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Dois projetos ligados ao NAPI Paraná Faz Ciência vão ter financiamento de Itaipu Binacional

Por: Ana Paula Machado Velho

As iniciativas envolvem professores, técnicos e alunos vinculados a ações da UEM e da UFPR

Dois projetos ligados ao Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência foram selecionados pelo “Programa de Extensão para Sustentabilidade Territorial”, financiado pela Itaipu Binacional e pelo Itaipu Parquetec. Estas duas organizações se juntaram com 16 Instituições de Ensino Superior (IES) e vão executar ações extensionistas voltadas para a sustentabilidade.

Os organizadores do Programa de Extensão Universitária Para Sustentabilidade Territorial receberam 573 propostas, “superando todas as expectativas”, segundo a Itaipu Binacional. 

A iniciativa tem como objetivo fomentar projetos alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, abrangendo áreas como biodiversidade, bioeconomia, conservação ambiental, uso responsável dos recursos naturais, energias renováveis, gestão de resíduos, agricultura sustentável, saúde e meio ambiente, políticas públicas, cultura, entre outros.

Foram aprovados 210 projetos, de 16 EIS do Paraná e do Sul do Mato Grosso do Sul. As propostas vão beneficiar as comunidades do entorno dos proponentes, contribuindo para a resolução de problemas reais e urgentes. Estão sendo investidos R$ 24 milhões, parte deste recurso vai viabilizar 1.000 bolsas a serem distribuídas entre alunos e professores. 

NAPI

O NAPI Paraná Faz Ciência submeteu duas propostas ao edital do Programa. Um dos projetos contemplados é o Saúde nas Mídias. A iniciativa reúne o Laboratório de Popularização das Ciências da Saúde, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que vai trabalhar com o Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI) e o projeto Conexão Ciência – C², ambos da UEM, para ampliação da divulgação de ações de popularização da ciência e ciência cidadã no Paraná.

Luciana Schleder


Para a equipe executora, esse financiamento é superimportante, porque possibilita a visibilidade desses projetos e é fundamental para fortalecer a comunicação entre a comunidade científica e a sociedade. O grupo chama atenção para o fato de que a ciência ainda é vista por muitas pessoas como algo distante, o que cria uma barreira para a compreensão e o engajamento para as questões de saúde.

Segundo a coordenadora do projeto, Luciana Schleder, o edital trouxe uma abordagem chamada de Saúde Única, que propõe enxergar o mundo globalizado e altamente interdependente, tanto em relação a nações como os próprios seres vivos. A divulgação científica nessa área contribui, por exemplo, para a conscientização da população sobre a complexidade das doenças que estão emergindo.

“Acredito que esse projeto foi aprovado, porque populariza essa visão integrada, que é cada vez mais importante para preparar a sociedade para os desafios de saúde. Ele vêm surgindo de forma complexa, interconectada em relação a mudanças climáticas, doenças reemergentes, saúde mental, modelos econômicos”, explica Luciana, que é a professora da UFPR.

Débora Sant’ Ana


A coordenadora-geral da plataforma de divulgação científica C² e uma das articuladoras do NAPI PRFC, Débora Sant’ Ana, disse que “o projeto aprovado pela Itaipu fortalece uma parceria entre duas importantes iniciativas de comunicação pública da ciência, o Conexão Ciência e o Saúde nas Mídias, do Laboratório de Popularização das Ciências da Saúde. Certamente, essa parceria vai contribuir muito para que informações fidedignas, em linguagem acessível cheguem até a comunidade em geral”.


Museus

O projeto “O Museu de Ciências Naturais (MCN) do Setor de Ciências Biológicas da UFPR como espaço de fortalecimento da extensão universitária” também foi contemplado com recursos de Itaipu. A ideia da equipe proponente é articular as ações de divulgação científica no MCN para o desenvolvimento da extensão universitária no curso de Ciências Biológicas, da UFPR.


Segundo a proposta, “essas ações são necessárias para promoção da curricularização da extensão, articulando exposições com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e foram pensadas para ter um elevado impacto na formação do estudante com possibilidades de transformação social”.

São previstas quatro exposições temporárias: Mata Atlântica, Cérebro Humano, Água e Saúde Única; a publicação de um e-book com o mapeamento das ações de divulgação científica do Paraná; um curso de formação de professores; e a reestruturação das redes sociais e do site do Museu de Ciência Natural, da UFPR.

Rodrigo Reis


Todas essas ações estão conectadas com os NAPIs Paraná Faz Ciência e TaxiOnline, e outros projetos da equipe do PRFC, financiados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como o PopCiênica.

“O Museu de Ciências Naturais da UFPR é um dos espaços da Rede de Museus do Paraná Faz Ciência. Esse investimento em um equipamento científico e cultural é superimportante para o Estado. Vamos ter ganhos para uma das instituições pioneiras na área de ciências naturais e de História Natural, que é o Museu de Ciências Naturais da UFPR”, conclui o coordenador da proposta da Universidade Federal e articulador do NAPI PRFC, Rodrigo Reis.