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Três projetos de Clube de Ciências de Umuarama são finalistas na Feira de Altas Habilidades, a FENAAH/S

Por: Ana Carolina Arenso Barbosa

Conheça os projetos do Clube Dengue Bot, do Colégio Estadual Vereador José Balan

A foto é dos alunos do Clube Dengue Bot do Colégio Estadual Vereador José Balan de Umuarama com projetos finalistas no FENAAH/S. A imagem mostra um grupo de pessoas posando em frente a um muro verde com uma placa do Colégio Estadual Vereador José Balan. Ao fundo, há uma grande pintura com o logotipo "CJB" em destaque, seguido do nome completo da escola em letras grandes e pretas. O grupo é composto por 13 pessoas, incluindo jovens e dois adultos. À esquerda da imagem, uma mulher de casaco vermelho e cachecol preto está sorrindo, ao lado de vários estudantes. À direita, outro adulto, de barba e vestindo jaqueta escura, também posa ao lado dos alunos. Todos estão agasalhados, sugerindo que a foto foi tirada em um dia frio. O clima é de descontração e união.
Alunos com projetos finalistas na FENAAH/S (Foto/Arquivo pessoal)

Em Umuarama, o Clube Dengue Bot, do Colégio Estadual Vereador José Balan, teve três projetos finalistas na Feira Científica do Núcleo de Altas Habilidades/Superdotação (FENAAH/S), da SEED (Secretaria de Estado de Educação) do Paraná. O evento ocorre entre os dias 11 e 13 de novembro, em Foz do Iguaçu. 

A feira tem por objetivo proporcionar trocas de vivências entre professores e entre os estudantes dos programas de Altas Habilidades/Superdotação do Paraná. Também é uma maneira de incentivar e dar maior visibilidade a projetos elaborados por eles, por meio de apresentações dos trabalhos de Iniciação Científica.

O professor coordenador do clube, Maikon Douglas Schmidt, conta estar muito feliz com o resultado. “Foi uma alegria imensa quando recebemos a notícia de que os alunos foram selecionados como finalistas da FENAAHS. Eles ficaram radiantes! Muitos comemoraram, sorriram, vibraram — foi realmente um momento muito especial para todos nós”, afirma.

Conforme o professor Maikon, isso foi possível graças à dedicação dos estudantes. “É o reconhecimento de todo o esforço e o comprometimento que eles colocaram no projeto desde o início. Como professor e orientador do clube, me sinto extremamente orgulhoso. Acompanho de perto cada etapa, cada desafio superado, e ver esse resultado é muito gratificante. Ser finalista em uma feira tão importante como a FENAAHS mostra que nossos alunos têm talento, criatividade e capacidade de transformar ideias em soluções reais. Essa conquista fortalece a confiança deles e inspira toda a comunidade escolar”.

Os três projetos aprovados são:

  • Desenvolvimento de maquete inteligente para avaliação da reutilização da água da chuva em ambiente escolar com arduino UNO e ESP32;
  • Desenvolvimento e aplicação de um jogo educativo de matemática no SCRATCH com temática de animes para o ensino de divisão e 
  • Protótipo de um robô autônomo para o auxílio no combate a Dengue no ambiente escolar.
A imagem é um cartaz de divulgação de um dos projetos finalistas da IV FENAAH/S 2025. O layout segue um padrão colorido e educativo, com moldura decorada por ícones científicos como átomos, engrenagens, tubos de ensaio, livros, lâmpadas e lupas. No centro, em destaque, está escrito: "Projeto Finalista 2025". Logo abaixo, em letras roxas, aparece o nome do projeto: "Desenvolvimento de maquete inteligente para avaliação da reutilização da água da chuva em ambiente escolar com arduino UNO e ESP32". Abaixo do texto, há uma fotografia de três estudantes em pé. Eles posam sorrindo, representando o projeto finalista. Na parte inferior, centralizado, aparece o nome "Umuarama", indicando a cidade de origem da equipe. O cartaz combina elementos visuais jovens, modernos e científicos.
Alunos do projeto “Desenvolvimento de uma maquete inteligente para avaliação da reutilização da água da chuva em ambiente escolar com Arduino Uno e ESP32” (Foto/Arquivo pessoal)

O primeiro projeto realizado pelos estudantes do oitavo ano Antônio Carlos Vigarin Scantamburlo, Luiz Otávio Cabral Tis e Victor Emanuel dos Santos da Silva, é uma maquete de um dos blocos da escola com a intenção de simular um sistema de captação e reutilização da água da chuva. Na maquete, conforme escala proposta, cada um centímetro equivale a um metro (real). Segundo o professor Maikon, “os clubistas demonstram na prática como a água da chuva que cai sobre o telhado pode ser coletada, armazenada e reaproveitada de forma inteligente”. 

A maquete tem sensores conectados ao Arduino Uno e ao ESP32, que monitoram, por exemplo, o nível da água no reservatório, a umidade do solo para uma possível irrigação, além de sensor de chuva para abrir e fechar o reservatório. Neste projeto também é demonstrado uma simulação do uso da água, como para reuso, irrigação de jardins, descarga e lavagem do pátio da escola. 

