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Projetos científicos  desenvolvem robôs com materiais recicláveis e horta mandala inspirada em técnicas indígenas, integrando ciência, cultura e meio ambiente


Os Clubes de Ciências implantados em escolas da rede estadual estão promovendo experiências educativas que integram ciência, tecnologia, cultura e sustentabilidade. Dois projetos se destacam: uma horta mandala no Colégio Estadual Tereza Ramos, em Matinhos, e um projeto de robótica sustentável no Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Netto, de Paranaguá.

Foto de uma mesa coberta com um tecido verde, sobre a qual estão expostos vários robôs coloridos feitos com materiais recicláveis como caixas de papelão, latas e rolos de papel. Cada robô tem um formato diferente e muitos apresentam olhos desenhados ou colados com tampinhas. Ao fundo, há uma parede com azulejos brancos e um cartaz escrito "Cantinho dos Jogos". Os robôs variam em tamanho e expressão, compondo uma mostra criativa de trabalhos escolares.
Os robôs coloridos feitos pelos alunos do clube no Colégio Bento Munhoz, em Paranaguá, com materiais recicláveis, como caixas de papelão, latas e rolos de papel (Foto/Arquivo pessoal)


No Colégio Tereza Ramos, os estudantes participam da criação e manutenção de uma horta mandala, modelo de cultivo em formato circular que tem origem nos sistemas agrícolas de povos indígenas brasileiros, como os Tupi-Guarani e os Xavante. A técnica, que foi resgatada e difundida pela permacultura na década de 1970, promove o uso eficiente do espaço, o equilíbrio ecológico e a produção sustentável de alimentos. O projeto envolve diferentes turmas e áreas do conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento de competências integradas no ambiente escolar.

Foto de um grupo de aproximadamente 20 estudantes reunidos em um pátio externo arborizado, com mesas e bancos de concreto. Alguns alunos estão sentados, outros em pé, com mochilas e bolsas ao lado. Ao fundo, há um muro cinza, uma edificação com telhado de telha vermelha e vegetação densa com montanhas verdes ao longe. A maioria dos estudantes usa roupas casuais e há expressões diversas — alguns sorrindo, outros mais sérios, olhando para a câmera.
Alunos do Clube de Ciências no Colégio Tereza Ramos, em Matinhos (Foto/Arquivo pessoal)


Já no Colégio Bento Munhoz da Rocha Netto, os alunos são incentivados a construir protótipos de robôs utilizando materiais recicláveis, como caixas de papelão, garrafas PET e tampinhas plásticas. A proposta une fundamentos da robótica com práticas de reutilização e consciência ambiental, possibilitando a vivência prática dos conteúdos e o fortalecimento de habilidades como lógica, criatividade e trabalho em equipe.

 Os projetos são realizados em ambiente escolar por meio dos Clubes de Ciências, com foco na abordagem maker, que estimula o “aprender fazendo”. Essas ações contribuem para aproximar os estudantes do fazer científico, promovendo a interdisciplinaridade, o protagonismo juvenil e a valorização dos conhecimentos tradicionais como base para soluções inovadoras e sustentáveis.

Os grilos são o principal objeto de estudo do Clube do Colégio Ceretta

A imagem mostra uma sala de aula equipada como um laboratório, com alunos sentados em cadeiras giratórias ao redor de mesas brancas. A professora, vestida com um jaleco branco, está de costas para a câmera, aparentemente explicando algo para a turma. Os alunos, vestindo uniformes escolares cinza com detalhes vermelhos e pretos, exibem diferentes expressões e posturas – alguns atentos à professora, outros conversando ou olhando para os materiais em suas mesas. Alguns seguram folhas de papel e estojo de materiais escolares. O ambiente tem paredes revestidas com azulejos brancos, prateleiras com caixas e materiais organizados ao fundo, e um ventilador fixado na parede. No primeiro plano, um notebook está aberto, exibindo uma tela com um sistema online. O cenário sugere uma aula prática em um laboratório escolar.
Alunos do Clube de Ciência no Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta, de Ma. Cândido Rondon, no laboratório onde fazem as atividades do Clube (Foto/Arquivo Pessoal)


No Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta, de Marechal Cândido Rondon, centro-oeste do estado, os estudantes estão desbravando o universo dos insetos. Junto da professora Lilian Bortoluzzi, os integrantes do Clube de Ciências têm se dedicado a estudar a entomologia, área da biologia que investiga a vida dos insetos e sua interação com o meio ambiente.

Os insetos são o grupo de animais com o maior número de espécies catalogadas no planeta e desempenham papéis essenciais na natureza, como polinização e decomposição de matéria orgânica.

No clube, uma das atividades é a criação de grilos, atividade que permitiu aos estudantes analisarem aspectos morfológicos, fisiológicos e comportamentais desses animais.

“Foi muito interessante observar como os grilos produzem som, se alimentam e se comportam. Conseguimos diferenciar os (grilos) jovens de adultos, machos de fêmeas, ver as fêmeas realizando a postura dos ovos, acompanhar o nascimento dos filhotes e testemunhar a equidise, que é a troca de exoesqueleto”, relatam os participantes do projeto.

Os estudantes entendem que o estudo dos insetos pode proporcionar alternativas para aproveitá-los ainda mais na conservação da biodiversidade e na sustentabilidade. O Clube de Ciências do Colégio Ceretta faz parte da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, que reúne cerca de 245 clubes em todo o estado. O projeto incentiva o pensamento científico e o protagonismo estudantil. Para saber mais sobre o Projeto, acesse no Instagram ou pelo site