Painel 3 – Mulheres cientistas, a diversidade em ação

São muitos os caminhos que levam as mulheres a abraçarem a ciência… para expressá-la e professá-la na docência, pesquisa ou extensão. Partindo das trajetórias pessoais, passando pelas experiências em sociedade até o encantamento e dilemas com o mundo que as cercam, as mulheres deitam seu melhor olhar para a realidade e transformam em ações, ancoradas na ciência, seus desejos e anseios.

É o que nos mostra o Painel 3 da 18ª Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação, intitulado “Mulheres cientistas, a diversidade em ação”, do Paraná Faz Ciência de 2021, disponível abaixo. No mês de celebração da ciência e tecnologia, sempre em outubro de cada ano, vemos que as mulheres cresceram em diversidade de representação e, também, em ações e querem aparecer. 

A história nos mostra que as mulheres têm enfrentado com excelência todos os desafios que a sociedade impõe. E, na vida acadêmica, não tem sido diferente. Não é à toa que, em muitas instituições de ensino superior, públicas ou privadas, a produção científica tem mulheres como protagonistas, revelando a determinação e resiliência do gênero, que já representa mais da metade da população brasileira, e também mundial.

Mas uma mulher que abraça a ciência não quer guerra com ninguém. Ela quer seu espaço, direito a investimentos para pesquisar e oportunidades para devolver à sociedade todo o saber desenvolvido na academia. 

E muitas estão logrando sucesso nessa empreitada, olhando para si, para os outros, para a terra ou espaço, para o presente, passado ou futuro. O melhor de tudo é que ao ouvir suas trajetórias, muitas outras mulheres podem se inspirar a trilhar o mesmo caminho que as desbravadoras, inspirando ações que revolucionam a vida de outras mulheres no futuro e até na própria sociedade.

Intérprete de LIBRAS: Josiane Sant’Ana Bandeira (Unicentro)

Painel 3:  Mulheres cientistas, a diversidade em ação
Intérprete de Libras: Josiane Sant’Ana Bandeira (Unicentro)

Saiba Mais

Painelistas

Roberta Ekuni de Souza

UENP

Graduada em Psicologia, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestre em Ciências e doutora em Ciências, pela Universidade Federal de São Paulo (USP), com período sanduíche no Memory Lab, da Washington University, in St. Louis (EUA). É professora na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), docente do Programa de Mestrado em Educação (PPEd) e coordena o “Grupo de Estudos em Neurociência”, na UENP, com várias ações de divulgação científica. 

Rita de Cássia dos Anjos

UFPR

Possui graduação em Física Biológica, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e mestrado e doutorado em Física, pela Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos – SP. É professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Setor Palotina. É membro do Observatório de Raios Cósmicos Pierre Auger, em Malargue, na Argentina, e do Observatório Cherenkov Telescope Array (CTA). Em 2020, foi vencedora do prêmio Programa para Mulheres na Ciência, promovido pela L’Oreal Brasil, Unesco Brasil e Academia Brasileira de Ciências.

Sheilla Patrícia Dias de Souza

UEM

Possui graduação em Educação Artística, pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU); mestrado em Artes Visuais, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); mestrado em Metropolis La Cultura de La Ciudad – Universitat Politecnica de Catalunya, Espanha; e é doutora em Estudos da Linguagem, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente, é professora no curso de Artes Visuais, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Clemilda Santiago Neto

SEED-PR

Tem licenciatura em História, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); especialização em Pedagogia para o Ensino Religios,o pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Educação Patrimonial (UEPG). Trabalha, desde 2015, na Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) como Técnica Pedagógica, no Departamento da Diversidade e Direitos Humanos, na Equipe de Educação das Relações Étnico Raciais e Escolar Quilombola.

