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UNILA tem três clubes selecionados para a etapa estadual da VI CNIJMA

Por: Isabella Abrão

No Paraná, a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente será realizada em agosto

A imagem é o cartaz da "VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente". O fundo é em tons de azul, com um canto superior esquerdo em tom alaranjado. À esquerda da imagem, está escrito em letras escuras: "VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente" No centro, há um círculo com o mapa do Brasil ao centro e a frase: "Vamos transformar o Brasil”. Ao redor desse círculo, há várias silhuetas em marrom representando temas ambientais e sociais.
Nessa fase, as escolas irão competir por uma vaga na etapa nacional (Arte/Canva)

Três escolas com clubes de ciências articulados pela Universidade Federal da Confederação Latino-Americana (UNILA) tiveram projetos selecionados para a etapa estadual da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). O evento será realizado em Foz do Iguaçu, entre os dias 11 e 13 de agosto, com a temática “Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática”.

Organizada pelo Ministério da Educação (MEC), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a VI CNIJMA tem mobilizado escolas brasileiras com turmas do 6º ao 9º ano do nsino Fundamental. A ideia é incentivar jornadas pedagógicas e ações formativas no campo da educação ambiental. O movimento faz parte da preparação para a Conferência do Clima (COP30), em Belém (PA). Ao todo, são quatro etapas: Conferência na Escola, Conferência Municipal/Regional (opcional), Conferência Estadual/Distrital e Conferência Nacional.

Das escolas aprovadas para a fase estadual e com clubes ligados à UNILA, duas representam o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu e uma o NRE de Francisco Beltrão. Trata-se, respectivamente, do Colégio Estadual Gustavo Dobrandino da Silva (Clube Lumière), de Foz do Iguaçu; Colégio Estadual Cívico Militar Nestor Victor dos Santos (Clube CCM Bee), de São Miguel do Iguaçu; e Colégio Estadual Campo Castelo Branco (Clube Exploradores da Ciência), de Pérola D’Oeste.

O professor Ronaldo Adriano Ribeiro da Silva, articulador institucional do NAPI – Paraná Faz Ciência pela Universidade, tem acompanhado as atividades dos Clubes de Ciências e se mostrou satisfeito com a participação das escolas na Conferência. “Demonstra engajamento, o compromisso de nossos professores e alunos com o mundo científico. Essa ação objetiva a formação e o posicionamento dos clubistas na busca de soluções para a crise ambiental”, reflete.

Projetos aprovados

O projeto inscrito pelo clube Lumière aborda o impacto ambiental e social causado pelas obras da segunda ponte que une o Brasil e o Paraguai na comunidade Bubas, atualmente a maior ocupação urbana irregular do Paraná. Com os dados coletados e a pesquisa de campo feita pelos alunos, há também subsídios para a produção de um futuro minidocumentário sobre a realidade local, como explica a professora Elis Claudia Padilha, co-orientadora do clube.
Para a docente, ter a aprovação na VI CNIJMA mostra como os clubes de ciências preenchem uma lacuna no ensino, trazendo maior impacto na vida dos estudantes e da comunidade. “A seleção do projeto elaborado e desenvolvido pelos nossos alunos confirmou a premissa de que, com tempo e recursos, é possível trabalhar o método científico alinhado às 14 ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] da ONU, de forma a integrar a realidade local aos conteúdos trabalhados no clube”, exalta Padilha.

A foto mostra um grupo de estudantes reunidos em uma sala de aula com janelas amplas e muita luz natural. Eles estão em torno de uma bancada alta, parecida com as de laboratórios escolares. Uma jovem ao centro da imagem, sentada, está falando ou apresentando algo, enquanto os outros observam com atenção. Ao fundo, há várias caixas empilhadas e alguns equipamentos grandes ainda embalados. Também há cadeiras empilhadas de cabeça para baixo e um aparelho de ar-condicionado na parede. O ambiente é limpo, bem iluminado, com piso claro e janelas com grades.
Preparação para a Conferência no Colégio Estadual Gustavo Dobrandino da Silva (Crédito: Arquivo Pessoal)

O clube CCM Bee, por sua vez, foi aprovado para a próxima fase da Conferência com o projeto “Abelhas sem Ferrão: Guardiãs da Biodiversidade”. De acordo com a professora coordenadora, Jocimara Monsani, os alunos trabalharam a relação direta dessas abelhas com a justiça climática. A pesquisa focou em como as abelhas ajudam na manutenção das florestas, produção de alimentos e equilíbrio ecológico, além de como são ameaçadas por práticas humanas negativas. 

Entre os motivos para comemorar, a docente destaca a importância dessa conquista para a visibilidade da escola e engajamento dos alunos nessa discussão. “Ser selecionado entre tantos projetos mostra que a temática das abelhas sem ferrão e da justiça climática é relevante, urgente e impactante”, reforça. “Para o clube, essa conquista é a confirmação de que a ciência feita na escola pode transformar realidades, dar voz aos jovens e influenciar políticas públicas.”

A imagem mostra um grupo de estudantes sentados no chão de uma sala de aula, todos sorrindo ou fazendo poses descontraídas. Há um quadro branco ao fundo, onde está escrito com caneta vermelha: “Conferência Infantojuvenil do Meio Ambiente – Justiça Climática”. No centro do grupo, alguns seguram um cartaz de papel pardo com o mapa da América do Sul desenhado. No cartaz está escrito “ABELHAS” em destaque, com figuras de abelhas e palavras relacionadas ao tema. O chão é de madeira, e há algumas cadeiras azuis ao lado esquerdo da imagem.
Conferência no Colégio Estadual Cívico Militar Nestor Victor dos Santos (Crédito: Arquivo Pessoal)

Por fim, o clube Exploradores da Ciência focou no gerenciamento dos resíduos sólidos na comunidade escolar. A equipe percebeu que na cidade não há uma separação adequada dos resíduos, o que leva à contaminação do meio ambiente e de materiais com potencial de reciclagem, bem como ao desperdício de recursos. Conforme a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, trata-se de um problema crítico, que deve ser abordado com urgência.

O projeto aprovado buscou promover a gestão eficiente de resíduos, a educação da comunidade e a implementação de práticas sustentáveis para reduzir o impacto ambiental. “O clube funciona uma vez na semana, mas existem ações que acontecem em outros momentos na escola também. Então, é um projeto que se estende, que vai além do clube de ciências, que ganha visibilidade e o reconhecimento da comunidade escolar”, comenta a docente.

A imagem mostra um grupo posando para uma foto. Eles estão em um ambiente interno com piso de cimento cinza e parede de tijolos laranja. Ao fundo, há um grande pano azul preso à parede com as palavras em letras amarelas: "CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE". O grupo está organizado em duas fileiras. Todos olham para a câmera, alguns sorrindo levemente, e vestem roupas casuais de inverno como jaquetas, moletons e calças.
Conferência no Colégio Estadual Campo Castelo Branco (Crédito: Arquivo Pessoal)

A etapa estadual da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente pretende criar um comitê, que representará o Paraná na Conferência Nacional, entre os dias 6 e 10 de outubro, em Brasília. O processo de seleção dos projetos para a nova fase será realizado após a apresentação em Foz do Iguaçu.