Alunos do “Exploradores da Ciência” estudaram todo o espaço, trazendo dados como a fauna, flora e cardápio da escola

Você sabe tudo sobre a escola em que estuda ou estudou? Esse foi o desafio proposto para os alunos do clube Explorados da Ciência, do Colégio Estadual Antônio de Moraes Barros, em Londrina. A equipe está dividida basicamente em quatro grupos, nos quais analisam aspectos da flora, fauna e até do cardápio da merenda e resíduos orgânicos do espaço escolar.
A pesquisa segue um padrão semelhante aos trabalhos de Iniciação Científica, sendo realizada por meio de subprojetos. Isso significa que há a parte prática, mas também há escrita. Para a professora coordenadora, Karina Furlanete, esse formato de avaliação está trazendo mais amadurecimento e autonomia aos estudantes, principalmente na compreensão do fazer científico.

Segundo a docente, a ideia é que os alunos cheguem ao segundo ano do clube e ao Ensino Médio com conhecimentos acima do esperado. “Não importa qual área eles vão escolher no Ensino Médio, em relação ao itinerário informativo ou a um possível vestibular. Eles vão conseguir usar essa capacidade desenvolvida para a vida deles, não se restringe ao contexto escolar”, destaca.
No NAPI – Paraná Faz Ciência, o clube é articulado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os alunos já apresentaram dois seminários no ambiente escolar e, agora, se preparam para participar dos eventos e feiras científicas propostas dentro da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência.
Pesquisas
Ao longo deste ano, o primeiro grupo trabalhou com a temática “Levantamento florístico do território escolar”. Os alunos catalogaram espécies da escola, separando a mata em partes e coletando uma por uma. Até o momento, há 31 espécies registradas e 21 identificadas. Para a próxima fase, o estudo se chamará “Enriquecimento florístico do território escolar”. O novo foco será em produzir mudas, principalmente de espécies frutíferas.
O segundo grupo investigou o “Levantamento da fauna do território escolar”. Neste, os estudantes buscaram investigar o que a comunidade entendia dos animais que habitam o espaço. Foram identificados 14 animais, com base em entrevistas realizadas com professores e demais funcionários da escola. O projeto futuro será com “Abelhas nativas”, considerando o registro de abelhas Jataí na área pesquisada.

O terceiro grupo atua com a “Análise do Cardápio Escolar”, comparando-o às exigências do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Foi constatado que a merenda está dentro dos parâmetros, com variação na oferta de frutas, legumes e verduras. Além disso, os clubistas investigaram as preferências alimentares dos alunos do período vespertino. Agora, irão avaliar possibilidades de cultivo de plantas em canteiros alternativos, para o enriquecimento do cardápio.
O quarto e último grupo, por sua vez, surgiu da união de dois projetos. Um trabalhava com resíduos sólidos não orgânicos e o outro com composteiras. Em conjunto, passaram a coletar materiais da cantina com o objetivo de identificar os tipos de resíduos sólidos produzidos na escola. Além disso, a ideia é propor intervenções para o gerenciamento desses resíduos.