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Professores e bolsistas apresentaram algumas das ações que destacam o papel do Arranjo na sociedade

A imagem mostra representantes do NAPI Paraná Faz Ciência apresentando a Rede de Clubes para os visitantes da 13° Feira das Profissões da Universidade Estadual de Londrina. A equipe está posicionada em um estande e o público é formado em sua maior parte por estudantes de escolas da região. Os alunos prestam atenção na explicação.
Equipe NAPI UEL apresentou a Rede de Clubes para os visitantes (Foto/ Isabella Abrão)

O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – Paraná Faz Ciência esteve presente na 13ª Feira das Profissões da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O objetivo era apresentar aos visitantes atividades que estão sendo desenvolvidas pela Rede de Clubes na região. O evento foi realizado nesta terça-feira (01), no Campus Universitário.

A Feira expôs os 53 cursos de graduação da UEL, principalmente para estudantes do Ensino Médio. Além disso, o evento faz parte da programação oficial do aniversário de 55 anos da Universidade, parceira do Arranjo. Representantes da equipe NAPI UEL ficaram responsáveis por um estande no Centro de Ciências Biológicas (CCB).

A imagem mostra a equipe NAPI UEL no estande do PRFC, localizado no Centro de Ciências Biológicas da UEL, durante a Feira das Profissões. Ao lado da equipe, está a Reitora da Universidade, professora Marta Favaro; a Chefe de Gabinete, professora Lisiane Freitas de Freitas; e o Diretor do CCB, professor João Zequi.
Equipe da UEL ao lado da Reitora da Universidade, professora Marta Favaro; da Chefe de Gabinete, professora Lisiane Freitas de Freitas; e do Diretor do CCB, professor João Zequi (Foto/ Isabella Abrão)
A imagem mostra a equipe NAPI UEL no estande do PRFC, localizado no Centro de Ciências Biológicas da UEL, durante a Feira das Profissões. Ao lado da equipe, está o vice-reitor da Universidade, professor Airton José Petris, e da coordenadora do colegiado de Ciências Biológicas, professora Tânia A. da Silva Klein.
Equipe da UEL ao lado do Vice-Reitor da Universidade, professor Airton José Petris, e da Coordenadora do Colegiado de Ciências Biológicas, professora Tânia A. da Silva Klein (Foto/ Isabella Abrão)

Para a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, a Feira das Profissões é muito significativa para o Arranjo. “Podemos divulgar nossas atividades para estudantes que ainda não estão na universidade e, com isso, podemos despertar nesses estudantes o interesse pela pesquisa”, destaca. 

Segundo a docente, também é um ótimo momento para que os alunos que já estão em clubes de ciências possam ver o resultado de suas investigações. A Universidade Estadual de Londrina é articuladora de 20 clubes no NAPI PRFC e alguns estudantes que participam desses projetos compareceram à Feira com suas escolas.

A aluna Ana Clara, por exemplo, está no 2° ano do Ensino Médio e é integrante do clube San Rafa Makers, do Colégio Estadual San Rafael, em Ibiporã. Ela ainda não decidiu para o que vai prestar no vestibular, mas garantiu que tem gostado das atividades do projeto. “É muito interessante [o projeto], a gente consegue pesquisar e entender bastante coisa.”

A imagem mostra uma mulher segurando um dos panfletos que foram distribuídos pela equipe NAPI UEL durante a Feira das Profissões. O material de divulgação indica os objetivos da Rede de Clubes e seu papel na sociedade, além de conter um QR Code para que os visitantes possam acessar as redes sociais dos clubes de ciencias da região.
Durante o evento, foram distribuídos panfletos com informações da Rede (Foto/ Isabella Abrão)

Por ser um evento aberto e gratuito, a 13ª Feira das Profissões da UEL não recebeu apenas grupos escolares. A comunidade externa ficou livre para visitar a instituição sem necessidade de agendamento, possibilitando maior contato com os oito centros de estudos. Dessa forma, a equipe NAPI UEL aproveitou para reforçar a importância do Arranjo na sociedade, sobretudo aos que ainda não conheciam a iniciativa.

Projeto do Clube de Ciências ‘Mentes Curiosas’ promove educação ambiental e aproxima comunidade da natureza

Na imagem, alunos e professores do Clube de Ciências do Colégio Estadual Vital Brasil participam de uma atividade ao ar livre, na trilha ecológica. A turma, vestindo camisetas verdes do uniforme escolar, posou ao redor de uma grande árvore, símbolo da importância da preservação ambiental. A saída de campo faz parte das ações do clube, que estimula a observação, o contato com o meio ambiente e o aprendizado prático sobre ecologia e sustentabilidade.
Clubistas em atividade na trilha ecológica (foto/arquivo pessoal)


O Horto Municipal José Januário Pereira, em Vera Cruz do Oeste, está ganhando uma nova função: além de preservar a natureza, passará a ser também um espaço de aprendizado e conscientização ambiental. A transformação faz parte de um projeto do Clube de Ciências Mentes Curiosas, que está implantando uma trilha ecológica no local com o apoio de instituições parceiras. 

Coordenado pela professora Rosineia Saragoza Costa Silva e pela bolsista Mayara Wisniewski Pires Zismann, o projeto é fruto do envolvimento direto de estudantes, que estão colocando a mão na massa desde as primeiras etapas. A proposta surgiu a partir de uma pergunta simples, mas provocadora: “Como o Horto pode contribuir para a Educação Ambiental?”

O trabalho começou com o diagnóstico da área, passou pela identificação das espécies de plantas, análise da água e agora está na fase de planejamento da trilha. Quando pronto, o projeto deve entregar à comunidade um mapa interativo da trilha, um catálogo da flora local, um relatório sobre a qualidade da água e materiais educativos que servirão de apoio para escolas e visitantes.

Na imagem, alunos e professores do Clube de Ciências do Colégio Estadual Vital Brasil caminhando pelo Horto da cidade. A trilha é repleta de árvores e os alunos estão de costas caminhando, utilizando camisetas verdes.
Clubistas em atividade na trilha ecológica (foto/arquivo pessoal)


Para a professora Rosineia, além do impacto ambiental, o projeto tem um valor formativo muito importante. “Os alunos estão aprendendo na prática, desenvolvendo responsabilidade e consciência ecológica. Isso mostra o poder da ciência quando unimos curiosidade e apoio institucional”, destacou.

A comunidade poderá acompanhar os próximos passos pelo Instagram da Rede de Clubes Paraná Faz Ciências ( @clubesparanafazciencia ) , do Clube de Ciências ‘Mentes Curiosas’ (@cienciavitalbrasil ) e do colégio Vital Brasil ( @cevitalbrasil ). A trilha ecológica promete não apenas enriquecer o conhecimento dos estudantes, mas também fortalecer o vínculo da cidade com a preservação ambiental e o turismo sustentável.

Estudantes aprenderam sobre floresta nativa e biodiversidade

A imagem mostra o ambientalista Daniel Steidle apresentando a Fazenda Bimini aos estudantes do clube “Discovery Kennedy’s”, do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia. Na foto, ao fundo, Daniel segura um girassol de madeira com os princípios da ONU escritos nas pétalas. Na frente, os alunos estão de costas prestando atenção na explicação e realizando anotações.
Alunos clubistas foram apresentados à Fazenda Bimini (Isabella Abrão)


Os alunos do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia, realizaram uma visita à Fazenda Bimini, na zona rural do município. A atividade, proposta pelo Clube de Ciências “Discovery Kennedy’s”, mostrou como identificar espaços de floresta nativa e sua importância para o equilíbrio do meio ambiente.

