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Clube do Colégio de Aplicação da UEM visita o acelerador de partículas brasileiro, o Sírius, em Campinas

Por: Ana Elisa Frings

A viagem teve como objetivo participar do dia de visitação aberto ao público no centro de tecnologia mais moderno do país.

A foto é do Clube de Ciências Paisagismo Sustentável. A imagem mostra um grupo de estudantes posando em frente a um jardim vertical instalado numa parede preta, no que parece ser o pátio da escola. A maioria dos alunos estão usando camisetas vermelhas com o logotipo do colégio. O jardim vertical está bem organizado, com diversas plantas ornamentais, dando um aspecto verde e ecológico ao espaço. À esquerda, vê-se uma árvore com comedouros para beija-flores pendurados, e, à direita, uma estrutura com cobertura translúcida. O chão está revestido com blocos de pedra formando um caminho decorativo. O ambiente transmite uma sensação de envolvimento com a natureza, sendo resultado de um projeto ligado ao Clube Paisagismo Sustentável.
Grupo de alunos e professores de Maringá no prédio onde está o acelerador de partículas brasileiros, no CNPEM em Campinas (Foto/Yudi Godoy)


Os clubistas do CAPCiência e mais 17 alunos do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fizeram uma viagem ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, São Paulo. O grupo participou do dia de visitas anualmente realizado pelo CNPEM, o Ciência Aberta. Viajaram ao todo 40 alunos e cinco professores. 

“Foram 23 alunos do Clube de Ciências e mais 17 alunos selecionados entre os de melhor desempenho em relação às notas e com menor número de faltas”, explica o professor e coordenador do Clube, Antônio de Oliveira. “Recebemos o apoio da UEM, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Pesquisa, para que a viagem pudesse ser concretizada e foi uma experiência muito interessante, tanto para os alunos quanto para os professores”, reforça o professor.

O evento em Campinas faz parte da sétima edição do Ciência Aberta, promovida pelo CNPEM – órgão supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – que oferece à comunidade dois dias de visitação para conhecer a estrutura do campus, este ano realizado nos dias 30 e 31 de maio. O primeiro dia é dedicado a grupo de estudantes e excursões previamente cadastrados, e o segundo é aberto à comunidade em geral, sempre gratuitamente.

A atração mais conhecida do campus é o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro, uma estrutura grandiosa e de última geração que está possibilitando avanço de pesquisas em áreas multidisciplinares e totalmente novas. Seu princípio de operação é produzir um tipo especial de luz, a luz síncrotron, que está sendo utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas diversas formas, e ainda permite acompanhar esses processos físicos, químicos e biológicos nas frações de segundo em que se dão.

A imagem mostra o prédio visto de fora e de longe, em formato arredondado onde está o acelerador de partículas. A fachada é envidraçada, lembrando uma estrutura de estádio esportivo grandioso e ao lado esquerdo há uma placa estilo outdoor escrito: “CNPEM um centro de pesquisa e inovação único no país”. No entorno, a área é gramada e sem nenhuma construção em volta
Foto externa da estrutura do CNPEM, onde está o Sírius – acelerador de partículas – e outros laboratórios que pesquisam sobre energia renovável, biociências e nanotecnologia (Foto/Antonio de Oliveira)


“É uma tecnologia única que possibilita a solução de grandes questões da ciência. Entre eles, possibilitou conhecer melhor a estrutura do vírus da Covid-19 e sua proteína que faz a ligação com as células humanas e causam a infecção”, explicou o bolsista administrativo da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência, Yudi Godoy, biotecnologista e mestre em Ciências Farmacêuticas que acompanhou o grupo na viagem a Campinas.

Os laboratórios em si estavam fechados, por se tratar de um evento de alto volume de circulação de pessoas, mas à frente de cada um deles havia um monitor explicando qual a importância daquela pesquisa, o que aquele laboratório estuda, as aplicações práticas de cada trabalho. “Os alunos puderam interagir com os mais diversos profissionais ali e penso que foi algo muito incentivador para os alunos seguirem carreira na pesquisa, nas engenharias, na ciência como um todo”, defende Yudi.

A imagem mostra um grupo de alunos em pé, em frente a um equipamento, e ao lado deles está um monitor que veste colete amarelo e segura um microfone para explicar o funcionamento do acelerador de partículas em miniatura. Estão numa área externa, porém embaixo de uma barraca ou estande montado pelo evento.
Alunos ouvem explicação de um dos monitores sobre o acelerador de partículas em miniatura, em área externa do campus do CNPEM Foto/Antonio de Oliveira)


Esses laboratórios ao longo do prédio têm microscópios de varredura, um equipamento muito específico, comenta Yudi. “Normalmente nas universidades vemos apenas um exemplar desses e uma fila de pesquisadores para usá-lo; é outra realidade. Esse equipamento faz imagens que outros não conseguem”, informa o pesquisador. 

Além de contar com mais microscópios de fluorescência, fluxos laminares para fazer cultura de células, sequenciamento de DNA, entre outros usos. São equipamentos mais básicos de laboratório, mas lá vistos em maior quantidade: centrífugas, pipetas. “Permite que cada pesquisador tenha seu conjunto de pipetas, algo que custa em torno de 10 mil reais. Realmente uma estrutura muito organizada e atual”, define Yudi.


Durante a visita, os estudantes puderam caminhar pelas rotas internas do prédio onde está o acelerador e visualizar esses laboratórios de pesquisa e seus equipamentos, seguindo um roteiro preparado pela organização previamente. Em sua edição anterior, foram registradas mais de 21 mil pessoas nos dois dias de visitação do Ciência Aberta.

A estrutura do CNPEM contempla ainda laboratórios voltados para os temas de energias renováveis, biociências e nanotecnologia. Áreas também relacionadas com o tema de pesquisa do Clube de Ciências do CAP, esse ano dedicado a pesquisar sobre energia. Esses laboratórios e seus pesquisadores atuam, por exemplo, para buscar soluções em saúde no âmbito nacional, com pesquisas em biologia molecular e imunologia.

UNICAMP

A imagem mostra um grupo de alunos e de professores alguns em pé, outros ajoelhados segurando a bandeira do Clube de Ciência CAPciência e posam ao lado da placa do Instituto de Química da UNICAMP (Universidade Estadual De Campinas). Ao fundo estão prédios do centro de estudos de química, no campus da UNICAMP.
Alunos e professores em frente ao centro de estudos de Química, no campus da UNICAMP, última parada da visitação durante a viagem a Campinas (Foto/Yudi Godoy)


Após a visita ao acelerador de partículas no CPNEM, a excursão se estendeu até o campus da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), para que os alunos pudessem caminhar e conhecer como são os centros de estudos e a estrutura de um campus universitário. Ao final do dia, retornaram para Maringá.
O Colégio de Aplicação da UEM tem um perfil no Instagram, o @capuemoficial para acompanhar as demais atividades do clube e do colégio.