Sete novos protocolos vão se somar aos 16 já aprovados desde o início do projeto, em 2020
O Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola (PICCE) realiza, neste início de ano, uma parceria com a Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. O acordo visa auxiliar os professores na testagem de sete novos protocolos, que vão das artes cênicas à astronomia.
Segundo Tamara Dias Domiciano, pós-doutoranda integrante do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) – Paraná Faz Ciência e que apoia na gestão do PICCE, “a parceria nasce da necessidade de testar e validar uma nova leva de produção de protocolos de ciência cidadã. O objetivo é que os professores possam analisar a estrutura dos materiais, a linguagem, o conteúdo e se eles fazem sentido para a realidade escolar. A ideia é que o professor consiga não só testar a aplicabilidade, mas também possa opinar na construção do material como um todo”, afirma a pós-doutoranda.
Para cada um dos protocolos foram criados vídeos tutoriais disponibilizados na plataforma da UFPR Aberta (Universidade Federal do Paraná), explicando como aplicá-los, os objetivos e como funciona o guia de campo. Dessa forma, esse material vai se somar a outros 16 protocolos que já foram aprovados em edital desde a criação do PICCE, em 2020. Ao todo, 40 professores participam do processo atual de testagem por meio da plataforma da Universidade.
Para o professor Rodrigo Arantes Reis, um dos articuladores do NAPI – Paraná Faz Ciência, o PICCE funciona como um instrumento de apoio aos professores que estão desenvolvendo projetos de pesquisa por meio dos Clubes de Ciência nas escolas. Embora não haja uma meta definida, Reis acredita que, no futuro, há possibilidade de ampliação dos protocolos. Mas para isso mantém os pés no chão. “Vai depender do processo de consolidação do PICCE. A gente tem um processo orgânico para que ele [PICCE] cresça de maneira consolidada e forte e a partir do momento em que forem surgindo novas demandas, inclusive da própria escola, a gente vai estar aberto e vamos estruturando [o programa]”, avalia o professor.
O cronograma de aplicação vai até o dia 20 de abril. Após essa data, os professores vão produzir um relatório e responder a um questionário dando detalhes sobre como foi o processo. Todo esse material será repassado às equipes que elaboraram os materiais para que, se necessário, trabalhem em cima das sugestões dadas pelos profissionais da educação. “O processo de testagem é muito importante para que a gente não crie só um material que vai ficar preso em gavetas ou armário de bibliotecas, mas que possa ser útil no espaço escolar”, reforça a pós-doutoranda e apoiadora no PICCE Tamara Dominiciano.
Quais são os novos protocolos?
São sete no total: Vizinhos silvestres; Eficiência energética; Monitoramento da qualidade do céu; Olha o Bicho! Fauna atropelada; Coleta e identificação de minerais; Sesta e, por último, A dinâmica das artes cênicas nas cidades do Paraná.
Saiba mais
Para obter mais informações sobre a Ciência Cidadã na Escola, acesse o site picce.ufpr.br e o Instagram: @piccepr. Também fique por dentro das atividades ligadas aos Clubes de Ciência no @clubesparanafazciencia e no NAPI Paraná Faz Ciência: @paranafazciencia, ambos no Instagram.