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O encontro seguiu a temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2024

A imagem mostra um auditório com estudantes assistindo à palestra de abertura do evento realizado na UEL. Uma mulher com blusa vermelha está em pé falando ao microfone. À esquerda, duas pessoas estão sentadas acompanhando a apresentação. No canto direito do palco, uma mulher está observando a fala. No telão, está projetado o título do evento: "Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade", com o subtítulo: "UEM e a rede paranaense de popularização da ciência na SNCT 2024". O ambiente é fechado, com iluminação artificial, paredes revestidas com paineis de madeira clara e cadeiras pretas.
Palestra de abertura do evento realizado na UEL (Foto/Ana Elisa Frings)


Promover a integração entre os Clubes de Ciências e apresentar o cenário científico da  Universidade Estadual de Londrina (UEL). Esse foi o objetivo do evento “Biomas na UEL: dos clubes de ciência à pesquisa e extensão na universidade”, realizado, nesta quarta-feira (28). O tema do encontro, inspirado na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia de 2024, faz parte do projeto aprovado na Universidade Estadual de Maringá (UEM), parceira da instituição.

A abertura ocorreu no Anfiteatro Cyro Grossi, no Centro de Ciências Biológicas (CCB). Segundo a professora Mariana Andrade, coordenadora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do PRFC Maker, compareceram aproximadamente 400 pessoas, entre alunos e professores, ao longo do dia. “É um momento bem interessante porque estamos nos conhecendo presencialmente e […] podendo articular o trabalho dos clubistas com pesquisas da Universidade”, destacou.

Além da docente, a recepção contou com falas da professora pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade da UEL, Zilda Andrade; do professor Eduardo Araújo, diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL; da professora Débora Sant’Ana, articuladora do NAPI PRFC; do professor Leonardo Zanoni, do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina; e da estudante Isabella Cachoeira, representante do PET-Biologia.

Na imagem, seis pessoas estão lado a lado no palco, posando para a foto em um auditório. Ao fundo, o telão exibe o logotipo da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. A foto foi tirada em um ambiente com piso de madeira e paredes claras. Elas são palestrantes de um evento do NAPI "Paraná Faz Ciência", realizado na Universidade Estadual de Londrina. As pessoas estão vestidas com roupas casuais e formais.
Da esquerda para a direita, a prof. Zilda Andrade, prof. Débora Sant’Ana, prof. Mariana Andrade, os técnicos do NRE de Londrina, Leonardo Zanoni e Iramar Pamplona; e o prof. Eduardo Araújo (Foto/Isabella Abrão)


A conversa com os alunos teve como foco principal a pesquisa e extensão na UEL. Foram abordadas experiências práticas e os impactos positivos dessas iniciativas na formação acadêmica e na comunidade. Ao final, os clubistas puderam entender melhor como funciona o trabalho de todo o núcleo que participa ativamente da Rede de Clubes articulada pela instituição. No total, a Universidade Estadual de Londrina é responsável por 18 Clubes de Ciências, sendo dois do projeto Maker.

A imagem mostra um auditório lotado, com estudantes e professores prestando a atenção no que estava sendo apresentado. O espaço é amplo, com poltronas verdes e iluminação de teto com luzes embutidas, proporcionando um ambiente bem iluminado. A cena indica que trata-se de um evento acadêmico.
Durante a abertura, os alunos e professores conheceram mais da equipe NAPI UEL (Foto/Isabella Abrão)


De acordo com a professora Zilda, os eventos são essenciais para apresentar o contexto da Universidade aos estudantes. Afinal, é por meio desse primeiro contato que os alunos podem despertar o interesse no Ensino Superior como um todo. “Para a UEL é uma oportunidade levar ao conhecimento a nossa estrutura, os nossos cursos, o que a Universidade oferece em projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação”, explica.

A professora Débora também reforçou a relevância dessa integração entre pesquisadores e estudantes, sobretudo para ajudar a tornar o universo da ciência mais acessível para todos. “Esses eventos são importantes para que os estudantes da Educação Básica tenham pertencimento à ciência, tecnologia e, especialmente, à Universidade.”

Atividades desenvolvidas

Por meio do encontro, os Clubes de Ciências conheceram mais sobre as pesquisas relacionadas à biologia animal e vegetal. No CCB, os alunos foram introduzidos aos estudos sobre o Bioma Mata Atlântica e a Floresta Estacional Semidecidual do Paraná,  compreendendo a importância desses ambientes. Além disso, fizeram uma visita ao Museu de Zoologia da UEL, onde puderam observar de perto exemplares da fauna regional e nacional.

