Grupo vai criar uma peça teatral e a atividade poderá servir como uma inspiração aos clubistas
No dia primeiro de abril, o clube Cabeceira do Rio Iguaçu, da cidade de Castro, recebeu uma visita especial do Grupo de Teatro Científico, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (GTC – UEPG). Na ocasião, foram apresentadas duas peças: Coração em Chagas e A Que Faz. A atividade integrou o cronograma do projeto desenvolvido pelo Clube, que tem como proposta explorar o teatro como linguagem para divulgar ciência, refletir sobre o território e dialogar com a comunidade escolar.
O tema central das ações do Clube é o Rio Iguaçu, que atravessa a cidade e foi escolhido como ponto de partida para a construção de uma peça em de teatro de fantoches. A pesquisa a ser realizada pelos estudantes buscará compreender tanto as características físico-químicas do rio quanto às questões socioeconômicas envolvidas no seu uso. O público-alvo pretendido para a peça são alunos de 5º e 6º ano do ensino fundamental, em especial, os alunos da escola municipal vizinha ao Colégio Cavanis.
A peça Coração em Chagas, apresentada exclusivamente para os integrantes do Clube, aborda a descoberta da doença de Chagas pelo pesquisador brasileiro Carlos Chagas. Por meio da linguagem teatral, o espetáculo expõe os sintomas da doença e sua forma de transmissão, além de provocar reflexões sobre as populações mais afetadas e o papel da ciência frente às desigualdades no acesso à saúde.
Já A Que Faz é uma peça que conta a trajetória de mulheres cientistas sob três perspectivas — de uma menina, de uma mulher e de uma senhora. O espetáculo foi assistido pelos clubistas e por outras turmas na quadra da escola. O enredo menciona pesquisas realizadas por cientistas locais, destaca as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no meio acadêmico e compartilha a esperança e o amor pela ciência, além de compartilhar o que motiva alguém a seguir na pesquisa. A apresentação também teve como objetivo incentivar jovens a ingressar na universidade e seguir a carreira de pesquisadora ou pesquisador.
A professora voluntária do clube, Caroline Moraes Pedroso, destacou a importância da apresentação para os clubistas. “Com o contato com outra peça de teatro, os clubistas passam a compreender mais profundamente o que é o teatro de divulgação científica, quais os elementos usados para transmitir ciência e o que é importante para o que é importante para construir um espetáculo”.
Já a professora clubista Inês Brandão ressaltou a importância da visita para os encaminhamentos pedagógicos e o desenvolvimento do projeto coletivo. “Acredito que, a partir da apresentação de hoje, poderemos extrair ideias e conceitos sobre como integrar o teatro ao trabalho científico com os alunos”.