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Conheça o Clube Capivara´s Tech do Colégio Brasílio Itiberê, em Maringá

Por: Ana Carolina Arenso Barbosa

O nome curioso “capivara” é o símbolo do colégio, escolhido pelos próprios alunos

A imagem foi fotografada no primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado. Podemos ver um grupo de estudantes em uma sala de aula, posando para uma selfie tirada por uma mulher na frente da câmera. A turma é composta por jovens com diferentes estilos e expressões, eles vestem uniformes escolares brancos com detalhes verdes. A sala tem carteiras organizadas, algumas com laptops sobre elas, e armários no fundo. A iluminação natural entra pelas janelas laterais. Os estudantes parecem descontraídos, com alguns fazendo gestos com as mãos e outros sorrindo ou mantendo expressões mais sérias. O ambiente reflete um clima de interação entre os alunos e a professora.
Primeiro dia do Clube de Ciências Capivara´s Tech no ano passado (Arquivo pessoal/Maísa Iwazaki)


O Capivara’s Tech está animado para as novas atividades que vão acontecer este ano. A abertura do clube de ciências do Colégio Estadual Brasílio Itiberê, de Maringá, aconteceu no mês de março. O clube nesta escola é uma eletiva, ou seja, uma disciplina que está na carga horária dos alunos. Nela, cada professor escreve um projeto em colaboração com os estudantes. 

Neste caso, o Capivara’s Tech acontece toda semana às quintas-feiras nas duas últimas aulas do período da tarde. Em razão do horário e da disponibilidade da professora coordenadora do clube, Maísa de Carvalho Iwazaki, os alunos integrantes são somente do Ensino Médio. 

Todos os anos acontecem as Feiras de Eletivas para o Ensino Fundamental e Médio. Essas matérias se encerram em seis meses e são apresentadas na Culminância, que é um evento em todos os colégios integrais com o objetivo de apresentar os resultados desenvolvidos durante o tempo das aulas na disciplina eletiva. Logo, este momento ocorre duas vezes ao ano.

No ano passado, o Feirão de Eletivas já havia acontecido em agosto, mas foi somente em setembro que o clube se iniciou. Por isso, em uma organização do colégio, todos os alunos do segundo ano do Ensino Médio participaram do Capivara´s Tech. Durante o ano de 2024, eles realizaram um protocolo de minerais do PICCE (Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola) e apresentaram na Culminância o trabalho feito sobre rochas e minerais para toda a escola.

Os passos para este ano

Em 2025, com 24 alunos majoritariamente do 3º ano, o projeto inicial é tornar a escola um ambiente mais acolhedor. Segundo a professora, por ser um colégio de tempo integral é necessário que haja mais espaços de lazer, recreação e descanso.

Outras ideias também já estão aparecendo no projeto do Capivara´s Tech, entre elas um comedouro de aves, já que a escola fica próxima ao Parque do Ingá e esses animais costumam fazer visitas. Além disso, Maísa explica que faz parte da ideia inicial criar abelhas, para fomentar a apicultura, e uma horta ou jardim para cuidados e assim oportunizar estudos. O objetivo é trazer a pesquisa científica para a prática nessas temáticas.

No primeiro dia do clube neste ano, os alunos andaram pelo colégio com o propósito de analisar quais os problemas existentes no ambiente escolar. Nos próximos encontros, conforme a professora, serão discutidas as possíveis soluções. Uma das sugestões levantadas foi a reutilização da água que escorre dos ar-condicionados para regar a futura horta.

Mas afinal, por que Capivara´s Tech?

A imagem apresenta uma ilustração estilizada de uma capivara com tons vibrantes de verde e azul, em um fundo escuro. A capivara está centralizada e cercada por elementos gráficos relacionados à tecnologia e à ciência, como átomos, planetas, seringas e tubos de ensaio com líquidos verdes. Na parte inferior da imagem, há uma faixa com o texto "CAPIVARA'S TECH", que reforça a temática tecnológica do design. A composição tem um estilo moderno e futurista com detalhes luminosos, transmitindo uma sensação de inovação e criatividade.
A logo escolhida pelos alunos e professora do clube de ciências Capivara´s Tech realizada por Inteligência Artificial (Divulgação/Capivara´sTech)


O nome “Capivara” já era conhecido pelos alunos, por ocasião de um trabalho realizado pelo professor Jeferson Luiz Kaibers, na matéria de artes. O objetivo era escolher um símbolo para o colégio e a preferência foi pela capivara, por ser um animal encontrado no território brasileiro.

Com o início das atividades do clube, a professora Maísa, juntamente com os alunos precisavam pensar em um nome e de pronto o símbolo do colégio foi retomado. Ao nome Capivara juntou-se o “Tech” para simbolizar tecnologia. Assim surgiu o “Capivara’s Tech”.

Além do nome interdisciplinar, o clube também quer trazer para a prática atividades de outras matérias desenvolvidas na escola. É o caso da matéria eletiva de artes, ministrada pelo mesmo professor Jeferson. Nela, o tema beleza poderá ser trabalhado e vai ao encontro da temática inicial do clube de ciências: criar um ambiente confortável e mais acolhedor na escola. Neste caso, o conforto visual seria o ponto de partida para pensarem em conjunto. Segundo os professores, o objetivo é pintar as paredes da escola com outras cores, incluir desenhos e adesivar as portas.

A importância de um clube e suas dificuldades

A grande oportunidade em participar de um clube de ciências, segundo Maísa, é a aproximação dos alunos com o universo científico. “Disse a eles que este ambiente vai ajudar muito na preparação para as olimpíadas e que juntos vamos nos preparar e estudar. Também expliquei sobre as possibilidades de ingresso em universidades por meio dessas olimpíadas”, completa a professora.

Para os docentes, ser coordenador de um clube é se reconectar com a área da pesquisa e significa também “resgatar aquilo que muitas vezes acabamos esquecendo”, menciona Maísa. É um momento de colaboração e há aprendizagem mútua. Apesar de algumas dificuldades iniciais, quanto à organização do tempo e ajustes no planejamento da rotina do clube, o Capivara’s Tech já está colocando as mãos na massa!