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O clube pretende gravar entrevistas com moradores de Castro sobre o Rio Iguaçu e a visita ajudou na preparação e inspiração dos clubistas para a atividade.

A foto mostra uma sala de aula onde o cineasta Rudolf Mestdagh está sentado atrás de uma mesa, conversando com o grupo de estudantes do clube. Essa pessoa está ao centro, utiliza um notebook aberto à sua frente e gesticula enquanto fala. Ao lado, a professora que rege o clube ouve com atenção. Os estudantes estão sentados em carteiras escolares, prestando atenção e, em alguns casos, fazendo anotações. Ao fundo, há um quadro branco, uma pintura com montanhas e estrelas douradas coladas na parede. O ambiente é simples e típico de uma sala de aula, com paredes em dois tons e móveis escolares padrão.
Clubistas do Cabeceira do Rio Iguaçu junto do cineasta belga Rudolf Mestdagh durante conversa em sala de aula (Foto/Arquivo pessoal).

Em abril, o clube Cabeceira do Rio Iguaçu, da cidade de Castro, recebeu a visita do cineasta Rudolf Mestdagh. Diretor e produtor de filmes, Mestdagh nasceu na Bélgica e é conhecido por suas obras Ellektra (2004) e Robokip (1993). O diretor compartilhou com os clubistas suas experiências e orientou os alunos sobre técnicas de produção de imagens, também ofereceu dicas práticas para realizações de entrevistas e expôs alguns aspectos importantes da pré e da pós-produção no audiovisual.

Os clubistas assistiram ao curta Robokip (1993), um dos trabalhos de Rudolf, o qual apresenta de forma inusitada um casal em crise de normalidade e um ovo determinado em não ser café da manhã deles. A partir dessa experiência, além dos conhecimentos técnicos, os estudantes também puderam pensar em formas de expressão artísticas, que também podem ser aplicadas enquanto ferramentas narrativas no teatro de divulgação científica.

Na foto, vemos um momento de conversa atenta entre o cineasta, que tem cabelos compridos e óculos, vestido com blazer azul, e a professora, vestida com jaleco branco e logo da escola. Ambos estão sentados à frente da sala de aula, atrás de uma mesa, olhando-se nos olhos em um diálogo concentrado. Sobre a mesa, há um notebook fechado. Ao redor deles, estudantes ocupam cadeiras escolares, formando uma roda. A maioria está voltada para o centro, prestando atenção. O ambiente da sala é simples, com paredes em dois tons, um quadro branco ao fundo e uma pintura de paisagem logo acima.
Alunos do clube atentos à conversa com o cineasta (Foto/Arquivo pessoal).

A temática que permeia as ações do clube é o Rio Iguaçu, o maior curso de água do estado do Paraná. Ele nasce na região metropolitana de Curitiba, atravessa diversas cidades, incluindo Castro até terminar em Foz do Iguaçu, onde forma uma das atrações turísticas mais conhecidas do país: as Cataratas do Iguaçu. Partindo deste tema, os estudantes têm a missão de desenvolver uma peça de teatro de fantoches. 

A pesquisa envolvendo o Rio Iguaçu busca explorar, de forma integrada, tanto os aspectos físico-químicos do rio quanto as questões sociais e econômicas relacionadas ao seu uso e ocupação. Assim, uma das atividades pretendidas pelo clube envolve entrevistar moradores de Castro, para compreender como se dá o seu contato com o rio Iguaçu, a importância dele em seu dia a dia e se esses moradores percebem mudanças tanto na qualidade da água ao longo do tempo e da relação dos moradores com o rio.

Grupo vai criar uma peça teatral e a atividade poderá servir como uma inspiração aos clubistas

A imagem mostra um grupo numeroso de pessoas reunidas dentro de uma sala de aula para uma foto coletiva. A maioria veste uniformes escolares brancos com detalhes verdes ou azulados, enquanto algumas pessoas usam roupas de cena ou figurinos teatrais, incluindo maquiagem artística. Ao fundo, há um quadro branco com cartazes afixados, um deles com o desenho de um coração anatômico e os dizeres “Coração em Chagas”. Também há pinturas decorativas na parede, um relógio redondo, uma televisão e ventiladores. A atmosfera é descontraída e alegre, sugerindo um encontro entre estudantes, docentes e artistas após uma apresentação ou atividade cultural ligada à ciência e arte.
Clubistas do Cabeceira do Rio Iguaçu junto do Grupo de Teatro Científico da UEPG em foto pós espetáculos (Foto/Arquivo pessoal)


