35ª edição do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia fez parte da programação do Paraná Faz Ciência 2022

A lista de atividades do Paraná Faz Ciência 2022 contou com a cerimônia de premiação dos dez vencedores do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, uma das principais iniciativas do Brasil de valorização e incentivo à produção científica. O evento foi realizado pelo governo do estado, 30 de novembro, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Curitiba. 

A solenidade reuniu reitores, vice-reitores, pró-reitores e outros gestores das instituições públicas de ensino superior do Paraná, estaduais e federais, além de representantes de instituições parceiras como a Superintendência Geral de Inovação do Paraná (SGI), a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).

Promovido anualmente pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o prêmio contempla duas áreas do conhecimento em cada edição, englobando mais de R$ 180 mil, com valor líquido individual que varia de R$ 9,8 mil a R$ 29,4 mil, de acordo com a categoria. Os trabalhos são avaliados por uma comissão julgadora composta por profissionais e pesquisadores de outros estados, considerados referência nas respectivas áreas de atuação.

Em sua 35ª edição, concorreram à premiação trabalhos de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, submetidos por professores, estudantes, inventores independentes e jornalistas. 

Ao todo, foram 73 inscrições homologadas, com projetos de pesquisa, extensão e inovação, além de reportagens pautadas no desenvolvimento científico e tecnológico. Em mais de três décadas, 156 pesquisadores e profissionais da imprensa foram agraciados com essa premiação.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a relevância da pesquisa científica para as demandas sociais. “É um reconhecimento da excelente produção científica empreendida pelos pesquisadores paranaenses, e também um estímulo para que nossos cientistas possam aprimorar soluções inovadoras para atender demandas regionais inseridas na realidade local e contribuir para o desenvolvimento tecnológico”, afirmou.

Premiação

Pesquisador – Os professores Celso Vataru Nakamura e Jesui Vergílio Visentainer, ambos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), conquistaram o prêmio na categoria Pesquisador, nas áreas de Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, respectivamente. O primeiro concorreu com uma pesquisa relacionada à aplicação de nanotecnologia no tratamento da Leishmaniose, doença infecciosa que causa úlceras na pele e mucosas; e o segundo com um estudo sobre a composição nutricional do leite humano.

Para os dois vencedores, a premiação é importante para o incentivo da produção científica. “Estimula ainda mais a pesquisa, com possibilidade de desenvolver soluções inovadoras para a melhoria da qualidade de vida da população, inclusive no tratamento de doenças que precisam de mais alternativas de cura, como a Leishmaniose”, enfatizou Celso.

Na opinião de Jesui, “nosso projeto é capaz de salvar vidas, pois ao transformar o leite líquido em pó, esse alimento terá mais tempo de conservação e poderá proteger a vida de bebês recém-nascidos e prematuros”. E completa: “a iniciativa do prêmio é muito importante para incentivar os pesquisadores”.

Extensionista – Contemplada na modalidade Pesquisador-Extensionista, na área de Ciência da Saúde, a professora Karina Silveira de Almeida Hammerschmidt, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), desenvolveu um projeto de extensão para o enfrentamento da disseminação e controle do novo coronavírus, especificamente para instituições de longa permanência para idosos.

Já a professora Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, da UEM, conquistou a premiação no campo das Ciências Exatas e da Terra, com um projeto de extensão chamado Manna – Ecossistema de Educação 5.0. A iniciativa acadêmica promove ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação nas áreas de Robótica e Internet das Coisas (IoT), para professores e estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas.

Estudante de Graduação – Na área das Ciências da Saúde, categoria Estudante de Graduação, a vencedora foi Vitória Maciel Delai, aluna do Curso de Farmácia, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel. Ela desenvolveu um estudo sobre uma enzima capaz de reaproveitar e produzir açúcar para aplicação industrial.

Na mesma modalidade, no campo das Ciências Exatas e da Terra, o estudante do Curso de Química da UEM, Rogério dos Santos Maniezzo, conquistou a premiação com um trabalho acadêmico sobre a remoção de poluentes em resíduos industriais.

