Estamos no Agosto Lilás. Essa é uma campanha criada em referência à Lei Maria da Penha, que, em 7 de agosto de 2023, completou 17 anos, e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência… física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. Este é o símbolo de luta árdua, porque trata de um panorama dramático.

O ano de 2022 foi especialmente difícil para as mulheres no Brasil, visto que todos os indicadores de violência contra elas subiram no ano passado. Apesar da diminuição dos casos de homicídio no país, os casos de feminicídios cresceram 5,5% entre 2021 e 2022. Ainda houve um aumento de 16,9% em casos de tentativas de assassinato de mulheres. A violência doméstica também cresceu, os números saltaram 3,4% em relação a 2021. Além desses dados, houve um aumento de 8,1% em medidas protetivas solicitadas com urgência neste período.

Esse aumento pode ser explicado por várias razões, uma delas foi a falta de investimento em políticas públicas voltadas à prevenção da violência doméstica. Os dados públicos evidenciam que houve um corte de 90% da verba que seria destinada a políticas de enfrentamento à violência doméstica e familiar, além dos investimentos que seriam direcionados às unidades da Casa da Mulher Brasileira e de Centros de Atendimento às Mulheres.

A insuficiente injeção de recursos também se reflete na escassa fiscalização das medidas protetivas, o que contribui para que casos de violência doméstica evoluam para feminicídios. Não é raro que vítimas de feminicídio já tivessem obtido medidas protetivas, mas que, sem a devida fiscalização, se tornaram inefetivas.

Outro fator relevante é a grande quantidade de armas nas mãos da população civil, por meio de decretos de flexibilização do acesso às armas de fogo e munição nos últimos quatro anos. A presença de uma arma em um ambiente doméstico aumenta o risco de vida de mulheres, sobretudo daquelas que já se encontram em um ciclo de violência em casa.

Destaca-se também o aumento do movimento conservador que defende a desigualdade de gênero nas relações, além de naturalizar a submissão das mulheres e o uso da violência como forma de dominação e superioridade masculina. Essa ideologia, aliada ao acesso de armas e aos fatores citados acima, pode ser um dos fatores que fizeram os números aumentarem neste período.

Já em relação a 2023 os dados não são otimistas visto que o primeiro trimestre representa quase metade dos feminicídios ocorridos em 2022. O Paraná sofreu um aumento considerável de casos em comparação a 2022, saltando de sexto para terceiro nas estatísticas nacionais. É o que evidencia os relatórios mais recentes do Monitor de Feminicídios do Brasil. A ferramenta, elaborada pelo Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM), identificou 862 casos de feminicídios em todo Brasil, o que configura uma média nacional de 3,32 feminicídios por dia.

Laboratório de Estudos de Feminicídio

O LESFEM é um espaço de pesquisa interdisciplinar que reúne pesquisadoras e pesquisadores, profissionais e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Coletivo Feminino Plural (CFP) e da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres de Londrina (SMPM).

Com o intuito de produzir e analisar dados sobre crimes de feminicídios do Brasil, o Laboratório colabora para o monitoramento e visibilidade do fenômeno, além de contribuir para o enfrentamento à violência contra mulheres e meninas, usando como base três pilares: prevenção, punição e restituição de direitos.

Integrante do Laboratório e doutoranda em Sociologia, Beatriz Molari explica como é feita a produção e a análise dos dados sobre crimes de feminicídios no Brasil. “Nós desenvolvemos cinco linhas de atuação distintas para abordar a questão do feminicídio. Por exemplo, a linha de acesso à justiça analisa e acompanha todo o processo de um crime de feminicídio desde a acusação até as diferentes instâncias do julgamento. Nossas pesquisadoras acompanham de perto o processo para avaliar a aplicabilidade da qualificadora de feminicídio. Com base em nossa metodologia, emitimos relatórios que julgam o quanto o resultado do julgamento pode contribuir ou não para fazer justiça considerando o crime de feminicídio”.

