Maior evento científico da América Latina contou com mais de 44 mil participantes, entre as atividades online e presenciais. Encontro realizado no campus Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná comemorou retomada científica do País. Próxima edição, em julho de 2024, será em Belém, no Pará.

A 75ª Reunião Anual da SBPC, realizada entre os dias 23 e 29 de julho de 2023 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), se despediu de Curitiba comemorando uma expressiva participação de público e de engajamento. Ao todo, cerca de 44.500 pessoas participaram das atividades presenciais e online, uma média de 6,3 mil visitas por dia.

As atividades presenciais, como debates, conferências, painéis e mesas-redondas, reuniram mais de 8 mil pessoas. Já as transmissões online, divididas entre os canais da SBPC e da UFPR, colecionaram mais de 17 mil visualizações até o fim do evento. O evento também recebeu a visita de 16 mil crianças, adolescentes e professores de escolas da região de segunda a sexta-feira.

No sábado, 29 de julho, houve o “Dia da Família na Ciência”, em que todos os espaços da Reunião Anual foram abertos para receber o público, o que levou aproximadamente 3.500 pessoas ao campus da UFPR.

“A Ciência voltou! E voltou em grande estilo. Essa Reunião Anual no Paraná criou um patamar de tanta qualidade, que fica um desafio para as edições futuras”, brincou o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, na cerimônia de encerramento, realizada na última sexta-feira, 28 de julho.

Janine Ribeiro destacou a importância do tema da 75ª Reunião Anual, “Ciência e Democracia para um Brasil justo e desenvolvido”, escolhido meses antes do resultado da eleição presidencial no País.

“Nós escolhemos esse tema ano passado, pensando muito que a ciência e a democracia poderiam estar mais em risco ainda do que estiveram nos últimos anos, porque em todos os locais em que o negacionismo ganhou um segundo mandato, foi fatal para os países. É o que aconteceu na Polônia e na Hungria, e o que acontece na Índia. Então, nós não sabíamos se ciência e democracia estariam sendo armas de uma resistência ou se estariam em reconstrução. Felizmente, pelo trabalho de muitos, estão em reconstrução.”

Para a secretária-geral da SBPC, Claudia Linhares Sales, responsável pela coordenação da Reunião Anual, o evento representou a retomada de um debate aberto sobre a construção das políticas científicas, com envolvimento direto da população.

Sales destacou também o retorno do Governo Federal à Reunião Anual, com a presença de três ministros no decorrer do evento – Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação; Nísia Trindade, da Saúde; e Camilo Santana, da Educação – além do estande próprio do MCTI dentro da ExpoT&C, após algumas edições do evento.

“A 75ª Reunião Anual da SBPC abriu diálogos na definição de políticas públicas de Ciência e Tecnologia, porque tivemos uma série de retornos ao evento nesta edição. O que isso quer dizer? Que o Governo tem a vontade política de abrir um diálogo com a comunidade, e a comunidade pode dar grandes contribuições para a reconstrução do nosso País. Então, essa alegria que a gente vê nas crianças, nos organizadores, nos participantes, é a alegria de quem quer contribuir para que o Brasil seja um país democrático, justo, desenvolvido, inclusivo e sustentável.”

Reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, afirmou que foi surpreendente ver em que a universidade havia se transformado na semana da 75ª Reunião Anual.

“Foi uma alegria ter testemunhado nessa semana da Reunião Anual a movimentação na nossa Universidade Federal do Paraná. A UFPR testemunhou essa pulsação tão intensa de Ciência, de Tecnologia, mas também de divulgação e de interlocução com a comunidade. De fato, nós recebemos muita gente, e quem esteve aqui, testemunhou, sobretudo, o acolhimento, a alegria de quem chegava e a emoção de ver as crianças aqui dentro.”

Por conta da reunião do G20, que está acontecendo na Índia, a titular do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, não pode estar presente na Reunião Anual, entretanto, ela agradeceu em vídeo o convite do presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, e encaminhou uma mensagem para a cerimônia de encerramento do evento, na sexta-feira:

“Quero ressaltar que a realização dessa reunião no momento de reconstrução da nossa democracia é algo que deve ser de fato celebrado. São tempos que a SBPC ajudou a construir, mesmo com todos os ataques do governo anterior sofridos pela Ciência, pela Tecnologia e tudo que indicasse um progresso civilizacional, com valores de liberdade, equidade, democracia e respeito a direitos. A SBPC é construtora de futuros, de saberes, de esperança e de justiça, que são frutos da boa Ciência, de quando ela é democratizada e vira bem comum de um País e de um povo.”

A Reunião Anual em números

Presencialmente, a programação científica da 75ª Reunião Anual da SBPC contou com 41 conferências, 62 mesas-redondas, três encontros, 13 sessões especiais, quatro assembleias, um ciclo de conferências, uma reunião, duas sessões de pôsteres e uma sessão de encerramento. Ao todo, foram realizadas 125 atividades, que contaram com a participação de mais de 8 mil pessoas.

Foram 10.784 pessoas que se inscreveram no evento, e cerca de 4.600 que se credenciaram. Além disso, foram oferecidos 32 webminicursos, que contaram com as inscrições de 701 pessoas.

As sessões de pôsteres contaram com 244 trabalhos apresentados em formato de vídeo-pôsteres – 121 trabalhos foram de estudantes indicados para a Jornada Nacional de Iniciação Científica, vindos 21 instituições de todo o Brasil, e 123 trabalhos foram enviados por estudantes e professores do Ensino Básico ou Superior e pesquisadores.

Desse total, 129 também foram apresentados presencialmente, nos dias 24 e 25 de julho.

Debates para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começaram na Reunião Anual 

Durante a programação da 75ª Reunião Anual da SBPC, foram realizados os primeiros debates acerca da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontecerá em 2024. Ao todo, a programação contou com nove sessões especiais dedicadas à construção das políticas científicas – uma delas contou com a participação da ministra Luciana Santos.

