Os estudantes do Instituto Londrinense de Educação de Surdos produzem sabão e sabonete a partir do óleo de cozinha
Os alunos do clube ‘Ciências em Mãos’, do Instituto Londrinense de Educação de Surdos (Iles), na cidade de Londrina, estão desenvolvendo um projeto para produzir sabão e sabonete. A partir do descarte do óleo de cozinha da escola e de suas próprias residências, eles transformam esses resíduos em novos recursos que podem ser reutilizados. Durante as aulas, os estudantes usam a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
O Clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI Paraná Faz Ciência. Na escola, os alunos contam com reuniões semanais sob a coordenação da professora de Ciências e Biologia do Iles, Alessandra Francisco, e o apoio técnico e prático de estagiários do curso de Ciências Biológicas da UEL.
O Clube Ciência em Mãos tem o objetivo de reduzir a poluição ambiental e promover a conscientização e a educação ambiental entre os alunos. Também propõe combinar diversos componentes curriculares no projeto, como química, biologia e física. A aprendizagem é facilitada “com as mãos”, prática que ajuda os estudantes a entenderem melhor os conteúdos. “Aprender no clube é divertido e diferente da sala de aula comum”, contou a aluna Isabela.
O projeto surge como resposta às necessidades da comunidade surda, criando um ambiente mais inclusivo e estimulante. Além disso, ajuda a promover o pensamento crítico e aguçar a curiosidade científica. Com o uso das Libras, aprendem fora da sala de aula e adquirem protagonismo, como explica a professora Alessandra: “a gente quer mostrar para a sociedade que o surdo tem capacidade de pesquisar, de descobrir o universo.”
Os próximos passos
No final do primeiro semestre, os estudantes apresentaram os resultados para a comunidade escolar. Na Culminância das Eletivas, trouxeram vasos, cartazes sobre as técnicas utilizadas e um pouco sobre como foi feito o projeto. O clima de orgulho marcou as férias do meio do ano.
Para os próximos meses, a ideia é continuar com os experimentos científicos e começar a parte de publicações. Pensando nisso, os alunos pretendem criar uma campanha de mídia social, com engajamento, conscientização e participação. A divulgação ocorrerá por meio de posts, imagens, vídeos e infográficos sobre os projetos, em suas redes sociais preferidas, como Tik Tok e Instagram. Desejamos boa sorte!