A visita foi conduzida por Daniel Steidle, ambientalista e responsável pela Fazenda, no início de abril. Os estudantes aprenderam sobre ancestralidade, biodiversidade e simbiose. Além disso, puderam acompanhar a soltura de três pequenas cobras. “Bem interessante, é legal ficar em um ambiente diferente da zona urbana, com mais vegetação”, contou José, um dos alunos clubistas.

A imagem mostra os estudantes e professores que fazem parte do clube “Discovery Kennedy’s”, do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia. A turma realizou uma visita à Fazenda Bimini, na zona rural da cidade. A foto é um registro do passeio. Os alunos estão uniformizados e em volta há apenas vegetação.
Equipe do clube “Discovery Kennedy’s” na Fazenda Bimini (Isabella Abrão)


A professora Eglaia Cheron, coordenadora do projeto na escola, foi uma das docentes que acompanhou os jovens cientistas no passeio. Ela destacou a importância da atividade para compreender melhor a natureza e como funciona o estabelecimento da cadeia alimentar. “É uma imersão na fauna e na flora da nossa cidade”, reforça a professora, que ministra as matérias de Ciências e Biologia no colégio.

A imagem mostra os estudantes do clube “Discovery Kennedy’s”, do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, de Rolândia, prestando atenção na aula sobre natureza e simbiose. A turma realizou uma visita à Fazenda Bimini, na zona rural da cidade, e receberam explicações sobre biodiversidade e floresta nativa. A foto é um registro do passeio. Os alunos estão uniformizados, sentados em um banco de madeira. Na frente deles, tem uma mesa com objetivos e um estagiário de biologia, que acompanhou o passeio e estava se apresentando.
Estudantes prestaram atenção e fizeram anotações durante o passeio (Isabella Abrão)


Clube “Discovery Kennedy’s”

No NAPI – Paraná Faz Ciência, o clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e os encontros ocorrem toda terça-feira, no período vespertino. O objetivo do “Discovery Kennedy’s” é investigar o entorno do Lago San Fernando e as aves que podem ser encontradas no perímetro urbano de Rolândia. Quando não estiverem em aula de campo, os alunos realizarão as atividades no laboratório de ciências da escola.

A imagem mostra a professora Eglaia Cheron, coordenadora do clube “Discovery Kennedy’s”, no laboratório de ciências do Colégio Estadual Cívico-Militar Presidente Kennedy, em Rolândia. A docente está no centro da foto, atrás de uma mesa azul. Em volta, há prateleiras brancas com objetivos utilizados no meio científico e outros do cotidiano, como um globo terrestre. No fundo, há ainda um quadro negro e outras mesas azuis.
Professora Eglaia Cheron, coordenadora do clube, no laboratório da escola (Isabella Abrão)


Dentro do contexto da biodiversidade, o cronograma de atividades do clube envolve a análise da água do Lago San Fernando, incluindo o estudo de microrganismos e bioindicadores. Além disso, os clubistas também investigarão a mata ciliar do Lago, catalogando espécies de vegetais e animais estabelecidas no local. Com relação às aves urbanas, os alunos irão pesquisar os hábitos de vida e a adaptação dos ciclos dos animais na região.

Com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, alunos apresentaram uma sessão de cinema para toda a escola

A foto é do Clube de Ciências “Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker”. A imagem mostra um grupo de sete pessoas (cinco jovens e dois adultos) posando sorridentes em uma sala de aula. Todos parecem estar participando de um projeto escolar relacionado à sustentabilidade. Atrás do grupo, há um cartaz colado na lousa verde, com o título “SUSTENTABILIDADE” e outros textos escritos à mão, mencionando “Projeto: DA TERRA À TELA” e palavras como “futuro” e “sustentável”. Na frente do grupo, há duas mesas com maquetes. Uma delas exibe mãos segurando um globo terrestre, cercado por folhas verdes artificiais e luzes decorativas. A outra tem cubos coloridos com ícones e textos representando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como o ODS 11 (Cidade e Comunidade Sustentável), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima). O ambiente transmite um clima de cooperação e engajamento estudantil.
Foto do Clube de Ciências Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker no dia do projeto “Da Terra à Tela” (Foto/arquivo pessoal)


O Clube ‘Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker’ iniciou as atividades este ano e já discutiu três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), durante os encontros semanais. A temática foi baseada na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Os ODS têm os objetivos de erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir o bem-estar de todos até 2030.

Assim, o projeto do clube no Colégio Estadual do Campo Marechal Floriano Peixoto, do distrito de Ribeirão Bonito, em Grandes Rios, busca estudar os 17 ODS e criar atividades para além da teoria, exercendo ações com potencial prático. Entre as atividades realizadas, uma destacada pelo professor coordenador do clube, Juliano Michael Sabatini, foi a sessão de cinema.

No final do mês de abril, o Clube realizou uma sessão para exibir o filme Wall-E para toda a comunidade escolar e nomearam o evento de “Da Terra à Tela”, fazendo relação com os três ODS estudados pelos alunos do “Planeta Consciente”. Houve espaço também para a  colaboração com outras disciplinas, pois um longa-metragem traz a possibilidade de debater arte, língua portuguesa, língua inglesa, oratória, mídias digitais, ética, liderança, além do projeto de vida dos estudantes e a ciência e a tecnologia.

Para a atividade do cinema, o coordenador Juliano contou com a colaboração da professora de Corresponsabilidade Social e Sustentável, Roseli Beatriz. “A escola é muito unida, eles conseguem se juntar e trabalhar a questão nas mais diversas temáticas”, explica Sabatini.

“Da Terra À Tela” foi um trabalho coletivo entre a turma do Clube e alunos da disciplina da professora Roseli. Eles atuaram juntos, cada um com uma função. Os alunos do “Planeta Consciente” foram responsáveis por entrarem nas salas de aula e explicarem aos outros estudantes sobre os três ODS estudados até o momento, entre eles os de número 11, 12 e 13.

O ODS 11 – “Cidade e Comunidade Sustentável” –  busca tornar as cidades e as habitações inclusivas, protegidas, resistentes e sustentáveis. Assim, entre as discussões em sala de aula, os alunos buscaram aprender as práticas de consumo sustentável, reduzindo o desperdício. 

Esse ODS também se ligou com o 12 – “Consumo e Produção Responsável” -, de forma a contribuir com reflexões sobre a reciclagem e as possibilidades de reutilização. E ainda com o 13 – “Ação Contra a Mudança Global do Clima”. Um dos trabalhos realizados neste Objetivo foi uma maquete representando duas mãos com o planeta terra no centro.

O objetivo do evento também foi tratar de pesquisas realizadas em torno da degradação ambiental e suas consequências. A ideia era sensibilizar alunos, professores e toda a escola sobre as problemáticas ambientais. Os estudantes levaram alguns dos conhecimentos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para aqueles que não fazem parte do Clube.