No dia primeiro de abril, o clube Cabeceira do Rio Iguaçu, da cidade de Castro, recebeu uma visita especial do Grupo de Teatro Científico, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (GTC – UEPG). Na ocasião, foram apresentadas duas peças: Coração em Chagas e A Que Faz. A atividade integrou o cronograma do projeto desenvolvido pelo Clube, que tem como proposta explorar o teatro como linguagem para divulgar ciência, refletir sobre o território e dialogar com a comunidade escolar. 

O tema central das ações do Clube é o Rio Iguaçu, que atravessa a cidade e foi escolhido como ponto de partida para a construção de uma peça em de teatro de fantoches. A pesquisa a ser realizada pelos estudantes buscará compreender tanto as características físico-químicas do rio quanto às questões socioeconômicas envolvidas no seu uso. O público-alvo pretendido para a peça são alunos de 5º e 6º ano do ensino fundamental, em especial, os alunos da escola municipal vizinha ao Colégio Cavanis.
A peça Coração em Chagas, apresentada exclusivamente para os integrantes do Clube, aborda a descoberta da doença de Chagas pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. Por meio da linguagem teatral, o espetáculo expõe os sintomas da doença e sua forma de transmissão, além de provocar reflexões sobre as populações mais afetadas e o papel da ciência frente às desigualdades no acesso à saúde.

A imagem retrata uma cena teatral em sala de aula, onde um ator caracterizado com vestimentas de época — incluindo meias vermelhas, colete e babados — apresenta-se diante de estudantes sentados, atentos e sorridentes. Ao fundo, há lockers escolares, janelas com persianas verticais abertas deixando entrar luz natural, e um banner com o logo do Grupo de Teatro Científico da UEPG (GTC). A interação entre o artista e os alunos parece criar uma atmosfera de envolvimento, sugerindo uma ação educativa que une arte, ciência e ensino de forma lúdica e reflexiva.
Alunos do clube assistindo ao espetáculo Coração em Chagas (Foto/Hadassa)


A Que Faz é uma peça que conta a trajetória de mulheres cientistas sob três perspectivas — de uma menina, de uma mulher e de uma senhora. O espetáculo foi assistido pelos clubistas e por outras turmas na quadra da escola. O enredo menciona pesquisas realizadas por cientistas locais, destaca as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no meio acadêmico e compartilha a esperança e o amor pela ciência, além de compartilhar o que motiva alguém a seguir na pesquisa. A apresentação também teve como objetivo incentivar jovens a ingressar na universidade e seguir a carreira de pesquisadora ou pesquisador.

A imagem mostra uma apresentação teatral em andamento em um ginásio escolar coberto, diante de um grande grupo de estudantes sentados em cadeiras plásticas verdes, todos vestindo uniformes brancos com detalhes azuis. No palco improvisado, seis pessoas caracterizadas com figurinos em tons de cinza e azul atuam diante de um cenário que simula um muro pichado com palavras e símbolos. Ao fundo, nas paredes, há murais coloridos com silhuetas esportivas e o logotipo da escola “Col. Est. Antonio e Marcos Cavanis” com o lema “Acolher, Proteger, Educar, Promover”. À direita, duas pessoas operam o som próximo a uma mesa com equipamentos. A cena transmite um ambiente escolar durante atividade cultural
Alunos do clube e do Colégio Cavanis assistindo ao espetáculo A Que Faz (Foto/Arquivo pessoal)


A professora voluntária do clube, Caroline Moraes Pedroso, destacou a importância da apresentação para os clubistas. “Com o contato com outra peça de teatro, os clubistas passam a compreender mais profundamente o que é o teatro de divulgação científica, quais os elementos usados para transmitir ciência e o que é importante para o que é importante para construir um espetáculo”. 

Já a professora clubista Inês Brandão ressaltou a importância da visita para os encaminhamentos pedagógicos e o desenvolvimento do projeto coletivo. “Acredito que, a partir da apresentação de hoje, poderemos extrair ideias e conceitos sobre como integrar o teatro ao trabalho científico com os alunos”.