Outra linha de atuação é a de coleta de dados sobre feminicídios, que desempenha um papel crucial no monitoramento desses crimes. A coordenadora do LESFEM, Silvana Mariana, comentou que houve um aumento significativo na quantidade de feminicídios divulgados pelas estatísticas oficiais. “No entanto, através do trabalho de coleta de dados, percebemos que muitos casos que não são qualificados dessa forma ocorrem e são tratados de maneira diferente, sem o devido reconhecimento da motivação sexista e machista tão presente na sociedade brasileira. Além disso, temos a linha de atuação focada nos feminicídios linguísticos. Nessa linha, analisamos o discurso patriarcal emitido pelos tribunais de júri e pelos operadores de direito durante a definição dos julgamentos. Investigamos questões morais e ideológicas que podem influenciar nas punições atribuídas aos agressores de mulheres. Em resumo, nosso trabalho abrange diversas áreas, desde o acompanhamento dos processos judiciais até a coleta e análise de dados”.

Outra atividade realizada pelo Laboratório é o monitoramento de dados sobre feminicídios no Brasil, que tem como objetivo identificar e quantificar casos de violência contra a mulher. Beatriz Molari explica como é feita a coleta desses dados. “Essa ferramenta ajuda a localizar reportagens e matérias de crime de feminicídios dentro daquele espaço geográfico estabelecido. Então, por meio dessa ferramenta são emitidos alertas quando são noticiados esses crimes. A nossa equipe de contra dados verifica esses alertas, lê as reportagens e quantifica quantos casos de feminicídios ocorreram naquele período especificado. Então, por meio do monitor, nós queremos oferecer ferramentas para que as estatísticas oficiais sejam comparadas com a realidade que é encontrada pelas nossas especialistas. Infelizmente, estamos vendo casos de subnotificação, casos de feminicídios que são, muitas vezes, noticiados pela imprensa brasileira, mas que não contam com as estatísticas oficiais, porque, infelizmente, nós estamos em uma situação que ocorrem três ou quatro homicídios por dia que é algo preocupante e que deve chamar a atenção.”

Equipe Laboratório LESFEM (Foto/Arquivo Pessoal)

Núcleo de Atendimento de Violência Doméstica na Delegacia da Mulher

Durante a produção desta reportagem, a UEL, por meio de um projeto de extensão, inaugurou no dia 14 de julho, sob idealização e coordenação da professora do Departamento de Direito Privado, Claudete Carvalho Canezin, o Núcleo de Atendimento de Violência Doméstica na Delegacia da Mulher (Nuavidem).

De acordo com informações apuradas pelo O Perobal, a cerimônia de inauguração realizada no Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (EAAJ) da Universidade foi marcada pela presença de diversas autoridades comprometidas com o enfrentamento à violência contra a mulher, incluindo a secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte.

O Núcleo passa a integrar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), em Londrina, e fornecerá orientação jurídica com base nas informações fornecidas pelas vítimas de violência, além do encaminhamento aos demais órgãos da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, como o Centro de Referência no Atendimento à Mulher (CAM), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Centro de Referência em Assistência Social (Cras), Casa Abrigo e Núcleo Maria da Penha (Numape).

“Nós vamos poder encaminhar ela [já na delegacia] para a rede de atendimento. Então, ela vai poder vir aqui para o Numape sabendo que faremos o processo de dissolução da união e de separação de bens. Além disso, o NEDDIJ [Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude] fará o processo para as crianças terem pensão alimentícia. Se ela sofrer ameaça de feminicídio, nós vamos encaminhar ela para ser colocada no abrigo, onde é sigiloso e ela poderá ficar com os filhos, que não serão prejudicados, pois terão à disposição pedagogos e professores”, explica a coordenadora. “A rede trabalha para o bem-estar dessa mulher, porque o nosso objetivo é que ela saia da violência, que ela denuncie para poder combater, mas que ela tenha segurança”, complementa.

Claudete Carvalho Canezin no EAAJ (Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos) da UEL, onde atua também como Coordenadora do NEDDIJ (Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude) e do Numape (Núcleo Maria da Penha) em Londrina, ambos idealizados pela professora (Foto/Fábio Augusto e Silva)

Financiado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), o Nuavidem conta com uma equipe composta por sete pessoas que vão trabalhar em conjunto com a Polícia Civil do Paraná. O grupo é formado por duas advogadas, três alunas do curso de Direito e duas de Psicologia.

De acordo com a coordenadora, apesar de ser um projeto piloto, o Núcleo tem potencial para ser expandido a outras cidades, seguindo um caminho semelhante ao do Numape em Londrina, também idealizado por ela. Atualmente, Canezin coordena o projeto em todo o Estado, incluindo a unidade no município, resultando em um total de 11 unidades do Núcleo Maria da Penha espalhadas pelo Paraná. Todos os núcleos são financiados pela SETI.