A imagem mostra um grupo de estudantes em uma sala, visitando um estande sobre biologia vegetal. Todos estão de pé, em semicírculo ao redor de uma mesa retangular coberta com materiais didáticos. Na mesa, há várias folhas secas organizadas e coladas em folhas de papel kraft, frascos pequenos com líquidos e alguns materiais informativos. Também há uma caixa plástica contendo mudas de plantas. À direita da imagem, uma mulher jovem com cabelos castanhos, vestindo uma camiseta branca com o logo da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e calça jeans, está explicando o conteúdo para os alunos. Ao fundo, há cartazes na parede com informações sobre biodiversidade vegetal no Brasil, mapas e imagens de áreas naturais.
Os estudantes visitaram estandes com pesquisas sobre biologia vegetal (Foto/Isabella Abrão)

A imagem mostra uma visita ao Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Um grupo de estudantes observa com atenção as exposições, enquanto um monitor, identificado pelo jaleco branco e o logotipo do curso de Biologia, interage com os visitantes.O ambiente é uma sala ampla, bem iluminada, com várias prateleiras e vitrines contendo esqueletos e exemplares de animais. No centro da imagem, há uma vitrine com um grande esqueleto articulado de uma cobra. Os visitantes usam mochilas e uniformes escolares.
Os clubistas foram apresentados às espécies do Museu de Zoologia (Foto/Isabella Abrão)


Outra atividade realizada foi a visita ao Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina (MCTL), que também fica localizado no Campus Universitário. Por lá, os estudantes fizeram experimentos químicos e físicos, viram formas de eletrização e descobriram como é a estrutura do museu em si. O passeio proporcionou um aprendizado interativo, com demonstrações práticas. 

A imagem mostra uma estudante uniformizada participando de um experimento sobre eletrização com um gerador de Van de Graaff. No centro da imagem, a aluna com cabelos longos e escuros está de perfil, tocando com as duas mãos uma grande esfera metálica na parte superior do gerador. Ao lado dela, um pesquisador manuseia o equipamento. A atividade ocorre em um ambiente fechado com paredes de tijolos à vista e janelas com grades.
Aluna participa de experimento sobre eletrostática com gerador de Van de Graaff (Foto/Isabella Abrão)


A programação foi a mesma para o período da manhã e da tarde. O evento foi organizado com a colaboração de todos os profissionais e bolsistas da equipe NAPI UEL, em parceria com a UEM.

O nome curioso “capivara” é o símbolo do colégio, escolhido pelos próprios alunos

A imagem foi fotografada no primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado. Podemos ver um grupo de estudantes em uma sala de aula, posando para uma selfie tirada por uma mulher na frente da câmera. A turma é composta por jovens com diferentes estilos e expressões, eles vestem uniformes escolares brancos com detalhes verdes. A sala tem carteiras organizadas, algumas com laptops sobre elas, e armários no fundo. A iluminação natural entra pelas janelas laterais. Os estudantes parecem descontraídos, com alguns fazendo gestos com as mãos e outros sorrindo ou mantendo expressões mais sérias. O ambiente reflete um clima de interação entre os alunos e a professora.
Primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado (Arquivo pessoal/Maísa Iwazaki)


O Capivara’s Tech está animado para as novas atividades que vão acontecer este ano. A abertura do clube de ciências do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, de Maringá, aconteceu no mês de março. O clube nesta escola é uma eletiva, ou seja, uma disciplina que está na carga horária dos alunos. Nela, cada professor escreve um projeto em colaboração com os estudantes. 

Neste caso, o Capivara’s Tech acontece toda semana às quintas-feiras nas duas últimas aulas do período da tarde. Em razão do horário e da disponibilidade da professora coordenadora do clube, Maísa de Carvalho Iwazaki, os alunos integrantes são somente do Ensino Médio. 

Todos os anos acontecem as Feiras de Eletivas para o Ensino Fundamental e Médio. Essas matérias se encerram em seis meses e são apresentadas na Culminância, que é um evento em todos os colégios integrais com o objetivo de apresentar os resultados desenvolvidos durante o tempo das aulas na disciplina eletiva. Logo, este momento ocorre duas vezes ao ano.