Entre os temas, foram debatidos a avaliação e o financiamento de pesquisa, a regulação da Ciência, divulgação científica e população da ciência e Amazônia sustentável. As resoluções dadas nos debates serão compiladas e agrupadas em um documento a ser entregue pela SBPC para o Governo Federal. 

Reunião Anual encabeçou lançamentos de estudos e obras

A programação da 75ª Reunião Anual da SBPC também contou com uma série de lançamentos de pesquisas acadêmicas e demais obras. Na última segunda-feira (23/07), dia de início da programação científica do evento, a empresa de análises Elsevier e a Agência Bori anunciaram um estudo inédito que identificou a queda na produção acadêmica em 23 países – no Brasil, a produção caiu pela primeira vez na história do País, com um decréscimo de 7.4% no comparativo entre 2022 e 2021.

Já o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) lançou o livro, site e jogo virtual Galáxia da Ciência, um conjunto de atividades multiplataformas com o objetivo de aproximar o desenvolvimento científico e tecnológico nacional do público geral e homenagear a história da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no Brasil.

E a Associação Nacional de Pós-Graduandos lançou o “Dossiê Florestan Fernandes”, um documento que traça um panorama sobre a condição dos pós-graduandos na formação e no mercado de trabalho no País.

Próxima parada, Pará

O encerramento da 75ª Reunião Anual trouxe uma novidade: a próxima edição já tem local definido para acontecer. Ela será na Universidade Federal do Pará (UFPA). Quem deu mais detalhes foi o reitor da instituição, Emmanuel Zagury Tourinho:

“Foi uma enorme alegria ver essa festa tão bonita e tão intensa, no momento de reafirmação da democracia brasileira, de reafirmação da importância da Ciência para o desenvolvimento do País. E quero agradecer muito a confiança da SBPC na Universidade Federal do Pará, para a realização da 76ª Reunião Anual.”

Tourinho também agradeceu a receptividade da UFPR em passar o bastão para a nova entidade e concluiu que o desafio é engajar mais pessoas à Ciência, assim como ele foi engajado no passado.

“Essa reunião que acontecerá no ano que vem será a terceira Reunião Anual sediada pela UFPA, a primeira foi em 1983, quando eu era aluno da universidade e me tornei sócio da SBPC. Espero que no próximo ano também nós possamos fazer um grande de associação de jovens e pesquisadores da nossa universidade e da nossa região.”

Rafael Revadam – Jornal da Ciência

Confira o áudio desta notícia

O Governo do Estado fez nesta última sexta-feira (28) um balanço das ações desenvolvidas na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, realizado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, teve o o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

A programação, que começou no domingo (23) e seguiu até este sábado (29), com participantes de todo o Brasil.

A Seti e a Fundação Araucária compartilharam um dos maiores estandes do pavilhão da 30ª Exposição de Ciência e Tecnologia (Expotec 2023), numa área total de 128 metros quadrados. O espaço foi aproveitado como vitrine do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, com a divulgação de programas governamentais estratégicos.

Ao longo da semana, o local também foi utilizado como gabinete itinerante da Seti, com a realização de 15 reuniões, envolvendo autoridades de nível nacional e regional ligadas à ciência.

Simultaneamente, as sete universidades estaduais ocuparam uma estrutura de 168 metros quadrados. Nesse espaço acadêmico, 238 estudantes e professores universitários se revezaram para atender mais de 15 mil alunos de diferentes idades, de escolas públicas e privadas, que visitaram o evento.

Esses monitores atuaram na divulgação de projetos de ensino, pesquisa e extensão das respectivas instituições de ensino superior, em várias áreas do conhecimento, a fim de despertar nas crianças e adolescentes o interesse pela universidade.

Na avaliação do secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, participar desse tipo de evento é positivo para fortalecer a educação do Paraná. “Mostramos para a comunidade científica nacional o que tem sido feito pelas nossas sete universidades estaduais e pelas instituições de pesquisa científica e tecnológica. O balanço é muito positivo para o sistema de ciência e tecnologia do Paraná, o segundo estado que mais investe em ciência no país”, destacou.

Ele ressaltou a intensa programação técnica e acadêmica, que possibilitou reflexões em torno da importância da ciência para o desenvolvimento brasileiro, que devem orientar a proposição de políticas públicas.

“Destacamos o programa das agências de desenvolvimento regional sustentável, que inclusive foi objeto de discussão, inspirando outros estados a compreenderem esse modelo de relação entre a academia e o setor produtivo empresarial. A ideia é fazer cada vez mais da ciência o motor de desenvolvimento do Paraná”, sinalizou o secretário.

Na programação técnica desta sexta-feira a professora Antonia Aparecida Lopes, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), conduziu uma mesa-redonda sobre linguagem brasileira de sinais no currículo do ensino superior.

CERTIFICADOS – Em uma cerimônia com a presença do pró-reitor de Extensão e Cultura da UFPR, professor Rodrigo Arantes Reis, coordenador geral da 75ª Reunião Anual da SBPC, o secretário Aldo Bona entregou certificados aos representantes das universidades estaduais responsáveis pelos grupos de monitores.

A aluna do segundo ano do Curso de Enfermagem, Joana Ladislau, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em Guarapuava, destacou a experiência de participar de um evento dessa natureza.

“É muito enriquecedor participar de um encontro tão grande e de nível nacional, apresentando os cursos e os projetos que desenvolvemos nas universidades e conhecendo realidades diferentes, inclusive nas outras universidades estaduais”, frisou.

Para o professor Paulo Antônio Liboni, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), esse tipo de evento é importante para fortalecer o ecossistema de ensino, pesquisa e extensão do Paraná.

