Professores e bolsistas apresentaram algumas das ações que destacam o papel do Arranjo na sociedade
O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Paraná Faz Ciência esteve presente na 13ª Feira das Profissões da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O objetivo era apresentar aos visitantes atividades que estão sendo desenvolvidas pela Rede de Clubes na região. O evento foi realizado nesta terça-feira (01), no Campus Universitário.
A Feira expôs os 53 cursos de graduação da UEL, principalmente para estudantes do Ensino Médio. Além disso, o evento faz parte da programação oficial do aniversário de 55 anos da Universidade, parceira do Arranjo. Representantes da equipe NAPI UEL ficaram responsáveis por um estande no Centro de Ciências Biológicas (CCB).
Para a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, a Feira das Profissões é muito significativa para o Arranjo. “Podemos divulgar nossas atividades para estudantes que ainda não estão na universidade e, com isso, podemos despertar nesses estudantes o interesse pela pesquisa”, destaca.
Segundo a docente, também é um ótimo momento para que os alunos que já estão em clubes de ciências possam ver o resultado de suas investigações. A Universidade Estadual de Londrina é articuladora de 20 clubes no NAPI PRFC e alguns estudantes que participam desses projetos compareceram à Feira com suas escolas.
A aluna Ana Clara, por exemplo, está no 2° ano do Ensino Médio e é integrante do clube San Rafa Makers, do Colégio Estadual San Rafael, em Ibiporã. Ela ainda não decidiu para o que vai prestar no vestibular, mas garantiu que tem gostado das atividades do projeto. “É muito interessante [o projeto], a gente consegue pesquisar e entender bastante coisa.”
Por ser um evento aberto e gratuito, a 13ª Feira das Profissões da UEL não recebeu apenas grupos escolares. A comunidade externa ficou livre para visitar a instituição sem necessidade de agendamento, possibilitando maior contato com os oito centros de estudos. Dessa forma, a equipe NAPI UEL aproveitou para reforçar a importância do Arranjo na sociedade, sobretudo aos que ainda não conheciam a iniciativa.
Projeto do Clube de Ciências ‘Mentes Curiosas’ promove educação ambiental e aproxima comunidade da natureza
O Horto Municipal José Januário Pereira, em Vera Cruz do Oeste, está ganhando uma nova função: além de preservar a natureza, passará a ser também um espaço de aprendizado e conscientização ambiental. A transformação faz parte de um projeto do Clube de Ciências Mentes Curiosas, que está implantando uma trilha ecológica no local com o apoio de instituições parceiras.
Coordenado pela professora Rosineia Saragoza Costa Silva e pela bolsista Mayara Wisniewski Pires Zismann, o projeto é fruto do envolvimento direto de estudantes, que estão colocando a mão na massa desde as primeiras etapas. A proposta surgiu a partir de uma pergunta simples, mas provocadora: “Como o Horto pode contribuir para a Educação Ambiental?”
O trabalho começou com o diagnóstico da área, passou pela identificação das espécies de plantas, análise da água e agora está na fase de planejamento da trilha. Quando pronto, o projeto deve entregar à comunidade um mapa interativo da trilha, um catálogo da flora local, um relatório sobre a qualidade da água e materiais educativos que servirão de apoio para escolas e visitantes.
Para a professora Rosineia, além do impacto ambiental, o projeto tem um valor formativo muito importante. “Os alunos estão aprendendo na prática, desenvolvendo responsabilidade e consciência ecológica. Isso mostra o poder da ciência quando unimos curiosidade e apoio institucional”, destacou.
A comunidade poderá acompanhar os próximos passos pelo Instagram da Rede de Clubes Paraná Faz Ciências ( @clubesparanafazciencia ) , do Clube de Ciências ‘Mentes Curiosas’ (@cienciavitalbrasil ) e do colégio Vital Brasil ( @cevitalbrasil ). A trilha ecológica promete não apenas enriquecer o conhecimento dos estudantes, mas também fortalecer o vínculo da cidade com a preservação ambiental e o turismo sustentável.
Estudantes aprenderam sobre floresta nativa e biodiversidade
Os alunos do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia, realizaram uma visita à Fazenda Bimini, na zona rural do município. A atividade, proposta pelo Clube de Ciências “Discovery Kennedy’s”, mostrou como identificar espaços de floresta nativa e sua importância para o equilíbrio do meio ambiente.
A visita foi conduzida por Daniel Steidle, ambientalista e responsável pela Fazenda, no início de abril. Os estudantes aprenderam sobre ancestralidade, biodiversidade e simbiose. Além disso, puderam acompanhar a soltura de três pequenas cobras. “Bem interessante, é legal ficar em um ambiente diferente da zona urbana, com mais vegetação”, contou José, um dos alunos clubistas.