Para além da multidisciplinaridade da ideia do “Da Terra à Tela”, um ponto interessante é que o longa-metragem, por ser mudo, facilita a participação de estudantes com deficiência auditiva. Assim, foi possível contar com todos os alunos na sala.

Produção das Caixas e Cinema 

A imagem mostra um grupo de dez estudantes posando em sala de aula, diante de um mural com o tema "SUSTENTABILIDADE", escrito em um cartaz de papel fixado na lousa. O cartaz traz o título do projeto “Da Terra à Tela” e o subtítulo "Sustentabilidade: nosso compromisso com o futuro". Na frente do grupo, há duas mesas com maquetes. Na mesa central, há três cubos grandes que representam Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS 11: "Cidades e comunidades sustentáveis" (cubo vermelho), ODS 12: "Consumo e produção responsáveis" (cubo marrom) e ODS 13: "Ação contra a mudança global do clima" (cubo verde). Na mesa à direita, está uma escultura artística com uma estrutura verde em forma de “L”, decorada com folhas artificiais e luzes. Duas mãos seguram o planeta Terra em estado de degradação. Os estudantes demonstram engajamento com o tema.
Foto do Clube de Ciências Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker com as caixas da ODS e a maquete das mãos (arquivo pessoal)


O nome do clube “Planeta Consciente” partiu dos estudantes em conjunto com o professor Juliano e faz referência ao principal objetivo que é conscientizar sobre os ODS, tão necessários atualmente. A ideia também é, segundo o professor, criar “uma forma do projeto não ser entendido isoladamente, mas mostrar aos alunos que eles podem fazer a diferença no mundo com suas atitudes”.  

Por ser uma escola integral, o Clube funciona como uma disciplina eletiva. Todas as terças-feiras eles se reúnem para discussões sobre uma temática ambiental que envolva os ODS. Primeiro encaixam a pauta em uma das 17 opções e, depois, começam a produzir a “Caixa de Ferramentas”. Essa é uma representação visual e um recurso que ajuda na implementação e no acompanhamento das metas do grupo.

Com 10 estudantes do 8º ou 9º ano, o professor sempre procura trabalhar o lado artístico, já que também é docente de artes. Assim, até o final do ano pretende ter todas as 17 caixas com referência aos ODS montadas. Segundo Juliano, é interessante observar os alunos percebendo os problemas ambientais, demonstrando mais autonomia nas discussões e nas ações. 

A dinâmica do Clube envolve a teoria por meio de rodas de conversas, mas também a prática com a criação das caixas feitas a partir de materiais recicláveis. Para isso, exige dos estudantes a busca pelos componentes e seus significados, despertando nos alunos a educação ambiental que também é levada por eles para as famílias, além da comunidade externa. 

A proposta para os próximos meses é continuar estudando os ODS e envolver a comunidade interna e externa. O Clube também pretende apresentar os trabalhos na Culminância, que é um evento realizado no encerramento do semestre. Nesta ocasião, o colégio abre às portas para pessoas de fora do ambiente escolar, a fim dos alunos exibirem os resultados dos projetos desenvolvidos nas disciplinas eletivas.

Além de aprenderem sobre sustentabilidade, os alunos realizam na prática a reforma de espaços dentro da escola

A foto é do Clube de Ciências Paisagismo Sustentável. A imagem mostra um grupo de estudantes posando em frente a um jardim vertical instalado numa parede preta, no que parece ser o pátio da escola. A maioria dos alunos estão usando camisetas vermelhas com o logotipo do colégio. O jardim vertical está bem organizado, com diversas plantas ornamentais, dando um aspecto verde e ecológico ao espaço. À esquerda, vê-se uma árvore com comedouros para beija-flores pendurados, e, à direita, uma estrutura com cobertura translúcida. O chão está revestido com blocos de pedra formando um caminho decorativo. O ambiente transmite uma sensação de envolvimento com a natureza, sendo resultado de um projeto ligado ao Clube Paisagismo Sustentável.
Foto dos alunos do Clube de Ciências em frente ao primeiro ambiente modificado por eles.
(Arquivo pessoal)


Para aqueles que estudam em uma escola integral, um lugar confortável e aconchegante faz toda a diferença. Por isso, o Clube de Ciências Paisagismo Sustentável, da Escola Estadual Manuel Bandeira, em Alto Piquiri, surgiu com o objetivo de trazer o sentimento de pertencimento ao aluno em relação à escola, de modo que eles aprendam a preservar e cuidar deste ambiente. 

A professora coordenadora do clube, Katia Regina Cosmo, também explica que é uma forma dos estudantes compreenderem a ideia de sustentabilidade e o quanto ela é importante nos dias atuais. Somando-se a isso, o aluno desenvolve o protagonismo e a autonomia ao pensar em problemas e soluções. Ela espera que os alunos extrapolem os muros da escola e atinjam a comunidade deixando a cidade mais bonita e acolhedora.

A ideia da temática partiu da professora, pois já eram sugestões que ela comentava com o diretor do colégio para melhorias no ambiente. Quando o clube iniciou em setembro do ano passado, eles revitalizaram o primeiro espaço, que é o pátio da escola. Um ambiente que antes não era cuidado e sempre estava sujo, mas mudou de cenário. 

“Isso acontece porque foram eles que fizeram, logo ajudam a cuidar”, explica Katia. Inclusive, segundo ela, no processo de revitalização deste espaço alguns estudantes que nem eram do clube também queriam ajudar e ser úteis. Assim, eles tiveram a colaboração de toda a comunidade escolar.

Neste ano, retomaram a parte teórica sobre sustentabilidade e paisagismo iniciada no ano passado, visto que agora são duas turmas neste mesmo clube. A primeira acontece todas as quintas-feiras e tem como membros alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. A segunda é realizada às segundas-feiras e abarca estudantes do 8º e 9º anos. Conforme Kátia, em 2024 o clube era fornecido somente ao 6º e 7º anos porque as eletivas eram concentradas todas no mesmo dia.

Primeira reforma

Esta imagem mostra um grupo de alunos envolvidos numa atividade prática com foco em reciclagem. Os estudantes estão a segurar vasos feitos a partir de garrafas plásticas reutilizadas, preenchidas com terra e várias plantas, como suculentas e pequenas folhagens. Os alunos estão organizados em duas filas, alguns agachados e outros de pé, e vestem uniformes escolares. O ambiente é ao ar livre, com uma parede de cimento ao fundo e uma rede de proteção no topo. A expressão dos alunos reflete orgulho e empenho no projeto.
Foto dos alunos do Clube de Ciências segurando vasos feitos a partir de garrafas plásticas
(Arquivo pessoal)


Neste primeiro espaço central da escola revitalizado por eles muitas questões se alteraram. A primeira foi uma parede verde com uso de garrafa de politereftalato de etileno (PET). Para isso, foi fixada uma espécie de grade de janela e os alunos a pintaram de preto, para que aparecesse depois somente as plantas suculentas nas garrafas. Essa planta foi escolhida por ser mais resistente. Em parceria com a disciplina eletiva de robótica, os estudantes colocaram um sistema de irrigação inteligente que é controlado pelo smartphone

Outras características desse espaço revitalizado é a criação de um gazebo com uma antena parabólica e um calçamento onde os alunos ficam à vontade para ler ou conversar. Somando-se a isso, também fizeram uma cascata e reaproveitaram cadeiras que estavam abandonadas em um terreno próximo à escola, apenas pintando-as e trocando os forros.