Aliás, é bom destacar que o trabalho dos Numape vem sendo reconhecido não só por aqui, mas nacionalmente. Durante a 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no campus Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, entre 23 e 29 de julho, um projeto de extensão do Núcleo Maria da Penha, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), recebeu o Prêmio Destaque na Iniciação Científica, oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica é concedido anualmente pelo Conselho, desde 2003, e conta com as parcerias da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências. O objetivo é estimular e reconhecer os melhores trabalhos de bolsistas que estão iniciando no universo da pesquisa científica.

Segundo uma das coordenadoras, Crishna Mirella, o projeto “Lei Maria da Penha e o enfrentamento à violência doméstica no ambiente escolar” é vinculado ao Observatório de Violência de Gênero da UEM e ao Numape. Dentro do eixo das ações preventivas do Núcleo, surgiu a oportunidade de atuar dentro da escola do Colégio de Aplicação da Universidade. O grupo solicitou bolsas em um edital do Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC-Ensino Médio) e foi aprovado. A ação está na sua quinta edição, mas o prêmio é relativo à quarta, que ocorreu entre 2012 e 2022. 

Crishna Mirella, coordenadora do Numape UEM, e a estudante Isabela Mayumi Gondo recebendo o Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) (Foto/Ana Paula Machado Velho)

Seis estudantes atuaram nesse período no CAP fomentando a discussão sobre a violência doméstica contra mulheres e, também, sobre a violência contra mulheres no espaço escolar. Eram realizadas discussões semanais, que deram origem a bibliografias que foram redigidas em linguagem acessível para a idade das meninas que têm, em geral, entre 15 e 17 anos. Esse material retornou em oficinas que as integrantes do projeto organizaram na escola, na segunda etapa da iniciativa. A última fase foi a produção de materiais didáticos, também acessíveis para os colegas e as colegas, tudo supervisionado pela coordenação para garantir a linguagem de jovem para jovem. 

“Isso é super importante para nós, esse contato com as alunas do ensino médio, porque a linguagem das violências sofridas, a linguagem das tensões, dos medos são traduzidas para a essa faixa etária. Então, para nós é importante esse contato para aprender um pouco com elas também e o grupo consegue, a partir da formação que a gente dá, produzir esse trabalho na escola, nas últimas etapas do projeto”, explica Crishna Mirella. 

O prêmio desta edição foi entregue à estudante Isabela Mayumi Gondo, apesar da ação ter tido a participação de mais cinco alunas do CAP, além de Crishna e da outra coordenadora, a professora Gláucia Brida, da Psicologia. 

Isabela Gondo disse que a experiência a fez ter certeza de que quer cursar Direito e lutar por causas como a das mulheres. “Vou terminar o ensino médio e fazer o vestibular na UEM, porque eu me achei aqui, com a ajuda das professoras”. A estudante recebeu R$ 5 mil e um ano de bolsa de pesquisa, do CNPq. 

Cerimônia reuniu autoridades no EAAJ. Nuavidem contará com sete integrantes, além da coordenação, para dar apoio psicológico e jurídico a mulheres em situação de violência.

O Núcleo de Atendimento de Violência Doméstica na Delegacia da Mulher – Nuavidem, projeto de extensão criado na UEL, ganhou visibilidade e pode ser levado para outros municípios do estado. É o que avaliam autoridades que compõem a rede de enfrentamento à violência doméstica. Lançado no dia 14 de julho, o Núcleo irá funcionar prestando apoio jurídico e psicológico às vítimas que procuram o atendimento na Delegacia da Mulher de Londrina. A iniciativa conta com o financiamento da Secretaria Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti).

Muito emocionada com a concretização do Núcleo, a idealizadora e coordenadora do Nuavidem, a docente da UEL Claudete Canezin, destacou que ele vai contar com uma equipe formada por sete profissionais, atuando ao lado dos servidores da Polícia Civil do Paraná (PC/PR). 

“Agora, com o Nuavidem, duas advogadas e três alunas do Direito e duas da Psicologia vão atender essa mulher, vão falar para ela sobre o Botão do Pânico, sobre a medida protetiva e sobre as ações que ela pode solicitar, de divórcio, alimentos, guarda, visita e partilha de bens”, explicou a coordenadora.   

Reitora parabenizou trabalho das equipes à frente dos núcleos de atendimento à mulher em Londrina (Fotos: André Ridão/Agência UEL).