Géssica Nunes

UEM

Graduada em Letras, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), é professora na Escola Estadual Indígena Yvy Porã. Especialista em Gestão Escolar Indígena, coordena o projeto Patrimônio Cultural e Geração de Renda, pela UEM. Administra como comunicadora o perfil do Instagram Universidade Território Indígena. Pertencente à etnia Guarani Nhandewa, atua como palestrante indígena nos temas de relevância para o campo da Educação Indígena.

Mediadora

Linnyer Beatrys Ruiz Aylon

UEM

Graduada em Engenharia de Computação, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); e doutorado em Ciências da Computação, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro) e atua como membro do Comitê de Mulheres em Tecnologia, da UEM.


Lançamento oficial do Paraná Faz Ciência

Há quase duas décadas, outubro foi instituído o Mês Nacional da Ciência e Tecnologia, quando professores, pesquisadores e gestores das instituições públicas de ensino superior, órgãos governamentais e de fomento realizam diversos eventos e atividades para propagar e promover a divulgação científica no país. Com a pandemia, a 18ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT) adotou o formato remoto, mas não perdeu a essência. 

No Paraná, dez instituições públicas de ensino superior estiveram diretamente envolvidas na realização da edição on-line da SNCT, com o evento Paraná faz Ciência: Mês da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Nesta edição de 2021, a Semana Nacional teve como eixo central “A transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta”. O objetivo foi mostrar que o Paraná também faz ciência de qualidade, com transversalidade e transdisciplinaridade, volume e qualidade.

Foram mais de 21 horas de programação ao vivo, transmitindo painéis, debates e lançamentos de projetos envolvendo 78 participantes das mais diferentes áreas do conhecimento, que contou com intérpretes de Libras para aumentar o alcance dos conteúdos a todos os públicos.  Coordenado pela Superintendência Geral de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior (Seti-PR), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Virtual do Paraná (UVPR), o evento contou com o apoio da Fundação Araucária.

A Araucária é uma das 26 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) do Brasil, faz parte do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e busca o desenvolvimento social, econômico e ambiental do estado do Paraná, por meio de investimentos em ciência, tecnologia e inovação. 

Participaram do lançamento oficial o reitor da UEM, Julio César Damasceno; o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig; e Aldo Nelson Bona, superintendente da Seti, com mediação da professora Débora de Mello Sant’Ana, pró-reitora de Extensão e Cultura da UEM. Assista à cerimônia de abertura no vídeo disponível abaixo.

Intérprete de LIBRAS:  Suellen Fernanda de Quadros Soares (TILS) (Unicentro)

Lançamento oficial do Paraná Faz Ciência
Intérprete de Libras: Suellen Fernanda de Quadros Soares (TILS) (Unicentro)

Saiba Mais

Participantes

Julio César Damasceno

UEM

Formado em Zootecnia, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), é mestre em Zootecnia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e doutor em Agronomia (Energia na Agricultura), pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Atualmente, é professor do Departamento de Zootecnia da UEM e cumpre mandato de reitor. 

Ramiro Wahrhaftig

Fundação Araucária

É engenheiro civil formado pela UFPR, com mestrado em Planejamento Energético, pela UFRJ, e doutorando em Tecnologia e Inovação, na Universidade de Tecnologia de Compiègne – UTC, França. Interrompeu seus estudos em 1995 para assumir a pasta de secretário de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR). É pesquisador visitante na Universidade do Texas, em Austin, EUA, onde é Research Fellow do IC2 Institute. Atualmente, é presidente da Fundação Araucária.

Aldo Nelson Bona

Seti-PR

Graduado em Filosofia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); mestrado em Educação, pela Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), em Convênio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e doutorado em História, pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É professor da Unicentro e, atualmente, exerce a função de Superintendente Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná (Seti-PR).

Mediadora

Débora de Mello G. Sant’Ana

UEM

Graduada em Farmácia e Pedagogia, com mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Celular), pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Possui especialização em Bioética Clínica, pela Cátedra da UNESCO.  É professora da UEM e pró-reitora de Extensão e Cultura (PEC/UEM). Foi coordenadora do evento Paraná Faz Ciência. 