Até então, sem o investimento financeiro da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, a escola deu suporte e custeou parte do espaço reformado. Além disso, o clube contou com a colaboração dos alunos e seus familiares. A professora explica que eles traziam mudas de casa ou pediam para vizinhos. Assim, até mesmo a comunidade externa participou com doações para a construção deste primeiro ambiente.

Este ano: manutenção e novos locais revitalizados

Esta imagem retrata um grupo de alunos a participar numa atividade de jardinagem. A ação decorre ao longo de um corredor externo com uma área de terra e relva junto a um muro azul, provavelmente lateral a uma quadra esportiva coberta (identificável pela rede e estrutura ao fundo). Os estudantes estão usando camisetas vermelhas do uniforme escolar. Alguns estão ajoelhados no chão, atentos ao trabalho manual, enquanto outros manuseiam ferramentas ou mangueiras para irrigação.
Foto do Clube Paisagismo Sustentável começando a revitalização em um novo local
(Arquivo pessoal)


O Clube Paisagismo Sustentável, tem em cada uma das duas turmas entre 20 a 25 alunos. Durante duas aulas de cinquenta minutos, eles estudam a sustentabilidade e o paisagismo refletindo sobre a reciclagem.

Após a revitalização do pátio, o objetivo agora é continuar realizando a manutenção deste espaço e iniciar as mudanças em novos dois ambientes: um em frente à quadra e posteriormente um próximo à sala das pedagogas e do refeitório. No ambiente perto da quadra uma das ideias é trabalhar com as artes plásticas. Fazer esculturas relacionadas ao esporte e para isso usar da sustentabilidade reciclando canos de policloreto de vinila (PVC).

Conforme a professora, o clube é bastante voltado à prática, mas a partir de agora vão começar a refletir sobre as metas alcançadas até o momento, compararem o antes e o depois e fazer o levantamento dos dados estatísticos. Em algumas aulas, ela também conta que eles assistem filmes buscando trazer discussões sobre a temática.

Para ir além do ambiente escolar, uma das ideias da professora Katia é buscar parceria com a prefeitura ou com lojas da cidade para que os alunos cuidem dos canteiros ou calçadas e possam colocar uma placa avisando que a escola está responsável pelo zelo daquele ambiente.

Além disso, durante o restante dos trinta meses que eles têm, muitas ideias podem surgir. Entre elas, está uma reforma de um ambiente próximo à antiga casa do caseiro da escola e também nos banquinhos que ficam em volta das árvores. A intenção também é realizar uma moldura com plantas nos muros pintados por um ex-aluno, Tony Morgado. 

Entre momentos importantes e desafios

Esta imagem mostra um grande grupo de alunos e professores reunidos em frente à entrada do Parque Internacional de Exposições Dario Pimenta Nóbrega, localizado na Sociedade Rural de Umuarama. A maioria dos alunos está usando uniformes escolares com camisetas vermelhas e pretas, indicando que pertencem à mesma instituição. O grupo posa sorridente e animado.
Foto dos alunos da escola Estadual Manuel Bandeira na Expo Umuarama neste ano.
(Arquivo pessoal)


A professora ressalta que um momento importante para o clube foi a Culminância, no ano passado. A Culminância é um evento que encerra o semestre, onde os alunos apresentam os resultados de projetos desenvolvidos nas disciplinas eletivas para a comunidade. Neste caso, esta experiência fez com que ela percebesse que os estudantes tinham se apropriado do assunto e gostado do que aprenderam.

O interessante deste dia, conforme Kátia, foi assistir à apresentação deles e ouvir as perguntas das pessoas que visitavam: os pais e a comunidade. Segundo ela, os visitantes ficaram curiosos e queriam fazer em suas casas algumas das ideias de reciclagem e sustentabilidade que haviam visto no pátio.

Entre os desafios apontados pela professora, está a dificuldade em motivar alguns alunos a participarem das atividades. Em relação ao fornecimento de material para o clube, isso logo será resolvido com a verba encaminhada pelo projeto Rede de Clubes. Kátia ressalta o apoio do diretor da escola e a união dentro da escola como fatores que colaboram muito para a superação destas questões.

A viagem teve como objetivo participar do dia de visitação aberto ao público no centro de tecnologia mais moderno do país.

A foto é do Clube de Ciências Paisagismo Sustentável. A imagem mostra um grupo de estudantes posando em frente a um jardim vertical instalado numa parede preta, no que parece ser o pátio da escola. A maioria dos alunos estão usando camisetas vermelhas com o logotipo do colégio. O jardim vertical está bem organizado, com diversas plantas ornamentais, dando um aspecto verde e ecológico ao espaço. À esquerda, vê-se uma árvore com comedouros para beija-flores pendurados, e, à direita, uma estrutura com cobertura translúcida. O chão está revestido com blocos de pedra formando um caminho decorativo. O ambiente transmite uma sensação de envolvimento com a natureza, sendo resultado de um projeto ligado ao Clube Paisagismo Sustentável.
Grupo de alunos e professores de Maringá no prédio onde está o acelerador de partículas brasileiros, no CNPEM em Campinas (Foto/Yudi Godoy)


Os clubistas do CAPCiência e mais 17 alunos do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fizeram uma viagem ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, São Paulo. O grupo participou do dia de visitas anualmente realizado pelo CNPEM, o Ciência Aberta. Viajaram ao todo 40 alunos e cinco professores. 

“Foram 23 alunos do Clube de Ciências e mais 17 alunos selecionados entre os de melhor desempenho em relação às notas e com menor número de faltas”, explica o professor e coordenador do Clube, Antônio de Oliveira. “Recebemos o apoio da UEM, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Pesquisa, para que a viagem pudesse ser concretizada e foi uma experiência muito interessante, tanto para os alunos quanto para os professores”, reforça o professor.

O evento em Campinas faz parte da sétima edição do Ciência Aberta, promovida pelo CNPEM – órgão supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – que oferece à comunidade dois dias de visitação para conhecer a estrutura do campus, este ano realizado nos dias 30 e 31 de maio. O primeiro dia é dedicado a grupo de estudantes e excursões previamente cadastrados, e o segundo é aberto à comunidade em geral, sempre gratuitamente.

A atração mais conhecida do campus é o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, uma estrutura grandiosa e de última geração que está possibilitando avanço de pesquisas em áreas multidisciplinares e totalmente novas. Seu princípio de operação é produzir um tipo especial de luz, a luz síncrotron, que está sendo utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas diversas formas, e ainda permite acompanhar esses processos físicos, químicos e biológicos nas frações de segundo em que se dão.

A imagem mostra o prédio visto de fora e de longe, em formato arredondado onde está o acelerador de partículas. A fachada é envidraçada, lembrando uma estrutura de estádio esportivo grandioso e ao lado esquerdo há uma placa estilo outdoor escrito: “CNPEM um centro de pesquisa e inovação único no país”. No entorno, a área é gramada e sem nenhuma construção em volta
Foto externa da estrutura do CNPEM, onde está o Sírius – acelerador de partículas – e outros laboratórios que pesquisam sobre energia renovável, biociências e nanotecnologia (Foto/Antonio de Oliveira)


“É uma tecnologia única que possibilita a solução de grandes questões da ciência. Entre eles, possibilitou conhecer melhor a estrutura do vírus da Covid-19 e sua proteína que faz a ligação com as células humanas e causam a infecção”, explicou o bolsista administrativo da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, Yudi Godoy, biotecnologista e mestre em Ciências Farmacêuticas que acompanhou o grupo na viagem a Campinas.