“A reunião anual da SBPC é um ambiente propício para divulgar os projetos desenvolvidos nas universidades, em especial para os alunos da educação básica, e mostrar a importância de fazer ciência, motivando os jovens a ingressar em cursos superiores e seguir carreira acadêmica”, salientou o docente, que coordenou um grupo com 35 estudantes.

PESQUISA E INOVAÇÃO – O Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) esteve em destaque mais uma vez entre as ações de ciência e tecnologia da Seti. Ao todo, cinco pesquisadores de projetos ligados à sustentabilidade, selecionados na edição de 2023, participaram da programação dos espaços de atendimento: haste mecânica para higiene pessoal; startup de finanças; hidrocarvões para remoção de poluentes em resíduos de processos industriais; processo para o tratamento de efluentes industriais com metais pesados; e uma cápsula para drinques.

INOVAÇÃO – Neste sexto dia de programação, a Fundação Araucária divulgou o Programa Centelha, que integra o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Empreender e inovar (Napi Startup Life). A iniciativa tem como objetivo estimular o empreendedorismo por meio de capacitações para o desenvolvimento de bens, serviços e processos inovadores. Em duas edições, o programa subsidiou aproximadamente 80 startups paranaenses. Uma dessas empresas, a R2 Soluções, que atua com serviços de consultoria de Tecnologia da Informação (TI), esteve no estande do Governo do Estado.

O engenheiro Fernando Cesar De Lai, coordenador do projeto DigiWell, plataforma desenvolvida pela R2 Soluções, destacou as ações de fomento voltadas para o setor empresarial. “As iniciativas, projetos, programas e ações relacionadas ao fomento de ideias e de pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento do mercado empresarial e da sociedade, pois todo o processo de idealização da nossa empresa, por exemplo, foi iniciado a partir do Programa Centelha”, afirmou.

Já o Sistema de Parques Científicos e Tecnológicos do Paraná (Separtec) apresentou o CienTech, o parque científico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), no Campus de Medianeira. No estande, o professor Fernando Schutz, diretor de Relações Empresariais e Comunitárias da UTFPR, apresentou algumas pesquisas aplicadas para a busca de soluções tecnológicas desenvolvidas no parque. Durante o evento ele destacou a importância da atração e incubação de empresas e projetos inovadores.

No último sábado (29), os coordenadores da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina (Ciência e Tecnologia) e Fabiano Gonçalves Costa (Ensino Superior), e o gerente de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Nilceu Jacob Deitos, estiveram presentes entre 9 horas e 17 horas, apresentando programas estratégicos no âmbito das duas instituições.

As atividades de contato com o meio científico continuam, nesta terça-feira (25), na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). No espaço da SBPC Jovem, diversos projetos e trabalhos estão sendo apresentados aos visitantes. Dentre eles, um promete explorar os cinco sentidos do ser humano.

O espaço “Jardim das Sensações”, organizado pelo Programa de Educação Tutorial (Pet) do curso de Farmácia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como objetivo apresentar ao público mais jovem a importância das plantas medicinais. O stand também visa mostrar os processos pelos quais essas plantas passam até a produção de medicamentos, óleos essenciais e outros produtos derivados.

Foto: Thiago Fedacz

O passeio começa pelo sentido da visão. Nesse primeiro momento, os visitantes observam as diferentes plantas e as suas características perceptíveis a olho nu. Na sequência, é possível observar aspectos mais detalhados das folhas a partir de um microscópio.

Depois da visão, são o paladar e o olfato que passam a ser protagonistas da exposição. Os visitantes são expostos a um jogo, cujo objetivo é acertar de qual planta vem o chá que estão tomando. Para isso, o aroma e o sabor se tornam essenciais na identificação das folhas.

Em direção ao fim da atividade, quem passar por ali vai poder entender um pouco mais sobre o processo de separação dos diferentes componentes que são produzidos a partir da planta. Nesse momento, os participantes são convidados a conhecer as diferentes texturas das folhas a partir do toque, bem como os cremes e óleos que são gerados a partir do extrato da planta.

De acordo com o professor Carlos Eduardo Rocha Garcia, tutor do grupo Pet Farmácia, atividades como essa podem ser a porta de entrada para futuros pesquisadores: “Observamos que muitos alunos do nosso curso de Farmácia relatam o impacto positivo da Feira de Profissões da Universidade Federal. Lá, eles viram exposições desse tipo e se movimentaram para vir para o curso de Farmácia e para quererem realizar uma iniciação científica. Esse é o nosso objetivo: despertar, na sociedade, quanto mais jovem possível, a ideia de que a ciência é a alternativa para o desenvolvimento”, afirma.

Por Thiago Fedacz, sob supervisão de Bruna Soares

Evento ganhou o nome de Paraná Faz Ciência e será realizado em Londrina, no início de novembro

A ciência voltou com tudo na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. E isso repercute no nosso Estado. O governo do Paraná lançou, nesta segunda-feira (24), a Semana Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Denominado Paraná Faz Ciência 2023, o evento faz parte da 20ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT 2023) e será realizado no período de 7 a 10 de novembro, na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico e a UEL. O objetivo é fortalecer a cultura científica e tecnológica, por meio de ações integradas de disseminação do conhecimento, e promover o acesso da população às atividades acadêmico-científicas, fortalecendo a atuação institucional do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná.

Em 2021, o Governo do Paraná sancionou a Lei nº 20.752, normativa que instituiu a Semana da Divulgação Científica, um evento anual para a popularização da ciência, tecnologia e inovação, voltado, principalmente, para os públicos não especializados. Assim, surgiu o Paraná Faz Ciência, que pretende reunir estudantes e professores dos diferentes níveis de ensino, desde a Educação Básica até a Educação Superior, e representantes de organizações da sociedade civil.

A reitora da UEL, Marta Favaro, pediu a contribuição de todos, porque como a SBPC esse é um evento coletivo. “Agora, mais do que nunca, a gente precisa reconhecer o trabalho dos pesquisadores e valorizar a ciência”.