Integram a equipe as advogadas Laise Fabiana Soares e Renata Possobom Molina, as estudantes de Direito da UEL Maria Luísa Padovan, Tainá Cristina de Souza Eurinidio e Giulia Carnietto Souza, e as estudantes do curso de Psicologia Ana Luísa Galleli Campos e Laura Antunes Cortez. 

O evento de lançamento foi realizado no Escritório de Aplicação de Assuntos Jurídicos (EAAJ) da UEL e contou com a presença de dezenas de autoridades e integrantes da rede de enfrentamento à violência, dentre elas a secretária de estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, a deputada estadual Leandre Dal Ponte (PSD). 

“É extremamente importante, por isso, o governador me designou que viesse até aqui para acompanhar esse projeto, porque entendemos que ele tem capacidade de poder ser escalado para as demais delegacias do nosso Estado. A UEL está de parabéns por essa iniciativa”, disse a secretária. Atualmente, o Paraná conta com 21 delegacias especializadas no atendimento às vítimas de violência doméstica. 

Em sua fala, a delegada da Mulher de Londrina, Carla Gomes de Mello Villar, destacou que o enfrentamento do fenômeno social da violência doméstica vem surtindo efeitos. No entanto, ainda demanda muitos esforços. Ela informou que, somente em Londrina, 2.359 homens são alvos de medidas protetivas. 

A reitora Marta Favaro afirmou que a Universidade Estadual de Londrina tem orgulho do trabalho desempenhado por seus docentes e alunos. “Fica um agradecimento especial à toda equipe da professora Claudete, que muito nos orgulha com esse trabalho”, disse.

Fonte da matéria: https://operobal.uel.br

O projeto de extensão “Empoderamento de Mulheres em seus Direitos Sexuais e Reprodutivos”, do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), desenvolve ações educativas e de capacitação entre as mulheres. As ações acontecem em Bandeirantes e Santa Mariana, através de parceria entre a Universidade e as Secretarias de Saúde dos municípios.

Com o objetivo de desenvolver ações compatíveis com a realidade de cada região, o projeto visa a atender mulheres vulneráveis e em situação de pobreza de forma a contribuir para a construção de uma vida saudável e segura às mulheres e a seus pares. A ação possibilita ainda a superação de desafios sociais, econômicos, de vulnerabilidade e dos diversos tipos de dependência existentes.

Para a coordenadora, Carolina Fordellone Rosa Cruz, trazer as informações para as mulheres é fundamental para que elas possam primar por sua saúde, segurança e bem-estar. “Empoderar essas mulheres sobre seus direitos sexuais e reprodutivos relacionados ao seu bem-estar e saúde, aliado a ações de educação, prevenção e promoção, contribui positivamente para a dinamização e a construção para uma vida saudável e segura a si e a seus pares”, destacou a professora.

No decorrer do projeto, além das visitas aos locais indicados, serão desenvolvidos cursos, palestras, rodas de conversas e ações de sensibilização referentes ao autocuidado, promovendo a conscientização sobre saúde da mulher em geral e aspectos preventivos. Ao longo do projeto, serão desenvolvidos materiais didáticos sobre as temáticas trabalhadas. Também serão selecionadas mulheres com perfil de liderança para participar do curso de capacitação sobre direitos sexuais e reprodutivos.

O Governo do Estado prorrogou até 30 de junho o prazo para apresentação de propostas de empresas, cooperativas, startups, municípios e outras organizações que buscam financiamento para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A chamada pública envolve recursos da ordem de R$ 20 milhões não reembolsáveis do Fundo Paraná, dotação gerenciada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o fomento científico e tecnológico paranaense.

A iniciativa tem amparo no Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni). Serão apoiados projetos em cinco áreas: agricultura e agronegócios; biotecnologia e saúde; energias renováveis; cidades inteligentes; e economia, educação e sociedade. As propostas devem ser fundamentadas na transformação digital e no desenvolvimento sustentável.

Do montante anunciado, R$ 6 milhões serão destinados para microempresas e empreendedores individuais; R$ 4 milhões para empresas de pequeno e médio porte, e R$ 5 milhões para grandes empresas. Outros R$ 5 milhões serão aplicados em projetos apresentados por municípios, cooperativas e outras organizações com e sem finalidade lucrativa. Cada projeto pode ter o valor máximo de até 10% do total previsto para a respectiva categoria.

