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Alunos usam Libras para aprender ciências em clube de Londrina

Por: Susanah Yoshimi

Os estudantes do Instituto Londrinense de Educação de Surdos produzem sabão e sabonete a partir do óleo de cozinha

Estudantes e professora sorrindo dentro de um arco feito com folhas artificiais e ilustrações de elementos científicos, como tubos de ensaio, DNA e microscópio. No arco, está escrito “CIÊNCIAS EM MÃOS”
Alunos e professora do Clube ‘Ciências em mãos’ (Foto/Arquivo Pessoal)

Os alunos do clube ‘Ciências em Mãos’, do Instituto Londrinense de Educação de Surdos (Iles), na cidade de Londrina, estão desenvolvendo um projeto para produzir sabão e sabonete. A partir do descarte do óleo de cozinha da escola e de suas próprias residências, eles transformam esses resíduos em novos recursos que podem ser reutilizados. Durante as aulas, os estudantes usam a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

O Clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no NAPI Paraná Faz Ciência. Na escola, os alunos contam com reuniões semanais sob a coordenação da professora de Ciências e Biologia do Iles, Alessandra Francisco, e o apoio técnico e prático de estagiários do curso de Ciências Biológicas da UEL.

A imagem mostra uma mesa de exposição com diferentes tipos de plantas em vasos, como lavanda, alecrim e rúcula. Cada uma está identificada com etiquetas simples. Os vasos estão organizados em caixotes de madeira e rodeados por musgos secos. Ao lado das plantas, há um terrário de vidro. O fundo da imagem revela um grupo de estudantes sentados em cadeiras.
Vasos de plantas aromáticas para os sabonetes do clube (Foto/Arquivo Pessoal)

O Clube Ciência em Mãos tem o objetivo de reduzir a poluição ambiental e promover a conscientização e a educação ambiental entre os alunos. Também propõe combinar diversos componentes curriculares no projeto, como química, biologia e física. A aprendizagem é facilitada “com as mãos”, prática que ajuda os estudantes a entenderem melhor os conteúdos. “Aprender no clube é divertido e diferente da sala de aula comum”, contou a aluna Isabela.

O projeto surge como resposta às necessidades da comunidade surda, criando um ambiente mais inclusivo e estimulante. Além disso, ajuda a promover o pensamento crítico e aguçar a curiosidade científica. Com o uso das Libras, aprendem fora da sala de aula e adquirem protagonismo, como explica a professora Alessandra: “a gente quer mostrar para a sociedade que o surdo tem capacidade de pesquisar, de descobrir o universo.”

Os próximos passos

No final do primeiro semestre, os estudantes apresentaram os resultados para a comunidade escolar. Na Culminância das Eletivas, trouxeram vasos, cartazes sobre as técnicas utilizadas e um pouco sobre como foi feito o projeto. O clima de orgulho marcou as férias do meio do ano.

Apresentação do projeto do Clube “Ciência em Mãos” em um amplo salão escolar, bem iluminado, com piso claro, teto de forro branco e janelas grandes ao fundo. Ao centro da imagem, diversos alunos estão sentados em cadeiras organizadas em semicírculo. Na parede central, há um painel com cartazes contendo trabalhos escolares. No canto direito da imagem, há mesas com maquetes representando projetos. Adultos observam e acompanham o evento dos cantos da sala.
Apresentação do clube ‘Ciência em mãos’ na Culminância (Foto/Arquivo Pessoal)

Para os próximos meses, a ideia é continuar com os experimentos científicos e começar a parte de publicações. Pensando nisso, os alunos pretendem criar uma campanha de mídia social, com engajamento, conscientização e participação. A divulgação ocorrerá por meio de posts, imagens, vídeos e infográficos sobre os projetos, em suas redes sociais preferidas, como Tik Tok e Instagram. Desejamos boa sorte!