A professora Eglaia Cheron, coordenadora do projeto na escola, foi uma das docentes que acompanhou os jovens cientistas no passeio. Ela destacou a importância da atividade para compreender melhor a natureza e como funciona o estabelecimento da cadeia alimentar. “É uma imersão na fauna e na flora da nossa cidade”, reforça a professora, que ministra as matérias de Ciências e Biologia no colégio.
No NAPI – Paraná Faz Ciência, o clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e os encontros ocorrem toda terça-feira, no período vespertino. O objetivo do “Discovery Kennedy’s” é investigar o entorno do Lago San Fernando e as aves que podem ser encontradas no perímetro urbano de Rolândia. Quando não estiverem em aula de campo, os alunos realizarão as atividades no laboratório de ciências da escola.
Dentro do contexto da biodiversidade, o cronograma de atividades do clube envolve a análise da água do Lago San Fernando, incluindo o estudo de microrganismos e bioindicadores. Além disso, os clubistas também investigarão a mata ciliar do Lago, catalogando espécies de vegetais e animais estabelecidas no local. Com relação às aves urbanas, os alunos irão pesquisar os hábitos de vida e a adaptação dos ciclos dos animais na região.
Com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, alunos apresentaram uma sessão de cinema para toda a escola
O Clube ‘Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker’ iniciou as atividades este ano e já discutiu três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), durante os encontros semanais. A temática foi baseada na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Os ODS têm os objetivos de erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir o bem-estar de todos até 2030.
Assim, o projeto do clube no Colégio Estadual do Campo Marechal Floriano Peixoto, do distrito de Ribeirão Bonito, em Grandes Rios, busca estudar os 17 ODS e criar atividades para além da teoria, exercendo ações com potencial prático. Entre as atividades realizadas, uma destacada pelo professor coordenador do clube, Juliano Michael Sabatini, foi a sessão de cinema.
No final do mês de abril, o Clube realizou uma sessão para exibir o filme Wall-E para toda a comunidade escolar e nomearam o evento de “Da Terra à Tela”, fazendo relação com os três ODS estudados pelos alunos do “Planeta Consciente”. Houve espaço também para a colaboração com outras disciplinas, pois um longa-metragem traz a possibilidade de debater arte, língua portuguesa, língua inglesa, oratória, mídias digitais, ética, liderança, além do projeto de vida dos estudantes e a ciência e a tecnologia.
Para a atividade do cinema, o coordenador Juliano contou com a colaboração da professora de Corresponsabilidade Social e Sustentável, Roseli Beatriz. “A escola é muito unida, eles conseguem se juntar e trabalhar a questão nas mais diversas temáticas”, explica Sabatini.
“Da Terra À Tela” foi um trabalho coletivo entre a turma do Clube e alunos da disciplina da professora Roseli. Eles atuaram juntos, cada um com uma função. Os alunos do “Planeta Consciente” foram responsáveis por entrarem nas salas de aula e explicarem aos outros estudantes sobre os três ODS estudados até o momento, entre eles os de número 11, 12 e 13.
O ODS 11 – “Cidade e Comunidade Sustentável” – busca tornar as cidades e as habitações inclusivas, protegidas, resistentes e sustentáveis. Assim, entre as discussões em sala de aula, os alunos buscaram aprender as práticas de consumo sustentável, reduzindo o desperdício.
Esse ODS também se ligou com o 12 – “Consumo e Produção Responsável” -, de forma a contribuir com reflexões sobre a reciclagem e as possibilidades de reutilização. E ainda com o 13 – “Ação Contra a Mudança Global do Clima”. Um dos trabalhos realizados neste Objetivo foi uma maquete representando duas mãos com o planeta terra no centro.
O objetivo do evento também foi tratar de pesquisas realizadas em torno da degradação ambiental e suas consequências. A ideia era sensibilizar alunos, professores e toda a escola sobre as problemáticas ambientais. Os estudantes levaram alguns dos conhecimentos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para aqueles que não fazem parte do Clube.
Para além da multidisciplinaridade da ideia do “Da Terra à Tela”, um ponto interessante é que o longa-metragem, por ser mudo, facilita a participação de estudantes com deficiência auditiva. Assim, foi possível contar com todos os alunos na sala.
O nome do clube “Planeta Consciente” partiu dos estudantes em conjunto com o professor Juliano e faz referência ao principal objetivo que é conscientizar sobre os ODS, tão necessários atualmente. A ideia também é, segundo o professor, criar “uma forma do projeto não ser entendido isoladamente, mas mostrar aos alunos que eles podem fazer a diferença no mundo com suas atitudes”.
