Em evento de formação, a professora Elaine Correa Soares busca capacitação em robótica como ferramenta de ensino e também de preparação para desafios socioemocionais

A educação paranaense ganha um impulso valioso com o conhecimento que professores dos Clubes de Ciências têm levado às escolas. Um exemplo disso é a professora Elaine Correa Soares, do Colégio Estadual João Paulo I, em Bom Sucesso, que representou a região em um importante evento de tecnologia, o 1º Evento Presencial de Robótica 2025, promovido pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná (SEED/PR), em Curitiba. A intenção é buscar mais capacitação e assim fortalecer o aprendizado prático e criativo no clube de ciências ‘Conexão Ciência’.
Realizado de 1º a 3 de julho, o evento teve como principal objetivo equipar professores com conhecimento e técnicas voltadas para desenvolvimento de projetos de robótica e preparação de equipes para competições. Com oficinas práticas, palestras de especialistas e dinâmicas colaborativas, o encontro reforçou a importância da robótica como ferramenta para o ensino, incentivando os educadores a transformarem o que é visto em sala de aula em projetos desafiadores.
Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares) Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares) Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares) Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares) Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares) Registros das oficinas do 1º Evento Presencial de Robótica 2025 (Foto/Elaine Correa Soares)
Os conhecimentos adquiridos têm impacto direto nos alunos do ‘Conexão Ciência’. A professora Elaine destaca como a robótica já é uma aliada na escola. “No contexto do nosso clube de ciências, a robótica educacional tem sido uma poderosa aliada no processo de aprendizagem. Na construção de robôs, na produção de maquetes e na participação em torneios, temos tentado proporcionar aos estudantes vivências práticas que conectam teoria e realidade”, explica a docente.
A iniciativa do evento formativo fortalece a base pedagógica da robótica nas escolas, amplia o alcance das atividades dos clubes e incentiva que os projetos sejam cada vez mais criativos e desafiadores. Além das habilidades técnicas, essas experiências têm favorecido o desenvolvimento das chamadas soft skills — habilidades socioemocionais e comportamentais –, como liderança, empatia, trabalho em equipe, comunicação e resolução de problemas. “Esse preparo colabora com o desenvolvimento pessoal dos alunos, não apenas para o mundo acadêmico e profissional, mas para a vida em sociedade”, defende Elaine.
A aplicação da robótica já é uma realidade no Colégio João Paulo I. Recentemente, os alunos do clube criaram uma maquete detalhada de uma fazenda sustentável. O projeto integra energia solar com diferentes sensores de umidade para irrigação, além de sensores de chuva, servindo como uma aplicação em pequena escala para ensinar conceitos complexos de forma acessível e divertida.
A dedicação dos alunos, no entanto, vai além da sala de aula, tocando em questões de empatia e de inclusão. Inspirados por uma roda de conversa sobre soft skills, os estudantes do clube ‘Conexão Ciência’ se mobilizaram para construir o protótipo de uma bengala de apoio para um aluno cego, da própria escola. O protótipo vai utilizar sensores ultrassônicos, de movimento e de som para detectar desníveis, fazendo a bengala vibrar e emitir sinais sonoros, facilitando assim a locomoção do colega que perdeu a visão. O clube também trabalha na construção de uma esteira seletora de frutas e em uma estufa automatizada, reforçando o caráter prático e diversificado de seus projetos.
No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares) No Colégio Estadual João Paulo I, de Bom Sucesso, os alunos usam robótica para construir a maquete de uma fazenda sustentável e para aprimorar a bengala de um colega cego, usando sensores sonoros e de movimento. (Foto/Elaine Correa Soares)
Usar tecnologia para solucionar questões do dia a dia é um dos impactos diretos gerados por essa integração de conhecimentos. Para a professora Elaine, essa união de saberes permite ainda que, ao usar da robótica, a nova geração de estudantes esteja preparada para lidar com as habilidades técnicas junto das habilidades socioemocionais também.