Os clubistas pretendem realizar cálculos estimando a quantidade de volume de água que pode ser captado, com base nos dados da chuva da região e nas dimensões do telhado. Com o resultado, eles irão avaliar o potencial de redução na conta de água, ou seja, o impacto que esse sistema realizaria ao colégio. 

Além disso, o professor conclui que “o projeto envolve conceitos como sustentabilidade, a partir da utilização de materiais recicláveis, robótica, programação e incentiva os alunos a pensarem em soluções reais para os desafios ambientais”.

A imagem é um cartaz de divulgação de um projeto finalista da IV FENAAH/S 2025. O fundo é branco, com uma borda colorida composta por ícones de ciência, como frascos de laboratório, engrenagens, átomos, livros, lâmpadas e outros símbolos relacionados ao conhecimento. No centro do cartaz, em letras roxas, está o título: "Projeto Finalista 2025". Logo abaixo, em letras maiúsculas, está o nome do projeto: "Desenvolvimento e aplicação de um jogo educativo de matemática no SCRATCH com temática de animes para o ensino de divisão". Abaixo do texto, há uma fotografia com três alunos, em pé. Eles estão sorrindo e posando para a foto, representando sua equipe. Na parte inferior do cartaz está escrito "Umuarama", indicando a cidade de origem dos estudantes. O cartaz tem um estilo jovem, com elementos gráficos vibrantes e educativos que remetem ao ambiente escolar e científico.
Alunos do projeto “Desenvolvimento e aplicação de um jogo educativo de matemática no Scratch com temática de animes para o ensino de divisão” (Foto/Arquivo pessoal)

O segundo projeto finalista, elaborado pelos alunos do sétimo ano: Gabriel Mateus Dalbosco de Almeida, Breno Gabriel Tavares Martins e Kauan Ribeiro, foi um jogo inspirado no universo do anime Naruto, com o objetivo de desenvolver a operação de divisão.

Segundo o professor, “entre as quatro operações da matemática (adição, subtração, multiplicação e divisão), talvez essa seja a que os alunos apresentam maior dificuldade”. Conforme Maikon, esse projeto também visa atender os alunos da sala de recursos.

O jogo foi desenvolvido no Scratch – uma linguagem de programação visual elaborada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), projetada para crianças e jovens aprenderem os conceitos básicos de programação de maneira participativa. Por isso eles utilizaram a linguagem dos animes e da programação. Os clubistas elaboraram fases, dicas e desafios que envolveram a conta de dividir de forma lúdica e interativa. 

“Essa proposta estimula tanto o raciocínio lógico quanto a criatividade promovendo o protagonismo desses alunos clubistas, ao passo que estimula a aprendizagem dos estudantes que apresentam dificuldade”, diz o professor.

A imagem é um cartaz de divulgação de um projeto finalista da IV FENAAH/S 2025. O cartaz tem um fundo branco com moldura colorida decorada com ícones de ciência, como átomos, engrenagens, frascos de laboratório, livros e lâmpadas. No centro, em letras roxas, está escrito: "Projeto Finalista 2025” e “Protótipo de um robô autônomo para o auxílio no combate à dengue no ambiente escolar”. Abaixo do texto, há uma foto de três estudantes (dois meninos e uma menina) em frente a uma parede com inscrições parciais. Eles estão em pé, lado a lado, representando o projeto. Na parte inferior do cartaz está escrito "Umuarama", indicando a cidade de origem do grupo. Elementos gráficos como respingos de tinta, ícones científicos e cores vibrantes tornam o cartaz visualmente atrativo e voltado ao público jovem.
Alunos do projeto “Protótipo de um robô autônomo para o auxílio no combate à dengue no ambiente escolar” (Foto/Arquivo pessoal)

Desenvolvido por alunos clubistas do nono ano: Gustavo Lima de Araújo, Gustavo Dosso Francischini Da Silva e Ana Júlia dos Santos França, o terceiro projeto produziu um robô autônomo para auxiliar no combate à dengue no ambiente escolar.

Esse robô possui sensores de obstáculos que permitem sua movimentação independente pelos espaços da escola – como corredores, salas de aulas e pátios. Além disso, ele dispersa uma solução de citronela enquanto se movimenta. Essa substância natural ajuda a repelir o mosquito Aedes aegypti. Conforme o professor, o protótipo está sendo testado no ambiente escolar e a ideia é unir tecnologia e educação para promover a prevenção da dengue de forma prática e inovadora. 

Aliado ao teste do robô, Maikon explica que os alunos estão desenvolvendo armadilhas de mosquitos seguindo a metodologia da Fiocruz. As armadilhas se chamam ovitrampas. “Essa armadilha será um pote e uma paleta de Eucatex, nós iremos colocar no pote uma solução de levedura de cerveja que irá atrair a fêmea do mosquito que estiver por perto. Essa fêmea vai depositar ovos nessa paleta. E a partir da contagem de ovos a gente vai ter um indicativo da quantidade de mosquitos na região”, explica. 

Além disso, o professor expõe que para os próximos passos, serão montados dois grupos de experimento, sendo um experimental e outro de controle, em uma sala de aula que terá influência do robô e a outra que não terá. A partir dessa estratégia, o clube conseguirá  levantar dados sobre a eficiência do robô no combate à dengue no ambiente escolar.