O diretor da Fundação Araucária, Marcio Spinoza, lembrou que a SBPC está fazendo com que o Brasil olhe para o Paraná e “é um privilégio lançar a Semana de Ciência e Tecnologia, que é parte do projeto Paraná Faz Ciência”.

Na sequência, o anfitrião do evento, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, agradeceu aos colaboradores de todas as instituições de ensino superior do Paraná e lembrou que este é o momento que o governo “anuncia o retorno das semanas estaduais de ciência e tecnologia, com o nome Paraná Faz Ciência, que leva essa marca. No Paraná, se faz muita coisa, inclusive, ciência, e ciência de ponta”.

PrFC – Na programação do Paraná Faz Ciência (PrFC), além de visitas técnicas, oficinas de ciência, tecnologia, cultura e arte, estão previstos eventos como: o Encontro do Ensino Superior do Futuro; a Mostra Interativa de Ciência, Tecnologia e Inovação; o Encontro Paranaense de Comitês de Suporte para Pesquisa Científica e Tecnológica; o Encontro Paranaense de Editores Científicos.

Outras atividades acadêmicas da UEL completam a programação, como um simpósio de extensão, o Encontro Anual de Iniciação Científica (Eaic) e a Mostra Anual de Atividades de Ensino. Em breve, serão lançados os editais para a submissão de propostas para participação e apresentação de trabalhos.

Parceria – O Paraná Faz Ciência 2023 conta, ainda, com a parceria das secretarias estaduais da Educação (Seed) e da Inovação, Modernização e Transformação Digital (Semti); da Prefeitura de Londrina e da Secretaria Municipal da Educação; das universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar); e da Universidade Virtual do Paraná (UVPR), programa estratégico da Seti, que reúne os centros de educação a distância (EAD) das instituições estaduais de ensino superior.

As cinco instituições federais de ensino superior paranaenses fecham o grupo de parceiros do evento: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR).

Uma das organizadoras do evento pela Fundação Araucária, a professora da UEM Débora Sant’ Ana, destacou que este é o terceiro ano que o governo está usando a marca Paraná Faz Ciência. “As duas últimas edições da Semana foram remotas, agora, em 2023, a programação será realizada de forma presencial, na UEL, no interior, e com a participação de gente de todos os lados. Certamente, vai envolver a comunidade local e regional.”

Mais de 750 mil pessoas. Sabe o que isso significa? Nove estádios do Maracanã lotados. Esse é o número médio de pessoas que participaram, ao longo de 75 anos, do maior evento de divulgação científica da América Latina: a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

No ano passado, mais de 40 mil pessoas participaram – 35 mil no formato online e cerca de 8 mil presencialmente.

74ª Reunião Anual da SBPC – Sessão de Abertura – Foto: Jardel Rodrigues/SBPC

Em 2023, sediada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mais de 35 mil pessoas, das quais 15 mil estão inscritas, de todas as regiões do país, devem circular nos quase 10 mil m² de tendas instaladas no campus Centro Politécnico, onde acontecerão mais de 220 atividades científicas, entre outros locais do evento. Estão previstos:

Além dessas opções, há painéis, assembleias, exposições, sessões especiais e trabalhos em sessões de pôsteres relacionadas a temas científicos contemporâneos, a reflexões sobre as políticas científicas e ao olhar e à contribuição da ciência sobre questões urgentes da sociedade brasileira, como meio ambiente e sustentabilidade, educação, democracia, direitos humanos e cultura.

Qual a expectativa da UFPR receber a reunião anual da SBPC depois de mais de 30 anos? Veja a resposta de Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR. Ele comentou que a última vez que a reunião aconteceu na instituição, em 1986, foi quando era calouro da universidade.

“A expectativa é a maior e melhor possível. A reunião anual voltar para a UFPR recoloca a centralidade do nosso estado e da nossa universidade no cenário científico brasileiro e dá uma grande oportunidade aos nossos pesquisadores e aos nossos estudantes de receber esse grande evento”.Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR

A grandeza e o envolvimento lúdico da SBPC Jovem

Essa ampla gama de temas atrai participantes de diferentes campos científicos e reforça a relevância da reunião anual como um evento multidisciplinar, que é aberto a toda a comunidade. Para se ter uma ideia, por dia, cerca de 50 ônibus escolares repletos de pequenos curiosos estudantes interessados em ciência serão recebidos.

Na programação dedicada aos mais novos, a SBPC Jovem, que completa 30 anos em 2023, deve receber entre 4 e 6 mil estudantes, nos seus mais de 4 mil m² de tenda. No Ciência Móvel, há 6 caminhões inscritos e o Circo da Ciência terá a mostra de 16 instituições da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências (ABCMC), 4 planetários com 100 m² cada – 3 deles na tenda da SBPC Jovem e um na ExpoT&C.

O mascote da SBPC Jovem, Poty, foi baseado na gralha-azul, ave símbolo do Paraná. A criação é de Ana Vitoria Dmengeon Dureck, estudante de Publicidade e Propaganda da UFPR, que teve a sua proposta eleita em votação popular

A coordenadora geral da SBPC Jovem na UFPR, professora Mayara Elita Braz Carneiro, ressalta a importância do evento para a comunidade. “Nesta edição, a programação está intensa, contará com mais de 150 atividades interativas. O espaço estará incrível, repleto de eventos lúdicos e interativos. A Universidade está de porta-abertas para estimular o contato com o conhecimento científico, com experimentos e com pesquisadores”.

Na SBPC Jovem, serão 17 feiras e 93 trabalhos de 15 estados de todas as regiões brasileiras: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Amazonas e Amapá.

SBPC Jovem em números

SBPC Cultural destaca pluralidade e integra ciência e cultura

Ciência, cultura, alegria e reflexão também acontecerão por meio das atividades da SBPC Cultural, que irá integrar as pessoas de diversas maneiras e por vários lugares em 74 atividades, com envolvimento de aproximadamente 400 pessoas.