Inventor independente – A ortodontista Emily Tiemy Ito, do município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, venceu como inventora independente na área de Ciências da Saúde. Ela desenvolveu um produto chamado Seru (sigla para Sistema de Encaixe Recíproco Universal), voltado para mercados como o de cosméticos. A solução pretende estabelecer um novo sistema de consumo e atender demandas da indústria e do varejo.

Mestre em Biotecnologia, Ailton Pereira, de Londrina, na região Norte do Paraná, conquistou a premiação como inventor independente, no campo das Ciências Exatas e da Terra. Ele desenvolveu um processo inovador para a produção de um biopigmento bacteriano, a partir de resíduos agroindustriais. Esse biopigmento poderá ser usado para colorir e aplicar bioativos em fibras têxteis e produtos cosméticos.

Jornalismo Científico – Os profissionais da imprensa Niomar Pereira e Guilherme Gonçalves foram vencedores na categoria Jornalismo Científico, em Ciências da Saúde e Ciências Exatas e da Terra, respectivamente. Repórter do “Jornal de Beltrão”, no Sudoeste do Paraná, Niomar escreveu uma série de reportagens sobre defensivos agrícolas e saúde com destaque para a importância dos mananciais hidrográficos para a população. Guilherme, que atua no portal de notícias Plural, de Curitiba, conquistou o prêmio com uma matéria sobre os fenômenos da escassez de água.

Prime 2022 

Na oportunidade, o Governo entregou certificados aos cinco finalistas do Programa de Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime) – Edição 2022. Idealizado pela Seti, esse programa tem como objetivo a transformação de inovações desenvolvidas por pesquisadores das instituições de ensino superior do Paraná em produtos e serviços. A ideia é viabilizar a abertura de empresas e novos negócios, o licenciamento para a produção e comercialização de tecnologias e a transferência tecnológica.

Classificada em primeiro lugar, a professora Érika Seki Kioshima Cótica, do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Fisiopatalogia da UEM, desenvolve uma pesquisa sobre moléculas antifungicidas. “Essa molécula pode ser aplicada no controle de infecções causadas por fungos, com impacto na saúde humana e animal, além de alimentos e agricultura. O intuito é articular parceria com uma empresa que possa inserir o produto no mercado e, assim, melhorar os índices de saúde da população”, explicou.

Os demais finalistas do Prime 2022 são: 2º lugar – Ulisses de Pádua Pereira, professor do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com uma pesquisa sobre diagnóstico de bioinformações aplicadas; 3º lugar – Renata Katsuko Takayama Kobayashi, professora do Departamento de Microbiologia da UEL, com a proposta de um gel antimicrobiano com óleo essencial de orégano e nanopartícula de prata; 4º lugar – Glauco Vieira Miranda, professor do Curso de Agronomia na UTFPR – Câmpus Santa Helena, com o projeto de uma fazenda urbana tecnológica; e 5º lugar – Péricles Inácio Khalaf, professor do Departamento de Química da UTFPR – Câmpus Pato Branco, com um protótipo de fertilizantes minerais.

Além dos classificados, a Seti concedeu uma menção honrosa para Renata Aparecida Candido da Silva, do município de Rolândia, Norte do Paraná. Estudante de Enfermagem, ela participou do Prime 2022 com um simulador para treinamento de profissionais de saúde em procedimentos de hemodiálise. A solução tem como objetivo reduzir os riscos em pacientes com insuficiência renal.

Assinaturas – Durante o evento também foram assinados dois atos governamentais, no âmbito do Prime 2022 e do Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia. O primeiro documento consiste em um edital para que empresas paranaenses possam licenciar, produzir e comercializar soluções tecnológicas com potencial de mercado, entre os projetos da segunda fase do Prime deste ano. O segundo autorizou a 36ª edição da premiação.

Em 2023, as áreas previstas para o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia são Ciências Agrárias e Ciências Humanas e Sociais. Os trabalhos concorrentes devem contemplar, nas respectivas áreas, campos do conhecimento específicos, como: Administração, Agronomia, Antropologia, Arquitetura e Urbanismo, Comunicação, Direito, Economia, Educação, Filosofia, Geografia, História, Medicina Veterinária, Psicologia, Recursos Florestais, Sociologia, Tecnologia de Alimentos, Zootecnia, entre outros.

