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Premiação valoriza pesquisa, extensão e inovação

Por: Noth Camarão

35ª edição do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia fez parte da programação do Paraná Faz Ciência 2022

A lista de atividades do Paraná Faz Ciência 2022 contou com a cerimônia de premiação dos dez vencedores do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, uma das principais iniciativas do Brasil de valorização e incentivo à produção científica. O evento foi realizado pelo governo do estado, 30 de novembro, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba. 

A solenidade reuniu reitores, vice-reitores, pró-reitores e outros gestores das instituições públicas de ensino superior do Paraná, estaduais e federais, além de representantes de instituições parceiras como a Superintendência Geral de Inovação do Paraná (SGI), a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).

Promovido anualmente pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o prêmio contempla duas áreas do conhecimento em cada edição, englobando mais de R$ 180 mil, com valor líquido individual que varia de R$ 9,8 mil a R$ 29,4 mil, de acordo com a categoria. Os trabalhos são avaliados por uma comissão julgadora composta por profissionais e pesquisadores de outros estados, considerados referência nas respectivas áreas de atuação.

Em sua 35ª edição, concorreram à premiação trabalhos de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, submetidos por professores, estudantes, inventores independentes e jornalistas. 

Ao todo, foram 73 inscrições homologadas, com projetos de pesquisa, extensão e inovação, além de reportagens pautadas no desenvolvimento científico e tecnológico. Em mais de três décadas, 156 pesquisadores e profissionais da imprensa foram agraciados com essa premiação.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a relevância da pesquisa científica para as demandas sociais. “É um reconhecimento da excelente produção científica empreendida pelos pesquisadores paranaenses, e também um estímulo para que nossos cientistas possam aprimorar soluções inovadoras para atender demandas regionais inseridas na realidade local e contribuir para o desenvolvimento tecnológico”, afirmou.

Premiação

Pesquisador – Os professores Celso Vataru Nakamura e Jesui Vergílio Visentainer, ambos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), conquistaram o prêmio na categoria Pesquisador, nas áreas de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, respectivamente. O primeiro concorreu com uma pesquisa relacionada à aplicação de nanotecnologia no tratamento da Leishmaniose, doença infecciosa que causa úlceras na pele e mucosas; e o segundo com um estudo sobre a composição nutricional do leite humano.

Para os dois vencedores, a premiação é importante para o incentivo da produção científica. “Estimula ainda mais a pesquisa, com possibilidade de desenvolver soluções inovadoras para a melhoria da qualidade de vida da população, inclusive no tratamento de doenças que precisam de mais alternativas de cura, como a Leishmaniose”, enfatizou Celso.

Na opinião de Jesui, “nosso projeto é capaz de salvar vidas, pois ao transformar o leite líquido em pó, esse alimento terá mais tempo de conservação e poderá proteger a vida de bebês recém-nascidos e prematuros”. E completa: “a iniciativa do prêmio é muito importante para incentivar os pesquisadores”.

Extensionista – Contemplada na modalidade Pesquisador-Extensionista, na área de Ciência da Saúde, a professora Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveu um projeto de extensão para o enfrentamento da disseminação e controle do novo coronavírus, especificamente para instituições de longa permanência para idosos.

Já a professora Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, da UEM, conquistou a premiação no campo das Ciências Exatas e da Terra, com um projeto de extensão chamado Manna – Ecossistema de Educação 5.0. A iniciativa acadêmica promove ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação nas áreas de Robótica e Internet das Coisas (IoT), para professores e estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas.

Estudante de Graduação – Na área das Ciências da Saúde, categoria Estudante de Graduação, a vencedora foi Vitória Maciel Delai, aluna do Curso de Farmácia, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel. Ela desenvolveu um estudo sobre uma enzima capaz de reaproveitar e produzir açúcar para aplicação industrial.

Na mesma modalidade, no campo das Ciências Exatas e da Terra, o estudante do Curso de Química da UEM, Rogério dos Santos Maniezzo, conquistou a premiação com um trabalho acadêmico sobre a remoção de poluentes em resíduos industriais.

