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Paraná Faz Ciência 2023 – Terça dia 07 – Manhã

A manhã de terça-feira (07) foi recheada de apresentações que passearam por diferentes universidades do Paraná. As apresentações ficaram por conta do NAPI Genômica e do Genomas Paraná, do NAPI Tecnologia Assistiva e do NAPI Manna.

NAPI Genômica e Genomas Paraná

Abrindo as apresentações da II Semana Geral dos NAPIs na manhã de terça (07), o professor Dr. David Livingstone Alves Figueiredo, presidente do IPEC (Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava) e Coordenador do curso de Medicina da UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro Oeste) apresentou o NAPI Genômica. Nascido como uma Instituição Científica e de Inovação Tecnológica (ICT) que agrupava uma rede, tanto da iniciativa privada quanto da academia e da sociedade civil, o projeto atuava com pesquisas voltadas ao tratamento de câncer.

Segundo o professor, instituído posteriormente como um NAPI e unindo todo o trabalho que já vinha sendo feito, o projeto se consolida como Vale do Genoma e abre seu leque de atuações: a pesquisa genômica associada à inteligência artificial como uma fonte importante de dados para áreas como a da saúde humana, da agropecuária e do meio ambiente. E, para Figueiredo, um ponto imprescindível do projeto é unir pesquisa com negócios, proporcionando soluções práticas para os problemas em questão.

Os recursos do Estado têm se convertido em diferentes resultados: pesquisas genômicas  relacionadas à COVID-19, no contexto da pandemia; o Genomas Paraná relacionado à medicina de precisão, que agrega sinais e sintomas ao uso de algoritmos e que contribuem para diagnósticos e tratamentos de doenças. Além disso, a criação de um biobanco, um acervo de material biológico associado a informações clínicas e demográficas que contribuirão para pesquisas das áreas estudadas. 

O professor apresentou ainda qual a visão do NAPI Genômica em relação ao futuro das pesquisas em andamento e de que maneira tem se realizado a busca por recursos para a consolidação das pesquisas centrais do Vale do Genoma. Figueiredo ainda ressaltou quais as fortalezas e dificuldades na estruturação do NAPI e de que maneira os diferentes atores envolvidos têm contribuído para o andamento dos trabalhos. 

Para saber mais sobre o trabalho do NAPI Genômica e encontrar informações sobre o projeto Genomas Paraná, é só acessar o site do IPEC Guarapuava. 

NAPI Genômica: Indicadores de Vulnerabilidade e Monitoramento Genômico Ambiental – COVID 19

Dando sequência à apresentação de Figueiredo, a professora Dra. Andrea Name Colado Simão, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), apresentou o ‘Projeto COVID-19’, diretamente ligado ao NAPI Genômica. Em uma breve contextualização sobre a pandemia da COVID-19, a professora explica a atuação do Hospital Universitário da UEL nas pesquisas relacionadas à doença. 

Segundo Andrea, a pesquisa genômica viral buscava respostas em relação às infecções por COVID-19 de maneira que uma união entre ciência, saúde e prestação de serviços à sociedade pudesse trazer novas perspectivas sobre o cenário de calamidade, que contribuíssem para a população durante a pandemia. Nesse sentido, a Rede Genômica do Paraná atuou em diversos projetos, sendo um deles o Projeto COVID-19, para compreender de que maneira as características da população paranaense e as individualidades genéticas se apresentam como diferentes prognósticos da COVID-19.

A professora finalizou explicando de que maneira cada projeto contribuiu para a rede de dados que foi sendo construída em nosso estado: a coleta do perfil dos pacientes e de como se deu a infecção em cada um deles, as cepas variantes circulando no Paraná, o monitoramento ambiental e sequenciamento do SARS-CoV-2 nos diferentes ambientes do estado e a investigação de fatores genéticos na evolução da doença, buscando compreender de que maneira o genoma do SARS-CoV-2 está relacionado com o grau de infecção de cada indivíduo. 

O vídeo com a apresentação na íntegra dos professores doutores David Livingstone e Andrea Name pode ser visto no canal do YouTube da Fundação Araucária

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NAPI Tecnologia Assistiva

Ainda na manhã de quarta-feira, na sala ao lado, o professor Dr. Percy Nohama da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) guiou a apresentação do NAPI Tecnologia Assistiva. O projeto, ainda em fase inicial,  tem como área do conhecimento norteadora a tecnologia assistiva, de cunho multidisciplinar e que engloba o desenvolvimento de produtos, recursos, metodologias, estratégias e serviços. 

De acordo com Nohama, a tecnologia assistiva busca a funcionalidade na participação em atividades de pessoas com deficiência, de maneira que tenham autonomia, qualidade de vida e inclusão – sendo esse o norte do NAPI. O articulador do NAPI ainda salienta que além do desenvolvimento de produtos, estratégias e serviços, existe a busca pela implementação de políticas públicas e também projetos relacionados à educação em tecnologia assistiva.

Apesar do pouco tempo de existência, o NAPI Tecnologia Assistiva já tem contribuído em diferentes projetos para a comunidade externa como: os projeto Praia Acessível e Verão 2023-2024 com a cadeira anfíbia para o deslocamento de pessoas com deficiência; desenvolvimento de material didático para o ensino de música para pessoas cegas; material didático na perspectiva do desenho universal para o Ensino Básico; projeto para casa inteligente de idosos; e execução de próteses faciais reconstrutivas para pessoas mutiladas. 

Nesse sentido, conforme explica o professor, o trabalho do NAPI segue no sentido de reduzir as barreiras de inclusão social, educacional e profissional, além de melhorar os aspectos de cidades inteligentes e acessíveis. O professor ainda pontuou de que maneira o arranjo tem se entrelaçado com as pesquisas acadêmicas uma vez que elas oferecem ainda mais recursos de dados e informações relevantes na temática da tecnologia assistiva. 

Manna Academy

Encerrando a primeira manhã de apresentação dos NAPIs, o Manna Academy foi apresentado pela professora Dra. Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Com uma história de mais de 20 anos de atuação, o projeto se constituiu também enquanto NAPI para dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo realizado. O Manna é o maior ecossistema de ensino, pesquisa, extensão e inovação em Internet das Coisas (IoT) e Robótica do estado do Paraná e um dos maiores do Brasil.

Segundo a articuladora, um grupo de pesquisadores, professores e estudantes se une com o objetivo de pesquisar e ensinar tecnologias exponenciais que envolvem internet das coisas (IoT), internet dos drones, inteligência artificial, jogos, metaverso, educação 5.0, além da vertente de ciência de dados, engenharia de software, otimização e computação forense. A busca do Manna caminha na direção do Paraná tornar-se protagonista nesses segmentos e levar fluência digital para a educação básica do estado. 

Os resultados da Manna são crescentes e promissores. O projeto busca a simplificação de produtos que vão para as escolas, além de realizar consultorias e conectar estudantes e pesquisadores com alunos do ensino básico. Nesse sentido, a professora ainda finalizou exemplificando a forma como as pesquisas se convertem em ideias simples que ocupam diferentes espaços importantes como escolas, museus, ONGs e outras instituições. 

O trabalho do Manna pode ser acessado, na íntegra, no site do Manna Team
O vídeo com a apresentação completa sobre o NAPI Tecnologia Assistiva e o NAPI Manna pode ser visto no canal do YouTube da Fundação Araucária.