Talk Show: Histórias das transformações no território Paranaense

A atual quarta economia do Brasil, conta com diversas etnias que definem a pluralidade do estado do Paraná. Imigrantes alemães, poloneses, ucranianos, italianos, portugueses, holandeses, espanhóis, árabes, argentinos e japoneses, além dos indígenas que já habitavam o território, formam a miscelânea do povo paranaense.

A ocupação do território que hoje corresponde ao Estado do Paraná data do início do século XVI. A região era ponto de exploração de madeira. No século seguinte, portugueses e paulistas começaram a entrar na chamada Província de São Paulo à procura de índios para o trabalho escravo e ouro.

As transformações surgiram com a emancipação política, em 1854, e o incentivo do governo à colonização com intensa imigração de europeus.

Os fluxos migratórios com destino ao Paraná intensificaram as grandes mudanças econômicas, sociais, climáticas, entre outras, para estabelecer a agropecuária como a principal característica do Estado.

Todo esse patrimônio histórico e cultural está registrado através de pesquisas arqueológicas no Museu Paranaense (MUPA) que guarda a memória das transformações do território paranaense, com base nos achados de populações humanas. 

Entre outros temas, o Museu dos Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR), também é uma rica fonte de informações sobre o povo do Paraná e revela três pontos indissociáveis dessa trajetória que são a ocupação dos Campos Gerais, o Tropeirismo e a escravidão negra. 

[SNCT 2022] Histórias das Transformações no território Paranaense

Convidados

Cláudia Inês Parellada 

Arqueóloga coordenadora e pesquisadora do Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), é doutora em Arqueologia pela Universidade de São Paulo, mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Paraná (1997) e geóloga pela UFPR.

Ilton Cesar Martins  

Graduado em História e especialista em História do Brasil pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar), é mestre e doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Paraná e pós-doutor em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, com bolsa da Capes. Foi professor Adjunto na Unespar e atualmente é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Apresentadora

Vanessa Ishikawa Rasoto

Graduada em Administração pela Faculdade Católica de Administração e Economia, tem mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná e doutora em Engenharia da produção – Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba, professora permanente do mestrado do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (mestrado profissional – disciplina: Habitats de inovação). Foi vice-reitora (gestão 2016-2020), assessora para Assuntos Estudantis da Reitoria, diretora da Agência de Inovação e coordenadora do Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR.


Talk Show: Década do Oceano 

A saúde oceânica precisa de ajuda. Desafios e soluções globais para restaurar e conservar a biodiversidade marinha e costeira fazem parte da Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas, que estabelece, entre outras metas, a Década do Oceano.

O arrojado plano mundial da Década exige da ciência oceânica todo conhecimento para reverter o enfraquecimento do sistema marinho e estimular novas oportunidades para o desenvolvimento sustentável desse enorme ecossistema.

Com participação ativa e bastante colaborativo, o Plano Nacional de Implementação da Década é o principal instrumento de planejamento das ações a serem executadas para atender a necessidade de atuação em prol da saúde oceânica. 

Do local ao global, o Plano é para todas e todos e os processos são construídos com diferentes setores da sociedade, que representam a diversidade sociocultural e ambiental brasileira. Cientistas, institutos de pesquisa, organizações intergovernamentais e não governamentais, nações, indivíduos, profissionais, setor privado, povos indígenas, detentores de conhecimentos tradicionais, educadores, estudantes, esportistas dos mares, artistas e muitos outros, estão todos convocados para as oficinas nacionais em todas as regiões.

Vale lembrar que os oceanos são fonte emissora de oxigênio, responsável pela estabilidade climática, minérios e combustíveis fósseis (como o petróleo e o gás), segurança alimentar por meio da pesca, além de permitir a comunicação entre os países e manter a rica biodiversidade fundamental para a vida no planeta. 

No ambiente costeiro paranaense, os cientistas atuam na geração de conhecimento sobre os mais variados aspectos da biodiversidade e do funcionamento do ambiente marinho. Alinhadas ao Plano Nacional, as iniciativas contam com a tecnologia e a inovação, e estão voltadas para o desenvolvimento da economia sustentável do oceano, como a biotecnologia e maricultura, a disseminação do conhecimento e o auxílio à sociedade, por exemplo, por meio do terceiro setor, promovendo e implementando ações para transformar o mundo marinho em um oceano sustentável.

