Renan Galdino é aluno do Colégio Tereza da Silva Ramos em Matinhos e realizou um projeto sobre as tecnologias voltadas para a exploração da Lua.
Uma parceria entre a Fundação Araucária e o CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento) selecionou cinco alunos do ensino médio de escolas no Paraná, integrantes da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência para fazerem um Programa de mobilidade internacional em Portugal, entre os dias 14 de julho a 08 de agosto.
O Programa Sustainable Living Innovators (SLI) está em sua 6ª edição e busca capacitar as novas gerações para serem agentes de transformação do mundo, tendo como ponto de partida desafios societais complexos. Neste ano, os alunos ficarão na sede do CEiiA em Matosinhos, na região metropolitana do Porto.
Entre os selecionados, está Renan Ulisses Galdino, aluno do Colégio Estadual Professora Tereza da Silva Ramos, em Matinhos. Com auxílio do professor Jean Carlo, ele desenvolveu o LUX, um projeto inovador que une ciência, criatividade e sustentabilidade para levar energia limpa tanto à Terra quanto à Lua. O projeto, inclusive, ficou em primeiro lugar na Feira de Ciências Regional do Litoral do Paraná na categoria “Desenvolvimento Tecnológico e Iniciação à Pesquisa”.
De acordo com Renan, “o LUX foi criado com a proposta de aproveitar movimentos naturais do ambiente — como as ondas do mar ou vibrações no solo — para gerar energia elétrica através da indução magnética. Na Terra, o sistema é baseado na energia ondomotriz, de modo que o movimento das marés aciona um ímã dentro de uma bobina, gerando eletricidade. Na Lua, onde não há atmosfera nem marés, o sistema se adapta usando vibrações mecânicas captadas por uma mola que movimenta o mesmo tipo de gerador”, explica.
O diferencial do LUX está na versatilidade e simplicidade. A intenção do aluno era que o projeto não dependesse de combustíveis fósseis, nem baterias ou painéis solares e fosse modular, portátil e eficiente para ser usado na alimentação de pequenos sistemas elétricos, sensores ou iluminação, especialmente em locais remotos e de difícil acesso.
Mais do que um protótipo, o LUX é uma ideia transformadora. “Na Terra, pode ser instalado em comunidades ribeirinhas, bóias de sinalização ou em plataformas marítimas. Na Lua, pode ser parte de uma base científica ou emergencial, gerando energia mesmo em
condições extremas. O LUX mostra que a ciência não precisa ser complicada para ser poderosa. E que a energia do futuro pode ser limpa, acessível e feita com os recursos que já temos — basta observar a natureza com outros olhos”, declarou o aluno.
O SLI e a Fundação Araucária partilham valores e objetivos comuns, ou seja, a responsabilidade pelo desenvolvimento das gerações mais jovens como propulsora da construção de um futuro mais próspero e sustentável. A iniciativa contará com a contribuição de profissionais do CEiiA e de especialistas nacionais e internacionais de referência em âmbito global, que vão compartilhar conhecimento e ferramentas para que os alunos possam desenvolver um projeto completo, desde o conceito até ao protótipo da aplicação das tecnologias espaciais.