Ciência, Arte e Cotidiano: uma relação sem fronteiras

Talk show: O universo da produção artística na vida cotidiana

Arte e ciência caminham juntas desde sempre. O raciocínio lógico exigido pela ciência e a criatividade e capacidade de reflexão e abstração essenciais na arte fazem muito sentido quando conectados, sendo cada dia mais imprescindível em um mundo cada vez mais complexo.

Estudos comprovam que a arte desenvolve a cognição do indivíduo em várias áreas do conhecimento, desenvolve a capacidade de raciocinar sobre imagens científicas, melhora a capacidade de interpretação de textos e aumenta a qualidade da organização da escrita. De mãos dadas com a arte, o conhecimento científico se permite experimentar linguagens e técnicas diferentes e ampliar as conexões com outros e saberes que impactam nosso dia a dia, firmando uma relação intrínseca. 

Cientistas grandiosos, como Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, por exemplo, transitaram livremente pela conexão entre a ciência e a arte, ao promover o conhecimento e comunicar de formas diversas, deixando legados inestimáveis para a humanidade.

Cotidianamente, a arte é capaz de redimensionar a visão de mundo para que a ciência se manifeste diretamente em nossas vidas. O aprofundamento da relação entre arte e ciência em projetos de pesquisa e nas mais diferentes áreas acadêmicas, vem sendo discutida e cada dia mais aplicada na educação. 

Na década de 1990, surgiu nos Estados Unidos o movimento STEM (acrônimo em inglês para science, technology, engineering and mathematic) para identificar ações ou práticas educacionais que envolvessem as disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Com resultados positivos, pesquisadores perceberam que a arte deveria ser integrada às demais áreas, dando origem ao movimento STEM to STEAM que defende uma educação sem barreiras entre as disciplinas e promova a criatividade e a inovação. 

No Brasil, a interação entre arte e ciência ainda é ambígua. Até então, há grande desconhecimento da influência da arte, inclusive no meio acadêmico, além de pouquíssimo investimento por parte das agências de fomento. A maioria das instituições se limita a promover ou incentivar alguns poucos e segregados projetos de extensão.Vivemos cercados de arte e de ciência. E como diz a canção A Ciência em Si, de Gilberto Gil, “se a crença quer se materializar tanto quanto a experiência quer se abstrair, a ciência não avança, a ciência alcança a ciência em si”.

[SNCT 2022] Ciência, Arte e Cotidiano

Convidados

Tiago Franklin Rodrigues Lucena

É mestre e doutor em Artes, na linha de pesquisa Arte e Tecnologia na Universidade de Brasília (UnB), com os temas de mídias móveis, locativas, pervasivas e sencientes. Possui graduação em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande (PB) e especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação, pela UniCesumar. Atualmente é professor do curso de Comunicação e Multimeios na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

André Luis Rosa 

Performer, ator, dançarino, encenador e educador em arte, possui doutorado em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra. Tem mestrado em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia e licenciatura em Educação Artística (Dança e Teatro) pela Universidade Estadual Paulista.

Apresentadora

Ana Paula Machado Velho

É pós-doutora em Arte e Tecnologia (LArt) pela Universidade de Brasília (UnB), como bolsista do CNPq, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como bolsista da CAPES. Atuou na Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM) e jornalista da Assessoria de Comunicação Social da UEM. Foi jornalista responsável pela assessoria de comunicação do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), da Universidade Estadual de Maringá.


Noth Camarão

Jornalista, Fotojornalista, Relações Públicas e Publicitária graduada pela Universidade Estácio de Sá (RJ).