Para atender as prioridades estabelecidas internacionalmente,  a Universidade Federal do Paraná lançou a Coalizão UFPR pela Década dos Oceanos em parceria com a Unesco.  Nesse processo inicial, o desafio é mapear as ações em colaboração à Década e incluir a universidade como protagonista regional e internacional. A ação começou a partir de uma articulação do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros Oceânicos e direcionada a todos os programas.

[SNCT 2022] Década do Oceano

Convidada

Camila Domit

Graduada em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) pela Universidade Estadual de Londrina, possui mestrado e doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É pesquisadora e responsável pelo Laboratório de Ecologia e Conservação e pelo Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de saúde de fauna marinha da UFPR. 

Apresentadora

Vanessa Ishikawa Rasoto

Graduada em Administração pela Faculdade Católica de Administração e Economia, tem mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná e doutora em Engenharia da produção – Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba, professora permanente do mestrado do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (mestrado profissional – disciplina: Habitats de inovação). Foi vice-reitora (gestão 2016-2020), assessora para Assuntos Estudantis da Reitoria, diretora da Agência de Inovação e coordenadora do Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR.


Talk show: Conheça projetos de extensão da Universidade Estadual de Maringá, que abordam a produção científica e a divulgação do que é produzido nas universidades do Paraná.

Fazer ciência é absolutamente indispensável. Isso é fato. A influência no nosso cotidiano é tão grande que sequer dá para imaginar como seria o mundo sem a colaboração da ciência ao longo da história da humanidade. É ela a grande responsável pelas enormes transformações tecnológicas e nossa fantástica evolução. 

Vivemos diariamente os impactos da ciência e nem sempre nos damos conta. É preciso produzir conhecimento científico sempre, no entanto, nos últimos anos, a grande questão dos cientistas é como fazer o resultado dessa produção chegar a diversas camadas da sociedade de forma clara e de fácil entendimento. Eis que entra em ação a divulgação científica. 

No Brasil, principalmente no período pandêmico da Covid-19, a divulgação científica foi o grande destaque na tradução dos desdobramentos da ciência e seus impactos na vida da população. 

Comunicadores ou divulgadores científicos foram os responsáveis por tornar conhecidas, pelo grande público leigo, as descobertas da ciência traduzidas em linguagem simples e direta.

A popularização da ciência se fez ainda mais necessária diante da grande disseminação da desinformação sobre a doença, conceitos científicos e tomada de decisões. 

Cientistas e divulgadores paranaenses participam ativamente de todo esse processo e caminham a passos largos com o objetivo de instruir, contribuir para a educação e inspirar pessoas a seguir a carreira científica. 

Entrelaçadas desde seus primórdios, ciência e sociedade não sobrevivem separadas. Essencial e acessível, vivemos cercados de ciência por toda parte. 

Mais uma vez, Gilberto Gil traduz nosso anseio quando diz na canção Queremos Saber: Queremos saber / O que vão fazer / Com as novas invenções / Queremos notícia mais séria / Sobre a descoberta da antimatéria / E suas implicações / Na emancipação do homem / Das grandes populações / Homens pobres das cidades /
Das estepes, dos sertões

Divulgação Científica – Como e por quê?

Convidadas

Débora de Mello Gonçales Sant’ana

Graduada em Pedagogia e Farmácia, Mestre e Doutora em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), é especialista em Bioética Clínica pela Cátedra da UNESCO. Foi laureada com o Prêmio Paranaense de Ciência e Tecnologia, como Pesquisadora Extensionista em 2016. É professora associada na graduação da UEM no Centro de Ciências Biológicas, na área de Morfologia para cursos de Saúde, na pesquisa em Neurogastroenterologia Experimental e na Extensão Universitária em Divulgação Científica com foco em Neurociências e em ações de Projetos de Extensão vinculados ao Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM (MUDI).