Vamos descobrir o que é e saber se você já comeu ou usou 

Você sabe dizer o que é ou o que são chips? Olha isso! Até nessa hora o português faz diferença. “Chips é, chips são…”

Na real, o termo chip vem do inglês antigo (ou arcaico) ‘ċipp’, que significa ‘lasca de madeira’. São os pedacinhos que surgem quando se corta um tronco, por exemplo. Então, pequenas coisas como estilhaços, fragmentos em geral, moedas, batatas e os pequenos dispositivos eletrônicos são chamados de ‘chip’. Ou seja, você já deve ter comido e, com certeza, usado muitos chips!

E por que todo esse papo sobre chip? Para falar mais sobre outro assunto que tem tudo a ver com a nossa vida: a ciência. É ela que faz tudo acontecer e para saber mais, tem uns vídeos bem bacanas chamados Hora da Ciência que podem ser acessados pelo canal do YouTube do Conexão Ciência.

O Conexão Ciência, ou C², é um projeto da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que mostra tudo o que os cientistas da Universidade estão aprontando. O Hora da Ciência foi pensado para jovens e crianças curiosas como todo e qualquer cientista que sempre quer saber como algo funciona ou pode ser melhorado para ajudar a vida da gente.

Todos os anos, no mês de outubro, o Paraná comemora a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (SNCT). Na edição de 2021, o Hora da Ciência apresentou cinco lives no evento para falar do assunto de forma mais leve e fácil de entender. Essa ideia foi da “profe” Linnyer Ruiz Aylon, que fala no primeiro vídeo sobre a área da tecnologia. Lá, ela conta suas aventuras para se tornar cientista, fala da carreira e do Projeto Manna Team, que você PRECISA conhecer! Confere o squad goals e, depois, fala pra gente aqui do C². 

A diva e professora conta que, ainda pequenininha, com apenas quatro aninhos, já sabia ler, queria ser cientista, ter uma Kombi vermelha e um filho chamado Laranja, mds!

Ela conta várias histórias top de como se tornar cientista, como a ciência é importante na nossa vida, como conheceu o mundo e o que ela fez para ser uma cientista que comanda todos os pesquisadores do Brasil que fazem chips

Chega de spoiler! Vamos stalkear o C², o Hora da Ciência e lacrar cazamigas, brothers e contatinhos. 

Confira aqui o vídeo do Hora da Ciência e saiba mais sobre os chips

Papo sério sobre a “profe”

Presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro), coordenadora do Comitê de Assessoramento de Microeletrônica do CNPq e bolsista do CNPq. Possui graduação em Engenharia de Computação, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), mestrado em Engenharia Elétrica e Informática Industrial, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e doutorado em Ciências da Computação, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Participa de diversos comitês e conselhos, entre eles o Comitê da Área de Tecnologia da Informação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Comitê Assessor de Área da Fundação Araucária; Conselho Administrativo da Evoa Aceleradora de startups; e do Laboratório de Internacionalização Capes/Fulbright, entre outros. É assessora na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UEM e líder do Ecossistema Manna Team e do Programa PAT (Mulheres em Microeletrônica), da SBMicro.


Painel 2 – A transversalidade da ciência e tecnologia nos espaços culturais universitários

Enquanto você navega neste site, lê esse texto e consome os conteúdos aqui inseridos, saiba que muitas pessoas investiram seu tempo, vivências e saberes para transformar em virtual o acesso a uma representação do real. Assim como a tecnologia, a ciência também é profundamente social e reflete as demandas e os anseios de cada um de nós. Por isso, é praticamente impossível não associar às discussões entre ciência, arte e cultura uma transversalidade e interdisciplinaridade que se manifestam nos espaços universitários.

Agora, você já imaginou, por um segundo que seja, como teria sido atravessar a pandemia do coronavírus sem livros, música, filmes, séries, games, redes sociais, visitas e shows virtuais, lives, podcasts, streamers, reacts e todos os produtos culturais gerados através da World Wide Web (www)? E, justiça seja feita: para além da vacina, a academia não ficou nada a dever na produção e divulgação de conteúdos na internet, transformando seus cientistas em artistas. Ou seria artistas em cientistas? 

