Alunos vencedores são do Colégio Estadual Presidente Kennedy, de Maringá, e do Colégio Estadual João Paulo, de Bom Sucesso

Com mais de mil projetos inscritos de 11 estados brasileiros e do Paraguai, dos quais 388 foram selecionados, a XVI Feira de Inovação das Ciências e Engenharias, a FIciências, consolida-se como um importante espaço para os estudantes apresentarem ideias criativas e inovadoras e contribuir com o conhecimento e a evolução no mundo das Ciências.
Foi neste contexto que aproximadamente 20 clubes da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência tiveram seus trabalhos selecionados e dois foram contemplados com medalhas por seus projetos desenvolvidos de acordo com a metodologia científica de pesquisa, criatividade e inovação.
O Clube Jovens Cientistas Kennedy, de Maringá, Danilo Vinicius Telles da Silva Cassiano Ferreira Panini conquistou o 1º lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra com projeto ‘Robô semeador na horta escolar’, sob a orientação do professor Ivanildo Fabricio de Oliveira.

Já o Clube Conexão Ciência, do Colégio Estadual João Paulo, de Bom Sucesso, recebeu a medalha de 3º lugar na categoria Ciências Humanas com o projeto ‘Horta Escolar como cenário de aprendizagem para o desenvolvimento de Soft Skills e a formação socioemocional na Educação 5.0’. O grupo também participa da rede e é coordenado pela professora Eliane C. Soares.

A equipe do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Paraná Faz Ciência (NAPI PRFC) esteve na organização do evento no comitê gestor da FIciências 2025, assim como na avaliação científica dos trabalhos.
Durante a premiação realizada no final do do evento, 24, os participantes puderam conhecer os vencedores nas categorias Jovem, Júnior e Kids em temáticas nas áreas de Ciências Exatas, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências Sociais Aplicadas e Engenharia.

Entre todos os premiados desta edição, na classificação geral houve empate no 1º lugar com os projetos ‘Vivência estudantil (PVE)’ e ‘Aplicação do processo fermentativo do Gengibre para produção de bebidas inovadoras’, que concedeu medalhas, bolsa de pesquisa e R$ 5 mil em dinheiro para cada; em 2º ficou ‘O jogo que transforma escolhas em educação financeira’, também com medalha e R$ 3 mil, o mesmo prêmio para o 3º colocado, ‘Por água abaixo’.

Nos últimos anos, a FIciências ampliou seus horizontes ao se integrar ao Festival Iguassu Inova, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do Paraná. Essa transição enriqueceu a experiência dos participantes, conectando a feira a um ecossistema ainda mais amplo de conhecimento, empreendedorismo e criatividade.
Muditinerante
O Projeto Muditinerante do Museu Dinâminco Interdisiplinar da Universidade Estadual de Maringá (Mudi/UEM) participou do Festival Iguassu Inova no espaço reservado às universidades estaduais. Pertencente à Rede de Museus de Ciências do Paraná Faz Ciência, o Mudi levou parte da “Coleção de Conchas”, que remete ao tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) deste ano ao celebrar o “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”.

Os participantes do festival e visitantes puderam conhecer e manusear espécies marinhas e entender como a cultura oceânica se conecta com a ciência e com o nosso dia a dia. Para a coordenadora do Muditinerante, professora da UEM Ana Paula Vidotti, “num evento como a FIciências, o Muditinerante é a oportunidade para as pessoas que não têm um museu de ciências próximo conhecerem mais do mundo da Ciência. Nosso objetivo é despertar o interesse, divulgar e popularizar a ciência”.
Festival Iguassu Inova
Todos os anos, jovens pesquisadores brasileiros e de países que integram a tríplice fronteira vivenciam um espaço de imersão em tecnologia, inovação e troca de ideias e conhecimento. Com a realização do Itaipu Parquetec, Itaipu Binacional e Governo Federal, o festival reúne os mundos da FIciências, Latinoware, Itaipu Parquetec, Sapiens e Summit Tour.

“Ao invés de pulverizar recursos pelo país em eventos isolados, agora estamos unificando esforços e recursos para produzir o maior festival de inovação e empreendedorismo da América Latina, promovendo a integração entre universidades públicas e privadas, pesquisadores e empresas”, afirmou o diretor superintendente de Itaipu Binacional, professor Irineu Colombo, durante a abertura do evento.
O diretor de Coordenação Geral de Itaipu Binacional, Carlos Carboni, representando o diretor geral da hidrelétrica, Ênio Verri, também participou da solenidade e enfatizou a importância do Programa de Expansão Universitária Sustentável. “Acreditar no Itaipu Parquetec, especialmente num momento de negacionismo em que muitas pessoas não acreditam na ciência, é garantir a soberania do nosso país com pesquisa e inovação”, frisou.
Para Carboni, além de fomentar a inovação tecnológica com as Instituições de Ensino Superior (IES) no Paraná, Itaipu Binacional tem como pilar a geração de energia limpa e renovável e a atuação socioambiental e turismo sustentável. “São ações que nos motivam a mobilizar a comunidade acadêmica, técnicos, pesquisadores e empreendedores na construção de inovação para resolver os problemas da nossa sociedade”, completou.

A cada ano a FIciências se fortalece ainda mais por contar, desde o seu início, com o envolvimento ativo de universidades que validam os critérios científicos da feira e fomentam a participação de projetos de diferentes regiões. Essa parceria é fundamental para garantir a credibilidade, a qualidade acadêmica e o incentivo à pesquisa entre estudantes da educação básica.

Atualmente, o Comitê Gestor da feira é composto pelas seguintes instituições: UEM, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade da Integração Latino-Americana (UNILA), Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) e Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).