Por ser uma escola integral, o Clube funciona como uma disciplina eletiva. Todas as terças-feiras eles se reúnem para discussões sobre uma temática ambiental que envolva os ODS. Primeiro encaixam a pauta em uma das 17 opções e, depois, começam a produzir a “Caixa de Ferramentas”. Essa é uma representação visual e um recurso que ajuda na implementação e no acompanhamento das metas do grupo.
Com 10 estudantes do 8º ou 9º ano, o professor sempre procura trabalhar o lado artístico, já que também é docente de artes. Assim, até o final do ano pretende ter todas as 17 caixas com referência aos ODS montadas. Segundo Juliano, é interessante observar os alunos percebendo os problemas ambientais, demonstrando mais autonomia nas discussões e nas ações.
A dinâmica do Clube envolve a teoria por meio de rodas de conversas, mas também a prática com a criação das caixas feitas a partir de materiais recicláveis. Para isso, exige dos estudantes a busca pelos componentes e seus significados, despertando nos alunos a educação ambiental que também é levada por eles para as famílias, além da comunidade externa.
A proposta para os próximos meses é continuar estudando os ODS e envolver a comunidade interna e externa. O Clube também pretende apresentar os trabalhos na Culminância, que é um evento realizado no encerramento do semestre. Nesta ocasião, o colégio abre às portas para pessoas de fora do ambiente escolar, a fim dos alunos exibirem os resultados dos projetos desenvolvidos nas disciplinas eletivas.
Além de aprenderem sobre sustentabilidade, os alunos realizam na prática a reforma de espaços dentro da escola
Para aqueles que estudam em uma escola integral, um lugar confortável e aconchegante faz toda a diferença. Por isso, o Clube de Ciências Paisagismo Sustentável, da Escola Estadual Manuel Bandeira, em Alto Piquiri, surgiu com o objetivo de trazer o sentimento de pertencimento ao aluno em relação à escola, de modo que eles aprendam a preservar e cuidar deste ambiente.
A professora coordenadora do clube, Katia Regina Cosmo, também explica que é uma forma dos estudantes compreenderem a ideia de sustentabilidade e o quanto ela é importante nos dias atuais. Somando-se a isso, o aluno desenvolve o protagonismo e a autonomia ao pensar em problemas e soluções. Ela espera que os alunos extrapolem os muros da escola e atinjam a comunidade deixando a cidade mais bonita e acolhedora.
A ideia da temática partiu da professora, pois já eram sugestões que ela comentava com o diretor do colégio para melhorias no ambiente. Quando o clube iniciou em setembro do ano passado, eles revitalizaram o primeiro espaço, que é o pátio da escola. Um ambiente que antes não era cuidado e sempre estava sujo, mas mudou de cenário.
“Isso acontece porque foram eles que fizeram, logo ajudam a cuidar”, explica Katia. Inclusive, segundo ela, no processo de revitalização deste espaço alguns estudantes que nem eram do clube também queriam ajudar e ser úteis. Assim, eles tiveram a colaboração de toda a comunidade escolar.
Neste ano, retomaram a parte teórica sobre sustentabilidade e paisagismo iniciada no ano passado, visto que agora são duas turmas neste mesmo clube. A primeira acontece todas as quintas-feiras e tem como membros alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. A segunda é realizada às segundas-feiras e abarca estudantes do 8º e 9º anos. Conforme Kátia, em 2024 o clube era fornecido somente ao 6º e 7º anos porque as eletivas eram concentradas todas no mesmo dia.
Neste primeiro espaço central da escola revitalizado por eles muitas questões se alteraram. A primeira foi uma parede verde com uso de garrafa de politereftalato de etileno (PET). Para isso, foi fixada uma espécie de grade de janela e os alunos a pintaram de preto, para que aparecesse depois somente as plantas suculentas nas garrafas. Essa planta foi escolhida por ser mais resistente. Em parceria com a disciplina eletiva de robótica, os estudantes colocaram um sistema de irrigação inteligente que é controlado pelo smartphone.
Outras características desse espaço revitalizado é a criação de um gazebo com uma antena parabólica e um calçamento onde os alunos ficam à vontade para ler ou conversar. Somando-se a isso, também fizeram uma cascata e reaproveitaram cadeiras que estavam abandonadas em um terreno próximo à escola, apenas pintando-as e trocando os forros.
Até então, sem o investimento financeiro da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, a escola deu suporte e custeou parte do espaço reformado. Além disso, o clube contou com a colaboração dos alunos e seus familiares. A professora explica que eles traziam mudas de casa ou pediam para vizinhos. Assim, até mesmo a comunidade externa participou com doações para a construção deste primeiro ambiente.
