Pyetra Heller, de 14 anos, clubista do Colégio Estadual Padre Chagas, apresentou o projeto “Jovens Cientistas: Diagnósticos e Soluções para Justiça Climática” na etapa estadual em Foz do Iguaçu
Nos dias 11 e 12 de agosto ocorreu a etapa estadual da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, em Foz do Iguaçu. Durante o evento, o projeto Jovens Cientistas: Diagnósticos e Soluções para Justiça Climática, do clube de ciências EcoCientistas Visionários, de Guarapuava, foi selecionado para representar o estado do Paraná na etapa nacional, em Brasília.
Pyetra Heller Pereira, de 14 anos, clubista do Colégio Estadual Padre Chagas, foi escolhida como delegada da escola e teve a missão de apresentar as ações do grupo envolvendo temas como saneamento básico, resíduos sólidos, drenagem, inundações e insegurança alimentar. Para ela, apresentar o projeto na etapa estadual “trouxe muitas emoções, nervosismo, ansiedade, mas principalmente orgulho de trazer um projeto tão importante, pois queremos não só melhorar o meio ambiente, mas a qualidade de vida da população”, relatou a estudante.
O projeto Jovens Cientistas em Ação: Diagnóstico e Soluções para a Justiça Climática, tem a proposta de diminuir os impactos de desastres naturais, como as inundações, visando melhorar a qualidade de vida das comunidades, principalmente de moradores de áreas de risco. O objetivo apresentado por Pyetra é levar as propostas de ação ao poder público para que se tenha uma atuação mais eficaz na melhora do saneamento.
Como solução, Pyetra acredita ser de extrema importância ouvir a comunidade, levando conhecimento e informação sobre a prevenção. “Esses temas são de extrema importância, pois sem a conscientização da sociedade sobre o assunto, não há como trabalharmos por um futuro melhor.”
Na etapa municipal, que garantiu a vaga para o Colégio Estadual Padre Chagas na etapa estadual da VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), os alunos aplicaram uma dinâmica: A atividade começou com apresentações introdutórias dos clubistas. A partir dessas exposições, os alunos das turmas formaram grupos e criaram o ‘Muro das Lamentações’, onde registraram problemas ambientais que conhecem, vivenciam ou identificam nas falas dos colegas. Em seguida, a atividade evoluiu para a construção da Árvore dos Sonhos, onde os estudantes escreveram nas folhas suas propostas de solução para esses problemas, criando, assim, uma trilha simbólica que liga os desafios às ações necessárias para superá-los e alcançar um futuro mais sustentável.
Com o tema “Vamos transformar o Brasil com educação e justiça climática”, a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente é uma iniciativa do Ministério da Educação e do Ministério do Meio Ambiente voltada a estudantes do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Durante a etapa estadual, o evento contou com 60 alunos do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental que foram previamente selecionados por comissões formadas nos Núcleos Regionais de Educação (NREs), que avaliaram as conferências escolares.
Em Guarapuava, o projeto contou com o apoio da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência e dos projetos internacionais ‘Nós Propomos! Unicentro: Juventude educando-se na/com a cidade’ e ‘Pacto Global dos Jovens pelo Clima’, coordenados pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
De mãe para filha
Paloma Heller também teve a mesma missão que sua filha, Pyetra, durante seu tempo escolar. Em 2008, representou o Paraná na 3ª edição da CNIJMA, pelo Colégio Estadual Vinícius de Moraes, em Nova Tebas. Na época, o projeto focava em melhorias na coleta de lixo, diante da precariedade do serviço e da prática comum de queimar resíduos.
Para Paloma, ver sua filha fazendo parte de algo que foi tão importante para o próprio crescimento pessoal é significativo. “Fiquei orgulhosa demais, minha filha sempre foi muito tímida e incentivei muito essas experiências para que ela pudesse desenvolver esse lado tão importante pro desenvolvimento dela. Entrar no clube de ciências foi muito bom, principalmente para o crescimento pessoal e profissional dela. Ser escolhida como representante do Paraná na etapa nacional foi e vai ser um grande passo para o crescimento dela”, contou a mãe de Pyetra.
Já para Pyetra, ter sua mãe como exemplo as deixa ainda mais conectadas. “Continuar algo que minha mãe já participou me deixa mais conectada às suas experiências, mas também me dá muita alegria”, comentou.
Agora, Pyetra e o professor responsável pelo clube de ciências da escola, Emerson de Souza, se preparam para a etapa nacional da Conferência, que está marcada para acontecer durante os dias 6 a 10 de outubro, em Brasília. “Minhas expectativas são de conseguir levar o nosso projeto e alcançar mais pessoas, além de obter mais conhecimento com os outros alunos”, respondeu Pyetra ao ser perguntada sobre as suas expectativas para a etapa nacional.Acompanhe mais atividades dos Clubes de Ciências pelo Instagram da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência @clubesparanafazciencia e pelo site Paraná Faz Ciência.