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Articulador do NAPI Paraná faz Ciência apresenta a estrutura e os impactos das iniciativas de divulgação científica em seminário sobre o tema, no CNPq

Por: Ana Elisa Frings

Entre os dias 20 e 30 de outubro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico reuniu pesquisadores para debater políticas públicas voltadas à popularização da ciência e caminhos para ampliar seu alcance à sociedade

Olival Freire Junior, presidente em exercício do CNPq, recebe das mãos do professor Rodrigo Reis um exemplar da Pesquisa de Percepção Pública da Ciência no Paraná, lançada há pouco mais de um mês, por ocasião do Seminário de Popularização e Divulgação Científica, em Brasília (Foto/ Luara Baggi/ ASCOM/MCTI)

Rodrigo Arantes Reis, um dos articuladores do NAPI (Novo Arranjo de Pesquisa de Inovação) Paraná Faz Ciência, esteve, nesta quinta-feira (30),  pela manhã, no Seminário de Popularização e Divulgação Científica, realizado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), em Brasília. A edição deste ano ficou marcada pela comemoração dos 45 anos do Prêmio José Reis, um reconhecimento a divulgadores científicos que homenageia o médico, pesquisador, jornalista e educador, José Reis, uma figura de renome  internacional. Ele ficou conhecido por explicar a ciência de forma didática, por meio da imprensa. 

Durante a Mesa 3, que debateu a popularização e divulgação científica na agenda dos pesquisadores brasileiros, o professor doutor da UFPR (Universidade Federal do Paraná) Rodrigo Arantes Reis apresentou a estrutura do NAPI Paraná Faz Ciência e os diferentes projetos que já existiam e passaram a compor o Arranjo de pesquisa e inovação, unidos sob a  forma de NAPI e organizados pela Fundação Araucária.

Rodrigo destacou a capilaridade que os projetos já desempenham –  apesar do pouco tempo de concretização do NAPI, formado em 2023 -, especialmente o projeto que leva o diálogo da ciência diretamente às escolas públicas, a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. “Esse projeto dos Clubes de Ciências recebeu inscrições de 500 escolas, mas tivemos que selecionar inicialmente apenas 200 para concretizar a implementação. É uma união de esforços das 12 universidades presentes no Paraná, mais pesquisadores, bolsistas e mais a parceria muito importante da SEED [Secretaria de Estado da Educação do Paraná]. Além do recurso de mais de R$ 38 milhões que viabilizou a criação dessa estrutura bem organizada e capilarizada, com a ideia de abranger todo o estado”, explicou.

Nas palavras do professor, a parceria com a SEED é um elo muito importante dessa união de esforços, já que a organização das aulas dos professores é alterada e acrescida de um bônus. A ideia é que os trabalhos dos Clubes de Ciências aconteçam no contraturno escolar e possam levar os estudantes clubistas a preparar projetos que concorram a premiações estaduais, nacionais e até internacionais. Uma oportunidade foi o programa SLI Innovators, iniciativa que levou 5 jovens clubistas de 5 localidades do Paraná a um intercâmbio de 30 dias em Portugal. 

Rodrigo Reis, articulador do NAPI Paraná Faz Ciência, entrega exemplares de Pesquisa de Percepção Pública da Ciência no Paraná aos demais palestrantes e membros do CNPq no Seminário de Popularização e Divulgação Científica, em Brasília (Foto/Luara Baggi/ ASCOM/MCTI)

A integração com museus científicos, feiras de ciências e as futuras quintas (fazendas) da ciência são outras vertentes desse programa, que conecta essas diferentes redes para fazer a circulação do conhecimento e trazer retroalimentação a esse sistema, além de gerar novas pesquisas por meio desse braço da extensão nas universidades públicas, como também ressaltou o  professor Rodrigo.

O interesse científico pela Rede de Clubes Paraná Faz Ciência fez com que fosse criado, no NAPI, um Comitê Científico que organiza os trabalhos ligados ao tema e acompanha as pesquisas para que não se sobreponham. esse grupo ainda colabora com as divulgações desses resultados, entre outras funções.
A ciência paranaense foi ainda reconhecida em Brasília com o próprio Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica. 2025  foi uma edição especial em 2025 com referência à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O vencedor foi o pesquisador paranaense Marcos Paulo Belançon, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus Pato Branco, com o projeto Lógica Eco. Trata-se de um canal no YouTube, que aborda energia e sustentabilidade de forma qualificada para o grande público.