O Clube Paisagismo Sustentável, tem em cada uma das duas turmas entre 20 a 25 alunos. Durante duas aulas de cinquenta minutos, eles estudam a sustentabilidade e o paisagismo refletindo sobre a reciclagem.
Após a revitalização do pátio, o objetivo agora é continuar realizando a manutenção deste espaço e iniciar as mudanças em novos dois ambientes: um em frente à quadra e posteriormente um próximo à sala das pedagogas e do refeitório. No ambiente perto da quadra uma das ideias é trabalhar com as artes plásticas. Fazer esculturas relacionadas ao esporte e para isso usar da sustentabilidade reciclando canos de policloreto de vinila (PVC).
Conforme a professora, o clube é bastante voltado à prática, mas a partir de agora vão começar a refletir sobre as metas alcançadas até o momento, compararem o antes e o depois e fazer o levantamento dos dados estatísticos. Em algumas aulas, ela também conta que eles assistem filmes buscando trazer discussões sobre a temática.
Para ir além do ambiente escolar, uma das ideias da professora Katia é buscar parceria com a prefeitura ou com lojas da cidade para que os alunos cuidem dos canteiros ou calçadas e possam colocar uma placa avisando que a escola está responsável pelo zelo daquele ambiente.
Além disso, durante o restante dos trinta meses que eles têm, muitas ideias podem surgir. Entre elas, está uma reforma de um ambiente próximo à antiga casa do caseiro da escola e também nos banquinhos que ficam em volta das árvores. A intenção também é realizar uma moldura com plantas nos muros pintados por um ex-aluno, Tony Morgado.
A professora ressalta que um momento importante para o clube foi a Culminância, no ano passado. A Culminância é um evento que encerra o semestre, onde os alunos apresentam os resultados de projetos desenvolvidos nas disciplinas eletivas para a comunidade. Neste caso, esta experiência fez com que ela percebesse que os estudantes tinham se apropriado do assunto e gostado do que aprenderam.
O interessante deste dia, conforme Kátia, foi assistir à apresentação deles e ouvir as perguntas das pessoas que visitavam: os pais e a comunidade. Segundo ela, os visitantes ficaram curiosos e queriam fazer em suas casas algumas das ideias de reciclagem e sustentabilidade que haviam visto no pátio.
Entre os desafios apontados pela professora, está a dificuldade em motivar alguns alunos a participarem das atividades. Em relação ao fornecimento de material para o clube, isso logo será resolvido com a verba encaminhada pelo projeto Rede de Clubes. Kátia ressalta o apoio do diretor da escola e a união dentro da escola como fatores que colaboram muito para a superação destas questões.
A viagem teve como objetivo participar do dia de visitação aberto ao público no centro de tecnologia mais moderno do país.
Os clubistas do CAPCiência e mais 17 alunos do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fizeram uma viagem ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, São Paulo. O grupo participou do dia de visitas anualmente realizado pelo CNPEM, o Ciência Aberta. Viajaram ao todo 40 alunos e cinco professores.
“Foram 23 alunos do Clube de Ciências e mais 17 alunos selecionados entre os de melhor desempenho em relação às notas e com menor número de faltas”, explica o professor e coordenador do Clube, Antônio de Oliveira. “Recebemos o apoio da UEM, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Pesquisa, para que a viagem pudesse ser concretizada e foi uma experiência muito interessante, tanto para os alunos quanto para os professores”, reforça o professor.
O evento em Campinas faz parte da sétima edição do Ciência Aberta, promovida pelo CNPEM – órgão supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – que oferece à comunidade dois dias de visitação para conhecer a estrutura do campus, este ano realizado nos dias 30 e 31 de maio. O primeiro dia é dedicado a grupo de estudantes e excursões previamente cadastrados, e o segundo é aberto à comunidade em geral, sempre gratuitamente.
A atração mais conhecida do campus é o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, uma estrutura grandiosa e de última geração que está possibilitando avanço de pesquisas em áreas multidisciplinares e totalmente novas. Seu princípio de operação é produzir um tipo especial de luz, a luz síncrotron, que está sendo utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas diversas formas, e ainda permite acompanhar esses processos físicos, químicos e biológicos nas frações de segundo em que se dão.
“É uma tecnologia única que possibilita a solução de grandes questões da ciência. Entre eles, possibilitou conhecer melhor a estrutura do vírus da Covid-19 e sua proteína que faz a ligação com as células humanas e causam a infecção”, explicou o bolsista administrativo da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, Yudi Godoy, biotecnologista e mestre em Ciências Farmacêuticas que acompanhou o grupo na viagem a Campinas.
