A quinta-feira (09) da II Semana Geral dos NAPIs contou com a apresentação de seis arranjos: NAPI Sudoeste, NAPI Oeste, NAPI Norte, NAPI Solar, NAPI Hidrogênio e NAPI Águas.
NAPI Sudoeste – Sustentabilidade e Qualidade de vida
A professora Dra. Gisele Arruda, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) apresentou o NAPI Sudoeste. De acordo com a articuladora, a proposta do NAPI foi integrar pesquisadores de diferentes Instituições de Ensino Superior (IES) do oeste do Estado que desenvolvem pesquisas correlatas, nas temáticas da sustentabilidade e qualidade de vida.
Nesse sentido, as pesquisas têm, principalmente, foco na investigação de biomoléculas/produtos naturais, energias sustentáveis, e sistemas agrobioalimentares orgânicos e, segundo a articuladora, buscam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico regional, do país e internacional. A proposta do NAPI é, portanto, integrar e possibilitar trocas entre essa rede de pesquisadores da região.
A professora apresentou, ainda, os subgrupos de estudo nas diferentes instituições da região e quais os projetos já estão sendo desenvolvidos, bem como os resultados já alcançados. As temáticas perpassam a prospecção de biomoléculas e produtos naturais para uso agrícola, farmacêutico e tecnológico, melhoramento do feijão comum, reaproveitamento de resíduos sólidos da indústria de pescados com potencial bioativo e qualidade e consumo de água.
NAPI Oeste
O NAPI Oeste foi apresentado, na manhã de quinta-feira, pelo professor Dr. Douglas André Roesler da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). O arranjo foi criado, com apoio das IES da região, com o objetivo de contribuir na promoção de pesquisa e inovação nas Câmaras Técnicas do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD). Segundo o articulador, o POD tem como missão promover o desenvolvimento econômico sustentável da região oeste do Paraná.
Roesler explica que as temáticas de foco do NAPI são: governança e empregabilidade, infraestrutura e logística, energias, sustentabilidade, sanidade animal e vegetal, inovação e conectividade e educação.
Além disso, o professor ainda apresentou alguns dos resultados e projetos que já vêm sendo desenvolvidos pelo arranjo como o aplicativo SIGA, um sistema de inspeção geográfica agrícola para áreas sem cobertura de sinal; o Portal Geoeste para produção de dados ambientais e agropecuários; e o projeto de rede de internet rural sem fio.
O arranjo ainda desenvolveu diversas pesquisas, eventos e entregas relevantes para a sociedade nas temáticas propostas, conforme arguiu o professor. De acordo com Roesler, o NAPI ainda projeta a realização de diversos projetos para os anos seguintes do NAPI.
NAPI Norte – Polo Agrícola & Multilab
A professora Dra. Cristianne Cordeiro Nascimento, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), apresentou o NAPI Norte (Polo Agrícola & Multilab) na manhã de quinta (09). Segundo a articuladora, o arranjo visa o desenvolvimento do ecossistema de inovação da região Norte do Estado, tendo como prioridade o agronegócio, a inteligência artificial e o movimento local de promoção de startups.
A professora explicou, na sequência, como se deu a estruturação do projeto e do plano de ação do NAPI Norte, no ecossistema já existente, AgroValley. Com dezenas de atores e instituições envolvidas, o arranjo já realizou diferentes eventos, programas de aceleração de startups, fóruns e laboratórios. De acordo com a articuladora, o propósito é levar tecnologia pro campo que, por consequência, impulsiona novos negócios, criação de empregos, qualidade de vida e qualidade econômica para a região.
Para a professora, a transformação do ecossistema em um NAPI contribuiu na criação de uma rede bastante robusta com outros NAPIs, com instituições e parceiros. Além disso, a articuladora explica outras ações do NAPI Norte: o evento AgroBIT, a Aliança Estratégica Londrina – Maringá, o Comitê Territorial Norte, o ecossistema de inovação Estação 43 e o hub Cocriagro.
