O projeto integra as ações do NAPI Paraná Faz Ciência e foi selecionado por um edital do MCTI
Com o objetivo de fomentar projetos estudantis de inovação, tecnologia, pesquisa e divulgação científica, os Clubes de Ciências Maker integram as ações do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Paraná Faz Ciência. O projeto faz parte do programa “Mais Ciência na Escola” e foi selecionado por um edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o único contemplado em todo o estado.
A abertura do Paraná Faz Ciência Maker foi realizada no dia 18 de março, em uma reunião virtual. O encontro contou com a presença de aproximadamente 170 pessoas, entre autoridades, diretores, professores e técnicos dos núcleos paranaenses. Foi apresentada a importância, objetivo e funcionamento da iniciativa, que está sendo implementada em 45 escolas.
Segundo o professor Rodrigo Arantes Reis, articulador do NAPI PRFC, trata-se de um projeto que envolve todos os níveis de governo do Paraná. “Essa parceria mostra um momento que, para nós, parece ser bastante interessante, especialmente para a área de popularização da ciência no Brasil”, destaca. “O Paraná é o primeiro estado onde a gente teve a implantação do programa Pop Ciência, que é o programa de popularização da ciência do Governo Federal.”
Para Juana Nunes, diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica (DEPEC) do MCTI, esse trabalho é determinante para o futuro da ciência no país. “É importante que a gente entenda o desafio que estamos construindo hoje. É um investimento de R$ 100 milhões, com mil escolas no Brasil inteiro e vamos colocar no foco da política pública […] a educação científica e o letramento digital”, explica.
A professora Santina Bordini, articuladora de Projetos Científicos, na Escola da Secretaria de Educação de Curitiba, também aproveitou para comentar sobre a importância dos Clubes de Ciências Maker. Encerrando a fala das autoridades, Maria Cristina Bittencourt, coordenadora de Educação Ambiental da Secretaria Estadual de Educação (SEED/PR), parabenizou os representantes técnicos dos núcleos: “Sem eles, a gente não consegue chegar na escola, eles são a ponte.”
Paraná Faz Ciência Maker
O Paraná Faz Ciência Maker priorizou a seleção de escolas com índice de vulnerabilidade social. As instituições são divididas em dois grupos: Nó 1 – Planeta Consciente e Nó 2 – Exploradores Digitais. O primeiro tem 30 escolas estaduais, que irão trabalhar com o Ensino Fundamental. Já no segundo há 15 escolas, 13 estaduais com alunos do Ensino Médio e duas municipais com Ensino Fundamental.
O Nó 1 desenvolverá atividades utilizando tecnologias sociais e inovadoras. Enquanto isso, o Nó 2 terá o foco em atividades que valorizem ideias criativas, abordagens de design e funcionalidades robóticas. Os dois grupos pretendem estimular os estudantes a alcançar o empreendedorismo social e a cidadania ativa.
De acordo com a professora Mariana Andrade, coordenadora estadual do Paraná Faz Ciência Maker, as expectativas são boas para essa nova fase do projeto, que tem duração de 12 meses. “É uma Rede que já está em desenvolvimento, nós temos muitas pessoas trabalhando. Acredito que vamos ter resultados muito significativos para as escolas que estão participando”, destaca.
Para contribuir com o desenvolvimento das atividades, as escolas receberão materiais e equipamentos, como impressora 3D, equipamentos de proteção e insumos de papelaria, informática e elétricos para robótica. Além disso, um professor e 10 estudantes de cada instituição devem ser contemplados com bolsas. O fomento é fornecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).