As ações acontecerão em diferentes espaços da UFPR e Unespar. No campus Centro Politécnico, a Alameda Cultural contará com atividades como exposições, stands de projetos, rodas de conversa, um palco com atrações culturais da universidade e também artistas externos, além da Feira de Economia Popular e Solidária para evidenciar os saberes e práticas da cultura regional.

No campus da Reitoria, também acontecerão uma série de atividades, entre elas o CineUrbe, trazendo uma mostra de filmes em uma parceria com o Sesc. No Teatro da Reitoria, os Grupos Artísticos da UFPR se apresentam e celebram seu tradicional espaço de espetáculos. Para o encerramento da SBPC Cultural, esse espaço receberá o show da banda Francisco, el Hombre.

O Complexo da Reitoria receberá diversas ações artístico-culturais nos seus espaços

SBPC Cultural em alguns dos números

Nomes de destaque na ciência

Claudia Linhares Sales, secretária-geral da SBPC, comenta que uma das grandezas do evento é a diversidade de temas, públicos e propostas que se originam a partir desses dias de imersão na ciência.

“As reuniões anuais do SBPC têm um caráter muito especial. É um fórum que reúne cientistas, acadêmicos, trabalhadores e estudantes de escolas. É ciência, tecnologia e inovação para discutir políticas de educação, científicas, meio ambiente, direitos humanos e vários outros temas. São discussões muito importantes e com um público tão variado, que permite avançar em grandes temas. Esse conjunto faz com que a programação científica seja uma coisa realmente muito grande. Para dar um exemplo, este ano em Curitiba nós vamos ter em torno de 630 palestrantes”, explicou.

O evento também contará com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, e do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

Outros exemplos dos temas e nomes presentes nesta edição são as conferências com a diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, sobre “Políticas de combate à fome à miséria”; além da a mesa-redonda com o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, sobre “Compras públicas de inovação no financiamento de infraestrutura de pesquisa e de inovação”.

As sessões especiais trazem também grandes nomes, como Mercedes Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ricardo Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

Alan Alves apresenta conferência na 74ª Reunião Anual da SBPC em 2022 – Foto: Jardel Rodrigues/SBPC

Instituições que “nasceram” da SBPC

Atualmente, a SBPC representa mais de 170 sociedades científicas. A reunião anual é frequentemente organizada em parceria com universidades e instituições de pesquisa reconhecidas de todo o país. Os números expressam sua grandeza, mas não são o único motivo pelo qual o congresso recebe o título de maior evento de divulgação científica da América Latina.

A reunião Anual da SBPC nasceu antes da institucionalização da Ciência no Brasil e foi palco de decisões importantes nesse processo. Em cada edição, instituições e diversos atores envolvidos, como Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), comitês do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) realizam reuniões paralelas ao evento para discutir ações e políticas de interesse da ciência, tecnologia e inovação.

Diversas reunioes acontecem durante o evento anual – Foto: Jardel Rodrigues/SBPC

Instituições científicas importantes como a Capes, o CNPq, a Fapesp e demais Fundações de Amparo à Pesquisa no País (FAPs), vieram depois. Muitas sociedades científicas, a exemplo da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), nasceram nas Reuniões Anuais. Na década de 1980, a instituição lançou a revista Ciência Hoje e o Jornal da Ciência.

Essas são apenas algumas das atividades que acontecerão na SBPC na UFPR. Veja aqui a programação completa e participe!

Por Agência Escola UFPR

De 23 a 29 de julho, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) sediará o maior evento científico da América Latina com centenas de atividades para todos os interesses e idades. Inscrições gratuitas

Curitiba se prepara para sediar a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior evento científico da América Latina. De 23 a 29 de julho, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) receberá centenas de atividades voltadas a todas as idades e interesses, com inscrições gratuitas.
O evento reunirá ministros de Estado, representantes do Governo Federal, especialistas e personalidades de diversas áreas para discutir o tema “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido”.

Com mais de 220 atividades, a programação científica desta edição abrange uma ampla variedade de temas relevantes para o Brasil e o mundo atual. Serão 131 debates presenciais e 93 virtuais, visando a engajar e inspirar especialmente o público jovem. A programação completa está disponível no site do evento.
Esta edição da Reunião Anual contará com conferências dos ministros Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Nísia Trindade Lima, da Saúde, e Sílvio Almeida, de Direitos Humanos e Cidadania.

Para discutir o setor de ciência, tecnologia e inovação, o evento contará com a participação de grandes nomes do setor, dentre eles, Mercedes Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ricardo Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

O evento realizará reuniões preparatórias para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, com representantes de instituições científicas e tecnológicas de todo o País. A proposta é reunir insumos para a construção coletiva do evento, previsto para ocorrer em 2024 e que desenhará a estratégia de políticas públicas para o setor.

A SBPC ainda trará cientistas reconhecidos internacionalmente para debater questões cruciais relacionadas ao meio ambiente. Entre esses pesquisadores estão Paulo Artaxo, professor-titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), vice-presidente da SBPC e um dos cientistas brasileiros mais citados internacionalmente; Carlos Alfredo Joly, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da Plataforma Brasileira de Biodiversidades e Serviços Ecossistêmicos (BPBES); e Carlos Afonso Nobre, um dos mais renomados climatologistas do País e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas.

Os debates sobre os povos originários também serão destaque do evento, contando com a participação de especialistas e líderes indígenas como Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Davi Kopenawa Yanomami, presidente da Hutukara Associação Yanomami, e Kretã Kaingang, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) – região Sul. Temas como “Direitos indígenas no Brasil”, “A saga do povo Yanomami: o genocídio planejado”, “Saberes indígenas: utopias que inspiram esperança e vida em tempos de crise socioclimática” e “Década internacional das línguas indígenas: por quê e para quê foi proposta pela Unesco?” são alguns dos assuntos discutidos ao longo da semana.

