Com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, alunos apresentaram uma sessão de cinema para toda a escola
O Clube ‘Planeta Consciente Paraná Faz Ciência Maker’ iniciou as atividades este ano e já discutiu três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), durante os encontros semanais. A temática foi baseada na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015. Os ODS têm os objetivos de erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir o bem-estar de todos até 2030.
Assim, o projeto do clube no Colégio Estadual do Campo Marechal Floriano Peixoto, do distrito de Ribeirão Bonito, em Grandes Rios, busca estudar os 17 ODS e criar atividades para além da teoria, exercendo ações com potencial prático. Entre as atividades realizadas, uma destacada pelo professor coordenador do clube, Juliano Michael Sabatini, foi a sessão de cinema.
No final do mês de abril, o Clube realizou uma sessão para exibir o filme Wall-E para toda a comunidade escolar e nomearam o evento de “Da Terra à Tela”, fazendo relação com os três ODS estudados pelos alunos do “Planeta Consciente”. Houve espaço também para a colaboração com outras disciplinas, pois um longa-metragem traz a possibilidade de debater arte, língua portuguesa, língua inglesa, oratória, mídias digitais, ética, liderança, além do projeto de vida dos estudantes e a ciência e a tecnologia.
Para a atividade do cinema, o coordenador Juliano contou com a colaboração da professora de Corresponsabilidade Social e Sustentável, Roseli Beatriz. “A escola é muito unida, eles conseguem se juntar e trabalhar a questão nas mais diversas temáticas”, explica Sabatini.
“Da Terra À Tela” foi um trabalho coletivo entre a turma do Clube e alunos da disciplina da professora Roseli. Eles atuaram juntos, cada um com uma função. Os alunos do “Planeta Consciente” foram responsáveis por entrarem nas salas de aula e explicarem aos outros estudantes sobre os três ODS estudados até o momento, entre eles os de número 11, 12 e 13.
O ODS 11 – “Cidade e Comunidade Sustentável” – busca tornar as cidades e as habitações inclusivas, protegidas, resistentes e sustentáveis. Assim, entre as discussões em sala de aula, os alunos buscaram aprender as práticas de consumo sustentável, reduzindo o desperdício.
Esse ODS também se ligou com o 12 – “Consumo e Produção Responsável” -, de forma a contribuir com reflexões sobre a reciclagem e as possibilidades de reutilização. E ainda com o 13 – “Ação Contra a Mudança Global do Clima”. Um dos trabalhos realizados neste Objetivo foi uma maquete representando duas mãos com o planeta terra no centro.
O objetivo do evento também foi tratar de pesquisas realizadas em torno da degradação ambiental e suas consequências. A ideia era sensibilizar alunos, professores e toda a escola sobre as problemáticas ambientais. Os estudantes levaram alguns dos conhecimentos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para aqueles que não fazem parte do Clube.
Para além da multidisciplinaridade da ideia do “Da Terra à Tela”, um ponto interessante é que o longa-metragem, por ser mudo, facilita a participação de estudantes com deficiência auditiva. Assim, foi possível contar com todos os alunos na sala.
Produção das Caixas e Cinema
O nome do clube “Planeta Consciente” partiu dos estudantes em conjunto com o professor Juliano e faz referência ao principal objetivo que é conscientizar sobre os ODS, tão necessários atualmente. A ideia também é, segundo o professor, criar “uma forma do projeto não ser entendido isoladamente, mas mostrar aos alunos que eles podem fazer a diferença no mundo com suas atitudes”.
Por ser uma escola integral, o Clube funciona como uma disciplina eletiva. Todas as terças-feiras eles se reúnem para discussões sobre uma temática ambiental que envolva os ODS. Primeiro encaixam a pauta em uma das 17 opções e, depois, começam a produzir a “Caixa de Ferramentas”. Essa é uma representação visual e um recurso que ajuda na implementação e no acompanhamento das metas do grupo.
Com 10 estudantes do 8º ou 9º ano, o professor sempre procura trabalhar o lado artístico, já que também é docente de artes. Assim, até o final do ano pretende ter todas as 17 caixas com referência aos ODS montadas. Segundo Juliano, é interessante observar os alunos percebendo os problemas ambientais, demonstrando mais autonomia nas discussões e nas ações.
A dinâmica do Clube envolve a teoria por meio de rodas de conversas, mas também a prática com a criação das caixas feitas a partir de materiais recicláveis. Para isso, exige dos estudantes a busca pelos componentes e seus significados, despertando nos alunos a educação ambiental que também é levada por eles para as famílias, além da comunidade externa.
A proposta para os próximos meses é continuar estudando os ODS e envolver a comunidade interna e externa. O Clube também pretende apresentar os trabalhos na Culminância, que é um evento realizado no encerramento do semestre. Nesta ocasião, o colégio abre às portas para pessoas de fora do ambiente escolar, a fim dos alunos exibirem os resultados dos projetos desenvolvidos nas disciplinas eletivas.