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Museus universitários do Paraná consolidam rede e conquistam relevância para o setor cultural e científico

Por: Silvia Calciolari

Visitantes do Paraná Faz Ciência poderão conhecer parte do acervo 14 museus universitários em mostra interativa e com muita ciência

A mesa de abertura do II Encontro Paranaense de Museus e Centros de Documentação Universitários 2025 contou com a participação de Rodrigo Oliveira Bastos (à direita), Renê Wagner Ramos, coordenador da Remup, Roseli de Oliveira Machado, diretor do campus Santa Cruz da Unicentro, Fábio Hernandes, reitor da Unicentro, Édson Armando Silva (UEPG), Fabiane Bergmann, diretora do Arquivo Público do estado do Paraná, e Ricardo Miyahara, diretor do campus CEDETEG/Unicentro (Foto/Silvia Calciolari/NAPI PRFC)

Pelo segundo ano consecutivo, gestores e pesquisadores da Rede de Museus de Ciências e da Rede de Museus e Centro de Memórias Universitários do Estado do Paraná estão reunidos em evento científico para debater os desafios e estratégias para melhorar a gestão e a inserção junto à comunidade em geral. São museus das mais diversas tipologias, como os museus de ciência e tecnologia, os históricos ou de ciências naturais, entre outras áreas.

O II Encontro Paranaense de Museus e Centros de Documentação Universitários acontece durante um dos maiores eventos de ciência do Brasil, a 5ª Edição do Paraná Faz Ciência (PRFC 2025). Com recorde de participação, o evento tem previsão para apresentação de 40 trabalhos de museus que compõem as redes de Museus de Ciência Universitários com mais de 150 inscrições para palestras, mesas redondas, oficinas e, ainda, a realização II Mostra de Museus Universitários do Paraná com 14 estandes. Nesta segunda edição, o tema do encontro será ‘Museus e Centros de Documentação e Memória contribuindo para um futuro sustentável’. 

Durante a abertura do evento, realizada nesta terça-feira, 30, o articulador do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Conectando Memória e Inovação, assessor da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e coordenador da Rede Estadual de Museus e Centros de Memórias, Documentação e Acervos Universitários (Remup), professor Renê Wagner Ramos, enfatizou a oportunidade rara para quem se interessa pela preservação da memória, tecnologia e inovação. 

“Temos 14 instituições representadas com seus museus e centros de documentação, que têm a missão de contribuir para o processo educacional dos estudantes, e de crianças especialmente, acolhendo com alegria e encantamento, pois são o nosso futuro”, justificou.

Como articulador do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Conectando Memória e Inovação, Ramos acredita que somente com cultura se faz a Educação: “ Não existe educação que a gente não possa olhar para os olhos de uma criança e transformá-la pelos todos os objetos científicos e toda a transformação que a ciência proporciona nas mínimas coisas. É isso que a gente quer mostrar nos nossos museus e centros de documentação”.

A conferência de abertura foi com Maurício Cândido da Silva, coordenador da Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários, convidado para falar dos desafios dos espaços museais, mesmo numa rede de colaboração que existe no Paraná. 

“Este processo de cooperação é extremamente importante para o fortalecimento dos pequenos, médios e grandes museus. Somente com essa noção, essa articulação em rede cooperativa é que a gente vai conseguir dar um passo adiante na preservação, na salvaguarda, na divulgação, nos processos de educação que envolve todas as nossas coleções e museus”, alertou.

A abertura do II Encontro de Museus Universitários pode ser acessada na íntegra, assim como a conferência de abertura, no canal da Unicentro TV no Youtube (Foto/Silvia Calciolari/NAPI PRFC)

O II Encontro Paranaense de Museus Universitários acontece no Bloco Didático do curso de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). O reitor Fábio Hernandes prestigiou a solenidade e destacou a importância dos museus universitários que integram o Paraná Faz Ciência.

“Os nossos museus universitários têm a cultura e a história, mas também são, fundamentalmente, ambientes de ensino, pesquisa e extensão, sempre atualizados e trazem muita inovação”, afirmou. Para Hernandes, eles fazem parte do desenvolvimento de uma região, uma sociedade, mostrando como os museus transformam a comunidade.

O professor da Unicentro, Rodrigo Oliveira Bastos, coordenador do Museu de Ciências, esteve na organização do evento, junto com o professor Jo Klanovicz, coordenador do Centro de Documentação da instituição (Cedoc), professora Terezinha Saldanha e João Carlos Corso, do Centro de Documentação de Irati.

“A expectativa é que seja um evento representativo do que acontece no estado na área, com a publicação dos anais, superando os números do primeiro encontro realizado na UEM em outubro do ano passado”, acredita.

Participantes da abertura: Rodrigo Oliveira Bastos (à esquerda), coordenador do Museu de Ciências da Unicentro; Maurício Cândido da Silva, coordenador da Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários; Fabiane Bergmann, diretora do Arquivo Público do estado do Paraná; Renê Wagner Ramos; Edméia Ribeiro, diretora do Museu Histórico de Londrina; Antônio Liccardo, coordenador do Museu de Ciências Naturais da UEPG; reitor da Unicentro Fábio Hernandes; Ricardo Miyahara, diretor do campus CEDETEG/Unicentro; Jo Klanovicz, coordenador do Cedoc/Unicentro; e Ricardo Campos, vice-reitor da UENP (Foto/Silvia Calciolari/NAPI PRFC)

Para Bastos, o fato do Encontro de Museus Universitários de Centros de Documentação acontecer num evento maior, que é o Paraná Faz Ciência, tem mobilizado o segmento e ampliado o debate sobre os desafios para popularizar e democratizar a ciência: “E podemos contribuir neste processo, pois temos o que expor e interagir com o público, que faz parte da nossa essência”.

O coordenador do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), professor Celso Ivam Conegero, destaca o fortalecimento da rede de museus universitários. “Ano passado, nós do Mudi, realizamos o primeiro encontro em Maringá e agora, neste segundo momento, vemos que a iniciativa gerou frutos pelo volume de participação desta edição, gerando mais trocas e interação entre gestores, professores e alunos”, enfatizou.

Celso Ivam Conegero e Ana Paula Vidotti participam do evento como representantes do Mudi/UEM (Foto/Silvia Calciolari/NAPI PRFC)

Em maio deste ano, o Mudi passou a vigorar entre os dez museus mais visitados do Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Em agosto, Maringá recebeu o 5º Encontro Nacional da Associação Brasileira de Museus de Ciências (ABCMC), demonstrando que o Paraná está fazendo a lição de casa quando o assunto é popularização da ciência e construção de uma cultura científica na sociedade.

Conegero esteve acompanhado da professora da UEM, Ana Paula Vidotti, coordenadora do projeto de extensão Muditinerante, responsável pelo estande do museu na mostra. “Trouxemos nossa exposição Raio X, que permite verificar as características ósseas do corpo humano e de outras espécies da fauna brasileira”, conta. Segundo ela, a agenda de visitas de escolas públicas e particulares está lotada, com uma alta expectativa para atingir um grande número de visitantes na mostra de museus montada no Centro de Eventos Cidade dos Lagos, em Guarapuava.