Eliane Papa Ambrosio Albuquerque 

Possui graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado/Licenciatura) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Genética) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho- UNESP; sendo parte do doutorado desenvolvido no Hospital AC Camargo (SP), na área de genética oncológica. Áreas de atuação: Genética Humana e Médica e Biologia Molecular. Participou do projeto de implantação de exames genéticos de auxílio diagnóstico no Laboratório São Camilo – Biotecnologia pelo edital RHAE-CNPq e do projeto de Extensão Citogenética Clínica (2012-2014). Possui pós-doutorado em Imunogenética e atualmente é professora colaboradora na UEM.

Apresentadora

Ana Paula Machado Velho

É pós-doutora em Arte e Tecnologia (LArt) pela Universidade de Brasília (UnB), como bolsista do CNPq, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como bolsista da CAPES. Atuou na Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM) e jornalista da Assessoria de Comunicação Social da UEM. Foi jornalista responsável pela assessoria de comunicação do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), da Universidade Estadual de Maringá.


Talk show: O universo da produção artística na vida cotidiana

Arte e ciência caminham juntas desde sempre. O raciocínio lógico exigido pela ciência e a criatividade e capacidade de reflexão e abstração essenciais na arte fazem muito sentido quando conectados, sendo cada dia mais imprescindível em um mundo cada vez mais complexo.

Estudos comprovam que a arte desenvolve a cognição do indivíduo em várias áreas do conhecimento, desenvolve a capacidade de raciocinar sobre imagens científicas, melhora a capacidade de interpretação de textos e aumenta a qualidade da organização da escrita. De mãos dadas com a arte, o conhecimento científico se permite experimentar linguagens e técnicas diferentes e ampliar as conexões com outros e saberes que impactam nosso dia a dia, firmando uma relação intrínseca. 

Cientistas grandiosos, como Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, por exemplo, transitaram livremente pela conexão entre a ciência e a arte, ao promover o conhecimento e comunicar de formas diversas, deixando legados inestimáveis para a humanidade.

Cotidianamente, a arte é capaz de redimensionar a visão de mundo para que a ciência se manifeste diretamente em nossas vidas. O aprofundamento da relação entre arte e ciência em projetos de pesquisa e nas mais diferentes áreas acadêmicas, vem sendo discutida e cada dia mais aplicada na educação. 

Na década de 1990, surgiu nos Estados Unidos o movimento STEM (acrônimo em inglês para science, technology, engineering and mathematic) para identificar ações ou práticas educacionais que envolvessem as disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Com resultados positivos, pesquisadores perceberam que a arte deveria ser integrada às demais áreas, dando origem ao movimento STEM to STEAM que defende uma educação sem barreiras entre as disciplinas e promova a criatividade e a inovação. 

No Brasil, a interação entre arte e ciência ainda é ambígua. Até então, há grande desconhecimento da influência da arte, inclusive no meio acadêmico, além de pouquíssimo investimento por parte das agências de fomento. A maioria das instituições se limita a promover ou incentivar alguns poucos e segregados projetos de extensão.Vivemos cercados de arte e de ciência. E como diz a canção A Ciência em Si, de Gilberto Gil, “se a crença quer se materializar tanto quanto a experiência quer se abstrair, a ciência não avança, a ciência alcança a ciência em si”.

[SNCT 2022] Ciência, Arte e Cotidiano

Convidados

Tiago Franklin Rodrigues Lucena

É mestre e doutor em Artes, na linha de pesquisa Arte e Tecnologia na Universidade de Brasília (UnB), com os temas de mídias móveis, locativas, pervasivas e sencientes. Possui graduação em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (PB) e especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação, pela UniCesumar. Atualmente é professor do curso de Comunicação e Multimeios na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

André Luis Rosa 

Performer, ator, dançarino, encenador e educador em arte, possui doutorado em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra. Tem mestrado em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia e licenciatura em Educação Artística (Dança e Teatro) pela Universidade Estadual Paulista.

Apresentadora

Ana Paula Machado Velho

É pós-doutora em Arte e Tecnologia (LArt) pela Universidade de Brasília (UnB), como bolsista do CNPq, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como bolsista da CAPES. Atuou na Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM) e jornalista da Assessoria de Comunicação Social da UEM. Foi jornalista responsável pela assessoria de comunicação do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), da Universidade Estadual de Maringá.


