Encontro com os cientistas ocorreu nesta quinta-feira (20), no Centro de Ciências Biológicas da UEL e no Parque Arthur Thomas
O NAPI Paraná Faz Ciência foi convidado para participar de um evento com pesquisadores da Macquarie University, da Austrália, na Universidade Estadual de Londrina (UEL). As atividades ocorreram nesta sexta-feira, 20 de dezembro.
Os ecologistas, doutores Julian Schrader e Cornelia Sattler, vieram a Londrina para compartilhar as pesquisas desenvolvidas na Austrália e formalizar parcerias científicas com pesquisadores paranaenses.
Na parte da manhã, os cientistas realizaram palestras no Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UEL. Schrader falou sobre o futuro dos ecossistemas de ilhas como a Austrália. O foco foram os impactos das mudanças climáticas e as variações de temperatura provocadas por elas na diversidade das espécies de plantas.
Schrader busca entender “quão rápido ganhamos e perdemos espécies conforme as mudanças de temperatura dos continentes do mundo, fenômeno que pode mudar totalmente o cenário de espécies vegetais”.
Já Sattler apresentou sobre os seus trabalhos com abelhas produtoras de mel e em divulgação científica. A pesquisadora atua diretamente com os apicultores, oferecendo consultoria, orientando sobre melhores formas de cultivo e de monitoramento das colmeias.
Além disso, trabalha com criação de conteúdo e edição audiovisual em um canal do YouTube, o EcolClips. “Os temas das produções têm o objetivo de ‘traduzir’ a linguagem científica para uma linguagem mais popular. A ideia é proporcionar visualização e exemplificação da ciência, além de educação de qualidade, para reforçar a confiança na ciência e dar acessibilidade, isto é, para que qualquer pessoa compreenda, mesmo se não for da área da ecologia”, alertou Cornelia.
É esse conteúdo que chamou atenção do NAPI Paraná Faz Ciência. Por isso, a coordenadora de comunicação do Arranjo, Ana Paula Machado Velho, participou do dia de atividades e propôs parceria aos pesquisadores da Macquarie University.
“O NAPI faz parte de um projeto de criação de um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), que tem o objetivo de promover divulgação científica, conectando universidades do norte ao sul do Brasil. E a expertise de Connie e Julian será importante para atingirmos nossos objetivos de produzir informação com linguagem adaptada ao público que temos em mente, que são ribeirinhos, quilombolas, indígenas e os estudantes das escolas de ensino básico”, explicou Ana Paula.
Para finalizar o dia mais perto da natureza, os pesquisadores australianos conheceram o Parque Municipal Arthur Thomas, entrando em contato direto com um pouco da biodiversidade brasileira, em especial, com espécies da Mata Atlântica, como macacos-prego. Foram conduzidos pelos professores da UEL, Halley Caixeta e Ana Paula Vidotto.