O clube pretende gravar entrevistas com moradores de Castro sobre o Rio Iguaçu e a visita ajudou na preparação e inspiração dos clubistas para a atividade.
Em abril, o clube Cabeceira do Rio Iguaçu, da cidade de Castro, recebeu a visita do cineasta Rudolf Mestdagh. Diretor e produtor de filmes, Mestdagh nasceu na Bélgica e é conhecido por suas obras Ellektra (2004) e Robokip (1993). O diretor compartilhou com os clubistas suas experiências e orientou os alunos sobre técnicas de produção de imagens, também ofereceu dicas práticas para realizações de entrevistas e expôs alguns aspectos importantes da pré e da pós-produção no audiovisual.
Os clubistas assistiram ao curta Robokip (1993), um dos trabalhos de Rudolf, o qual apresenta de forma inusitada um casal em crise de normalidade e um ovo determinado em não ser café da manhã deles. A partir dessa experiência, além dos conhecimentos técnicos, os estudantes também puderam pensar em formas de expressão artísticas, que também podem ser aplicadas enquanto ferramentas narrativas no teatro de divulgação científica.
A temática que permeia as ações do clube é o Rio Iguaçu, o maior curso de água do estado do Paraná. Ele nasce na região metropolitana de Curitiba, atravessa diversas cidades, incluindo Castro até terminar em Foz do Iguaçu, onde forma uma das atrações turísticas mais conhecidas do país: as Cataratas do Iguaçu. Partindo deste tema, os estudantes têm a missão de desenvolver uma peça de teatro de fantoches.
A pesquisa envolvendo o Rio Iguaçu busca explorar, de forma integrada, tanto os aspectos físico-químicos do rio quanto as questões sociais e econômicas relacionadas ao seu uso e ocupação. Assim, uma das atividades pretendidas pelo clube envolve entrevistar moradores de Castro, para compreender como se dá o seu contato com o rio Iguaçu, a importância dele em seu dia a dia e se esses moradores percebem mudanças tanto na qualidade da água ao longo do tempo e da relação dos moradores com o rio.
Grupo vai criar uma peça teatral e a atividade poderá servir como uma inspiração aos clubistas
No dia primeiro de abril, o clube Cabeceira do Rio Iguaçu, da cidade de Castro, recebeu uma visita especial do Grupo de Teatro Científico, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (GTC – UEPG). Na ocasião, foram apresentadas duas peças: Coração em Chagas e A Que Faz. A atividade integrou o cronograma do projeto desenvolvido pelo Clube, que tem como proposta explorar o teatro como linguagem para divulgar ciência, refletir sobre o território e dialogar com a comunidade escolar.
O tema central das ações do Clube é o Rio Iguaçu, que atravessa a cidade e foi escolhido como ponto de partida para a construção de uma peça em de teatro de fantoches. A pesquisa a ser realizada pelos estudantes buscará compreender tanto as características físico-químicas do rio quanto às questões socioeconômicas envolvidas no seu uso. O público-alvo pretendido para a peça são alunos de 5º e 6º ano do ensino fundamental, em especial, os alunos da escola municipal vizinha ao Colégio Cavanis.
A peça Coração em Chagas, apresentada exclusivamente para os integrantes do Clube, aborda a descoberta da doença de Chagas pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. Por meio da linguagem teatral, o espetáculo expõe os sintomas da doença e sua forma de transmissão, além de provocar reflexões sobre as populações mais afetadas e o papel da ciência frente às desigualdades no acesso à saúde.
Já A Que Faz é uma peça que conta a trajetória de mulheres cientistas sob três perspectivas — de uma menina, de uma mulher e de uma senhora. O espetáculo foi assistido pelos clubistas e por outras turmas na quadra da escola. O enredo menciona pesquisas realizadas por cientistas locais, destaca as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no meio acadêmico e compartilha a esperança e o amor pela ciência, além de compartilhar o que motiva alguém a seguir na pesquisa. A apresentação também teve como objetivo incentivar jovens a ingressar na universidade e seguir a carreira de pesquisadora ou pesquisador.
A professora voluntária do clube, Caroline Moraes Pedroso, destacou a importância da apresentação para os clubistas. “Com o contato com outra peça de teatro, os clubistas passam a compreender mais profundamente o que é o teatro de divulgação científica, quais os elementos usados para transmitir ciência e o que é importante para o que é importante para construir um espetáculo”.
Já a professora clubista Inês Brandão ressaltou a importância da visita para os encaminhamentos pedagógicos e o desenvolvimento do projeto coletivo. “Acredito que, a partir da apresentação de hoje, poderemos extrair ideias e conceitos sobre como integrar o teatro ao trabalho científico com os alunos”.