Para saber mais sobre o trabalho do NAPI, basta acessar o site do arranjo.
Quer conferir as apresentações na íntegra? No canal do YouTube da Fundação Araucária é possível saber mais sobre o NAPI Sudoeste, NAPI Oeste e NAPI Norte.
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NAPI Solar
Ainda na manhã de quinta-feira, a apresentação do NAPI Solar foi guiada pelo professor Dr. Roberto Cândido, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Segundo o articulador, o NAPI nasceu para integrar e possibilitar a interação entre pesquisadores e estudantes de três universidades paranaenses (UEM, UEL e UTFPR) para o desenvolvimento de uma metodologia de avaliação do desempenho de Usinas Fotovoltaicas em propriedades rurais.
A pesquisa tem apoio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), por meio do projeto RenovaPR, que incentiva a instalação de 90 mil usinas fotovoltaicas em propriedades rurais de pequeno e médio porte até o ano de 2030. Esse projeto tem impacto positivo em diversas áreas como desenvolvimento sustentável, geração de energia limpa e criação de empregos.
De acordo com o articulador, serão feitas, ao todo, 44 visitas técnicas para análise e monitoramento das usinas fotovoltaicas que já se iniciaram. O trabalho é feito com auxílio do aplicativo desenvolvido pelo próprio arranjo, flyers orientativos para os produtores rurais e reuniões semanais com os membros do projeto. A ideia é que seja possível criar um método para melhor utilização da capacidade das usinas, beneficiando também sua vida útil. Cândido afirma, ainda, que o propósito é construir um livro com seis capítulos como um dos resultados da pesquisa.
NAPI Hidrogênio
O professor Dr. Helton José Alves, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), apresentou o NAPI Hidrogênio que ainda está em fase de estruturação. O arranjo tem como objetivo a criação de uma rede de pesquisa e inovação na área do hidrogênio renovável de baixo carbono no Paraná, possibilitando estruturar tecnologias para a produção, armazenamento e utilização desta alternativa.
O articulador apresentou sobre o contexto de criação do novo arranjo e a potência do Estado do Paraná na temática das energias renováveis. O foco do NAPI Hidrogênio, nesse sentido, se concentra na produção de hidrogênio por meio de recursos sustentáveis. Um desses recursos, devido à diversidade de matérias primas disponíveis no Estado, é a utilização do biogás, por meio da rota da biomassa.
O professor ainda encerrou apresentando os benefícios e impactos positivos da utilização do hidrogênio renovável em todo país e de quais maneiras o novo arranjo pode atuar para impulsionar as potências já existentes no Paraná.
NAPI Águas
Ainda na manhã de quarta-feira, o NAPI Águas foi apresentado pelo professor Dr. Sandro Frohner da Universidade Federal do Paraná (UFPR). De acordo com o articulador, o NAPI tem como objetivo a proposição e validação de indicadores de vulnerabilidade de ecossistemas naturais ou de produção, além da criação de um banco de dados ambiental, social e econômico que abranja todo o Paraná.
A ideia, de acordo com Frohner, é que esses indicadores e dados contribuam para quantificar a vulnerabilidade de determinadas regiões do Estado. Esse material, por sua vez, vai servir como ferramenta para gestores na tomada de decisões e medidas para atingir maiores índices de sustentabilidade e na prevenção, mitigação e desenvolvimento de práticas de resiliência às mudanças climáticas, por exemplo.
Frohner ainda explicou todo o percurso que vem sendo desenvolvido pelo NAPI para criação e estruturação desse material e de que maneira isso impacta positivamente na tomada de medidas e na transformação do cenário atual. Um dos pontos ressaltados pelo articulador é que o banco de dados será público, interativo e de fácil acesso.
Para assistir as apresentações completas dos NAPIs, basta acessar o canal do YouTube da Fundação Araucária.