Os laboratórios em si estavam fechados, por se tratar de um evento de alto volume de circulação de pessoas, mas à frente de cada um deles havia um monitor explicando qual a importância daquela pesquisa, o que aquele laboratório estuda, as aplicações práticas de cada trabalho. “Os alunos puderam interagir com os mais diversos profissionais ali e penso que foi algo muito incentivador para os alunos seguirem carreira na pesquisa, nas engenharias, na ciência como um todo”, defende Yudi.
Esses laboratórios ao longo do prédio têm microscópios de varredura, um equipamento muito específico, comenta Yudi. “Normalmente nas universidades vemos apenas um exemplar desses e uma fila de pesquisadores para usá-lo; é outra realidade. Esse equipamento faz imagens que outros não conseguem”, informa o pesquisador.
Além de contar com mais microscópios de fluorescência, fluxos laminares para fazer cultura de células, sequenciamento de DNA, entre outros usos. São equipamentos mais básicos de laboratório, mas lá vistos em maior quantidade: centrífugas, pipetas. “Permite que cada pesquisador tenha seu conjunto de pipetas, algo que custa em torno de 10 mil reais. Realmente uma estrutura muito organizada e atual”, define Yudi.
Durante a visita, os estudantes puderam caminhar pelas rotas internas do prédio onde está o acelerador e visualizar esses laboratórios de pesquisa e seus equipamentos, seguindo um roteiro preparado pela organização previamente. Em sua edição anterior, foram registradas mais de 21 mil pessoas nos dois dias de visitação do Ciência Aberta.
A estrutura do CNPEM contempla ainda laboratórios voltados para os temas de energias renováveis, biociências e nanotecnologia. Áreas também relacionadas com o tema de pesquisa do Clube de Ciências do CAP, esse ano dedicado a pesquisar sobre energia. Esses laboratórios e seus pesquisadores atuam, por exemplo, para buscar soluções em saúde no âmbito nacional, com pesquisas em biologia molecular e imunologia.
Após a visita ao acelerador de partículas no CPNEM, a excursão se estendeu até o campus da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), para que os alunos pudessem caminhar e conhecer como são os centros de estudos e a estrutura de um campus universitário. Ao final do dia, retornaram para Maringá.
O Colégio de Aplicação da UEM tem um perfil no Instagram, o @capuemoficial para acompanhar as demais atividades do clube e do colégio.
É o primeiro encontro realizado pelos clubes de ciências vinculados à Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, que partilharam diversos experimentos científicos.
Quatro colégios estaduais de Curitiba (PR) decidiram se unir para que seus Clubes de Ciências promovam a integração entre os estudantes, na tarde de sexta-feira, 30 de maio. O Colégio Estadual Alfredo Parodi foi o anfitrião do evento, que contou com a participação das pós-doutorandas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bolsistas Técnicos Nível Superior ( chamados de bolsistas BTNs) e bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), também da UFPR.
A idealizadora foi a professora de Biologia Corine Costa, coordenadora do Clube Geração Científica, que convidou os clubes de ciências dos Colégios Estaduais Isolda Schmid e Teotonio Vilela e do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior. Dentre as atividades realizadas, os destaques foram o experimento científico com fogo colorido para explicar as cores das estrelas, a construção de uma luneta caseira e o lançamento de um foguete com a base de pressão de água. O tema principal do encontro foi astronomia.
“Eu gosto bastante de participar do Clube de Ciências. Porque quando você aprende, automaticamente, fica mais interessado nas atividades científicas”, relata a clubista Raquel Gabrielly Sampaio, do Clube Geração Científica. Outro clubista, Matheus Felipe Lopes Pereira, do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior, achou interessante o evento. “A gente pode ver o conteúdo dos clubes, conhecer as ideias, as atividades de cada um, o que desperta nossa curiosidade”, sinalizou Matheus com tradução do intérprete de libras Evonir Vieira da Silva. Matheus participa do Clube Verde Mel o Clube, que trabalha com abelhas.
Bianca Muchiuti está no nono ano de licenciatura em Ensino de Ciências Biológicas na UFPR, e afirmou que a atividade na escola contribui para sua prática em docência, “porque podemos observar esta interdisciplinaridade, os alunos interagindo entre eles, e o quanto estão sendo participativos nas oficinas”, explica Bianca.
“Hoje é um dia muito especial”, celebrou a diretora do Colégio Alfredo Parodi, Cristiana Ducci Göhr, “conseguimos compartilhar o projeto do nosso clube de ciências, apresentar a proposta dos professores, as atividades que os alunos estão desenvolvendo, dando cada vez mais protagonismo para os estudantes”, completa.