Os laboratórios em si estavam fechados, por se tratar de um evento de alto volume de circulação de pessoas, mas à frente de cada um deles havia um monitor explicando qual a importância daquela pesquisa, o que aquele laboratório estuda, as aplicações práticas de cada trabalho. “Os alunos puderam interagir com os mais diversos profissionais ali e penso que foi algo muito incentivador para os alunos seguirem carreira na pesquisa, nas engenharias, na ciência como um todo”, defende Yudi.

A imagem mostra um grupo de alunos em pé, em frente a um equipamento, e ao lado deles está um monitor que veste colete amarelo e segura um microfone para explicar o funcionamento do acelerador de partículas em miniatura. Estão numa área externa, porém embaixo de uma barraca ou estande montado pelo evento.
Alunos ouvem explicação de um dos monitores sobre o acelerador de partículas em miniatura, em área externa do campus do CNPEM Foto/Antonio de Oliveira)


Esses laboratórios ao longo do prédio têm microscópios de varredura, um equipamento muito específico, comenta Yudi. “Normalmente nas universidades vemos apenas um exemplar desses e uma fila de pesquisadores para usá-lo; é outra realidade. Esse equipamento faz imagens que outros não conseguem”, informa o pesquisador. 

Além de contar com mais microscópios de fluorescência, fluxos laminares para fazer cultura de células, sequenciamento de DNA, entre outros usos. São equipamentos mais básicos de laboratório, mas lá vistos em maior quantidade: centrífugas, pipetas. “Permite que cada pesquisador tenha seu conjunto de pipetas, algo que custa em torno de 10 mil reais. Realmente uma estrutura muito organizada e atual”, define Yudi.


Durante a visita, os estudantes puderam caminhar pelas rotas internas do prédio onde está o acelerador e visualizar esses laboratórios de pesquisa e seus equipamentos, seguindo um roteiro preparado pela organização previamente. Em sua edição anterior, foram registradas mais de 21 mil pessoas nos dois dias de visitação do Ciência Aberta.

A estrutura do CNPEM contempla ainda laboratórios voltados para os temas de energias renováveis, biociências e nanotecnologia. Áreas também relacionadas com o tema de pesquisa do Clube de Ciências do CAP, esse ano dedicado a pesquisar sobre energia. Esses laboratórios e seus pesquisadores atuam, por exemplo, para buscar soluções em saúde no âmbito nacional, com pesquisas em biologia molecular e imunologia.

UNICAMP

A imagem mostra um grupo de alunos e de professores alguns em pé, outros ajoelhados segurando a bandeira do Clube de Ciência CAPciência e posam ao lado da placa do Instituto de Química da UNICAMP (Universidade Estadual De Campinas). Ao fundo estão prédios do centro de estudos de química, no campus da UNICAMP.
Alunos e professores em frente ao centro de estudos de Química, no campus da UNICAMP, última parada da visitação durante a viagem a Campinas (Foto/Yudi Godoy)


Após a visita ao acelerador de partículas no CPNEM, a excursão se estendeu até o campus da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), para que os alunos pudessem caminhar e conhecer como são os centros de estudos e a estrutura de um campus universitário. Ao final do dia, retornaram para Maringá.
O Colégio de Aplicação da UEM tem um perfil no Instagram, o @capuemoficial para acompanhar as demais atividades do clube e do colégio.

É o primeiro encontro realizado pelos clubes de ciências vinculados à Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, que partilharam diversos experimentos científicos.

A imagem mostra um grupo de estudantes reunidos ao redor de uma mesa em um ambiente escolar. No centro da mesa há uma impressora 3D com filamento carregado, além de outros objetos como uma pequena estrutura amarela, um vaso com flores e uma caixa azul com LEDs. O ambiente é um espaço aberto, coberto, com piso liso e colunas amarelas. A iluminação é natural, sugerindo que a atividade acontece durante o dia. Há um clima de curiosidade e colaboração entre os participantes.
Estudantes se reúnem no pátio do Colégio Alfredo Parodi para conhecerem a impressora 3D (Foto/Valentina Kobus)


Quatro colégios estaduais de Curitiba (PR) decidiram se unir para que seus Clubes de Ciências promovam a integração entre os estudantes, na tarde de sexta-feira, 30 de maio. O Colégio Estadual Alfredo Parodi foi o anfitrião do evento, que contou com a participação das pós-doutorandas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bolsistas Técnicos Nível Superior ( chamados de bolsistas BTNs) e bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), também da UFPR. 

A idealizadora foi a professora de Biologia Corine Costa, coordenadora do Clube Geração Científica, que convidou os clubes de ciências dos Colégios Estaduais Isolda Schmid e Teotonio Vilela e do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior. Dentre as atividades realizadas, os destaques foram o experimento científico com fogo colorido para explicar as cores das estrelas, a construção de uma luneta caseira e o lançamento de um foguete com a base de pressão de água. O tema principal do encontro foi astronomia. 

“Eu gosto bastante de participar do Clube de Ciências. Porque quando você aprende, automaticamente, fica mais interessado nas atividades científicas”, relata a clubista Raquel Gabrielly Sampaio, do Clube Geração Científica. Outro clubista, Matheus Felipe Lopes Pereira, do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior,  achou interessante o evento. “A gente pode ver o conteúdo dos clubes, conhecer as ideias, as atividades de cada um, o que desperta nossa curiosidade”, sinalizou Matheus com tradução do intérprete de libras Evonir Vieira da Silva. Matheus participa do Clube Verde Mel o Clube, que trabalha com abelhas.

Bianca Muchiuti está no nono ano de licenciatura em Ensino de Ciências Biológicas na UFPR, e afirmou que a atividade na escola contribui para sua prática em docência, “porque podemos observar esta interdisciplinaridade, os alunos interagindo entre eles, e o quanto estão sendo participativos nas oficinas”, explica Bianca.

“Hoje é um dia muito especial”, celebrou a diretora do Colégio Alfredo Parodi, Cristiana Ducci Göhr, “conseguimos compartilhar o projeto do nosso clube de ciências, apresentar a proposta dos professores, as atividades que os alunos estão desenvolvendo, dando cada vez mais protagonismo para os estudantes”, completa. 

Esta foi a primeira atividade de integração promovida pelos clubes, encerrada com um café da tarde. E, dado o sucesso, os professores já se mobilizam para uma nova atividade semelhante, ainda sem data definida.