Inventor independente – A ortodontista Emily Tiemy Ito, do município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, venceu como inventora independente na área de Ciências da Saúde. Ela desenvolveu um produto chamado Seru (sigla para Sistema de Encaixe Recíproco Universal), voltado para mercados como o de cosméticos. A solução pretende estabelecer um novo sistema de consumo e atender demandas da indústria e do varejo.

Mestre em Biotecnologia, Ailton Pereira, de Londrina, na região Norte do Paraná, conquistou a premiação como inventor independente, no campo das Ciências Exatas e da Terra. Ele desenvolveu um processo inovador para a produção de um biopigmento bacteriano, a partir de resíduos agroindustriais. Esse biopigmento poderá ser usado para colorir e aplicar bioativos em fibras têxteis e produtos cosméticos.

Jornalismo Científico – Os profissionais da imprensa Niomar Pereira e Guilherme Gonçalves foram vencedores na categoria Jornalismo Científico, em Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, respectivamente. Repórter do “Jornal de Beltrão”, no Sudoeste do Paraná, Niomar escreveu uma série de reportagens sobre defensivos agrícolas e saúde com destaque para a importância dos mananciais hidrográficos para a população. Guilherme, que atua no portal de notícias Plural, de Curitiba, conquistou o prêmio com uma matéria sobre os fenômenos da escassez de água.

Prime 2022 

Na oportunidade, o Governo entregou certificados aos cinco finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) – Edição 2022. Idealizado pela Seti, esse programa tem como objetivo a transformação de inovações desenvolvidas por pesquisadores das instituições de ensino superior do Paraná em produtos e serviços. A ideia é viabilizar a abertura de empresas e novos negócios, o licenciamento para a produção e comercialização de tecnologias e a transferência tecnológica.

Classificada em primeiro lugar, a professora Érika Seki Kioshima Cótica, do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Fisiopatalogia da UEM, desenvolve uma pesquisa sobre moléculas antifungicidas. “Essa molécula pode ser aplicada no controle de infecções causadas por fungos, com impacto na saúde humana e animal, além de alimentos e agricultura. O intuito é articular parceria com uma empresa que possa inserir o produto no mercado e, assim, melhorar os índices de saúde da população”, explicou.

Os demais finalistas do Prime 2022 são: 2º lugar – Ulisses de Pádua Pereira, professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com uma pesquisa sobre diagnóstico de bioinformações aplicadas; 3º lugar – Renata Katsuko Takayama Kobayashi, professora do Departamento de Microbiologia da UEL, com a proposta de um gel antimicrobiano com óleo essencial de orégano e nanopartícula de prata; 4º lugar – Glauco Vieira Miranda, professor do Curso de Agronomia na UTFPR – Câmpus Santa Helena, com o projeto de uma fazenda urbana tecnológica; e 5º lugar – Péricles Inácio Khalaf, professor do Departamento de Química da UTFPR – Câmpus Pato Branco, com um protótipo de fertilizantes minerais.

Além dos classificados, a Seti concedeu uma menção honrosa para Renata Aparecida Candido da Silva, do município de Rolândia, Norte do Paraná. Estudante de Enfermagem, ela participou do Prime 2022 com um simulador para treinamento de profissionais de saúde em procedimentos de hemodiálise. A solução tem como objetivo reduzir os riscos em pacientes com insuficiência renal.

Assinaturas – Durante o evento também foram assinados dois atos governamentais, no âmbito do Prime 2022 e do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. O primeiro documento consiste em um edital para que empresas paranaenses possam licenciar, produzir e comercializar soluções tecnológicas com potencial de mercado, entre os projetos da segunda fase do Prime deste ano. O segundo autorizou a 36ª edição da premiação.

Em 2023, as áreas previstas para o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia são Ciências Agrárias e Ciências Humanas e Sociais. Os trabalhos concorrentes devem contemplar, nas respectivas áreas, campos do conhecimento específicos, como: Administração, Agronomia, Antropologia, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação, Direito, Economia, Educação, Filosofia, Geografia, História, Medicina Veterinária, Psicologia, Recursos Florestais, Sociologia, Tecnologia de Alimentos, Zootecnia, entre outros.