Segundo o coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, o intuito é incentivar o desenvolvimento socioeconômico, agregar tecnologia aos processos de produção de bens e serviços e aumentar a competitividade empresarial paranaense.

“No Estado do Paraná, entendemos que o investimento em ciência e tecnologia é uma estratégia competitiva que pode diferenciar as nossas empresas nos mercados local, regional e até nacional, permitindo que esses agentes produtivos cresçam e se desenvolvam em um ambiente cada vez mais inovador”, diz Pelegrina. “Nós acreditamos que a tecnologia pode e deve ser usada como uma ferramenta para atender as necessidades e as demandas dos cidadãos e dos consumidores em geral”, destaca.

CRITÉRIOS – Entre os critérios para receber o apoio financeiro do Estado, os proponentes devem ter registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) no Paraná e articular as propostas com as unidades da Ageuni nas universidades estaduais. A duração dos projetos será de dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais seis meses. Os projetos de P&D serão financiados por meio de acordos de parceria e cooperação estabelecidos com as instituições estaduais de ensino superior.

Confira os câmpus acadêmicos onde estão localizadas as unidades da Ageuni:

Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Londrina – ageuniaintec@uel.br

Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Maringá – ageuni@uem.br

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

Ponta Grossa – ageuni.agipi@uepg.br

Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Cascavel – ageuni@unioeste.br

Francisco Beltrão – ageuni@unioeste.br

Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)

Guarapuava – ageuni.novatec@unicentro.br

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)

Jacarezinho – ageuni@uenp.edu.br

Universidade Estadual do Paraná (Unespar)

Campo Mourão – ageuni2campomourao@unespar.edu.br

Paranaguá – ageuni1paranagua@unespar.edu.br

A Associação de Investigadores da Imagem em Movimento (AIM), de Portugal, premiou o livro Documentário: filmes para salas de cinema com janelas, escrito pelo docente da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus deCuritiba II/FAP, Eduardo Baggio, como melhor publicação da área no ano de 2022. O prêmio é uma parceria da AIM com o Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (CEIS20-UC), e envolve uma conferência a ser apresentada na instituição, pelo autor do livro.

Para Baggio, “o prêmio é extremamente relevante e uma grande honra, porque a AIM de Portugal, é uma grande referência na pesquisa de cinema na Europa e para o Brasil, ainda mais que muitos/as brasileiros/as participam. Sem contar que a parceria com a Universidade de Coimbra é superimportante em Portugal, afinal é um centro que tem estudos interdisciplinares, mas que versa muito sobre cultura e sociedade”.

“Documentário: filmes para salas de cinema com janelas” traça um percurso histórico-conceitual para debater criticamente definições de documentário. Pela perspectiva realista, o livro discute relações, próprias desse tipo de filme, entre mundo fático experiencial, os processos de realização, a obra audiovisual em si e a recepção. A partir desses quatro polos, Baggio propõe a metáfora das salas de cinema com janelas para uma abordagem amplificada e relacional do cinema documentário.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O LIVRO “DOCUMENTÁRIO – FILMES PARA SALAS DE CINEMA COM JANELAS”      

O livro é fruto de um trecho da tese de doutorado do docente, porém, para que a obra fosse finalizada e publicada, Baggio contou com o auxílio de docentes e egressos/as da Unespar, além de demais pessoas externas à instituição: Manuela Penafria (prefácio), Fernando Andacht (apresentação), Alexandre Rafael Garcia (editor e coordenador editorial), Wellington Sari (editor), Juliana Rodrigues Pereira (preparadora e revisora), Juliana Vaz (revisora), Anderson Simão (produtor executivo), Pedro Giongo (projeto gráfico e diagramação), Iara Mica e Paula Azevedo (produtoras gráficas), Christopher Faust (lançamento e distribuição), conselho editorial da Coleção Escrever o Cinema e produtora Bando à Parte (sessão do fotograma da capa a partir do filme O Espectador Espantado, de Edgar Pêra).

O livro é o 5° volume da Coleção Escrever o Cinema. No último sábado (17), durante o Festival Olhar de Cinema, aconteceu o lançamento de mais três livros da Coleção, em Curitiba. São eles: Paulo Emílio na Emergência do Cinema Novo, escrito por Pedro Plaza Pinto; Ficção Especulativa no Cinema Negro Brasileiro, escrito por Kariny Martins; e O Nacional nos Cinemas Brasileiro e Argentino – 1995 a 2002, escrito por Eduardo Dias Fonseca. Os três títulos foram editados por professores e egressos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), sob a coordenação do professor curso de Cinema e Audiovisual da Unespar, campus de Curitiba II/FAPAlexandre Rafael Garcia.

