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SETI, Fundação Araucária e UEL apresentam Arranjo de Pesquisa e Inovação com foco na Biodiversidade

Por: Pedro Livoratti

A Secretaria Estadual de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (SETI) juntamente com a Fundação Araucária e a UEL apresentaram nesta terça-feira (28) o Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Biodiversidade: Recursos Genéticos e Biotecnologia que tem o objetivo de integrar grupos com foco na diversidade ambiental e na redução dos impactos das mudanças climáticas. O NAPI Biodiversidade reúne mais de 100 pesquisadores de 12 Universidades e Institutos de Pesquisa do Brasil, França e Alemanha e foi criado a partir do projeto  RESTORE (natuRe-basEd SoluTions for imprOving REforestation), desenvolvido no Departamento de Biologia Animal e Vegetal do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL. Além da apresentação do NAPI Biodiversidade, estudantes, professores e pesquisadores participaram nesta terça da abertura do Workshop que apresenta os resultados do projeto RESTORE. O encontro prossegue até quinta-feira (30), no CCB. 

Há cerca de dois anos o projeto foi contemplado na chamada internacional Confap-BiodivErsA: 2019-2020, que envolveu Brasil, França e Alemanha. A Confap é o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa. Já a BiodivERsA é uma rede de organismos internacionais que envolve 24 países europeus e demais parceiros, incluindo o Brasil. Por meio do RESTORE são desenvolvidos estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas, especialmente, a seca na microbiota do solo e nas plantas. Outro foco é o uso da biodiversidade para amenizar os efeitos da mudança climática. 

Segundo o coordenador do projeto, professor Halley Caixeta de Oliveira, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal, a proposta de criar o NAPI Biodiversidade surgiu da Fundação Araucária, que defende Arranjos de Pesquisa como uma articulação entre a academia, governo, sociedade para a disseminação do conhecimento e da inovação. Em todo o estado hoje são cerca de 30 NAPIS nas diversas áreas do conhecimento e da economia. O professor explicou que o NAPI Biodiversidade será subdividido em duas grandes áreas: Recursos Genéticos e Biotecnologia e Serviços Ecossistêmicos, sendo que esta segunda deverá ser lançada oficialmente no próximo dia 25 de abril, na UEM, em Maringá. 

A proposta do Arranjo de Pesquisa Biodiversidade é entender os fenômenos que envolvem a seca e desenvolver estratégias de nanotecnologia que atenuem esses impactos. No Brasil os estudos envolvem a Mata Atlântica. Segundo o professor Andre Luiz Martinez de Oliveira, do Departamento de Bioquímica e Biotecnologia da UEL, coordenador do NAPI Biodiversidade, as ações desenvolvidas consideram os objetivos da Agenda 21 da ONU, reunindo quase 50 pesquisadores de 21 programas de pós-graduação. Ele define a iniciativa como uma rede multidisciplinar para compreender a biodiversidade e apresentar soluções à sociedade. 

O NAPI Biodiversidade deverá se basear em cinco metas – desenvolvimento de produtos biotecnológicos para agricultura e meio ambiente; produção biotecnológica para saúde, agricultura e meio ambiente; aplicação de nanotecnologia na produção de mudas para restauração ecológica; avaliação do estoque da biodiversidade e interação com a sociedade. 

Professora Marta Favaro: gerar ciência e tecnologia, é criar novas possibilidades, mudar vidas e colaborar com a sociedade

Repercussão – participando do lançamento de forma on line, o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, definiu a iniciativa como um trabalho organizado em rede para unir parceiros e otimizar recursos. “Queremos agrupar os melhores talentos, suprir com os recursos necessários rumo à construção de uma sociedade do conhecimento”, afirmou o secretário. 

Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, os Arranjos Produtivos ativam os chamados ecossistemas de inovação, mobilizando os ativos tecnológicos do Estado e envolvendo as sete Universidades Estaduais, além das Federais. Atualmente, informou ele, os NAPIs paranaenses reúnem mais de 100 pesquisadores de 12 Instituições. 

A reitora da UEL, professora Marta Favaro, destacou que os esforços desenvolvidos pelos pesquisadores paranaenses, juntamente com os do exterior (França e Alemanha) trarão um impacto positivo à sociedade a partir da produção de conhecimento. “Precisamos estender nossos braços e gerar ciência e tecnologia, criando novas possibilidades e mudando vidas. Essa é a nossa colaboração para fazer a diferença na sociedade”, resumiu. 

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