Talk show: A Descoberta do pré-sal e os avanços da ciência na área geológica

Sem inovação tecnológica, o Brasil não teria o cobiçado ouro preto. A enorme reserva de petróleo e de gás natural encontrada em profundas águas brasileiras foi descoberta com o avanço das geociências, das engenharias e o desenvolvimento de tecnologias próprias. 

As universidades e os centros de pesquisa tiveram papel inestimável em todo processo operacional desde a descoberta até a exploração e produção do óleo encontrado a mais de seis mil metros abaixo do nível do mar, sob uma larga e espessa camada de sal que pode chegar a dois mil metros.

Localizado na faixa litorânea brasileira entre Espírito Santo e Santa Catarina, o petróleo encontrado nessa região é de excelente qualidade, tem alto valor comercial e nos coloca numa posição estratégica, principalmente ao se falar da grande demanda de energia mundial.

O Paraná, desde o período imperial, chama a atenção pelos seus recursos geológicos e foi um dos primeiros estados brasileiros a ter o curso de Geologia. Nesse sentido, pesquisadores paranaenses participaram e ainda participam ativamente dos trabalhos do pré-sal, com excelente gestão de resultados na fronteira petrolífera do país. 

De volta à geologia e com o intuito de resguardar esse patrimônio natural, entra em cena o Museu de Ciências Naturais da Universidade Estadual de Ponta Grossa UEPG/PR), que conta com um importante e raro acervo com muitos anos de história. 

O museu universitário é palco para a integração entre pesquisa, ensino e extensão das ciências da natureza e para a popularização do conhecimento da biodiversidade e da geodiversidade tão importantes para a evolução humana.

Convidados

Anelize Bahniuk Rumbelsperger

Graduada em Geologia pela Universidade Federal do Paraná (2004), possui mestrado em Geologia Exploratória pela Universidade Federal do Paraná (2007) e doutorado em Ciências Naturais pelo Swiss Federal Institute of Technology em Zurique, Suíça (ETHZ). É pesquisadora convidada para o Curso Geoquímica Isotópica em CALTECH (USA) e participante do Curso de Geobiologia promovido pela NASA e Agouron Instituto.

Antonio Liccardo 

Graduado em Geologia pela Universidade Federal do Paraná, tem mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais e doutor em Ciências Naturais pela Universidade Federal de Ouro Preto. É professor associado no departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR). Experiência na área de Geociências, com ênfase em Mineralogia, Gemologia, História da Mineração e Geopatrimônio, Geoturismo e Geoconservação.

Apresentadora

Vanessa Ishikawa Rasoto

Graduada em Administração pela Faculdade Católica de Administração e Economia, tem mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná e doutora em Engenharia da produção – Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba, professora permanente do mestrado do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (mestrado profissional – disciplina: Habitats de inovação). Foi vice-reitora (gestão 2016-2020), assessora para Assuntos Estudantis da Reitoria, diretora da Agência de Inovação e coordenadora do Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR.


Talk Show – As características dos diferentes ciclos de vida das tecnologias vinculadas a distintos momentos da história das sociedades

Desde seus primórdios, o homem busca melhores formas de vida com invenções que facilitem sua existência. Ferramentas de caça, a descoberta do fogo e a criação da roda são alguns exemplos clássicos de tecnologias que deram o start na evolução incessante da humanidade.

Da era primitiva até o antropoceno muita coisa mudou com novas tecnologias e impactos sociais, econômicos, ambientais, entre muitos outros. 

Sobre as implicações, aplicações, tempo de uso e outros aspectos, o professor doutor da Universidad Nacional de la Patagonia Austral (Argentina), Jorge Kulemeyer foi o primeiro palestrante convidado da 19ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, realizada entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro de 2022, com tema o “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”. 

No talk show intitulado “Educação, Arte, Tecnologia e Inovação no Bicentenário” o professor Kulemayer avaliou ganhos e perdas de estruturas econômicas, ideológicas, e outras mais em diferentes épocas da história da civilização tendo a tecnologia como veículo de transformação da sociedade. O professor chama atenção para o que ele define como grande desafio que é se preparar para as mudanças futuras, principalmente na educação de nível superior. 

