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NAPI Paraná Faz Ciência consolida Rede de Clubes em todo o estado

Por: Fabia Ioscote

Rede fortalece a pesquisa na educação básica e conecta universidade e escola em 200 clubes científicos pelo estado

Solenidade de lançamento da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência reuniu autoridades, gestores, professores e clubistas no Palácio Iguaçu (Foto: Fabia Ioscote/NAPI PRFC)


Dezenas de estudantes da rede pública do Paraná participaram, na terça-feira (15), da cerimônia oficial de apresentação da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, realizada no Salão de Atos do Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, em Curitiba. O evento marcou a consolidação de uma iniciativa que já mobiliza cerca de 5 mil estudantes em 200 clubes científicos espalhados pelo estado.

Com apoio da Fundação Araucária e da Secretaria de Estado da Educação (SEED), a Rede integra as ações do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) – Paraná Faz Ciência. A proposta busca incentivar a pesquisa na Educação Básica, popularizar o conhecimento e estimular vocações científicas desde cedo, com foco em sustentabilidade, cidadania e inovação.

A coordenadora da Rede de Clubes e articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência, professora Débora Sant’Ana, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), destacou a importância do momento. “O evento marca a consolidação da Rede, que teve início no final do ano passado. Agora todos os 200 clubes estão em funcionamento, com professores clubistas e estudantes envolvidos em projetos científicos que já mostram resultados concretos”, afirmou.

Débora ressaltou ainda que a presença de representantes de escolas de diferentes regiões do estado e o reconhecimento das autoridades contribuem para fortalecer a continuidade da iniciativa. “Tudo está sendo feito com muita seriedade, acompanhamento e cuidado. Um evento como esse é fundamental para garantir que o projeto avance e se consolide como política pública”, completou.

A coordenadora também destacou a importância da aproximação entre universidade e educação básica como um dos pilares da iniciativa. “Por muito tempo as universidades focaram apenas na formação inicial de professores. Projetos como este promovem uma integração necessária e enriquecedora. Aprendemos com os estudantes, assim como eles aprendem conosco. É uma troca fundamental para o fortalecimento da ciência”, concluiu.

Da esquerda para a direita, compareceram ao lançamento as professoras Leila Inês Follmann Freire (UEPG), Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes (Unicentro-Guarapuava), Giselle Corrêa (UFPR), Edinalva Oliveira (UFPR), Josiane Aparecida Gomes-Figueiredo (Unespar-Paranaguá) e Débora Sant’Ana (UEM) (Foto: Fabia Ioscote/NAPI PRFC)

Pesquisa além do laboratório

Presente no evento, a professora Leila Inês Follmann Freire, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), coordenadora da Rede pela UEPG, destacou a importância de ampliar a compreensão sobre os espaços possíveis para a produção científica.

“Quando o professor da universidade vai até a escola e percebe essa visão de que a ciência se faz apenas no laboratório, é fundamental mostrar que ela pode estar em todos os lugares, inclusive no nosso entorno. A ciência não depende somente de um laboratório. Podemos fazer pesquisa nas Ciências Humanas, Sociais, em diversas áreas”, afirmou. 

Para a professora, levar a universidade até a escola é também reconhecer que o espaço onde vivemos pode ser transformado por meio da pesquisa. “Vejo esse papel como fundamental nessa articulação com a universidade”, completou.

A professora Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro-Guarapuava), coordenadora da Rede pela Unicentro, também enfatizou o papel formativo e social da iniciativa. Para ela, os clubes fortalecem a relação entre universidade e escola ao promover uma troca horizontal de saberes. 

“Nas universidades, formamos professores, tanto na formação inicial quanto continuada. Quando nossos acadêmicos participam de projetos nas escolas, eles também se qualificam ao compreenderem melhor esse ambiente. Ao mesmo tempo, os professores da educação básica que se aproximam da universidade têm acesso ao que há de novo nas pesquisas, melhorando práticas pedagógicas e a formação cidadã de crianças e jovens”, explicou. 

Marquiana destacou ainda que os clubes contribuem diretamente para o desenvolvimento social dos territórios onde estão inseridos. “A escola é, muitas vezes, a referência mais próxima das comunidades. Os clubes tratam de temas reais do cotidiano, com uma abordagem científica que conecta o conhecimento à vida das pessoas. Assim, a ciência deixa de ser algo distante e passa a ser percebida como ferramenta de transformação ambiental, econômica e social”, completou. 

Segundo a professora, ao levar a ciência para dentro das escolas e dos territórios, os clubes também promovem o combate à desinformação e fortalecem o compromisso da universidade pública com a sociedade.