Diversos debates relacionados à tecnologia e educação estão na pauta da 75ª Reunião Anual, dentre eles, os impactos do ChatGPT e da Inteligência Artificial, a acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência na educação, e o Novo Ensino Médio. Para debatê-los, a entidade reunirá especialistas como Geovana Mendonça Lunardi Mendes, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).

A Sessão de Pôsteres deste ano irá expor 236 trabalhos de pesquisas científicas e tecnológicas, experiências de ensino-aprendizagem e relatos de caso ou experiências.
Além da programação científica de excelência, os participantes poderão participar da ExpoT&C, que celebra 30 anos. A maior mostra de ciência e tecnologia do País reunirá expositores como universidades, institutos de pesquisa, agências de fomento e empresas, como o Centro Alemão de Inovação em Pesquisas (DWIH), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o CNPq e a Capes.

Mascote SBPC Jovem 2023

Na SBPC Jovem, que também comemora 30 anos em 2023, os participantes poderão explorar exposições interativas, visitar museus e laboratórios, participar de oficinas e bate-papos. Entre os destaques estão o Circo da Ciência e o Ciência Móvel, com museus e laboratórios itinerantes de diversos estados do País reunidos no Centro Politécnico da UFPR. A atividade ainda contará com espaços temáticos como o “Ciência menina”, “Espaço robótica e Arena gamer”, além de exposições interativas, oficinas e bate-papos com cientistas, tudo voltado para estudantes do ensino básico e do público em geral. Para a atividade, o evento já conta com a visita agendada de centenas de escolas de toda região, que levarão cerca de 15 mil pessoas, entre alunos e professores ao evento.

E para relaxar e se divertir, o evento promoverá a SBPC Cultural. Com uma programação diversificada, o objetivo será exaltar as diversas identidades culturais do Paraná. A Alameda Cultural, localizada no campus Centro Politécnico da UFPR, será o principal espaço dedicado à arte e à cultura, com apresentações de música, dança, teatro e exposições.
Somam-se à Alameda Cultural, espaços centrais da cidade de Curitiba, como o Complexo da Reitoria, o Prédio Histórico da UFPR e o Teatro Mário Schoemberger, que receberão uma programação intensa, composta por ações que contemplam as múltiplas linguagens artísticas.

O evento será encerrado em 29 de julho com mais uma edição do Dia da Família na Ciência, um sábado dedicado à comunidade com atrações distribuídas nas tendas da SBPC Jovem e da ExpoT&C. Os participantes terão a oportunidade de explorar atividades interativas de ciência e tecnologia, aprender sobre experiências científicas e ter suas questões respondidas por pesquisadores. O Dia da Família na Ciência também é gratuito e aberto a todas as crianças, jovens e seus familiares.

Um destaque importante desta Reunião Anual da SBPC é o esforço dos organizadores para realizar um evento acessível e inclusivo. Para tanto, as instalações do campus Centro Politécnico da UFPR contarão com rampas e elevadores para facilitar o trânsito dos participantes e todas as atividades contarão com intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Ainda serão disponibilizadas seis salas calmas (espaços silenciosos para pessoas neurodivergentes), um canal de atendimento (em português e em libras) e mais de 100 monitores preparados para auxiliar quem necessitar.

Durante o evento, será possível desfrutar da cidade de Curitiba, por meio de algumas parcerias realizadas entre a organização do evento e alguns bares e restaurantes da cidade. As promoções terão validade somente durante o período do evento e mediante a apresentação do crachá do evento, em nome do portador. Acompanhe pelo site local do evento: https://sbpc.ufpr.br/restaurantes/.

75 anos levando ciência a todo o Brasil

Criada em 1948, a SBPC é uma entidade voltada à defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil e que, ininterruptamente, realiza desde 1949 sua Reunião Anual, considerada o maior evento científico da América Latina.
A cada ano, a Reunião Anual da SBPC é levada a um estado brasileiro, prioritariamente em uma instituição de ensino superior. Aberto a todos e gratuito, o evento reúne milhares de pessoas – cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, profissionais liberais e visitantes, além de autoridades, gestores, e formuladores de políticas públicas para ciência e tecnologia no País.
As atividades do evento têm livre acesso a todos. A única atividade que requer matrícula antecipada (e com taxa) são os webminicursos, que estão com inscrições abertas até 26 de julho. Ao todo, são 32 webminicursos com temas em diversas áreas do conhecimento propostos pela SBPC, UFPR e algumas das sociedades científicas afiliadas à SBPC.
Quem fizer a inscrição no evento e, também, o credenciamento, entre 24 e 28 de julho na Secretaria da SBPC instalada na UFPR – campus Centro Politécnico, obterá o certificado online de participação geral (sem carga horária e sem especificar as atividades frequentadas). As inscrições estão abertas online no site do evento: https://ra.sbpcnet.org.br/75RA/.

É possível ter pinhão no mercado o ano inteiro e não limitar a venda apenas aos cinco meses de colheita, entre abril e agosto. Para isso, é preciso beneficiar a semente da araucária. A importância desse processamento será mostrada na próxima quarta-feira (5), das 8h30 às 17h, para produtores e empresários da Região Sul do Estado na 2ª Oficina do Pinhão do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), da Invest Paraná, agência de negócios do Governo vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Serviços (Seic).

O evento será na cidade de Inácio Martins, no Centro de Eventos Silvino Pasqualin. As inscrições são gratuitas pelo site do VRS. A oficina tem apoio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Embrapa e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR).

“Capacitar os pequenos produtores e empreendedores é uma diretriz do governo estadual. Com capacitação é possível agregar valor à produção, nesse caso o pinhão, e, assim, gerar mais renda e empregos no Estado”, destaca o secretário da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

O pinhão é uma das quatro cadeias do VRS, programa voltado a pequenos produtores que valoriza as vocações econômicas de cada região, inserindo valor comercial aos produtos, sem deixar de lado processos tradicionais na produção. Entre as ações, estão a criação de marcas regionais, ressaltando questões como sustentabilidade, o que agrega valor aos produtos.