Para o especialista, a hiperconectividade proporcionada pela tecnologia digital pode acelerar a produção científica e a tomada de decisão. Mas há que se preparar para enfrentar os diferentes imigrantes e os nativos digitais para garantir ensino e pesquisa de qualidade numa sociedade virtual.

[SNCT 2022] Educação, Arte, Tecnologia e Inovação no Bicentenário

Convidado

Jorge Kulemeyer

Formado em Antropologia, com habilitação em Arqueologia pela Universidad Nacional de La Plata, Argentin, é diplomado em estudos aprofundados de Geologia do Quartenário pelo Institut de Géologie du Quaternaire, Université de Bordeaux I, França. Possui doutorado (Ph.D.) pela Universität zu Köln, Alemanha e pós-doutorado na Universidade Federal de Goiás, Brasil. Foi professor titular de graduação e pós-graduação na Universidad Nacional de Jujuy (Argentina) e diretor de cursos de mestrado e doutorado. Atualmente é professor da Universidad Nacional de la Patagonia Austral (Argentina) e diretor do doutorado em Ciências Sociais e Humanidades.

Apresentadora

Vanessa Ishikawa Rasoto

Graduada em Administração pela Faculdade Católica de Administração e Economia, tem mestrado em Administração pela Universidade Federal do Paraná e doutora em Engenharia da produção – Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professora titular da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Curitiba, professora permanente do mestrado do Programa de Pós-graduação em Planejamento e Governança Pública (mestrado profissional – disciplina: Habitats de inovação). Foi vice-reitora (gestão 2016-2020), assessora para Assuntos Estudantis da Reitoria, diretora da Agência de Inovação e coordenadora do Programa de Empreendedorismo e Inovação da UTFPR.


Abertura: A Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação começou com boas novas

No ar o Paraná Faz Ciência 2022. Em comemoração aos dois séculos de soberania do Brasil, a Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) e a Fundação Araucária (FA), professores e técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), promoveram a edição paranaense da 19ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT&I), sob o tema “Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil”. 

O evento aconteceu entre 29 de novembro e 1º de dezembro de 2022, com toda programação exibida pela Universidade Virtual do Paraná (UVPR). Com a participação de diversos especialistas, os talks shows foram gravados na Biblioteca Pública do Paraná. 

Transmitida ao vivo, a abertura do evento contou com a presença de diversas autoridades que aproveitaram o momento de celebração para anunciar as novidades na área de ciência, tecnologia e inovação no estado. 

O coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Pelegrina, abriu o evento falando da alegria em poder contar com a parceria da UEM e com o apoio da Fundação Araucária para viabilizar a divulgação da produção científica das sete universidades estaduais.

Renê Wagner Ramos, assessor de Assuntos Culturais, da coordenadoria de Ensino Superior da Seti, ressaltou a importância de cientistas e pesquisadores para a sociedade.

A professora doutora da UEM, Débora de Mello Gonçales Sant’Ana, uma das coordenadoras da SNCT&I e coordenadora do Paraná Faz Ciência (PRFC), fez o lançamento oficial da plataforma que reúne as informações sobre todo o cenário de ciência, tecnologia e inovação do Estado. A professora lançou também o ebook Memórias do C2 que resgata várias reportagens do Conexão Ciência que integra, a partir de 2023, o PrFC.

Representando o presidente da Fundação Araucária (FA) Ramiro Wahrhaftig, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FA, Luiz Marcio Spinosa, apresentou as principais ações na área de CT&I que colocarão o estado do Paraná no patamar de maior valorização da ciência, criando riqueza, qualidade de vida para a população e tornando o Paraná mais competitivo e sustentável. Fechando com chave de ouro, o superintendente da Seti, Aldo Nelson Bona, anunciou que já está em andamento o projeto que disponibiliza toda essa gama de informações do PrFC para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), dentro do museu interdisciplinar Parque da Ciência.

[SNCT 2022] Abertura do Paraná faz Ciência