Alfabetização científica: ciência como prática do cotidiano

Painel 4 – Ciência na escola

Se algum dia perguntarem a universitários e professores que abraçaram a pesquisa científica quando surgiu o interesse pela ciência, mesmo que informalmente, é provável que oito entre dez afirmem que foi ainda na escola. Alguns ficam encantados na faculdade, nos laboratórios ou participando de atividades do Programa de Educação Tutorial (PET). Outros saem como entraram, sem nenhuma ligação com a Academia.

E como despertar em crianças e adolescentes o interesse pela pesquisa científica desenvolvida nas instituições de ensino superior? Os participantes do Painel 4 – Ciência na escola, do Paraná Faz Ciência, do Parná Faz Ciência 2021, dão o caminho das pedras após décadas de estudos e aplicação de diversos projetos de extensão envolvendo alunos do ensino fundamental e médio. Com muito esforço, foco e criatividade, pesquisadores paranaenses se organizam para promover o que chamam de alfabetização científica, buscando aproximar a ciência do cotidiano dos alunos. 

Por conta do tema central da 18ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que foi ‘A transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta’, as iniciativas com viés ambiental predominaram no Painel, disponível abaixo, na íntegra. Nas palestras, foi possível conhecer uma parte do universo de projetos de extensão e suas parcerias, que tornam possível garantir a oportunidade a milhares de alunos o acesso aos saberes científicos relacionados ao cuidado ambiental, busca de soluções e educação para a preservação.

Talvez não seja difícil dimensionar a influência na escolha pela carreira acadêmica que os clubes de ciências, feiras de profissões e outros eventos promovidos por projetos de extensão nas escolas públicas e particulares no ensino fundamental e médio exercem em corações e mentes. De antemão, uma coisa é certa: popularizar a ciência e os saberes científicos é uma forma de retroalimentar o interesse e compartilhar com a sociedade todas as informações organizadas e produzidas a partir de rigorosos métodos científicos em todo o território paranaense. 

Além da importância dos investimentos, o segredo é a transversalidade e transdisciplinaridade, que compreendem o conhecimento de uma forma plural, aberta, compartilhada e colaborativa. Aliás, adjetivos que se encaixam com a própria noção de ciência, tecnologia e inovação.

Intérprete de LIBRAS: Jaqueline Araújo (Unespar)

Painel 4: Ciência na escola
Intérprete de Libras: Jaqueline Araújo (Unespar)

Saiba Mais

Painelistas

Ana Carolina de Deus B. Krawczyk

Unespar

Possui licenciatura em Ciências Biológicas, pela Faculdade Estadual de Filosofia Ciências e Letras de União da Vitória (FAFI), e especialização em Biologia – Manejo Integrado de Fauna e Flora (2008), pela mesma instituição. Concluiu mestrado e doutorado em Ecologia e Conservação, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Trabalha como Professora na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), câmpus de União da Vitória, e coordena o projeto de extensão e cultura Diálogos sobre a Ecotox!

Emerson Joucoski

UFPR

Bacharel e mestre em Física, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), na área de Física Atômica e Molecular, é doutor em Ensino de Ciência,s pela pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências, área Ensino de Física, pela Universidade de São Paulo (USP). Docente da UFPR, no Setor Litoral, leciona nas áreas de Exatas, Tecnológicas e Humanas para graduações, pós-graduações e especializações. É atualmente estudante de Estatística, na UFPR.

Evanilde Benedito

UEM

Graduada em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem mestrado em Zoologia, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais, pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). É professora da UEM e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), orientando nos programas de pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais e no de Biologia Comparada. 

Gisele Daiane Pinha

SEED-PR

Possui graduação em Ciências Biológicas, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado, doutorado e pós-doutorado em Ciências Ambientais, pelo programa de pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, da UEM. Tem interesse nos seguintes temas: insetos aquáticos, fatores ambientais, monitoramento e padrões de diversidade dos macroinvertebrados em riachos e na planície de inundação do alto rio Paraná.

Mediadora

Maria Aparecida Crissi Knuppel

Unicentro e UVPR

Tem graduação em Letras Português, pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro); mestrado em Educação, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e doutorado em Educação, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). É professora da Unicentro, com experiência na área de Educação, principalmente, nos seguintes temas: história da educação, história cultural, educação à distância, educação digital, tecnologias digitais, multiletramentos e multimodalidade. É coordenadora da Universidade Virtual do Paraná e da Universidade Aberta do Brasil (UAB), da Unicentro.  


Silvia Calciolari

Jornalista e mestre em Sociologia das Organizações pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).