Indígenas realizam sonho de estudar, tornarem-se professores e ensinarem as tradições e cultura ancestral na escola da sua aldeia

Você já se imaginou vivendo num país estrangeiro, estudando com pessoas que possuem uma cultura diferente da sua e falando uma língua que você não entende?  Complicado. Já imaginou os perrengues que você teria que administrar? 

Vamos além: e se o país fosse o seu e você não conhecesse a língua e cultura da maioria da população? Mais complicado ainda, né?

Então, senta que lá vem história!

Em uma movimentada tarde de sexta-feira na universidade, o jovem João Victor Retahn Jeca, da etnia kayngang, encontra num corredor a professora Maranúbia Pereira Barbosa Doiron aguardando seus alunos para mais um dia de aula de Francês. 

João Victor Retahn Jeca é acadêmico do curso de Pedagogia Indígena da Unicentro (Arquivo/Unicentro)

Curioso, ele se aproximou e abordou a professora perguntando que disciplina ela lecionava. Então, ela perguntou “como vai?” na língua nativa de João Victor, que no reflexo corrigiu sua fonética de forma muito didática, explicando como era e confirmando depois que estava correto. 

A conversa continuou e na sequência Maranúbia perguntou sobre a palavra ‘nér krókré’ (gambá) e, novamente, João Victor disse que a pronúncia não era aquela e, mais uma vez, explicou como deveria ser. 

Mas o que mais chamou a atenção de João Victor foi a entonação da professora ao chamar pelo seu nome: “você não me chama como os outros”, ele disse. Isso porque Maranúbia é docente de Francês e, às sextas-feiras, leciona na Universidade Estadual do Centro-Oeste, a UNICENTRO no campus de Guarapuava, para senhoras atendidas pela Universidade Aberta à Terceira Idade, Unati, por meio do Programa Multicultural de Línguas e, ao chamar João Victor, fez sua entonação como fariam os francófonos – ‘Joau Victór’. 

E essa é a história de um jovem acadêmico indígena com uma generosa professora de Francês, que, ao final da conversa, presenteou o jovem com uma cópia da unidade do livro de Francês utilizado em suas aulas, para instigá-lo em sua curiosidade. Depois de muito hesitar, João pegou sua cópia e a levou consigo. Antes de se despedir, o acadêmico contou para a professora que segue um canal que dá dicas de Francês e que se espanta porque eles não falam como se fala o português.

Quer continuar lendo essa magnífica história? Acesse a matéria completa do Conexão Ciência aqui!

“A História é a mais importante das ciências”. A constatação é do físico Erwin Schrödinger (1887/1961), para quem, sem ela (a história), não saberíamos da ciência, como foi pensada, testada ou aplicada por seus protagonistas. A ideia do teórico austríaco nos ajuda a conhecer e entender a trajetória da vida e o resgate da obra do filósofo e matemático paranaense Newton da Costa.

Nascido em Curitiba, em 1929, Newton Carneiro Affonso da Costa criou do zero o que hoje entendemos como a lógica paraconsistente, teoria original que abriu caminho a uma nova concepção para ver e pensar o mundo, levando em conta as contradições. Ele não apresenta apenas uma, mas uma hierarquia de lógicas, infinitas lógicas paraconsistentes, inscrevendo seu nome na Filosofia da Ciência em grande estilo e inspirando muitos pensadores e pesquisadores a desenvolverem vários desdobramentos da teoria. 

Primeira Semana Brasileira de Filosofia, 1952. Newton da Costa é o segundo à direita e Miguel Reale o quinto (Acervo Newton da Costa). Disponível em aqui.

O caminho para se tornar uma referência internacional começa ainda em casa, convivendo com pessoas da família e conhecidos que despertaram no jovem o prazer e curiosidade pelas letras e artes. Formou-se em engenharia, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1952, mas ainda estava à procura da verdadeira paixão: a matemática. Para ele, a matemática e a lógica são instrumentos para entender o que é o conhecimento científico. Ao terminar a licenciatura em matemática, virou professor e pesquisador em tempo integral na UFPR, onde concluiu seu doutorado e tornou-se catedrático.