Atualmente, o programa atua em quatro regiões: no Litoral, com produtos de banana, palmito pupunha, açaí juçara, frutas sazonais e turismo; na região Centro-Sul, com erva-mate e pinhão; e no entorno da futura Represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, na produção agrícola local. O VRS também está em fase de implantação no Vale do Ribeira, área que é grande produtora de tangerina e com grande potencial turístico.

A oficina vai apresentar dados da pesquisa de aproximadamente um ano com 600 propriedades rurais onde há araucárias na região Centro-Sul. O levantamento aponta que o pinhão tem potencial, mas ainda é um comércio muito informal justamente porque a semente não é beneficiada para ter valor agregado.

“Dá para ter pinhão o ano inteiro no mercado. Se o pinhão for pré-cozido e embalado à vácuo ou mesmo transformado em farinha e outros produtos, há potencial. O que precisa é consolidar e transformar o pinhão em produto para o mercado, que é o papel da Invest Paraná dentro do programa VRS”, destaca o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato. “O primeiro passo nesse processo é fazer o rastreamento da produção, uma catalogação com selo e depois evoluir para os produtos”.

UNIDADE DE PROCESSAMENTO – Uma das principais ações nesse sentido será a instalação de uma unidade de processamento de pinhão em Inácio Martins. A agroindústria é uma iniciativa do Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento Regional (Conder) que representa as dez cidades da Associação dos Municípios do Centro-Sul do Paraná (Amcespar): Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Inácio Martins, Irati, Mallet, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul e Teixeira Soares. A iniciativa tem apoio do Governo do Estado e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Quando estiver instalada, a unidade de processamento vai produzir pinhão pré-cozido embalado à vácuo e farinha, que pode ser usada na elaboração de diversos alimentos, como bolos, tortas e salgados, podendo, inclusive, substituir o trigo, com a vantagem de não conter glúten.

“O pinhão é muito perecível em sua forma natural, como consumimos hoje. Estraga em uma semana, aproximadamente. Mas se for processado, pode ir para as prateleiras dos supermercados, com duração de cerca de um mês”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente de Inácio Martins e um dos representantes do Conder na instalação da unidade de processamento, Éder Lopes, que vai palestrar na oficina do VRS.

Na missão em maio à Sial Foods, a maior feira de alimentos do Canadá, a Invest Paraná levou farinha de pinhão que foi usada na elaboração de diversos alimentos, como tapioca.

Maior produtora de pinhão do Paraná, Inácio Martins colheu 700 toneladas da semente em 2021. Quantidade que, segundo Lopes, poderia ser ainda maior se houvesse um mercado consolidado com o pinhão processado.

“Boa parte do pinhão se perde na própria propriedade rural, já que o pessoal não colhe porque a maior parte da produção fica nas mãos de atravessadores. A ideia dessa unidade de processamento é comprar o pinhão dos pequenos produtores por um valor maior do que é pago pelos atravessadores, gerando renda a esses produtores que têm que preservar as araucárias em suas propriedades”, aponta o secretário municipal.

RENDA DO PINHÃO – A engenheira florestal Daniele Ukan, professora e pesquisadora da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), aponta que o fato de nenhuma das propriedades visitadas na pesquisa se considerar produtora de pinhão mostra a necessidade de se consolidar esse mercado.

“Há muitos produtores com araucárias em suas propriedades, mas poucos coletam para venda. Colhem apenas para consumo próprio, familiar. Tanto que nenhum deles se identificou como produtor de pinhão porque não há esse senso de pertencimento com a cultura, que é o que o programa pretende alterar”, ressalta a pesquisadora que também vai palestra na oficina. “Esses produtores precisam entender que o pinhão pode gerar renda, não deve se limitar à venda na beira da estrada”, complementa.

Essa capacitação da produção, aponta a pesquisadora, vai colaborar para a conservação da floresta de araucárias. Até pela possibilidade de o pinhão ser cultivado junto com a erva-mate, que ganha valores nutricionais e um sabor diferenciado quando cultivado à sombra das araucárias.

“Hoje o pinhão é visto como uma renda extra, mas pode ser a renda principal dos produtores. A araucária é o símbolo do Paraná e o pinhão tem valor nutritivo, por isso tem que ser valorizado. Quem tem araucária na propriedade está perdendo dinheiro por não beneficiar o produto”, conclui.

A Associação de Investigadores da Imagem em Movimento (AIM), de Portugal, premiou o livro Documentário: filmes para salas de cinema com janelas, escrito pelo docente da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus deCuritiba II/FAP, Eduardo Baggio, como melhor publicação da área no ano de 2022. O prêmio é uma parceria da AIM com o Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20-UC), e envolve uma conferência a ser apresentada na instituição, pelo autor do livro.

Para Baggio, “o prêmio é extremamente relevante e uma grande honra, porque a AIM de Portugal, é uma grande referência na pesquisa de cinema na Europa e para o Brasil, ainda mais que muitos/as brasileiros/as participam. Sem contar que a parceria com a Universidade de Coimbra é superimportante em Portugal, afinal é um centro que tem estudos interdisciplinares, mas que versa muito sobre cultura e sociedade”.

