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PARANÁ FAZ CIÊNCIA

NAPI PRFC leva o conhecimento até os visitantes do Paraná Faz Ciência

Por: Guilherme de Souza Oliveira

O Paraná Faz Ciência, evento que reúne ciência, tecnologia e inovação, foi palco, também, de um estande do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência. De 8 a 11 de outubro, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o estande recebeu alunos e professores da rede básica de ensino, além de cientistas, professores e pesquisadores universitários. Eles ficaram sabendo dos projetos do Arranjo por meio dos membros do NAPI que estiveram presentes no espaço ao longo dos quatro dias de evento. 

A pós-doutoranda Edinalva Oliveira trouxe uma contribuição significativa para o estande: informações sobre o projeto dos Clubes de Ciência, uma iniciativa nova, que  ganhou visibilidade durante o evento. “Estamos engajados e sentimos o impacto positivo, principalmente, quando recebemos professores de diferentes cidades, que percebem como o ensino de ciências precisa ser dinâmico, exigindo movimento e ação”, comentou Edinalva.

A pesquisadora destacou que os Clubes de Ciência promovem a alfabetização científica, incentivam a pesquisa e a popularização do conhecimento, além de engajar os alunos em projetos de ciência cidadã. Essa abordagem busca tornar o estudante um protagonista no processo de aprendizagem. “O aluno não fica apenas recebendo a informação passivamente. Ele participa ativamente, tomando decisões com o professor sobre o que e como aprender, além de refletir sobre como melhorar sua própria comunidade”, comentou Edinalva.

Ela ressaltou que os clubes permitem que os alunos investiguem questões locais, como problemas de saúde, conservação da biodiversidade, queimadas, e poluição do solo e da água. “Os estudantes olham para essas questões e se perguntam: ‘Como posso contribuir?'”, disse Ednalva, destacando o papel transformador dos clubes. 


A bolsista de pós-doutorado do NAPI PRFC, Maria José Pastre, mostrou , na prática, como conversar sobre ciência de forma acessível, especialmente com crianças. Por meio de um experimento, ela  demonstrou a importância de haver espaços com vegetação nas cidades para evitar inundações. “Se tudo for só cimento, a água não escoa. Mas em áreas com grama, folhas ou pedras, a água é filtrada e desce para o solo”, explicou, mostrando material visual para a garotada. 


Além disso, Maria ensinou como determinar o pH de substâncias usando um extrato de repolho roxo. Dependendo da substância misturada, a cor muda, indicando se o pH é ácido ou básico. “Substâncias como detergente e limão, que deixam a solução rosa ou vermelha, são ácidas. Já as que ficam amarelas, verdes ou azuladas são básicas”, esclareceu.

Outro destaque foi a coleta de amostras de rios do Paraná, realizada por Edinalva Oliveira, por meio de um projeto de Ciência Cidadã, feito em parceria com alunos. Segundo ela, os insetos coletados funcionam como bioindicadores da qualidade da água. Dependendo da cor da tampa nos frascos de coleta, é possível saber se a água está limpa ou poluída


A comunicóloga e bolsista técnica do NAPI, Camila Lozeckyi, destaca que foi especialmente gratificante observar o interesse de crianças e adolescentes, desde o ensino básico até o médio, pela ciência. Ela ressaltou que essa interação é essencial para fortalecer a conexão entre a comunidade e o que é desenvolvido dentro da universidade.

 “É fundamental devolver à sociedade o que produzimos, após tanto tempo de dedicação. Trazer o trabalho que realizamos no Conexão Ciência, como a produção de conteúdo e reportagens, para esse ambiente é muito significativo”, afirmou. Camila também destacou a importância das conversas com o público, que permitiram compreender melhor seus interesses e curiosidades. “Tem sido uma experiência muito enriquecedora,” concluiu.

Jailson Pacheco, pesquisador do NAPI PRFC, vem reforçando a importância da divulgação científica e da conexão entre as universidades e a comunidade. Ele destaca como a rede do NAPI une diversas instituições públicas estaduais e federais, fortalecendo a colaboração entre elas e ampliando os resultados dos projetos desenvolvidos. “Como divulgadores científicos, temos a obrigação de estar presentes e atender às necessidades da comunidade, explicando os projetos que as universidades têm ao longo de sua história”, afirmou.

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Pacheco também ressaltou a relevância da rede de Clubes de Ciência, que aproxima as universidades das escolas de educação básica, e a ciência cidadã, onde os indivíduos participam de todas as etapas do processo científico, desde a coleta de dados até a análise. 

“A articulação entre as universidades potencializa os resultados, proporcionando maior reconhecimento público e aumentando a participação da comunidade científica. Desenvolvemos, inclusive, um aplicativo que facilita o entendimento do que fazemos dentro da universidade, disponível para professores e qualquer pessoa interessada”, concluiu o pesquisador, reafirmando o compromisso de aproximar a ciência da sociedade e fomentar o conhecimento científico de forma acessível e participativa.