Newton da Costa aos 90 anos.
Disponível em Conexão Ciência

Nos anos 1960, migrou para o Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME/USP) e, depois, passou dois anos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), como professor titular nas duas instituições. Ainda nas décadas de 1960 e 1970, Newton da Costa, primeiro em Curitiba e depois em São Paulo e Campinas, desenvolveu e criou um grupo de pesquisadores que se notabilizaram como grandes lógicos no cenário internacional. A contribuição dele ao sistematizar a paraconsistência é fundamental e muito interessante porque não invalida a lógica tradicional e nem abandona os preceitos clássicos. 

Para dar conta de dilemas e paradoxos, a proposta dele foi trabalhar com situações e opiniões contraditórias, ao invés de descartá-las. Para chegar onde queria, Costa quis estudar a fundo a filosofia como forma de distinguir o que é o conhecimento em geral, se há conhecimento metafísico e, por extensão, o científico. 

Hoje, passando dos 90 anos, Newton da Costa continua ativo, engajado e profundamente apaixonado pela ciência, sendo reconhecido no Brasil e exterior como autor de uma teoria original criada a partir de 1958, mas muito citada e aplicada de 1976 para frente, quando finalmente ganhou o nome pelo qual ficou conhecida, a lógica paraconsistente. Costa passou a ser reconhecido como o ‘pensador da contradição’.

Graças ao seu trabalho e o reconhecimento da comunidade científica, passou por instituições da Austrália, França, Estados Unidos, Polônia, Itália, Argentina, México e Peru, seja como professor visitante ou pesquisador. Possui mais de 200 trabalhos publicados: artigos, capítulos e livros. Entre outros prêmios, ganhou o Moinho Santista e o Jabuti, em Ciências Exatas. 

Capa do livro “Logique Classique et Non-Classique”, editado em Paris, 1997.
Capa do livro “Godel’s way – Exploits into an undecidable world”, editado nos Estados Unidos, 2011.
Capa do livro “Para Além das Colunas de Hércules, uma História da Paraconsistência: de Heráclito a Newton da Costa”, editado no Brasil, 2017.

Inspiração para as novas gerações

Com essa pujante trajetória, não é de se admirar que Newton da Costa continue a angariar a admiração e respeito de pesquisadores do mundo inteiro, mais ainda no seu país e, também, no estado de nascimento. É tamanha a importância que o professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, Evandro Gomes, mostrou essa trajetória no livro “Para Além das Colunas de Hércules, uma História da Paraconsistência: de Heráclito a Newton da Costa”, resultado do doutorado em coautoria com a professora Itala Loffredo D’Otaviano, da Unicamp. 

“O título do livro alude à criação das lógicas paraconsistentes que se assemelha ao trabalho de Hércules, pois diversos autores, especialmente Newton da Costa, foram além dos limites conhecidos da logicidade, abrindo novos horizontes para a humanidade em sua aventura pelo conhecimento”, destaca Gomes em entrevista ao site Conexão Ciência.

O professor da UEM conviveu com o Newton da Costa de 1997 a 2003, período em que fez mestrado na USP. Segundo a pesquisa, o primeiro sistema lógico paraconsistente é apresentado pelo polonês Stanisław Jaśkowski (1906-1965), em 1948. Ele que foi, de fato, o primeiro a formular claramente a ideia da lógica paraconsistente, mas foi Newton da Costa, trabalhando com discípulos de Jaśkowski, quem sistematizou definitivamente as teorias do colega polonês, nos anos 1960 e 1970, ajudando-o a desenhar o pensamento proposto.

O livro, que, às vezes, pode ser confundido com um título sobre mitologia grega, recebeu Menção Honrosa no Prêmio Abeu 2018 e foi finalista, na categoria Ensaio Humanidades, do Prêmio Jabuti 2018.

Para nós do Paraná Faz Ciência, é uma grande honra registrar e reverenciar a trajetória de vida de Newton da Costa, que continua a arrebatar corações e mentes de pesquisadores da mesma forma como fazia há 60 anos. Para além da sua obra, a paixão pela ciência é o seu legado mais inspirador. 

Painel 11 – Inovação tecnológica nas visitas aos museus universitários

Para quem pensa que museu é um espaço que preserva objetos, documentos e memórias do passado, temos uma boa notícia: é isso mesmo! Mas por trás dessa ideia de guardião do passado, saibam que os museus se valem do que há de mais atual em ciência, tecnologia e inovações para organizar, documentar e preservar os acervos. E quando o assunto é museus em espaços universitários, vemos que todas as potencialidades em termos de produção e divulgação científica, além de formação, são amplamente exploradas.

