É o primeiro encontro realizado pelos clubes de ciências vinculados à Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, que partilharam diversos experimentos científicos.
Quatro colégios estaduais de Curitiba (PR) decidiram se unir para que seus Clubes de Ciências promovam a integração entre os estudantes, na tarde de sexta-feira, 30 de maio. O Colégio Estadual Alfredo Parodi foi o anfitrião do evento, que contou com a participação das pós-doutorandas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Bolsistas Técnicos Nível Superior ( chamados de bolsistas BTNs) e bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), também da UFPR.
A idealizadora foi a professora de Biologia Corine Costa, coordenadora do Clube Geração Científica, que convidou os clubes de ciências dos Colégios Estaduais Isolda Schmid e Teotonio Vilela e do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior. Dentre as atividades realizadas, os destaques foram o experimento científico com fogo colorido para explicar as cores das estrelas, a construção de uma luneta caseira e o lançamento de um foguete com a base de pressão de água. O tema principal do encontro foi astronomia.
“Eu gosto bastante de participar do Clube de Ciências. Porque quando você aprende, automaticamente, fica mais interessado nas atividades científicas”, relata a clubista Raquel Gabrielly Sampaio, do Clube Geração Científica. Outro clubista, Matheus Felipe Lopes Pereira, do Colégio Estadual para Surdos Alcindo Fanaya Júnior, achou interessante o evento. “A gente pode ver o conteúdo dos clubes, conhecer as ideias, as atividades de cada um, o que desperta nossa curiosidade”, sinalizou Matheus com tradução do intérprete de libras Evonir Vieira da Silva. Matheus participa do Clube Verde Mel o Clube, que trabalha com abelhas.
Bianca Muchiuti está no nono ano de licenciatura em Ensino de Ciências Biológicas na UFPR, e afirmou que a atividade na escola contribui para sua prática em docência, “porque podemos observar esta interdisciplinaridade, os alunos interagindo entre eles, e o quanto estão sendo participativos nas oficinas”, explica Bianca.
“Hoje é um dia muito especial”, celebrou a diretora do Colégio Alfredo Parodi, Cristiana Ducci Göhr, “conseguimos compartilhar o projeto do nosso clube de ciências, apresentar a proposta dos professores, as atividades que os alunos estão desenvolvendo, dando cada vez mais protagonismo para os estudantes”, completa.
Esta foi a primeira atividade de integração promovida pelos clubes, encerrada com um café da tarde. E, dado o sucesso, os professores já se mobilizam para uma nova atividade semelhante, ainda sem data definida.
O evento também apresentou uma réplica realista de uma preguiça gigante pré-histórica, parte do acervo do Museu de Ciências Naturais.
O Universo UFPR se consolida como o maior evento de educação, ciência e inovação do Estado. Na edição deste ano, que se encerrou no domingo, 25, mais de 120 estudantes, professores e familiares passaram pelo Parque Barigui em Curitiba (PR) para conhecer os mais de 100 cursos, além de participar das mais de cinquenta atividades interativas. Segundo a organização, 600 escolas do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso, visitaram os estandes, sendo a maioria da rede pública de ensino.
Dentre elas, o Colégio Estadual Euzébio da Mota, que tem um clube de ciências de meninas chamado Little Scientist. A professora Marlene Salete Koch Lins é a coordenadora e disse que o carro chefe do clube é a produção de minifoguetes de baixo custo com propelente sólido. “Nossa meta é incentivar as alunas a se interessar pela área das exatas a partir desses minifoguetes”, explica.
Marcelo Valério é professor da UFPR e orienta os clubes de ciências. Para Valério, é uma satisfação poder acompanhar de perto os clubistas que visitaram o Universo UFPR. “Eles estão com brilho nos olhos e vendo a oportunidade que têm na carreira, já que estão fazendo ciência desde cedo na nossa rede”, acrescenta.
O professor Rodrigo Arantes Reis, articulador da Rede de Clubes do Paraná Faz Ciência, o Universo UFPR é uma oportunidade para conhecer os cursos que dialogam com o Paraná Faz Ciência, como os Museu de Ciências Naturais, que possui a réplica de uma preguiça gigante, animal pré-histórico que habitou as Américas há 12 mil anos. “Para nós que temos uma relação próxima com as escolas, com os clubes de ciências, estamos super felizes de poder receber os nossos estudantes que fazem da rede, além de todos os estudantes da educação básica para que eles percebam que a universidade é um espaço feito para eles. Que eles podem ocupar”, avalia Reis.
A professora Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), também visitou o Universo UFPR. “O Paraná Faz Ciência tem um conjunto de projetos, dentre eles, a Rede de Clube de Ciências. “Nós coordenamos na Unicentro, onde temos aproximadamente 25 clubes de ciências e mais cinco ‘makers’, que nós desenvolvemos na região de Guarapuava, centro sul, com mais de doze municípios envolvidos”, explica Marquiana. A professora aproveitou para convidar a todos para participarem da 5ª edição do Paraná Faz Ciência (PRFC) que vai acontecer nos dias 29 de setembro a 3 de outubro, em Guarapuava. “Será a cidade da ciência porque nós desenvolveremos a Unicentro, mas também outros sistemas de ensino da região e também de todo o Paraná”, finaliza.
5ª edição do Paraná Faz Ciência (PRFC)
Data: 29 de setembro a 3 de outubro de 2025
Onde: Guarapuava, região centro-sul do Paraná.
Local: Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)
Alunos do 3º ano de Formação de Docentes produzem conteúdo sobre ciência e meio ambiente, aproximando a comunidade escolar da pesquisa científica
A divulgação científica desempenha um papel essencial na aproximação da comunidade escolar com o conhecimento e a pesquisa. No Colégio Estadual Cívico-Militar Sertãozinho, em Matinhos, essa iniciativa ganhou forma por meio do Jornal da Escola, produzido pelos alunos do 2º ano do curso de Formação de Docentes.
Nesta edição, o jornal trouxe como destaque o trabalho do Clube de Ciências EcoCientistas, que realizou uma atividade sobre o tempo de decomposição dos resíduos, alertando para a importância da destinação correta do lixo e o impacto ambiental dos diferentes materiais descartados.
A professora responsável pela atividade, Luciana Martins, explicou como a experiência foi estruturada para despertar a consciência ambiental nos alunos. “Nós fizemos um painel com o tempo de decomposição de cada material: tampinhas, sacolas plásticas, latas. A ideia foi mostrar o quanto esses resíduos permanecem no meio ambiente e a importância do descarte correto”, destacou.
A exposição permitiu que os estudantes visualizassem e comparassem o impacto de diferentes tipos de resíduos no planeta, fortalecendo a educação científica e o pensamento crítico sobre questões ambientais.
Além de estimular o interesse dos alunos pela ciência, a iniciativa reforça o papel da comunicação científica dentro do ambiente escolar. Ao produzirem um jornal voltado para temas de pesquisa e educação, os estudantes se tornam protagonistas na disseminação do conhecimento, contribuindo para a formação de uma comunidade mais informada e consciente.
Propondo esses projetos, como o Jornal da Escola e o Clube de Ciências Sertãozinho, o Colégio Estadual Cívico-Militar Sertãozinho reafirma seu compromisso com a educação científica, incentivando os alunos a explorarem a ciência de maneira prática e acessível.