Estudantes analisaram métodos de compostagem para trabalhar com os resíduos sólidos

Os alunos do clube “Exploradores da Ciência”, do Colégio Estadual do Campo Castelo Branco, em Pérola D’Oeste, dedicaram uma atenção especial na criação de uma horta comunitária. A atividade foi proposta para que os alunos trabalhassem com resíduos dos alimentos da merenda, e o que for plantado, poderá, futuramente, ser consumido na escola.
O colégio faz parte do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Francisco Beltrão. Já o Clube é articulado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), de Foz do Iguaçu, no NAPI – Paraná Faz Ciência. O objetivo principal do projeto é mostrar formas de minimizar os impactos ambientais e sociais, incentivando a busca por um futuro mais sustentável.
Para isso, o Clube de Ciências pretende promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para o gerenciamento de resíduos sólidos, em especial nas comunidades do entorno do colégio. A composteira na horta começou a ser construída no ano passado, quando o projeto foi aprovado. Agora, os estudantes plantaram mudas de verduras e hortaliças.
Segundo a professora Silvana Nodari Gindri, coordenadora do clube, são 25 alunos participantes, do Ensino Fundamental e Médio. As atividades ocorrem toda quinta-feira, das 13h às 15h30. “Trabalhamos com diferentes tipos de resíduos e estamos desenvolvendo algumas ações na escola”, destaca.
Na horta, os estudantes utilizam o Método Lages de Compostagem, criado pelo professor Germano Güttler, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages. De forma resumida, o método consiste em transformar matéria orgânica em adubo, usando canteiros em camadas. É um modelo ideal para se fazer em casa, nas escolas ou em hortas comunitárias.
As atividades não param!
Além da horta, o clube “Exploradores da Ciência” também tem estudado sobre resíduos eletrônicos, como conta a professora Silvana. “Implementamos uma campanha de coleta de pilhas e baterias na comunidade, que serão posteriormente entregues aos catadores para a destinação adequada”, explica a docente.
Outra atividade desenvolvida pelos alunos foi a análise da água, feita na casa de todos os estudantes. A iniciativa foi realizada em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Realeza. Além disso, a equipe do clube também está desenvolvendo um aplicativo, que terá como propósito auxiliar a coleta de lixo municipal.
Recentemente, os alunos realizaram uma entrevista com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e com os membros da Associação de Catadores Autônomos de Pérola D’Oeste. Os estudantes conheceram a plataforma de transbordo de resíduos sólidos e registraram a quantidade de materiais coletados, os cuidados necessários em segurança e quais as maiores dificuldades enfrentadas pelos coletores.