A imagem mostra um grupo grande de pessoas reunidas em uma sala de uma escola, participando de confraternização. O ambiente é fechado, com luzes fluorescentes no teto, armários ao fundo e várias janelas com cortinas azul-escuras do lado direito. O grupo, composto por crianças, adolescentes e alguns adultos, está reunido ao redor de duas mesas cobertas com toalhas brancas rendadas. As mesas estão repletas de alimentos e bebidas, como bolos, salgados, refrigerantes e sucos. Todos estão sorrindo ou posando para a foto, criando um clima alegre e descontraído.
Café da tarde encerrou as atividades de integração no Colégio Alfredo Parodi (Foto/ Valentina Kobus)

O encontro seguiu a temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2024

A imagem mostra um auditório com estudantes assistindo à palestra de abertura do evento realizado na UEL. Uma mulher com blusa vermelha está em pé falando ao microfone. À esquerda, duas pessoas estão sentadas acompanhando a apresentação. No canto direito do palco, uma mulher está observando a fala. No telão, está projetado o título do evento: "Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade", com o subtítulo: "UEM e a rede paranaense de popularização da ciência na SNCT 2024". O ambiente é fechado, com iluminação artificial, paredes revestidas com paineis de madeira clara e cadeiras pretas.
Palestra de abertura do evento realizado na UEL (Foto/Ana Elisa Frings)


Promover a integração entre os Clubes de Ciências e apresentar o cenário científico da  Universidade Estadual de Londrina (UEL). Esse foi o objetivo do evento “Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade”, realizado, nesta quarta-feira (28). O tema do encontro, inspirado na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia de 2024, faz parte do projeto aprovado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), parceira da instituição.

A abertura ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB). Segundo a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, compareceram aproximadamente 400 pessoas, entre alunos e professores, ao longo do dia. “É um momento bem interessante porque estamos nos conhecendo presencialmente e […] podendo articular o trabalho dos clubistas com pesquisas da Universidade”, destacou.

Além da docente, a recepção contou com falas da professora pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Zilda Andrade; do professor Eduardo Araújo, diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL; da professora Débora Sant’Ana, articuladora do NAPI PRFC; do professor Leonardo Zanoni, do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina; e da estudante Isabella Cachoeira, representante do PET-Biologia.

Na imagem, seis pessoas estão lado a lado no palco, posando para a foto em um auditório. Ao fundo, o telão exibe o logotipo da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. A foto foi tirada em um ambiente com piso de madeira e paredes claras. Elas são palestrantes de um evento do NAPI "Paraná Faz Ciência", realizado na Universidade Estadual de Londrina. As pessoas estão vestidas com roupas casuais e formais.
Da esquerda para a direita, a prof. Zilda Andrade, prof. Débora Sant’Ana, prof. Mariana Andrade, os técnicos do NRE de Londrina, Leonardo Zanoni e Iramar Pamplona; e o prof. Eduardo Araújo (Foto/Isabella Abrão)


A conversa com os alunos teve como foco principal a pesquisa e extensão na UEL. Foram abordadas experiências práticas e os impactos positivos dessas iniciativas na formação acadêmica e na comunidade. Ao final, os clubistas puderam entender melhor como funciona o trabalho de todo o núcleo que participa ativamente da Rede de Clubes articulada pela instituição. No total, a Universidade Estadual de Londrina é responsável por 18 Clubes de Ciências, sendo dois do projeto Maker.

A imagem mostra um auditório lotado, com estudantes e professores prestando a atenção no que estava sendo apresentado. O espaço é amplo, com poltronas verdes e iluminação de teto com luzes embutidas, proporcionando um ambiente bem iluminado. A cena indica que trata-se de um evento acadêmico.
Durante a abertura, os alunos e professores conheceram mais da equipe NAPI UEL (Foto/Isabella Abrão)


De acordo com a professora Zilda, os eventos são essenciais para apresentar o contexto da Universidade aos estudantes. Afinal, é por meio desse primeiro contato que os alunos podem despertar o interesse no Ensino Superior como um todo. “Para a UEL é uma oportunidade levar ao conhecimento a nossa estrutura, os nossos cursos, o que a Universidade oferece em projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação”, explica.

A professora Débora também reforçou a relevância dessa integração entre pesquisadores e estudantes, sobretudo para ajudar a tornar o universo da ciência mais acessível para todos. “Esses eventos são importantes para que os estudantes da Educação Básica tenham pertencimento à ciência, tecnologia e, especialmente, à Universidade.”

Atividades desenvolvidas

Por meio do encontro, os Clubes de Ciências conheceram mais sobre as pesquisas relacionadas à biologia animal e vegetal. No CCB, os alunos foram introduzidos aos estudos sobre o Bioma Mata Atlântica e a Floresta Estacional Semidecidual do Paraná,  compreendendo a importância desses ambientes. Além disso, fizeram uma visita ao Museu de Zoologia da UEL, onde puderam observar de perto exemplares da fauna regional e nacional.

A imagem mostra um grupo de estudantes em uma sala, visitando um estande sobre biologia vegetal. Todos estão de pé, em semicírculo ao redor de uma mesa retangular coberta com materiais didáticos. Na mesa, há várias folhas secas organizadas e coladas em folhas de papel kraft, frascos pequenos com líquidos e alguns materiais informativos. Também há uma caixa plástica contendo mudas de plantas. À direita da imagem, uma mulher jovem com cabelos castanhos, vestindo uma camiseta branca com o logo da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e calça jeans, está explicando o conteúdo para os alunos. Ao fundo, há cartazes na parede com informações sobre biodiversidade vegetal no Brasil, mapas e imagens de áreas naturais.
Os estudantes visitaram estandes com pesquisas sobre biologia vegetal (Foto/Isabella Abrão)

A imagem mostra uma visita ao Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Um grupo de estudantes observa com atenção as exposições, enquanto um monitor, identificado pelo jaleco branco e o logotipo do curso de Biologia, interage com os visitantes.O ambiente é uma sala ampla, bem iluminada, com várias prateleiras e vitrines contendo esqueletos e exemplares de animais. No centro da imagem, há uma vitrine com um grande esqueleto articulado de uma cobra. Os visitantes usam mochilas e uniformes escolares.
Os clubistas foram apresentados às espécies do Museu de Zoologia (Foto/Isabella Abrão)


Outra atividade realizada foi a visita ao Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL), que também fica localizado no Campus Universitário. Por lá, os estudantes fizeram experimentos químicos e físicos, viram formas de eletrização e descobriram como é a estrutura do museu em si. O passeio proporcionou um aprendizado interativo, com demonstrações práticas. 

A imagem mostra uma estudante uniformizada participando de um experimento sobre eletrização com um gerador de Van de Graaff. No centro da imagem, a aluna com cabelos longos e escuros está de perfil, tocando com as duas mãos uma grande esfera metálica na parte superior do gerador. Ao lado dela, um pesquisador manuseia o equipamento. A atividade ocorre em um ambiente fechado com paredes de tijolos à vista e janelas com grades.
Aluna participa de experimento sobre eletrostática com gerador de Van de Graaff (Foto/Isabella Abrão)


A programação foi a mesma para o período da manhã e da tarde. O evento foi organizado com a colaboração de todos os profissionais e bolsistas da equipe NAPI UEL, em parceria com a UEM.

