Ao lado de outros quatro membros com endereço no Brasil, Fernanda Avelar Santos ingressou na turma de 2024 do Explorers Club, sociedade criada nos EUA que se propõe a destacar gente que atua pelo avanço científico, exploratório e de conservação de recursos
A doutora em Geologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atual pesquisadora na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Fernanda Avelar Santos, foi uma das cientistas indicadas para compor a turma de 2024 do Explorers Club, uma sociedade com sede nos Estados Unidos criada em 1904.
Pela sua descrição, o clube funciona como uma entidade multidisciplinar que se propõe a apoiar e destacar pessoas envolvidas em avanços científicos, exploratórios e de conservação de recursos no mundo todo. Os integrantes do clube precisam ser indicados por outros integrantes. No caso, Fernanda foi indicada por Joe Grabowski, biólogo, mergulhador e comunicador de ciência da turma de 2018.
Fernanda entrou no grupo dos “alquimistas”, que o clube descreve como “exploradores que abraçam a criatividade e nos inspiram a ver o mundo sob novas perspectivas; sua abordagem de exploração é uma mistura de diversas paisagens, táticas excêntricas e coragem inabalável”. No total, são cinco grupos de exploradores.
“Rochas plásticas”
Em seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Geologia da UFPR, concluído no ano passado, Fernanda estudou aglomerados de rochas e plástico derretido que foram encontradas na Ilha da Trindade, uma localidade pouco habitada que pertence ao Espírito Santo.
A descoberta foi noticiada na revista Ciência UFPR em janeiro de 2023. A partir do veículo de ciência da UFPR, foi repercutida na mídia de mais de 60 países.
Atualmente, Fernanda faz pós-doutorado sobre rochas de plástico e microplástico nas ilhas oceânicas brasileiras na Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, em Presidente Prudente (SP).
Além de Fernanda, fazem parte da nova turma do Explorers Club outros quatro membros que moram no Brasil: Lvcas Fias, designer naturalista; Luigi Cani, paraquedista; Luiz Rocha, ictiólogo; e Ângelo Rabelo, policial ambiental aposentado que dirige o Instituto Homem Pantaneiro (IHP).