No ano passado, o Feirão de Eletivas já havia acontecido em agosto, mas foi somente em setembro que o clube se iniciou. Por isso, em uma organização do colégio, todos os alunos do segundo ano do Ensino Médio participaram do Capivara´s Tech. Durante o ano de 2024, eles realizaram um protocolo de minerais do PICCE (Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola) e apresentaram na Culminância o trabalho feito sobre rochas e minerais para toda a escola.

Os passos para este ano

Em 2025, com 24 alunos majoritariamente do 3º ano, o projeto inicial é tornar a escola um ambiente mais acolhedor. Segundo a professora, por ser um colégio de tempo integral é necessário que haja mais espaços de lazer, recreação e descanso.

Outras ideias também já estão aparecendo no projeto do Capivara´s Tech, entre elas um comedouro de aves, já que a escola fica próxima ao Parque do Ingá e esses animais costumam fazer visitas. Além disso, Maísa explica que faz parte da ideia inicial criar abelhas, para fomentar a apicultura, e uma horta ou jardim para cuidados e assim oportunizar estudos. O objetivo é trazer a pesquisa científica para a prática nessas temáticas.

No primeiro dia do clube neste ano, os alunos andaram pelo colégio com o propósito de analisar quais os problemas existentes no ambiente escolar. Nos próximos encontros, conforme a professora, serão discutidas as possíveis soluções. Uma das sugestões levantadas foi a reutilização da água que escorre dos ar-condicionados para regar a futura horta.

Mas afinal, por que Capivara´s Tech?

A imagem apresenta uma ilustração estilizada de uma capivara com tons vibrantes de verde e azul, em um fundo escuro. A capivara está centralizada e cercada por elementos gráficos relacionados à tecnologia e à ciência, como átomos, planetas, seringas e tubos de ensaio com líquidos verdes. Na parte inferior da imagem, há uma faixa com o texto "CAPIVARA'S TECH", que reforça a temática tecnológica do design. A composição tem um estilo moderno e futurista com detalhes luminosos, transmitindo uma sensação de inovação e criatividade.
A logo escolhida pelos alunos e professora do clube de ciências Capivara´s Tech realizada por Inteligência Artificial (Divulgação/Capivara´sTech)


O nome “Capivara” já era conhecido pelos alunos, por ocasião de um trabalho realizado pelo professor Jeferson Luiz Kaibers, na matéria de artes. O objetivo era escolher um símbolo para o colégio e a preferência foi pela capivara, por ser um animal encontrado no território brasileiro.

Com o início das atividades do clube, a professora Maísa, juntamente com os alunos precisavam pensar em um nome e de pronto o símbolo do colégio foi retomado. Ao nome Capivara juntou-se o “Tech” para simbolizar tecnologia. Assim surgiu o “Capivara’s Tech”.

Além do nome interdisciplinar, o clube também quer trazer para a prática atividades de outras matérias desenvolvidas na escola. É o caso da matéria eletiva de artes, ministrada pelo mesmo professor Jeferson. Nela, o tema beleza poderá ser trabalhado e vai ao encontro da temática inicial do clube de ciências: criar um ambiente confortável e mais acolhedor na escola. Neste caso, o conforto visual seria o ponto de partida para pensarem em conjunto. Segundo os professores, o objetivo é pintar as paredes da escola com outras cores, incluir desenhos e adesivar as portas.

A importância de um clube e suas dificuldades

A grande oportunidade em participar de um clube de ciências, segundo Maísa, é a aproximação dos alunos com o universo científico. “Disse a eles que este ambiente vai ajudar muito na preparação para as olimpíadas e que juntos vamos nos preparar e estudar. Também expliquei sobre as possibilidades de ingresso em universidades por meio dessas olimpíadas”, completa a professora.

Para os docentes, ser coordenador de um clube é se reconectar com a área da pesquisa e significa também “resgatar aquilo que muitas vezes acabamos esquecendo”, menciona Maísa. É um momento de colaboração e há aprendizagem mútua. Apesar de algumas dificuldades iniciais, quanto à organização do tempo e ajustes no planejamento da rotina do clube, o Capivara’s Tech já está colocando as mãos na massa!

Estudantes tiveram contato com alguns dos projetos e inovações tecnológicas desenvolvidas na região

A imagem mostra uma estudante do clube Litterae Ludus visitando um dos estandes da Via Rural Smart Farm, na ExpoLondrina 2025. Uniformizada, a aluna participa de uma atividade proposta pelos monitores do estande e olha por um microscópio. No entorno, há outros alunos e pessoas com mochilas e na mesa, além do microscópio, há modelos didáticos coloridos (como uma maquete anatômica), recipientes com líquidos e outros materiais de laboratório.
Aluna do clube Litterae Ludus conhecendo um dos estandes da Via Rural Smart Farm (Foto/Isabella Abrão)


Uma das atividades que mais fortalecem a formação pessoal, intelectual e até profissional dos estudantes são as excursões. Pensando nisso, muitas escolas foram à 63ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina 2025), que ocorreu do dia 04 a 13 de abril. Entre o público, estiveram dois Clubes de Ciências do município: Clube Eco Sapiens e o Clube Litterae Ludus.