Neste painel, você vai descobrir que nos seus primórdios, a academia contemplava o ensino das artes como fundamental para contrapor e complementar as chamadas artes “duras” como matemática, física, química, entre outras ciências exatas. A música, a dança, fotografia, cinema, teatro, as artes “moles”, englobadas nas ciências humanas, passaram a incorporar em suas produções saberes de outras disciplinas. Assim, temos, hoje, o que os especialistas e pesquisadores classificam, nesse novo arranjo, como artes digitais, um novo ramo de produção científica que busca sistematizar, produzir e conectar o público por meio das novas tecnologias, também digitais em sua gênese. 

Nos espaços culturais universitários, os centros e museus, por exemplo, se valeram desse impulso do digital para disponibilizar seus conteúdos e acervos, além de incrementar uma nova frente de formação de docentes e, assim, atrair novos públicos. É um movimento que veio para ficar, criando uma dinâmica que transforma o museu em um espaço de diálogo aberto e de transversalidade de saberes.

Já há amplo consenso na comunidade acadêmica que a integração entre arte, ciência e tecnologia é um universo novo a ser explorado e com grande potencialidade para gerar novos conhecimentos e estar acessível a toda comunidade. 

Intérprete de LIBRAS: Luana Cardoso (Unicentro)

Painel 2: A transversalidade da cência e tecnologia nos espaços culturais universitários
Intérprete de Libras: Luana Cardoso (Unicentro)

Saiba Mais

Painelistas

Lucas Robatto

Capes

Graduado pela Orchester Musiker Abschlussprüfung – Staatliche Hochschule Für Musik Karlsruhe, possui mestrado em Künstlerische Abschlussprüfung – Staatliche Hochschule Für Musik Karlsruhe e doutorado em Doctor of Musical Arts – Woodwind Performance – University of Washington. Músico, atualmente é professor de orquestra, chefe de naipe da Orquestra Sinfônica do Estado da Bahia e docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Solange Straub Stecz

Unespar

Com graduação em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), é mestre em História, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e doutora em Educação, pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). É professora do curso de bacharelado em Cinema e Audiovisual, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e coordena o Laboratório de Cinema e Educação (LabEducine/Unespar/Campus II /FAP).

Denise Bandeira

Unespar

Bacharel em Engenharia Civil e mestre em Educação, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), possui doutorado em Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É Professora do programa de Pós-graduação em Artes e do Colegiado do Curso de Licenciatura em Artes Visuais, da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). 

Laura Pérez Gil

UFPR

Possui graduação em Geografia e Historia, pela Universidad Complutense de Madrid; mestrado em Antropologia Social e doutorado em Antropologia Social, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É professora do Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Desde 2010, é chefe da Unidade de Etnologia Indígena, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná (MAE).

Mediador

Renê Wagner Ramos

Seti-PR

Graduado em História, pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), possui mestrado e doutorado em História, pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Atua na assessoria técnica da Coordenação de Ensino Superior, da Superintendência Geral de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior (Seti-PR) para Cultura e Museus. Foi um dos coordenadores do evento Paraná Faz Ciência.


Painel 1 – Oportunidades e os desafios dos museus e centros de ciências

Como aproximar a sociedade dos centros e museus, ou vice-versa? Este é o grande desafio que os mantenedores e gestores dos espaços museais nas universidades enfrentam há décadas no país, seja pela falta de interesse da população, seja por investimentos insuficientes para a sua consolidação. Mas, no que depender de professores, pesquisadores e cientistas paranaenses, muito conteúdo estará disponível a todos os públicos.