Esta foi a primeira atividade de integração promovida pelos clubes, encerrada com um café da tarde. E, dado o sucesso, os professores já se mobilizam para uma nova atividade semelhante, ainda sem data definida.
O encontro seguiu a temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2024
Promover a integração entre os Clubes de Ciências e apresentar o cenário científico da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Esse foi o objetivo do evento “Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade”, realizado, nesta quarta-feira (28). O tema do encontro, inspirado na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia de 2024, faz parte do projeto aprovado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), parceira da instituição.
A abertura ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB). Segundo a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, compareceram aproximadamente 400 pessoas, entre alunos e professores, ao longo do dia. “É um momento bem interessante porque estamos nos conhecendo presencialmente e […] podendo articular o trabalho dos clubistas com pesquisas da Universidade”, destacou.
Além da docente, a recepção contou com falas da professora pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Zilda Andrade; do professor Eduardo Araújo, diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL; da professora Débora Sant’Ana, articuladora do NAPI PRFC; do professor Leonardo Zanoni, do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina; e da estudante Isabella Cachoeira, representante do PET-Biologia.
A conversa com os alunos teve como foco principal a pesquisa e extensão na UEL. Foram abordadas experiências práticas e os impactos positivos dessas iniciativas na formação acadêmica e na comunidade. Ao final, os clubistas puderam entender melhor como funciona o trabalho de todo o núcleo que participa ativamente da Rede de Clubes articulada pela instituição. No total, a Universidade Estadual de Londrina é responsável por 18 Clubes de Ciências, sendo dois do projeto Maker.
De acordo com a professora Zilda, os eventos são essenciais para apresentar o contexto da Universidade aos estudantes. Afinal, é por meio desse primeiro contato que os alunos podem despertar o interesse no Ensino Superior como um todo. “Para a UEL é uma oportunidade levar ao conhecimento a nossa estrutura, os nossos cursos, o que a Universidade oferece em projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação”, explica.
A professora Débora também reforçou a relevância dessa integração entre pesquisadores e estudantes, sobretudo para ajudar a tornar o universo da ciência mais acessível para todos. “Esses eventos são importantes para que os estudantes da Educação Básica tenham pertencimento à ciência, tecnologia e, especialmente, à Universidade.”
Por meio do encontro, os Clubes de Ciências conheceram mais sobre as pesquisas relacionadas à biologia animal e vegetal. No CCB, os alunos foram introduzidos aos estudos sobre o Bioma Mata Atlântica e a Floresta Estacional Semidecidual do Paraná, compreendendo a importância desses ambientes. Além disso, fizeram uma visita ao Museu de Zoologia da UEL, onde puderam observar de perto exemplares da fauna regional e nacional.
Outra atividade realizada foi a visita ao Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL), que também fica localizado no Campus Universitário. Por lá, os estudantes fizeram experimentos químicos e físicos, viram formas de eletrização e descobriram como é a estrutura do museu em si. O passeio proporcionou um aprendizado interativo, com demonstrações práticas.
A programação foi a mesma para o período da manhã e da tarde. O evento foi organizado com a colaboração de todos os profissionais e bolsistas da equipe NAPI UEL, em parceria com a UEM.
O nome curioso “capivara” é o símbolo do colégio, escolhido pelos próprios alunos
O Capivara’s Tech está animado para as novas atividades que vão acontecer este ano. A abertura do clube de ciências do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, de Maringá, aconteceu no mês de março. O clube nesta escola é uma eletiva, ou seja, uma disciplina que está na carga horária dos alunos. Nela, cada professor escreve um projeto em colaboração com os estudantes.
Neste caso, o Capivara’s Tech acontece toda semana às quintas-feiras nas duas últimas aulas do período da tarde. Em razão do horário e da disponibilidade da professora coordenadora do clube, Maísa de Carvalho Iwazaki, os alunos integrantes são somente do Ensino Médio.
Todos os anos acontecem as Feiras de Eletivas para o Ensino Fundamental e Médio. Essas matérias se encerram em seis meses e são apresentadas na Culminância, que é um evento em todos os colégios integrais com o objetivo de apresentar os resultados desenvolvidos durante o tempo das aulas na disciplina eletiva. Logo, este momento ocorre duas vezes ao ano.
No ano passado, o Feirão de Eletivas já havia acontecido em agosto, mas foi somente em setembro que o clube se iniciou. Por isso, em uma organização do colégio, todos os alunos do segundo ano do Ensino Médio participaram do Capivara´s Tech. Durante o ano de 2024, eles realizaram um protocolo de minerais do PICCE (Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola) e apresentaram na Culminância o trabalho feito sobre rochas e minerais para toda a escola.