“Documentário: filmes para salas de cinema com janelas” traça um percurso histórico-conceitual para debater criticamente definições de documentário. Pela perspectiva realista, o livro discute relações, próprias desse tipo de filme, entre mundo fático experiencial, os processos de realização, a obra audiovisual em si e a recepção. A partir desses quatro polos, Baggio propõe a metáfora das salas de cinema com janelas para uma abordagem amplificada e relacional do cinema documentário.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O LIVRO “DOCUMENTÁRIO – FILMES PARA SALAS DE CINEMA COM JANELAS”      

O livro é fruto de um trecho da tese de doutorado do docente, porém, para que a obra fosse finalizada e publicada, Baggio contou com o auxílio de docentes e egressos/as da Unespar, além de demais pessoas externas à instituição: Manuela Penafria (prefácio), Fernando Andacht (apresentação), Alexandre Rafael Garcia (editor e coordenador editorial), Wellington Sari (editor), Juliana Rodrigues Pereira (preparadora e revisora), Juliana Vaz (revisora), Anderson Simão (produtor executivo), Pedro Giongo (projeto gráfico e diagramação), Iara Mica e Paula Azevedo (produtoras gráficas), Christopher Faust (lançamento e distribuição), conselho editorial da Coleção Escrever o Cinema e produtora Bando à Parte (sessão do fotograma da capa a partir do filme O Espectador Espantado, de Edgar Pêra).

O livro é o 5° volume da Coleção Escrever o Cinema. No último sábado (17), durante o Festival Olhar de Cinema, aconteceu o lançamento de mais três livros da Coleção, em Curitiba. São eles: Paulo Emílio na Emergência do Cinema Novo, escrito por Pedro Plaza Pinto; Ficção Especulativa no Cinema Negro Brasileiro, escrito por Kariny Martins; e O Nacional nos Cinemas Brasileiro e Argentino – 1995 a 2002, escrito por Eduardo Dias Fonseca. Os três títulos foram editados por professores e egressos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), sob a coordenação do professor curso de Cinema e Audiovisual da Unespar, campus de Curitiba II/FAPAlexandre Rafael Garcia.

Com o tema “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido”, o evento será realizado de 23 a 29 de julho de 2023 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Programação traz nomes importantes do meio científico e acadêmico para participar de conferências, mesas-redondas e sessões especiais

Mais de 220 atividades compõem a programação científica da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), com nomes importantes do cenário científico, acadêmico e político. Desse total, 131 debates serão presenciais e 93 virtuais. O evento, que será realizado de 23 a 29 de julho de 2023 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, terá como tema “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido”. A programação preliminar já está disponível no site do evento, neste link.

O evento contará com a participação da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, da diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, e do pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Carlos Alexandre Wuensche de Souza, entre os conferencistas.

Nas sessões especiais, o público terá a chance de assistir a debates com Mercedes Bustamante, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Ricardo, Ricardo Galvão, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Odir Dellagostin, presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e Vinícius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG).

Para as discussões sobre o meio ambiente, a SBPC levará à RA cientistas renomados, como Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e vice-presidente da SBPC, Luciana Gomes Barbosa, professora do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do GT Meio Ambiente da SBPC, Carlos Alfredo Joly, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador da Plataforma Brasileira de Biodiversidades e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), e o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, Carlos Afonso Nobre.

Os debates sobre os povos originários também contarão com a participação de especialistas de peso, como Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e Gersem José dos Santos Luciano Baniwa, professor adjunto e associado no Departamento de Educação Escolar Indígena da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas.

Confira neste link a programação científica preliminar e garanta sua participação na 75ª Reunião Anual da SBPC.

Maior evento científico da América Latina

Criada em 1948, a SBPC é uma entidade voltada à defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil e que, ininterruptamente, realiza desde 1949 sua Reunião Anual, considerada o maior evento científico da América Latina.

A cada ano, a Reunião Anual da SBPC é levada a um estado brasileiro, prioritariamente em universidade pública. O evento reúne milhares de pessoas – cientistas, professores e estudantes de todos os níveis, profissionais liberais e visitantes, além de autoridades e gestores, formuladores de políticas públicas para ciência e tecnologia no País.

As reuniões anuais da SBPC têm, concomitantemente, os objetivos de debater políticas públicas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e de difundir os avanços da Ciência nas diversas áreas do conhecimento para toda a população.

Para mais informações: https://ra.sbpcnet.org.br/75RA/

Jornal da Ciência

A proposta da estudante de Publicidade e Propaganda da UFPR Ana Vitoria Dmengeon Dureck é a vencedora, com 64% dos votos, no concurso de Mascote oficial da SBPC Jovem. A votação pública ocorreu no site do evento entre os dias 15 e 29 de maio. 

A arte comporá as ações de divulgação científica vinculadas à SBPC Jovem, evento vinculado à 75ª Reunião Anual da SBPC. Com o tema “Ciência e Democracia para um Brasil justo e Desenvolvido”, a reunião será realizada de 23 a 29 de julho de 2023, na Universidade Federal do Paraná. 

O mascote criado para a SBPC Jovem foi baseada na gralha-azul, ave símbolo do Paraná. Lendária e famosa por escolher pinhões, a ave foi desenhada de maneira a transmitir um olhar simpático e carismático, que busca cativar crianças e adolescentes para o contato com a ciência e tecnologia. 

Poty, como foi chamado, homenageia o artista paranaense Poty Lazzarotto. O movimento artístico paranista está presente no desenho através dos pinhões, que estão em sombras e texturas do mascote. “A lógica do padrão funciona como um pontilhismo: quanto mais pinhões na região, mais sombreada ela será” explicou a autora na descrição da proposta enviada à comissão julgadora. 

As outras artes que concorreram ao prêmio foram um átomo estilizado, que recebeu 29% dos votos e o papagaio de cara-roxa, com 7%. As três propostas finalistas serão certificadas pela organização do evento. 

Ana Vitória receberá um certificado de melhor ilustração, um kit de desenho e três títulos do catálogo da Editora UFPR que estejam disponíveis na premiação, que ocorrerá durante a Feira de Cursos e Profissões da UFPR 2023, que será entre os dias 01 e 04 de junho, no complexo da UFPR, em Piraquara. 

Para mais informações: Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Sobre o evento, acompanhe as redes sociais oficiais da SBPC na UFPR

Arte: SUCOM UFPR.