Pode ser novidade para muitas pessoas fora da Academia, mas o Paraná possui 17 centros e museus de Ciências Naturais cadastrados e atuantes, que fomentam, promovem formação e divulgam a produção científica das diferentes regiões do Estado. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciências (ABMC) apurou que 34% das pessoas não sabem onde encontrar esses centros em sua região, especialmente, no sul do Brasil, onde apenas 6% afirmaram ter visitado um museu nos últimos anos. 

Porém, neste momento de pandemia, vimos que a ciência está no centro dos debates, sendo exaltada por uns, e negada por outros, mas gerando um interesse extraordinário, fora do comum. No contexto de isolamento imposto pelo coronavírus, os centros e museus de ciências viram a oportunidade para continuar suas atividades de divulgação e conexão com o público através de ações remotas. Debates com participação on-line de especialistas, visitas virtuais e exposições temáticas de seus acervos foram algumas das estratégias que os coordenadores lançaram mão para manter o trabalho de divulgação científica e o interesse pela ciência.

A partir das experiências apresentadas pelos participantes do painel “Oportunidades e desafios para os centros e museus de ciência”, do Paraná Faz Ciência 2021, disponível abaixo, constatamos que o Estado está no caminho certo para consolidar sua rede de museus, adaptando-se aos novos tempos que se anunciam e, assim, atrair novos visitantes, seja na modalidade presencial ou virtual.  Porque a ciência e os cientistas não pararam na pandemia e se mostraram mais imprescindíveis do que nunca.

Intérprete de LIBRAS: Josiane Sant’Ana Bandeira (Unicentro)

Painel 1: Oportunidades e os desafios dos museus e centros de ciências
Intérprete de Libras: Josiane Sant’Ana Bandeira (Unicentro)

Saiba Mais

Painelistas

Rodrigo Oliveira Bastos

Possui graduação em Licenciatura Plena em Física e mestrado em Geociências, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e doutorado em Física, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É professor de ensino superior da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e coordenador do Museu de Ciências Naturais de Guarapuava (PR).

Marcílio H. de Miranda Neto

Graduado em Enfermagem e Obstetrícia, pela Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia Don Domênico, é mestre e doutor em Ciências, pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como professor do Departamento de Ciências Morfológicas, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e coordena o Projeto Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI), na UEM.

Marcos Rocha

Graduado em Matemática com habilitação em Física, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). É mestre em Tecnologia, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), e doutor em Educação, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).  Atua como professor dos cursos de Engenharia da Computação e Ciência da Computação, da Faculdade Bagozzi, e é, também, professor do quadro próprio do magistério da Secretaria de Estado da Educação (SEED/PR). atualmente, ocupa o cargo de coordenador pedagógico do Parque Newton Freire Maia (Parque da Ciência), localizado em Pinhais-PR.

Antonio Liccardo

UEPG

Graduação em Geologia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais e doutorado em Ciências Naturais, pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). É professor do Departamento de Geociências, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), onde coordena a implantação do Museu de Ciência Naturais (MCN) de Ponta Grossa (PR).

Mediadora

Débora de Mello Sant’Ana

UEM

Graduda em Farmácia e Pedagogia, com mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Celular), pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Possui especialização em Bioética Clínica, pela Cátedra da UNESCO. É professora da UEM e, atualmente, pró-reitora de Extensão e Cultura (PEC/UEM). Foi coordenadora do evento Paraná Faz Ciência. 


Painel de Abertura – Política e estratégia de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

É possível promover ciência sem tecnologia? Como pensar tecnologia sem ciência?  E mais: como a inovação interfere na produção de C&T para que o seu resultado chegue até nós?  Qual o papel das instituições de ensino superior, governo e iniciativa privada na formulação de políticas públicas que garantam apoio e investimentos para a produção científica e tecnológica?  Como o Paraná está inserido e qual o desempenho de nossas instituições de ensino superior nesse contexto?  

Em linhas gerais, essas são algumas das principais ideias apresentadas no painel de abertura do Paraná Faz Ciência: mês da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, evento que fez parte da 18ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), realizado na primeira semana de outubro de 2021 (assista o painel clicando no link abaixo).