Em 2025, com 24 alunos majoritariamente do 3º ano, o projeto inicial é tornar a escola um ambiente mais acolhedor. Segundo a professora, por ser um colégio de tempo integral é necessário que haja mais espaços de lazer, recreação e descanso.
Outras ideias também já estão aparecendo no projeto do Capivara´s Tech, entre elas um comedouro de aves, já que a escola fica próxima ao Parque do Ingá e esses animais costumam fazer visitas. Além disso, Maísa explica que faz parte da ideia inicial criar abelhas, para fomentar a apicultura, e uma horta ou jardim para cuidados e assim oportunizar estudos. O objetivo é trazer a pesquisa científica para a prática nessas temáticas.
No primeiro dia do clube neste ano, os alunos andaram pelo colégio com o propósito de analisar quais os problemas existentes no ambiente escolar. Nos próximos encontros, conforme a professora, serão discutidas as possíveis soluções. Uma das sugestões levantadas foi a reutilização da água que escorre dos ar-condicionados para regar a futura horta.
O nome “Capivara” já era conhecido pelos alunos, por ocasião de um trabalho realizado pelo professor Jeferson Luiz Kaibers, na matéria de artes. O objetivo era escolher um símbolo para o colégio e a preferência foi pela capivara, por ser um animal encontrado no território brasileiro.
Com o início das atividades do clube, a professora Maísa, juntamente com os alunos precisavam pensar em um nome e de pronto o símbolo do colégio foi retomado. Ao nome Capivara juntou-se o “Tech” para simbolizar tecnologia. Assim surgiu o “Capivara’s Tech”.
Além do nome interdisciplinar, o clube também quer trazer para a prática atividades de outras matérias desenvolvidas na escola. É o caso da matéria eletiva de artes, ministrada pelo mesmo professor Jeferson. Nela, o tema beleza poderá ser trabalhado e vai ao encontro da temática inicial do clube de ciências: criar um ambiente confortável e mais acolhedor na escola. Neste caso, o conforto visual seria o ponto de partida para pensarem em conjunto. Segundo os professores, o objetivo é pintar as paredes da escola com outras cores, incluir desenhos e adesivar as portas.
A grande oportunidade em participar de um clube de ciências, segundo Maísa, é a aproximação dos alunos com o universo científico. “Disse a eles que este ambiente vai ajudar muito na preparação para as olimpíadas e que juntos vamos nos preparar e estudar. Também expliquei sobre as possibilidades de ingresso em universidades por meio dessas olimpíadas”, completa a professora.
Para os docentes, ser coordenador de um clube é se reconectar com a área da pesquisa e significa também “resgatar aquilo que muitas vezes acabamos esquecendo”, menciona Maísa. É um momento de colaboração e há aprendizagem mútua. Apesar de algumas dificuldades iniciais, quanto à organização do tempo e ajustes no planejamento da rotina do clube, o Capivara’s Tech já está colocando as mãos na massa!
Estudantes tiveram contato com alguns dos projetos e inovações tecnológicas desenvolvidas na região
Uma das atividades que mais fortalecem a formação pessoal, intelectual e até profissional dos estudantes são as excursões. Pensando nisso, muitas escolas foram à 63ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2025), que ocorreu do dia 04 a 13 de abril. Entre o público, estiveram dois Clubes de Ciências do município: Clube Eco Sapiens e o Clube Litterae Ludus.
Articulados pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI-Paraná Faz Ciência, os clubes fazem parte do Colégio Estadual Machado de Assis e Colégio Estadual Cívico Militar Professor Newton Guimarães, respectivamente. Os alunos tiveram maior contato com a Via Rural Smart Farm, visitando exposições que destacaram inovações tecnológicas e o potencial turístico da área rural.
No clube Eco Sapiens, o objetivo é justamente estudar sobre tecnologias, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. De acordo com o professor Leandro Niehues, coordenador do clube, a visita foi importante para ampliar esse aprendizado. “É interessante para eles verem os projetos que existem, para terem conhecimentos que vão ajudar na pesquisa de cada um e tirarem dúvidas”, destaca.
O clube Litterae Ludus, por sua vez, busca desenvolver o pensamento científico analisando a relação entre os jogos de RPG e a formação do leitor literário. Segundo a professora coordenadora, Franciela Zamariam, a visita foi uma forma dinâmica de apresentar a metodologia científica. “A minha preocupação é que os estudantes tenham sempre clareza a respeito dos elementos que compõem a pesquisa científica”, explica. “Lá na Exposição a gente conseguiu demonstrar de maneira mais prática para eles.”
