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Primeiro evento organizado pelo NAPI RMN é sucesso, em Ponta Grossa

Por: Guilherme de Souza Oliveira

A I Escola Paranaense de RMN reuniu cientistas, profissionais e alunos de ensino superior e médio 

Com uma série de atividades que forneceram aos participantes uma imersão profunda nas técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), a I Primeira Escola Paranaense de RMN, ocorreu no Centro Integrar e Hall Tecnológico do Campus Uvaranas, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), entre os dias 3 e 6 de setembro.

Alunos do ensino médio, estudantes do Colégio Estadual Professor João Ricardo Von Borell du Vernay, estiveram presentes no evento para conhecer as ferramentas de Ressonância Magnética Nuclear.

No primeiro dia, os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenadores do NAPI RMN, Andersson Barison e Kahlil Salome, conduziram o mini curso focado no preparo de amostras para análises de RMN em solução. Durante a sessão, os participantes puderam compreender os métodos e cuidados necessários para a obtenção de amostras adequadas, crucial para a precisão dos resultados.

Enquanto isso, o professor da UEPG, Ruben Estrada, foi responsável pelo minicurso “RMN de sólidos: a última chance de resolver seu problema”. Ele discutiu os desafios que as amostras sólidas apresentam e como a RMN pode ser utilizada para superar esses obstáculos.

Com a presença de autoridades da UEPG e da Fundação Araucária, a abertura oficial da I Escola aconteceu no segundo dia, seguida por uma palestra que explorou a aplicação da RMN na indústria. O professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Antônio Gilberto Ferreira, destacou as inovações no campo, demonstrando como a RMN tem sido aplicada no desenvolvimento de novos produtos e processos. 

Na sequência, Fernando César de Macedo Júnior, professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), apresentou uma palestra sobre o monitoramento de interações moleculares, ampliando as perspectivas de como a RMN pode ser aplicada no estudo de biomoléculas.

Ricardo de Oliveira Mascarenhas, químico e agente da Polícia Federal, também entrou em cena com uma palestra sobre a aplicação da RMN na investigação forense. Ele apresentou exemplos de como essa tecnologia tem sido crucial em casos que requerem análise precisa de materiais. 

O dia foi encerrado com uma palestra de Andersson Barison e Kahlil Salome, intitulada “RMN: A ferramenta do futuro no diagnóstico de doenças”, em que foram discutidos os avanços na utilização da RMN no campo médico.

Na quinta-feira, 5 de setembro, os minicursos voltaram a ser destaque. Pela manhã, Alan Diego Santos, da UFSM, conduziu uma sessão sobre a aplicação da RMN na investigação forense, um tema que havia sido introduzido no dia anterior, mas que ganhou maior profundidade.  À tarde, Antônio Gilberto Ferreira (UFSCar) liderou o encontro que discutiu a aquisição e processamento de espectros de RMN. 

A programação foi finalizada na sexta-feira (6), com mais minicursos. Os professores da UFPR, Andersson Barison, Kahlil Salome e Vinicius Melara lideraram uma sessão sobre RMN quantitativa, teoria e prática no ERETIC2. O evento foi finalizado com a participação do pesquisador do Fine Instrument Technology, Daniel Consalter, que ministrou o minicurso “RMN de baixo campo aplicada a alimentos”. 

O professor Andersson Barison, coordenador do NAPI RMN, destacou que a RMN é uma ferramenta científica de grande relevância, porém ainda subutilizada na ciência brasileira. “Este evento foi apenas o primeiro de muitos que virão para disseminar o potencial dessa ferramenta e ampliarmos seu uso em pesquisas e no setor industrial”, declarou.