Por restrições impostas pela pandemia, o evento ocorreu na modalidade remota, com a participação de 50 painelistas que vivem, pesquisam e produzem C&T no Paraná.

Em conexão direta com a realidade que enfrentamos nas múltiplas áreas que permeiam a comunidade científica, o tema geral do Paraná Faz Ciência foi definido como “A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o planeta”. Nesse sentido, vemos que ao mesmo tempo em que a pandemia do coronavírus nos mostrou a fragilidade do ser humano diante de uma doença desconhecida e potencialmente letal sem precedentes neste século, vimos emergir a força e engenhosidade humana na busca de soluções.

E onde essas soluções nascem, prosperam e chegam até nós? Resposta correta: instituições de ensino superior. Sim, quando pensamos em estratégias para conter a crise sanitária que abala o mundo desde o final de 2019 é imperativo entender que muito da ciência e tecnologia acumuladas nas últimas décadas é responsável por inovações que nos trouxeram vacinas seguras e eficazes em tempo recorde, pesquisas para medicamentos confiáveis e medidas sanitárias para conter o contágio e mortalidade provocados pela Covid-19. 

Para além da pandemia, os cientistas paranaenses estão debruçados em pesquisas para buscar respostas para a crise climática, energética, produção de alimentos, entre outras demandas, demonstrando, na prática, que a ciência nunca foi tão importante para garantir a sustentabilidade do planeta e melhorar a vida das pessoas. O grande desafio das instituições envolvidas no Paraná Faz Ciência é reunir todo esse conhecimento, pensado e produzido em nosso Estado por centenas de pesquisadores, para que chegue até você. É a isso que se propõe, a cada Outubro, o Mês Nacional da Ciência e Tecnologia no Brasil, assim como o Mês Estadual da Ciência e Tecnologia.

Intérprete de LIBRAS: Soliane Moreira  (Unicentro)

Painel de Abertura: Política e estratégia de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Intérprete de Libras: Soliane Moreira  (Unicentro)

Saiba Mais

Painelistas

Gisele Onuki

Seti-PR

Graduada em Dança, licenciatura e bacharelado, pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP), atual câmpus de Curitiba II, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), com mestrado e doutorado em Comunicação e Linguagens, pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). É professora assistente efetiva da UNESPAR e está chefe da Coordenadoria de Ensino Superior (CES), da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti-PR) e Conselheira Suplente no Conselho Estadual de Educação do Paraná.

Marcos Aurélio Pelegrina

Seti-PR

É bacharel em Geografia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutor em Engenharia Civil, área de concentração Cadastro Técnico Multifinalitário e Gestão Territorial, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e pós-doutor em Geografia, pela Universidade Nova de Lisboa. Atua como assessor da Coordenação de Ciência e Tecnologia da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná (Seti-PR).

Luiz Márcio Spinosa

Fundação Araucária

Bacharel e mestre em Ciência da Computação, pela Federal de Santa Catarina (UFSC). Obteve o Ph.D. em Produção e Informática e o Diplôme d’études  approfondies (equivalente ao mestrado em Ciências) em CIM Systems, pela Université d’Aix-Marseille III, na França. Atualmente, é diretor de Ciência e Tecnologia, da Fundação Araucária.

Mediadores

Renê Wagner Ramos

Seti-PR

Graduado em História, pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), possui mestrado e doutorado em História, pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Atua na assessoria técnica da Coordenação de Ensino Superior da Superintendência Geral de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti-PR) para Cultura e Museus. Foi um dos coordenadores do evento Paraná Faz Ciência.

Débora de Mello Sant’Ana

UEM

Graduada em Farmácia e Pedagogia, com mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biologia Celular), pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Possui especialização em Bioética Clínica, pela Cátedra da UNESCO.  É professora da UEM e atual pró-reitora de Extensão e Cultura (PEC/UEM). Foi coordenadora do evento Paraná Faz Ciência.