O nome curioso “capivara” é o símbolo do colégio, escolhido pelos próprios alunos

A imagem foi fotografada no primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado. Podemos ver um grupo de estudantes em uma sala de aula, posando para uma selfie tirada por uma mulher na frente da câmera. A turma é composta por jovens com diferentes estilos e expressões, eles vestem uniformes escolares brancos com detalhes verdes. A sala tem carteiras organizadas, algumas com laptops sobre elas, e armários no fundo. A iluminação natural entra pelas janelas laterais. Os estudantes parecem descontraídos, com alguns fazendo gestos com as mãos e outros sorrindo ou mantendo expressões mais sérias. O ambiente reflete um clima de interação entre os alunos e a professora.
Primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado (Arquivo pessoal/Maísa Iwazaki)


O Capivara’s Tech está animado para as novas atividades que vão acontecer este ano. A abertura do clube de ciências do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, de Maringá, aconteceu no mês de março. O clube nesta escola é uma eletiva, ou seja, uma disciplina que está na carga horária dos alunos. Nela, cada professor escreve um projeto em colaboração com os estudantes. 

Neste caso, o Capivara’s Tech acontece toda semana às quintas-feiras nas duas últimas aulas do período da tarde. Em razão do horário e da disponibilidade da professora coordenadora do clube, Maísa de Carvalho Iwazaki, os alunos integrantes são somente do Ensino Médio. 

Todos os anos acontecem as Feiras de Eletivas para o Ensino Fundamental e Médio. Essas matérias se encerram em seis meses e são apresentadas na Culminância, que é um evento em todos os colégios integrais com o objetivo de apresentar os resultados desenvolvidos durante o tempo das aulas na disciplina eletiva. Logo, este momento ocorre duas vezes ao ano.

No ano passado, o Feirão de Eletivas já havia acontecido em agosto, mas foi somente em setembro que o clube se iniciou. Por isso, em uma organização do colégio, todos os alunos do segundo ano do Ensino Médio participaram do Capivara´s Tech. Durante o ano de 2024, eles realizaram um protocolo de minerais do PICCE (Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola) e apresentaram na Culminância o trabalho feito sobre rochas e minerais para toda a escola.

Os passos para este ano

Em 2025, com 24 alunos majoritariamente do 3º ano, o projeto inicial é tornar a escola um ambiente mais acolhedor. Segundo a professora, por ser um colégio de tempo integral é necessário que haja mais espaços de lazer, recreação e descanso.

Outras ideias também já estão aparecendo no projeto do Capivara´s Tech, entre elas um comedouro de aves, já que a escola fica próxima ao Parque do Ingá e esses animais costumam fazer visitas. Além disso, Maísa explica que faz parte da ideia inicial criar abelhas, para fomentar a apicultura, e uma horta ou jardim para cuidados e assim oportunizar estudos. O objetivo é trazer a pesquisa científica para a prática nessas temáticas.

No primeiro dia do clube neste ano, os alunos andaram pelo colégio com o propósito de analisar quais os problemas existentes no ambiente escolar. Nos próximos encontros, conforme a professora, serão discutidas as possíveis soluções. Uma das sugestões levantadas foi a reutilização da água que escorre dos ar-condicionados para regar a futura horta.

Mas afinal, por que Capivara´s Tech?

A imagem apresenta uma ilustração estilizada de uma capivara com tons vibrantes de verde e azul, em um fundo escuro. A capivara está centralizada e cercada por elementos gráficos relacionados à tecnologia e à ciência, como átomos, planetas, seringas e tubos de ensaio com líquidos verdes. Na parte inferior da imagem, há uma faixa com o texto "CAPIVARA'S TECH", que reforça a temática tecnológica do design. A composição tem um estilo moderno e futurista com detalhes luminosos, transmitindo uma sensação de inovação e criatividade.
A logo escolhida pelos alunos e professora do clube de ciências Capivara´s Tech realizada por Inteligência Artificial (Divulgação/Capivara´sTech)


O nome “Capivara” já era conhecido pelos alunos, por ocasião de um trabalho realizado pelo professor Jeferson Luiz Kaibers, na matéria de artes. O objetivo era escolher um símbolo para o colégio e a preferência foi pela capivara, por ser um animal encontrado no território brasileiro.

Com o início das atividades do clube, a professora Maísa, juntamente com os alunos precisavam pensar em um nome e de pronto o símbolo do colégio foi retomado. Ao nome Capivara juntou-se o “Tech” para simbolizar tecnologia. Assim surgiu o “Capivara’s Tech”.

Além do nome interdisciplinar, o clube também quer trazer para a prática atividades de outras matérias desenvolvidas na escola. É o caso da matéria eletiva de artes, ministrada pelo mesmo professor Jeferson. Nela, o tema beleza poderá ser trabalhado e vai ao encontro da temática inicial do clube de ciências: criar um ambiente confortável e mais acolhedor na escola. Neste caso, o conforto visual seria o ponto de partida para pensarem em conjunto. Segundo os professores, o objetivo é pintar as paredes da escola com outras cores, incluir desenhos e adesivar as portas.

A importância de um clube e suas dificuldades

A grande oportunidade em participar de um clube de ciências, segundo Maísa, é a aproximação dos alunos com o universo científico. “Disse a eles que este ambiente vai ajudar muito na preparação para as olimpíadas e que juntos vamos nos preparar e estudar. Também expliquei sobre as possibilidades de ingresso em universidades por meio dessas olimpíadas”, completa a professora.

Para os docentes, ser coordenador de um clube é se reconectar com a área da pesquisa e significa também “resgatar aquilo que muitas vezes acabamos esquecendo”, menciona Maísa. É um momento de colaboração e há aprendizagem mútua. Apesar de algumas dificuldades iniciais, quanto à organização do tempo e ajustes no planejamento da rotina do clube, o Capivara’s Tech já está colocando as mãos na massa!

Estudantes tiveram contato com alguns dos projetos e inovações tecnológicas desenvolvidas na região

A imagem mostra uma estudante do clube Litterae Ludus visitando um dos estandes da Via Rural Smart Farm, na ExpoLondrina 2025. Uniformizada, a aluna participa de uma atividade proposta pelos monitores do estande e olha por um microscópio. No entorno, há outros alunos e pessoas com mochilas e na mesa, além do microscópio, há modelos didáticos coloridos (como uma maquete anatômica), recipientes com líquidos e outros materiais de laboratório.
Aluna do clube Litterae Ludus conhecendo um dos estandes da Via Rural Smart Farm (Foto/Isabella Abrão)


Uma das atividades que mais fortalecem a formação pessoal, intelectual e até profissional dos estudantes são as excursões. Pensando nisso, muitas escolas foram à 63ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2025), que ocorreu do dia 04 a 13 de abril. Entre o público, estiveram dois Clubes de Ciências do município: Clube Eco Sapiens e o Clube Litterae Ludus.

Articulados pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI-Paraná Faz Ciência, os clubes fazem parte do Colégio Estadual Machado de Assis e Colégio Estadual Cívico Militar Professor Newton Guimarães, respectivamente. Os alunos tiveram maior contato com a Via Rural Smart Farm, visitando exposições que destacaram inovações tecnológicas e o potencial turístico da área rural.

No clube Eco Sapiens, o objetivo é justamente estudar sobre tecnologias, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. De acordo com o professor Leandro Niehues, coordenador do clube, a visita foi importante para ampliar esse aprendizado. “É interessante para eles verem os projetos que existem, para terem conhecimentos que vão ajudar na pesquisa de cada um e tirarem dúvidas”, destaca.