Articulados pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI-Paraná Faz Ciência, os clubes fazem parte do Colégio Estadual Machado de Assis e Colégio Estadual Cívico Militar Professor Newton Guimarães, respectivamente. Os alunos tiveram maior contato com a Via Rural Smart Farm, visitando exposições que destacaram inovações tecnológicas e o potencial turístico da área rural.

No clube Eco Sapiens, o objetivo é justamente estudar sobre tecnologias, desenvolvimento sustentável e educação ambiental. De acordo com o professor Leandro Niehues, coordenador do clube, a visita foi importante para ampliar esse aprendizado. “É interessante para eles verem os projetos que existem, para terem conhecimentos que vão ajudar na pesquisa de cada um e tirarem dúvidas”, destaca.

A imagem mostra os estudantes do clube Eco Sapiens acompanhados do professor coordenador, Leandro Niehues. Os alunos estão uniformizados e ao fundo há um parque de diversões, uma das atrações da ExpoLondrina 2025.
Estudantes do clube Eco Sapiens acompanhados do professor coordenador, Leandro Niehues (Foto/Isabella Abrão)


O clube Litterae Ludus, por sua vez, busca desenvolver o pensamento científico analisando  a relação entre os jogos de RPG e a formação do leitor literário. Segundo a professora coordenadora, Franciela Zamariam, a visita foi uma forma dinâmica de apresentar a metodologia científica. “A minha preocupação é que os estudantes tenham sempre clareza a respeito dos elementos que compõem a pesquisa científica”, explica. “Lá na Exposição a gente conseguiu demonstrar de maneira mais prática para eles.”

A imagem mostra as estudantes do clube Litterae Ludus acompanhadas da professora coordenadora, Franciela Zamariam. As alunas estão uniformizadas e ao fundo há um parque de diversões, uma das atrações da ExpoLondrina 2025.
Estudantes do clube Litterae Ludus acompanhadas da professora coordenadora, Franciela Zamariam (Foto/ Isabella Abrão)


A Via Rural Smart Farm foi o principal foco das visitas escolares, trazendo diferentes temáticas que conectam o campo com a sociedade. O espaço foi promovido pelo Governo do Estado do Paraná, através do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB); da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da UEL, em parceria com a Sociedade Rural do Paraná (SRP).

Alguns estudantes também aproveitaram para passear pelo Museu da SRP e pelo novo Aquário de Londrina. As atrações ficam próximas à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos, onde ocorreu a Exposição.

A imagem mostra duas estudantes do clube Eco Sapiens visitando o novo Aquário de Londrina, durante a visita à ExpoLondrina 2025. Elas estão de costas para a câmera, concentradas no que acontece dentro do tanque. O espaço fica próximo à entrada principal do Parque Ney Braga Eventos e foi uma das novidades apresentadas neste ano. As alunas estão uniformizadas e olhando para um dos 15 aquários do espaço, realçado pela iluminação interna escura. No canto superior direito da imagem, há um cartaz que identifica alguns peixes presentes no tanque: "Cascudo" e "Tilápia".
Alunas do clube Eco Sapiens conheceram o Aquário de Londrina, com mais de 30 espécies (Foto/Isabella Abrão)

Estudantes analisaram métodos de compostagem para trabalhar com os resíduos sólidos

A imagem mostra três estudantes plantando mudas de hortaliças e verduras em uma horta construída no Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, na cidade de Pérola D’ Oeste, no sudoeste do Paraná. A ação faz parte das atividades do clube “Exploradores da Ciência”, articulado pela UNILA no NAPI - Paraná Faz Ciência. Os alunos que aparecem na foto estão uniformizados e mexendo na terra.
Alunos clubistas realizam a plantação de mudas na horta da escola (Arquivo pessoal)


Os alunos do clube “Exploradores da Ciência”, do Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Pérola D’Oeste, dedicaram uma atenção especial na criação de uma horta comunitária. A atividade foi proposta para que os alunos trabalhassem com resíduos dos alimentos da merenda, e o que for plantado, poderá, futuramente, ser consumido na escola.

