Fundação da UFPR).”
Além de materiais de consumo, os professores já preencheram um formulário incluindo pedidos para equipamentos permanentes. Os itens solicitados tinham que estar de acordo com a temática do clube, mostrando a sua necessidade para o encaminhamento das atividades. Neste caso, os recursos são do Fundo Rotativo, no valor de até R$ 20 mil por escola.