A imagem mostra os estudantes do clube Eco Sapiens acompanhados do professor coordenador, Leandro Niehues. Os alunos estão uniformizados e ao fundo há um parque de diversões, uma das atrações da ExpoLondrina 2025.
Estudantes do clube Eco Sapiens acompanhados do professor coordenador, Leandro Niehues (Foto/Isabella Abrão)


O clube Litterae Ludus, por sua vez, busca desenvolver o pensamento científico analisando  a relação entre os jogos de RPG e a formação do leitor literário. Segundo a professora coordenadora, Franciela Zamariam, a visita foi uma forma dinâmica de apresentar a metodologia científica. “A minha preocupação é que os estudantes tenham sempre clareza a respeito dos elementos que compõem a pesquisa científica”, explica. “Lá na Exposição a gente conseguiu demonstrar de maneira mais prática para eles.”

A imagem mostra as estudantes do clube Litterae Ludus acompanhadas da professora coordenadora, Franciela Zamariam. As alunas estão uniformizadas e ao fundo há um parque de diversões, uma das atrações da ExpoLondrina 2025.
Estudantes do clube Litterae Ludus acompanhadas da professora coordenadora, Franciela Zamariam (Foto/ Isabella Abrão)


A Via Rural Smart Farm foi o principal foco das visitas escolares, trazendo diferentes temáticas que conectam o campo com a sociedade. O espaço foi promovido pelo Governo do Estado do Paraná, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB); da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da UEL, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná (SRP).

Alguns estudantes também aproveitaram para passear pelo Museu da SRP e pelo novo Aquário de Londrina. As atrações ficam próximas à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos, onde ocorreu a Exposição.

A imagem mostra duas estudantes do clube Eco Sapiens visitando o novo Aquário de Londrina, durante a visita à ExpoLondrina 2025. Elas estão de costas para a câmera, concentradas no que acontece dentro do tanque. O espaço fica próximo à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos e foi uma das novidades apresentadas neste ano. As alunas estão uniformizadas e olhando para um dos 15 aquários do espaço, realçado pela iluminação interna escura. No canto superior direito da imagem, há um cartaz que identifica alguns peixes presentes no tanque: "Cascudo" e "Tilápia".
Alunas do clube Eco Sapiens conheceram o Aquário de Londrina, com mais de 30 espécies (Foto/Isabella Abrão)

Estudantes analisaram métodos de compostagem para trabalhar com os resíduos sólidos

A imagem mostra três estudantes plantando mudas de hortaliças e verduras em uma horta construída no Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, na cidade de Pérola D’ Oeste, no sudoeste do Paraná. A ação faz parte das atividades do clube “Exploradores da Ciência”, articulado pela UNILA no NAPI - Paraná Faz Ciência. Os alunos que aparecem na foto estão uniformizados e mexendo na terra.
Alunos clubistas realizam a plantação de mudas na horta da escola (Arquivo pessoal)


Os alunos do clube “Exploradores da Ciência”, do Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Pérola D’Oeste, dedicaram uma atenção especial na criação de uma horta comunitária. A atividade foi proposta para que os alunos trabalhassem com resíduos dos alimentos da merenda, e o que for plantado, poderá, futuramente, ser consumido na escola.

O colégio faz parte do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Já o Clube é articulado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), de Foz do Iguaçu, no NAPI – Paraná Faz Ciência. O objetivo principal do projeto é mostrar formas de minimizar os impactos ambientais e sociais, incentivando a busca por um futuro mais sustentável.

Para isso, o Clube de Ciências pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos, em especial nas comunidades do entorno do colégio. A composteira na horta começou a ser construída no ano passado, quando o projeto foi aprovado. Agora, os estudantes plantaram mudas de verduras e hortaliças.

Alunos do clube “Exploradores da Ciência” prepararam a terra da horta (Arquivo pessoal)


Segundo a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, são 25 alunos participantes, do Ensino Fundamental e Médio. As atividades ocorrem toda quinta-feira, das 13h às 15h30. “Trabalhamos com diferentes tipos de resíduos e estamos desenvolvendo algumas ações na escola”, destaca. 

Na horta, os estudantes utilizam o Método Lages de Compostagem, criado pelo professor Germano Güttler, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. De forma resumida, o método consiste em transformar matéria orgânica em adubo, usando canteiros em camadas. É um modelo ideal para se fazer em casa, nas escolas ou em hortas comunitárias.

As atividades não param!

Além da horta, o clube “Exploradores da Ciência” também tem estudado sobre resíduos eletrônicos, como conta a professora Silvana. “Implementamos uma campanha de coleta de pilhas e baterias na comunidade, que serão posteriormente entregues aos catadores para a destinação adequada”, explica a docente.

Campanha contra o lixo eletrônico realizada pelos alunos clubistas (Arquivo pessoal)


Outra atividade desenvolvida pelos alunos foi a análise da água, feita na casa de todos os estudantes. A iniciativa foi realizada em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Realeza. Além disso, a equipe do clube também está desenvolvendo um aplicativo, que terá como propósito auxiliar a coleta de lixo municipal.

Recentemente, os alunos realizaram uma entrevista com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com os membros da Associação de Catadores Autônomos de Pérola D’Oeste. Os estudantes conheceram a plataforma de transbordo de resíduos sólidos e registraram a quantidade de materiais coletados, os cuidados necessários em segurança e quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos coletores.

Os materiais vão permitir o avanço de ações dos Clubes de Ciências nas escolas

A imagem mostra uma mesa com alguns materiais utilizados em aulas de ciências, como vidros e cadernos. Ao redor da mesa, há quatro pessoas, simbolizando três estudantes e um professor. O professor estaria explicando a matéria, enquanto o restante realiza a atividade e faz anotações.
Materiais solicitados pelos clubes devem ajudar no desenvolvimento das atividades e necessidades específicas


Com o início do calendário escolar de 2025, os Clubes de Ciências retornaram com as atividades e o desenvolvimento de seus projetos. Para ajudar na execução dessas ações, materiais de consumo começarão a ser pedidos neste mês de abril. A aquisição será realizada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Cada instituição é responsável por 100 escolas, que receberam uma lista com referências para a escolha dos materiais. Entre os itens disponíveis, estão produtos químicos, esportivos, de papelaria e microeletrônicos. Eles serão custeados com recursos da Fundação Araucária, do Governo do Paraná, e o valor deve ser liberado em duas parcelas. Neste ano, as escolas têm até R$ 10 mil para os pedidos.

Segundo o pesquisador Jailson Rodrigo Pacheco, integrante do NAPI Paraná Faz Ciência pela UFPR, os materiais de consumo contribuem bastante com o andamento dos projetos. “Este investimento é fundamental para atender as necessidades básicas de um clube de ciência, permitindo que os estudantes desenvolvam suas pesquisas e, ao mesmo tempo, produzam seus materiais de divulgação”, explica.

No entanto, ainda não há uma data para a chegada dos materiais, como reforça a professora Mariana Andrade, articuladora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do Paraná Faz Ciência Maker. “As solicitações vão se iniciar em abril e dependem dos fornecedores conectados pela FAUEL (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL) e FUNPAR (Fundação da UFPR).”

Além de materiais de consumo, os professores já preencheram um formulário incluindo pedidos para equipamentos permanentes. Os itens solicitados tinham que estar de acordo com a temática do clube, mostrando a sua necessidade para o encaminhamento das atividades. Neste caso, os recursos são do Fundo Rotativo, no valor de até R$ 20 mil por escola.