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Paraná e Portugal fortalecem parceria em ações de popularização da ciência e divulgação científica

Mais de 200 professores e pesquisadores participaram da mesa redonda sobre “Experiências e Divulgação científica no Brasil e em Portugal”, nesta segunda-feira (18), no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba. O evento, promovido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Paraná Faz Ciência da Fundação Araucária (FA), contou com a participação da presidente da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica de Portugal, Rosalia Vargas, e da diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes.

Durante sua apresentação, Rosalia Vargas, citou os principais programas desenvolvidos na Ciência Viva e destacou dados estatísticos que mostram o avanço do interesse da ciência em Portugal a partir das ações desenvolvidas pela Ciência Viva. “Em 2005 apenas 14% da população tinha interesse por ciência e tecnologia, o que aumentou para 60% em 2021. Com a criação dos centros de Ciência Viva, o percentual de pessoas que visitavam estes locais cresceu neste período de 6% para 59%”, relata.

Sobre os projetos paranaenses, a presidente da agência portuguesa elogiou a iniciativa dos novos arranjos de pesquisa e inovação que promove a criação de redes de pesquisa em diversas áreas, principalmente o Paraná Faz Ciência, no trabalho de educação científica e popularização da ciência. “O que vimos aqui na apresentação destes programas, tão variados e intensos, é extraordinário. O que conseguem fazer com o envolvimento de equipes muito motivadas e que acreditam que é preciso agir na sociedade para obter bons resultados. Portanto estão reunidas excelentes condições para a realização de projetos muito práticos e de integração com sucesso garantido dentro do Paraná Faz Ciência”, disse.

A assessora técnica da Fundação Araucária Débora Santana (UEM) e o professor da Universidade Federal do Paraná Rodrigo Reis, articuladores do NAPI Paraná Faz Ciência, apresentaram as principais ações desenvolvidas no Paraná para a disseminação e popularização da ciência e as iniciativas da Ciência Viva que podem ser referência de ações a serem desenvolvidas.

“A Ciência Viva é o principal exemplo global de uma rede de divulgação cientifica para o fortalecimento da cultura científica de um país e ela nos inspirou a trabalhar junto com a Fundação Araucária na implementação de uma rede de divulgação científica que é o Paraná Faz Ciência. Eles organizaram redes como dos Centros Ciência Viva onde todos os museus têm uma articulação em suas exposições, trabalham com processos formação integrados mesmo com governanças específicas. Além dos Clubes de Ciência que estão na escola em parceria com a rede de ciências e museus”, comenta o articulador do NAPI.

“Uma das ações que mais chamam a atenção são as redes de Quintas de Ciência que são como pequenas chácaras e fazendas onde eles trabalham a divulgação da ciência a partir dos ecossistemas regionais de inovação. Então a ideia é entender um pouquinho mais desse processo que é totalmente aplicável para a realidade paranaense”, explicou.

Entre as principais ações desenvolvidas pelo NAPI Paraná Faz Ciência destacadas no evento estão o Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola (PICCE), o Conexão Ciência de comunicação pública da ciência e a plataforma digital Paraná Faz Ciência para divulgar informações sobre a ciência e seus atores no Estado do Paraná.

“Este formato dos NAPIS é muito inteligente porque a gente precisa somar esforços. Quando reunimos projetos, ideias e recursos humanos para a construção de um programa de popularização da ciência nós temos resultados mais eficazes”, observou a diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes.

Ela comentou ainda que o MCTI está organizando uma política de popularização da ciência para o Brasil e um dos eixos é articular as redes estaduais e que o Paraná sai na frente pois já tem uma rede sendo desenvolvida. “Queremos garantir que o cidadão paranaense e brasileiro tenha acesso ao que há de melhor na produção científica e para isso também é preciso que as crianças tenham uma escola que viva a experiência da educação científica desde a base para que tenhamos o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil”, disse a diretora.

Segundo a articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência, Débora Santana, o novo arranjo tem como objetivo envolver a comunidade em geral, iniciando pelos estudantes da educação básica, em todas as etapas da pesquisa científica por meio da ciência cidadã.

“Outra forma de aproximar a população paranaense da ciência é por meio do acesso às informações científicas em uma linguagem acessível a todas as pessoas e de modo diversificado e atraente. A difusão da ciência também é uma forma de controle social das atividades científicas desenvolvidas no estado já que a maioria é realizada com recurso público”, ressalta Débora Santana.

O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, apresentou as principais ações desenvolvidas pela instituição e o cenário em que ela está inserida no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). “No Paraná nós temos um Sistema de CT&I muito robusto e consistente e que pode avançar muito com parcerias como esta com Portugal que tem um dos sistemas mais inovadores de ciência”, destacou o presidente.

Durante a manhã desta segunda-feira (18) as equipes da Ciência Viva e do MCTI estiveram reunidas com representantes da Fundação Araucária e de instituições do Sistema de CT&I do Paraná na sede da FA.

Outra edição da mesa redonda sobre “Experiências e Divulgação Científica no Brasil e em Portugal” acontece na quinta-feira (21), às 14h30, no auditório da Unioeste em Foz do Iguaçu.