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CIA-Agro leva Inteligência Artificial para o Paraná Faz Ciência 2024

Por: Milena Massako Ito



O Arranjo foi uma das atrações da ll Mostra de NAPIs

O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) CIA-Agro, sigla que significa Centro de Inteligência Artificial no Agro, participou do Paraná Faz Ciência 2024, que aconteceu entre os dias 7 a 11 de outubro, na Universidade Estadual de Maringá (UEM). O Arranjo marcou presença na ll Mostra de NAPIs, mostrando os frutos do estudo que une os pesquisadores da computação, da engenharia e da agronomia.

O professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e um dos coordenadores do NAPI, Fabrício Martins Lopes, e o pesquisador Cesar Augusto, representaram o Arranjo no evento. Para interagir com o público, trouxeram um dispositivo automatizado no microscópio, que captura a movimentação do aparelho para mostrar o que contém nas lâminas.

“Com base na análise das imagens, nós desenvolvemos um algoritmo de inteligência artificial que faz o reconhecimento automático do esporo, de forma que isso pode ser levado  ao produtor, para a aplicação de fungicidas de maneira racional, e não uma aplicação que, eventualmente, não tem necessidade”, explica o professor Fabrício.

Cesar Augusto, recém graduado em Engenharia de Controle e Automação na UTFPR,  explica que, para o protótipo do dispositivo de movimentação, foi utilizada a tecnologia e aplicação de inteligência artificial em paralelo com conceitos de algoritmos, em que o sistema computacional consegue trabalhar a produção e projeção de imagens e identificar o padrão morfológico do fungo que está sendo analisado.



“Então, o proprietário vinculado consegue ter uma resposta eficiente, o que garante uma aplicação sustentável do agrotóxico, beneficiando, assim, o ecossistema de uma maneira segura com a aplicação e a viabilizando da questão de economia porque, tendo a certeza da ocasião em que se deve aplicar o defensivo agrícola, o produtor economiza com a aplicação desse material, tendo assim uma visão muito melhor em relação a economia do seu investimento para a defesa da produção”, explica o pesquisador.

Para Fabrício Martins Lopes, o Paraná Faz Ciência é fundamental para mostrar o que as universidades, os institutos e os grupos de pesquisa estão fazendo para o conhecimento do público, porque, muitas vezes, as pessoas não sabem o que está acontecendo nesses ambientes e não dão o devido valor. 

“Nós podemos perceber, aqui, o pessoal do Ensino Médio, do Ensino Fundamental, das universidades. O cidadão que está por aqui, ele está vendo uma amostra e está se habituando com a ciência no seu cotidiano. Ele está vendo como a ciência pode contribuir na qualidade de vida”, conclui o professor.