A Via Rural Smart Farm foi o principal foco das visitas escolares, trazendo diferentes temáticas que conectam o campo com a sociedade. O espaço foi promovido pelo Governo do Estado do Paraná, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB); da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da UEL, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná (SRP).
Alguns estudantes também aproveitaram para passear pelo Museu da SRP e pelo novo Aquário de Londrina. As atrações ficam próximas à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos, onde ocorreu a Exposição.
Estudantes analisaram métodos de compostagem para trabalhar com os resíduos sólidos
Os alunos do clube “Exploradores da Ciência”, do Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Pérola D’Oeste, dedicaram uma atenção especial na criação de uma horta comunitária. A atividade foi proposta para que os alunos trabalhassem com resíduos dos alimentos da merenda, e o que for plantado, poderá, futuramente, ser consumido na escola.
O colégio faz parte do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Já o Clube é articulado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), de Foz do Iguaçu, no NAPI – Paraná Faz Ciência. O objetivo principal do projeto é mostrar formas de minimizar os impactos ambientais e sociais, incentivando a busca por um futuro mais sustentável.
Para isso, o Clube de Ciências pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos, em especial nas comunidades do entorno do colégio. A composteira na horta começou a ser construída no ano passado, quando o projeto foi aprovado. Agora, os estudantes plantaram mudas de verduras e hortaliças.
Segundo a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, são 25 alunos participantes, do Ensino Fundamental e Médio. As atividades ocorrem toda quinta-feira, das 13h às 15h30. “Trabalhamos com diferentes tipos de resíduos e estamos desenvolvendo algumas ações na escola”, destaca.
Na horta, os estudantes utilizam o Método Lages de Compostagem, criado pelo professor Germano Güttler, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. De forma resumida, o método consiste em transformar matéria orgânica em adubo, usando canteiros em camadas. É um modelo ideal para se fazer em casa, nas escolas ou em hortas comunitárias.
Além da horta, o clube “Exploradores da Ciência” também tem estudado sobre resíduos eletrônicos, como conta a professora Silvana. “Implementamos uma campanha de coleta de pilhas e baterias na comunidade, que serão posteriormente entregues aos catadores para a destinação adequada”, explica a docente.
Outra atividade desenvolvida pelos alunos foi a análise da água, feita na casa de todos os estudantes. A iniciativa foi realizada em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Realeza. Além disso, a equipe do clube também está desenvolvendo um aplicativo, que terá como propósito auxiliar a coleta de lixo municipal.
Recentemente, os alunos realizaram uma entrevista com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com os membros da Associação de Catadores Autônomos de Pérola D’Oeste. Os estudantes conheceram a plataforma de transbordo de resíduos sólidos e registraram a quantidade de materiais coletados, os cuidados necessários em segurança e quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos coletores.
Os materiais vão permitir o avanço de ações dos Clubes de Ciências nas escolas
Com o início do calendário escolar de 2025, os Clubes de Ciências retornaram com as atividades e o desenvolvimento de seus projetos. Para ajudar na execução dessas ações, materiais de consumo começarão a ser pedidos neste mês de abril. A aquisição será realizada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Cada instituição é responsável por 100 escolas, que receberam uma lista com referências para a escolha dos materiais. Entre os itens disponíveis, estão produtos químicos, esportivos, de papelaria e microeletrônicos. Eles serão custeados com recursos da Fundação Araucária, do Governo do Paraná, e o valor deve ser liberado em duas parcelas. Neste ano, as escolas têm até R$ 10 mil para os pedidos.
Segundo o pesquisador Jailson Rodrigo Pacheco, integrante do NAPI Paraná Faz Ciência pela UFPR, os materiais de consumo contribuem bastante com o andamento dos projetos. “Este investimento é fundamental para atender as necessidades básicas de um clube de ciência, permitindo que os estudantes desenvolvam suas pesquisas e, ao mesmo tempo, produzam seus materiais de divulgação”, explica.
No entanto, ainda não há uma data para a chegada dos materiais, como reforça a professora Mariana Andrade, articuladora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do Paraná Faz Ciência Maker. “As solicitações vão se iniciar em abril e dependem dos fornecedores conectados pela FAUEL (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL) e FUNPAR (Fundação da UFPR).”
Além de materiais de consumo, os professores já preencheram um formulário incluindo pedidos para equipamentos permanentes. Os itens solicitados tinham que estar de acordo com a temática do clube, mostrando a sua necessidade para o encaminhamento das atividades. Neste caso, os recursos são do Fundo Rotativo, no valor de até R$ 20 mil por escola.