Mesmo antes da pandemia, os frequentadores com olhos mais atentos dos espaços museais nas universidades estaduais e federais do Paraná já percebiam um movimento de transformação voltado para a inclusão da tecnologia nos processos de tratamento dos objetos, bem como a melhora na própria infraestrutura que os abriga. Cada vez mais, os museus se tornaram um espaço de aprendizagem e conhecimento, abusando da criatividade e interatividade propiciadas pelas tecnologias, especialmente as digitais. 

Porém, esse processo de atualização e interação com público ganhou corpo na pandemia, quando os museus se viram impedidos de sua finalidade primordial: trazer o público para conhecer e viver experiências com a história. Foi aí que se deu um grande salto, invertendo essa lógica. A ideia agora era levar o museu até às pessoas através da internet e das redes sociais. E isso acontece no mundo todo, com o Paraná incluído. 

Além da preservação da memória, os museus universitários se transformaram em espaços híbridos, com uma variedade de atividades que vão além da passiva contemplação do acervo. Para isso acontecer, vemos que toda a comunidade acadêmica, gestores, docentes e discentes estão de várias forma envolvidos na consolidação de uma nova dinâmica, que, no final das contas, tem trabalhado para a divulgação dos projetos científicos desenvolvidos nas instituições de ensino superior.

O desafio, agora, em um cenário pós-pandêmico, é continuar no mesmo ritmo, produzindo conteúdo para as redes sociais, levar os museus universitários paranaenses para além das nossas fronteiras e buscar novos públicos e parcerias. Para isso, é cada vez mais emergente a criação de uma rede estadual de museus para que sejam aportados investimentos e designados recursos humanos para a gestão dos espaços museais universitários. 

Saiba mais sobre o tema, no painel disponível abaixo, em vídeo e no nosso podcast.

Intérprete de LIBRAS: Roseli Capelário (Unicentro)

Painel 11: Inovação tecnológica nas visitas aos museus universitários
Intérprete de Libras: Roseli Capelário (Unicentro)

Saiba Mais

Painelistas

Edméia Aparecida Ribeiro

UEL

Possui graduação em História, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado e doutorado em História, pela Faculdade de Ciências e Letras de Assis (Unesp). Pós-doutorado em Ideologia de gênero, analisando a produção e divulgação do discurso antigênero no México. Atualmente, é professora associada da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e coordena o projeto de extensão Museu Histórico de Londrina como múltiplo espaço na era digital: da extensão à ação cultural e educativa.

Niltonci Batista Chaves

UEPG

Licenciado em História e especialista em Políticas Sociais, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). É mestre em História e Sociedade, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, câmpus de Assis (Unesp); doutor em Educação – História e Historiografia da Educação, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e livre-docente pela UEPG. Em 2018, assumiu a função de diretor do Museu Campos Gerais, vinculado à UEPG. Em 2020, tornou-se presidente da Associação dos Museus da Região dos Campos Gerais. 

Mayara Elita Braz Carneiro

UFPR

Possui graduação em Engenharia Industrial Madeireira, mestrado e doutorado em Engenharia Florestal, todos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É professora da UFPR na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Anatomia e Identificação de Produtos Florestais, atuando principalmente nos temas: infravermelho próximo, calibração multivariada, modificação de madeira, nanopartículas de sílica, lignina e celulose.

Alisson Svaigen

UEM

É graduado e mestre em Ciência da Computação, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Doutorando em Ciências da Computação, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela University of Ottawa, no Canadá. Técnico integrado em Informática, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR/Campo Mourão), membro do Grupo Manna de Pesquisa e Desenvolvimento de Engenharia de Computação Invisível (UEM) e do WiseMap (UFMG). Tem interesse em Redes de Computadores, Internet dos Drones e Segurança e Privacidade.

Mediador

Tiago Franklin Rodrigues Lucena

UEM

Graduado em Arte e Mídia, pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e possui especialização em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação, pela UniCesumar. É doutor e mestre em artes, na linha de pesquisa Arte e Tecnologia, pela Universidade de Brasília (UnB), trabalhando com os temas de mídias móveis, locativas, pervasivas e sencientes, no exercício da docência no curso de Comunicação e Multimeios, na Universidade Estadual de Maringá (UEM).