O colégio faz parte do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Já o Clube é articulado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), de Foz do Iguaçu, no NAPI – Paraná Faz Ciência. O objetivo principal do projeto é mostrar formas de minimizar os impactos ambientais e sociais, incentivando a busca por um futuro mais sustentável.

Para isso, o Clube de Ciências pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos, em especial nas comunidades do entorno do colégio. A composteira na horta começou a ser construída no ano passado, quando o projeto foi aprovado. Agora, os estudantes plantaram mudas de verduras e hortaliças.

Alunos do clube “Exploradores da Ciência” prepararam a terra da horta (Arquivo pessoal)


Segundo a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, são 25 alunos participantes, do Ensino Fundamental e Médio. As atividades ocorrem toda quinta-feira, das 13h às 15h30. “Trabalhamos com diferentes tipos de resíduos e estamos desenvolvendo algumas ações na escola”, destaca. 

Na horta, os estudantes utilizam o Método Lages de Compostagem, criado pelo professor Germano Güttler, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. De forma resumida, o método consiste em transformar matéria orgânica em adubo, usando canteiros em camadas. É um modelo ideal para se fazer em casa, nas escolas ou em hortas comunitárias.

As atividades não param!

Além da horta, o clube “Exploradores da Ciência” também tem estudado sobre resíduos eletrônicos, como conta a professora Silvana. “Implementamos uma campanha de coleta de pilhas e baterias na comunidade, que serão posteriormente entregues aos catadores para a destinação adequada”, explica a docente.

Campanha contra o lixo eletrônico realizada pelos alunos clubistas (Arquivo pessoal)


Outra atividade desenvolvida pelos alunos foi a análise da água, feita na casa de todos os estudantes. A iniciativa foi realizada em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Realeza. Além disso, a equipe do clube também está desenvolvendo um aplicativo, que terá como propósito auxiliar a coleta de lixo municipal.

Recentemente, os alunos realizaram uma entrevista com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com os membros da Associação de Catadores Autônomos de Pérola D’Oeste. Os estudantes conheceram a plataforma de transbordo de resíduos sólidos e registraram a quantidade de materiais coletados, os cuidados necessários em segurança e quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos coletores.

Os materiais vão permitir o avanço de ações dos Clubes de Ciências nas escolas

A imagem mostra uma mesa com alguns materiais utilizados em aulas de ciências, como vidros e cadernos. Ao redor da mesa, há quatro pessoas, simbolizando três estudantes e um professor. O professor estaria explicando a matéria, enquanto o restante realiza a atividade e faz anotações.
Materiais solicitados pelos clubes devem ajudar no desenvolvimento das atividades e necessidades específicas


Com o início do calendário escolar de 2025, os Clubes de Ciências retornaram com as atividades e o desenvolvimento de seus projetos. Para ajudar na execução dessas ações, materiais de consumo começarão a ser pedidos neste mês de abril. A aquisição será realizada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Cada instituição é responsável por 100 escolas, que receberam uma lista com referências para a escolha dos materiais. Entre os itens disponíveis, estão produtos químicos, esportivos, de papelaria e microeletrônicos. Eles serão custeados com recursos da Fundação Araucária, do Governo do Paraná, e o valor deve ser liberado em duas parcelas. Neste ano, as escolas têm até R$ 10 mil para os pedidos.

Segundo o pesquisador Jailson Rodrigo Pacheco, integrante do NAPI Paraná Faz Ciência pela UFPR, os materiais de consumo contribuem bastante com o andamento dos projetos. “Este investimento é fundamental para atender as necessidades básicas de um clube de ciência, permitindo que os estudantes desenvolvam suas pesquisas e, ao mesmo tempo, produzam seus materiais de divulgação”, explica.

No entanto, ainda não há uma data para a chegada dos materiais, como reforça a professora Mariana Andrade, articuladora institucional do NAPI PRFC pela UEL e coordenadora estadual do Paraná Faz Ciência Maker. “As solicitações vão se iniciar em abril e dependem dos fornecedores conectados pela FAUEL (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UEL) e FUNPAR (Fundação da UFPR).”

Além de materiais de consumo, os professores já preencheram um formulário incluindo pedidos para equipamentos permanentes. Os itens solicitados tinham que estar de acordo com a temática do clube, mostrando a sua necessidade para o encaminhamento das atividades. Neste caso, os recursos são do Fundo Rotativo, no valor de até R$ 20 mil por escola.